O segredo da verdadeira felicidade

51 Estava chegando o tempo de Jesus ser levado para o Céu. Então Ele tomou a firme decisão de partir para Jerusalém 52 e enviou mensageiros à sua frente. Estes puseram-se a caminho e entraram num povoado de samaritanos, para preparar hospedagem para Jesus. 53 Mas os samaritanos não O receberam, pois Jesus dava a impressão de que ia a Jerusalém. 54 Vendo isso, os discípulos Tiago e João disseram: “Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu para destruí-los?” 55 Jesus, porém, voltou-Se e repreendeu-os. 56 E partiram para outro povoado. 57 Enquanto estavam caminhando, alguém na estrada disse a Jesus: “Eu Te seguirei para onde quer que fores”. 58 Jesus lhe respondeu: “As raposas têm suas tocas e os pássaros têm ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça”. 59 Jesus disse a outro: “Segue-Me”. Este respondeu: “Deixa-me primeiro ir enterrar meu pai”. 60 Jesus respondeu: “Deixa que os mortos enterrem os seus mortos; mas tu, vai anunciar o Reino de Deus”. 61 Um outro ainda lhe disse: “Eu Te seguirei, Senhor, mas deixa-me primeiro despedir-me dos meus familiares”. 62 Jesus, porém, respondeu-lhe: “Quem põe a mão no arado e olha para trás, não está apto para o Reino de Deus” (Lc 9, 51-62).

XIII Domingo Do Tempo Comum

Ao responder “sim” à voz interior da graça que nos diz:
“Segue-me”, somos amorosamente “confiscados” por Jesus.
Nossa vida já Lhe pertencia, mas, a partir desse momento,
nossa entrega a Ele deve ser consciente, elevada e radical.

Por Mons. João S. Clá Dias, EP

A Liturgia de hoje aplica-se com mais propriedade às almas consagradas, convidadas pelo Divino Redentor a tudo abandonar para segui-Lo. Mas os mesmos princípios, de radicalidade na entrega e devotamento íntegro aos encargos inerentes ao próprio estado de vida, são aplicáveis a todos os batizados, quer os escolhidos para o sacerdócio ou a vida religiosa, quer os chamados a constituir família e exercer uma profissão.

Em qualquer desses casos, todos nós ouvimos em determinado momento, uma voz interior a nos dizer, com tom aveludado, mas imperioso: “Segue-Me”. Se aceitamos o divino convite, ficaremos, a partir desse instante, amorosamente “confiscados” por Jesus. Pois nossa vida Lhe pertence e nossa entrega a Ele deve ser total.

O demônio, criatura abjeta e invejosa da recompensa que nos está prometida, muitas vezes se vê incapaz de demover as almas eleitas do caminho da santidade. Neste caso, ele as tenta a praticar a virtude com moleza e a voltar frequentemente as vistas para trás, procurando incutir nessas almas a ilusão de que, assim procedendo, para elas o fardo se tornará mais ligeiro e o sofrimento, menor.

Ora, Nosso Senhor não tolera a tibieza em seus seguidores. Quem vive em função do próprio interesse, ou executa mal os labores na vinha do Senhor, jamais conseguirá ser feliz. Nesta Terra, a verdadeira alegria está somente ao alcance daqueles que se dedicam por inteiro ao cumprimento da própria missão.

Ao longo do caminho traçado pela Providência para cada um de nós, todos nos depararemos com alegrias e consolações, mas também com momentos de tristeza e desolação, contingência inevitável neste vale de lágrimas. Não estranhemos quando eles cheguem e, nessas horas de sofrimento, esforcemo-nos especialmente em não olhar para trás, pois nas vias do discípulo de Jesus, leve é o fardo de quem tudo entregou, e pesado o daquele que optou pelas concessões e meios-termos.

Se em determinada situação o peso das nossas obrigações nos fizer cambalear, voltemos confiantes os olhos para Nossa Senhora, na certeza de que Ela nos protegerá e consolará. E quando chegar, por fim, o dia de ingressarmos nas delícias eternas do Céu, compreenderemos o quanto Ela e seu Divino Filho estão sempre ao lado de quem dedica sua vida a segui-Los de todo o coração.


O INÉDITO SOBRE OS EVANGELHOS. VOL. 06. XIII DOMINGO DO TEMPO COMUM.

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