Por Carlos Eduardo Novaes, EP. Em 20 de fevereiro celebra-se a Festa Litúrgica dos Pastorinhos de Fátima, os santos Francisco e Jacinta Marto.
Os Pastorinhos
Das curtas vidas de Francisco e de Jacinta Marto, “as duas candeias que Deus acendeu para iluminar a humanidade nas suas horas sombrias e inquietas”, como João Paulo II lhes chamou, há poucos registros biográficos. A mais importante fonte para o conhecimento sobre eles é constituída pelas Memórias de sua prima, a Irmã Lúcia.
Hoje sendo dia de Santo Estevão, Rei da Hungria, lembremos um pouco da peregrinação de missionários Arautos pelo Leste Europeu. Em 2018 passaram pela Hungria e compartilharam as notícias desse país com todos da grande família do Apostolado do Oratório
Ir. Plinio Sávio, EP
Breves linhas sobre a conversão da Hungria
Santo Henrique, Imperador do Sacro Império Romano Alemão, se interessou pela conversão do povo húngaro, e destinou para isso a sua irmã Gisela, cujo casamento ele promoveu com o rei pagão daquele povo.
Pela ação de Santo Henrique, da Rainha Gisela e de pregadores santos que foram para a Hungria, foi possível converter o rei, e com a conversão dele se tornou mais fácil a conversão dos húngaros. Este rei foi Santo Estêvão.
Rei aos 20 anos, em 997, civilizou e cristianizou um povo semi bárbaro, obtendo-lhe o respeito dos povos vizinhos. O Papa São Silvestre II, em reconhecimento pelo seu tino organizador e por sua piedade, deu-lhe o título de Rei, e enviou-lhe a coroa, o cetro e o globo. Obteve a divisão do reino em Dioceses, a vinda dos monges beneditinos para afervorarem e ensinarem ao povo.
Sua esposa, Gisela, foi beatificada e é filha de dois santos: Santo Henrique II, Imperador do Sacro Império e de Santa Conegundes, Imperatriz. Seu filho é Santo Américo.
No dia de sua festa, mais uma vez a voz de Fátima chegou a nós: não endureçamos nossos corações, porque só assim teremos achado o caminho da paz verdadeira
Plínio Corrêa de Oliveira
Autenticidade dos três mensageiros
Faça-se um teste: tomem-se várias crianças em separado, e mande-se-lhes que fantasiem a título de composição literária uma aparição de Nossa Senhora, descrevendo seu semblante, seu traje, suas expressões fisionômicas, seus gestos, anotando-lhe as palavras, o que sairia de tudo isto? Quanta coisa infantil, quanta concepção grotesca, quanto pormenor francamente ridículo!
No início do século XX, quando apenas começava a se delinear, timidamente, o esboço de um mundo que nasceria da vitória dos Aliados na Primeira Guerra Mundial, verificou-se um dos fatos mais notáveis da História Contemporânea: aparece a Mãe de Deus e traz à humanidade uma Mensagem
Por Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, EP
E esta Mensagem sobreveio num momento crucial. A impiedade e a impureza se alastravam por todo o orbe, a tal ponto que, para sacudir os homens, eclodira uma verdadeira hecatombe que fora a própria Grande Guerra, como a Virgem Santíssima afirmou aos pastorinhos. Todavia, a conflagração terminaria algum tempo depois de suas aparições, dando aos pecadores oportunidade de emenda.
Se alguém nos dissesse que deveríamos dar ouvidos aos conselhos de uma criança de nove anos, analfabeta e moradora da zona rural e distante, sobre temas como religião, moral e costumes, sociologia, política, medicina, etc., certamente ninguém levaria a sério esta ideia.
Pois bem, é exatamente o que devemos fazer. Essa criança é a pequena e grande Santa Jacinta Marto, aquela que viu e ouviu a Santíssima Virgem em Fátima e a qual nos deixou diversos ensinamentos. Vejamos alguns.
Ao se iniciar o Ano Litúrgico, o Divino Mestre nos exorta a termos sempre diante dos olhos o fim último para o qual fomos criados e a estarmos preparados para o encontro com o Supremo Juiz. Para tal é indispensável a prática de uma virtude muitas vezes esquecida ou menosprezada: a vigilância
I – Fundamental virtude da vigilância
Ao contemplar a natureza, seja no campo aberto, ou no interior de uma floresta, chamam-nos a atenção certos aspectos, dos quais podemos haurir uma lição para nossa vida espiritual. Vemos, por exemplo, o voo de um pássaro levando no bico um graveto a fim de construir o ninho para colocar os ovos e perpetuar sua espécie. Aquilo é feito com a precisão de um marceneiro ― apenas por instinto e não por ter inteligência ―, uma verdadeira obra de arte. Imaginemos, então, que essa ave recebesse uma alma, não como o principium vitæ que vegetais e animais têm, mas uma alma imortal como a do homem, que subsiste mesmo quando separada do corpo pela morte. Em tal caso, caberia ao pássaro considerar mais valioso o ninho que ele está armando ou a existência eterna de sua nova alma? A segunda opção é evidente. Sem deixar de fazer o ninho, ele deveria concentrar a primeira preocupação no seu destino sempiterno.