Frei Ave-Maria

Muito bonita é a lenda do ”Menino Ave-Maria”. Coitadinho dele! Todos os habitantes da pequena cidade onde morava o tinham por retardado mental, pois não conseguia aprender a falar, nem ler, nem escrever. Não sabia dizer nada, a não ser estas duas palavras que sua mãe lhe ensinou com grande esforço: Ave-Maria! Mas, curiosamente, o menino vivia feliz, a seu modo.

Se alguém lhe perguntava o seu nome, ele respondia sempre: Ave-Maria! Os moradores do povoado tinham uma grande estima pelo “menino Ave-Maria”, como ficou conhecido.

A lenda conta que com certa idade, 15 anos, o menino desapareceu. É que havia um mosteiro de frades na redondeza da cidade.. E por uma inspiração da Santíssima Virgem Maria o menino foi bater na grande porta do convento, dando a entender que queria entrar. O frade porteiro perguntou-lhe, naturalmente: O que você quer, menino? Ave-Maria, foi a resposta. E como você se chama? Ave-Maria. De onde você vem? Ave-Maria. Era só o que ele sabia dizer.

Encabulado com essa pessoa tão estranha, que  já não  era mais um menino, e sim um mocinho, o porteiro foi falar com o frade superior, o chefe do convento. Este interrogou de novo o jovem, mas a única resposta que saía era a mesma: Ave-Maria! O religioso entendeu que aquele rapaz tão  desvalido queria era uma pousada, e assim o fez entrar.

Na realidade, ele queria mesmo era para ficar morando nesse convento. Logo que se viu dentro daquele santo lugar, ofereceu-se para servir os frades com dedicação. Estes viram nisso a mão, o desígnio de Deus. e ainda tentaram por muito tempo ensinar alguma coisa a este jovem, e depois homem, mas tudo foi em vão.

Certo frade tentou fazê-lo dar um passo além, no mesmo caminho que havia começado: “Então, você já sabe dizer Ave-Maria. Agora diga: Cheia de Graça”. Ele repetiu: “Cheia de Graça”. O frade ficou contente e foi logo contar ao superior o que conseguiu.

Chamou o servidor Ave-Maria, e mandou que repetisse ao superior o que aprendera a mais. Mas ele só pôde dizer: Ave-Maria! Havia se esquecido do resto. Que pena! Tudo inútil, concluíram os frades. Como já era homem feito, a esta altura ele vestia o hábito dos frades e era conhecido no convento e na feira da cidade como o Frei Ave-Maria.

Os anos se passaram. Já idoso, uma enfermidade levou a vida de Frei Ave-Maria. Os frades o sepultaram no cemitério do Convento, sem terem desvendado o mistério daquela alma, que entretanto, deixara um grande vazio na comunidade. No dia seguinte ao enterro, antes do amanhecer, já havia um frade rezando junto à sua sepultura. Parecia estar à espera de algum fato miraculoso.

Qual não foi sua surpresa! Bem na hora do Angelus um ramo verde surgiu do solo e dele aflorou um belíssimo lírio, em cujas pétalas brancas se podia ler: Ave-Maria!

Diante de tão maravilhoso milagre, os frades foram avisados e todos acorreram ao local. Por ordem do superior, dois deles cavaram o monte de terra até as raízes do misterioso lírio.

Surpresa sobre surpresa! O lírio nascera de dentro da boca do Frei Ave-Maria!

Ouça (e reze) a Ave-Maria em francês:

(Cfr. Historias Catequéticas, F.H.Drinkwater, Ed.Herder, 1902, pp.126 e 127).


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