Mártires no Século XXI

Temos presenciado a perseguição religiosa com muito sangue derramado por aqueles que não aceitam se submeter às religiões pagãs, ideologias ateias ou por ser missionários da Fé Católica em regiões que estavam à espera do anúncio do Evangelho

Por Padre Fernando Gioia, EP

Recordo-me das belas palavras que Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, Fundador dos Arautos do Evangelho, escreveu como meditação, dentro do próprio Coliseu, em fevereiro de 1993. Parafraseando alguns trechos do agradável texto literário:

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A Pedra Inabalável

Solenidade de São Pedro e São Paulo, Apóstolos

Um simples pescador da Betsaida proclama que o filho de um carpinteiro é realmente o Filho de Deus, por natureza. Ali é plantado o grão de mostarda, do qual nasceria a Santa Igreja Católica Apostólica Romana

Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, EP. Fundador dos Arautos do Evangelho

 

 

13 Ao chegar à região de Cesareia de Filipe, Jesus fez a seguinte pergunta aos seus discípulos: “Quem dizem os homens que é o Filho do Homem?” 14 Eles responderam: “Uns dizem que é João Batista; outros, que é Elias; e outros, que é Jeremias ou algum dos profetas”. 15 Perguntou-lhes de novo: “E vós, quem dizeis que Eu sou?” 16 Tomando a palavra, Simão Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo”. 17 Jesus disse-lhe em resposta: “És feliz, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que to revelou, mas o meu Pai que está no Céu. 18 Também Eu te digo: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno nada poderão contra ela. 19 Dar-te-ei as chaves do Reino do Céu; tudo o que ligares na Terra ficará ligado no Céu e tudo o que desligares na Terra será desligado no Céu” (Mt 16, 13-19).

O Evangelho: “Tu es Petrus”

Pergunta de Jesus e circunstância em que foi feita

13 Ao chegar à região de Cesareia de Filipe, Jesus fez a seguinte
pergunta aos seus discípulos: “Quem dizem os homens que é o
Filho do Homem?”

A cidade na qual se desenvolve o Evangelho de hoje havia sido construída pelo tetrarca Filipe que, para angariar a simpatia do imperador César Augusto, deu-lhe o nome de Cesareia. Desconhece a História o exato percurso empreendido pelo Senhor e pelos Apóstolos àquela altura dos acontecimentos; a hipótese mais provável é a de que tenham atravessado a via de Damasco a Jerusalém, perto da ponte das Filhas de Jacó. O território onde nasce o rio Jordão, compreendido entre Julias e Cesareia, é rochoso, solitário e acidentado. Foi nessa localidade montanhosa e pétrea que Herodes, o Grande, erigiu um vistoso templo de mármore branco em homenagem ao imperador César Augusto. Calcando as pedras da região, e talvez à vista do tal templo sobre o alto das rochas, foi que se estabeleceu o diálogo durante o qual se tornaram explícitas para os Apóstolos a natureza divina de Jesus e a edificação da Santa Igreja.

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Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Dos inumeráveis títulos da Mãe de Deus, poucos são tão expressivos quanto o de Perpétuo Socorro. A milagrosa imagem venerada sob essa invocação é rica em simbolismo

Ir. Jurandir Bastos, EP

Haverá alguém que nunca tenha se sentido aflito em horas de dificuldades ou na perspectiva de alguma tragédia? Ou que jamais tenha tido necessidade de uma ajuda, seja ela espiritual, psicológica, afetiva ou material?

Com toda certeza, não, pois o ser humano, longe de ser auto-suficiente, é contingente por natureza: não tem condições de viver sem apoio de seus semelhantes, muito menos sem a contínua sustentação de Deus, Criador do universo.

Uma carência inevitável, uma solução infalível

Para esse estado de carência inevitável, Deus nos oferece uma solução infalível: o recurso à sua e nossa Mãe. Daí ser muito apropriado o título de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, com o qual se patenteia a certeza do auxílio que Ela nos dá quando a Ela recorremos.

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São João Batista, precursor do Cordeiro de Deus

No mês de junho a Igreja comemora a Solenidade do nascimento de São João Batista, o Precursor de Nosso Senhor Jesus Cristo. Apresentamos a nossos leitores um eloquente comentário tecido  por Dr. Plínio sobre esse santo varão, sobre seu especial relacionamento com Nossa Senhora, que serve de inspiração para nós. Acompanhe.

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A vida e missão profética de São João Batista, marcadas pela vigorosa personalidade do Precursor, teve um início que nos enche de admiração e enlevo, por nele estar envolvida a própria Mãe de Deus.

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A cruz, quando inteiramente abraçada, nos configura com Cristo

XII Domingo do Tempo Comum

No auge da fama e da popularidade de Nosso Senhor, todos esperam para breve sua aclamação como um líder político sem precedentes. Jesus, porém, desfaz essa errônea expectativa com o anúncio de sua Paixão

Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, EP

A tentação da terceira posição

E difícil para o homem, no relacionamento com o próximo ou com Deus, agir segundo as exigências de sua consciência, da moral e da verdade. Tomar uma atitude decidida e definitiva constitui uma escolha árdua, pois, por um lado, no interior da alma, clama a voz das más inclinações decorrentes do pecado e, por outro, o convite à retidão, à perfeição e à santidade feito pela graça.

Optar por uma dessas solicitações acarreta sérias consequências, surgindo a partir daí uma luta que continua durante toda a vida até o momento do juízo particular, fato que explica a conhecida afirmação de Jó: “a vida do homem sobre a Terra é uma luta” (7, 1). Não há uma idade a partir da qual seja possível considerá-la encerrada; pelo contrário, as batalhas espirituais tornam-se cada vez mais impetuosas com o passar do tempo. Comprova-o a hagiografia, ao mostrar a luta presente na trajetória terrena dos santos, até o último suspiro deles. Célebre é a exclamação de São Luís Grignion de Montfort, na hora da morte, indicativa de seu constante esforço para se manter fiel à Lei divina, da qual se julgava cumpridor muito imperfeito: “Cheguei ao termo de minha carreira: não pecarei mais!”1

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A origem da Festa Corpus Christi

Por Padre Jorge Gustavo Antonini, EP. Em 11 de agosto de 1264, o Papa Urbano IV emitia a bula Transiturus de Hoc Mundo, pela qual determinava a solene celebração da festa de Corpus Christi em toda a Igreja. Diz o pontífice no texto da bula:

Ainda que renovemos todos os dias na Missa a memória da instituição desse Sacramento, estimamos todavia, conveniente que seja celebrada mais solenemente pelo menos uma vez ao ano para confundir particularmente os hereges; pois, na Quinta-feira Santa a Igreja ocupa-se com a reconciliação dos penitentes, a consagração do santo crisma, o lava-pés e muitas outras funções que lhe impedem de voltar-se plenamente à veneração desse mistério.”

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