Admirar, essa alegria!

Naquele tempo, 1 Jesus foi a Nazaré, sua terra, e seus discípulos O acompanharam. 2 Quando chegou o sábado, começou a ensinar na sinagoga. Muitos que O escutavam ficavam admirados e diziam: “De onde recebeu Ele tudo isto? Como conseguiu tanta sabedoria? E esses grandes milagres que são realizados por suas mãos? 3 Este Homem não é o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, de Joset, de Judas e de Simão? Suas irmãs não moram aqui conosco?” E ficaram escandalizados por causa d’Ele. 4 Jesus lhes dizia: “Um profeta só não é estimado em sua pátria, entre seus parentes e familiares”. 5 E ali não pôde fazer milagre algum. Apenas curou alguns doentes, impondo-lhes as mãos. 6 E admirou-Se com a falta de fé deles. Jesus percorria os povoados das redondezas, ensinando (Mc 6, 1-6).

XIV Domingo do Tempo Comum

Iludido, busca o homem a felicidade nas sendas do egoísmo,
julgando ser tão mais feliz quanto mais pensar em si. Ignora
ele que a verdadeira alegria de alma se encontra somente na
admiração, no voltar-se enlevado ao que é superior.

Por Mons. João S. Clá Dias, EP

Admiração, antídoto contra a mediocridade

Se não formos cuidadosos em combater a tendência ao egoísmo e à mediocridade, manifestada pelos nazarenos nessa ocasião, teremos dificuldade em admitir e admirar os valores alheios. Por isso devemos nos exercitar na virtude do desprendimento de nós mesmos. E o melhor meio para tal consiste em sempre reconhecer os pontos pelos quais o próximo é superior a nós, desejando admirá-lo e estimulá-lo. A admiração deve ser para nós um hábito permanente. E se notarmos em nós alguma superioridade real, devemos, sem jamais nos vangloriar, utilizá-la para ajudar os demais. É o convite sempre atual à virtude da humildade.

Bem a propósito diz a Igreja na Oração do Dia: “Ó Deus, que pela humilhação do vosso Filho, reerguestes o mundo decaído”. Assim como Deus agiu em relação ao mundo, devemos nós proceder em relação a todos quantos nos são inferiores a algum título. Cristo Se tomou de compaixão pela humanidade e, tendo sempre a Alma na visão beatífica, assumiu uma carne padecente por amor aos homens.

O plano de Deus com o instinto de sociabilidade

Este é o grande plano de Deus para a sociedade humana: ao criar os homens com o instinto de sociabilidade tão arraigado, teve em vista proporcionar-lhes a possibilidade de uns ajudarem os outros, na admiração recíproca dos dons recebidos, de maneira que, reprimindo comparações e invejas, cada qual culmine no desejo de servir e louvar aquilo que lhe é superior.

Destas verdades deflui uma importante consequência: o perdão, fruto da caridade. Caso alguém nos ofenda, deve logo brotar do fundo de nosso coração um perdão multiplicado pelo perdão. Agindo assim, daremos nossa contribuição para termos uma sociedade na qual todos se perdoam mutuamente, pois sem cessar uns querem elevar os outros.

Este é um dos modos mais sapienciais de praticarmos o amor a Deus em relação ao nosso próximo, querendo que este se eleve sempre mais na virtude e rendendo nossa admiração e louvor às suas qualidades.

Uma sociedade constituída com base neste princípio extraído do Evangelho eliminaria tantos horrores que nela grassam hoje, e tornar-se-ia a mais feliz que possa existir neste vale de lágrimas, ao fazer com que todos se unam em função do amor a Deus.

Quando essa sociedade se tornar realidade, bem poderá ser denominada Reino de Maria, pois estará pervadida pela bondade do Sapiencial e Imaculado Coração da Mãe de Deus. Reino no qual a Santíssima Virgem comunicará a todos uma participação no supremo instinto materno que Ela tem por cada um de nós. E aí compreenderemos inteiramente o que Ela mesma disse em Fátima: “Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará!”.


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