No Batismo, Ele lavou nossas misérias

Festa do Batismo do Senhor

O profundo significado do Batismo de Nosso Senhor nas águas do
rio Jordão manifesta a meticulosidade do seu amor por nós.

Por Mons. João S. Clá Dias, EP

A festa da manifestação da divindade

Nos primeiros tempos do Cristianismo, até o século IV, a Igreja contemplava três manifestações da divindade de Nosso Senhor, unidas na Solenidade da Epifania — hoje, 6 de janeiro: a adoração dos Reis Magos, o Batismo no Jordão e a conversão da água em vinho nas Bodas de Caná, seu primeiro milagre público. Era essa solenidade considerada a revelação de Jesus à gentilidade, enquanto o Natal era tido como uma festa mais apropriada aos judeus. Se estes últimos aguardavam a vinda de um Messias Homem e assim O receberam no presépio de Belém, os gentios — tal como nos mostra a adoração dos Magos — estavam à espera de um Deus Salvador. Esta mesma divindade que se revelara aos Reis do Oriente tornar-se–á muito mais notória no episódio do Batismo de Cristo, como também o seria, por um pedido de Nossa Senhora, em Caná.

A comemoração dos três fatos em uma só ocasião era muito solene, e até os dias presentes conservamos na Liturgia alguns resquícios destas grandes celebrações. Tal é a Festa do Batismo do Senhor, que hoje recordamos no Evangelho escolhido para encerrar o Tempo de Natal. Esse acontecimento está intima mente ligado à pessoa do Precursor, São João Batista, pois fora ele chamado a preparar as almas para a vinda do Messias, o qual, ao receber o Batismo, iniciava sua vida pública.

Saibamos ser gratos a Deus!

“O Batismo é esplendor das almas, transformação de vida, […] é ajuda à nossa fragilidade. […] O Batismo é veículo que conduz a Deus, peregrinação junto a Cristo, apoio da fé, perfeição da mente, chave do Reino dos Céus, mudança de vida, destruição da escravidão e libertação das amarras”, ensina São Gregório Nazianzeno. A Festa do Batismo do Senhor deve inundar-nos de esperança e de santa alegria, por nos mostrar a força regeneradora do perdão e da misericórdia divina, na qual devemos confiar em qualquer circunstância de nossa vida. Por pior que possa vir a ser nossa situação, se soubermos ter fé e nos mantivermos íntegros no cumprimento dos santos Mandamentos, nunca deixará de haver para tudo uma solução, pois “para Deus nada é impossível!” (Lc 1, 37). Sejamos gratos a Nosso Senhor por tudo quanto realizou por nós.

Com o Batismo Jesus dá início à sua vida pública, assim como com esta celebração a Liturgia marca a entrada no Tempo Comum, o qual considerará toda a missão do Divino Mestre, acompanhando-O em suas pregações e manifestações durante as diversas leituras litúrgicas do ano. Tendo contemplado as maravilhas deste trecho do Evangelho, peçamos a Nosso Senhor graças em profusão, capazes de nos fazer cruzar — no fim de nossa peregrinação terrena — as portas do Céu que Ele nos franqueou neste dia magnífico.


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