O Reino de Maria será como o “canto de cisne” da humanidade. Nesse Reino a sociedade temporal crescerá tanto em dignidade que os homens, ainda que vivendo nesta terra de exílio, serão semelhantes aos habitantes do Céu
Mons. João Scognamiglio Clá Dias, EP
É muito significativo o pensamento que nos sugere a Epístola de São Paulo a Tito: “a graça de Deus se manifestou trazendo salvação para todos os homens” (Tt 2,11) . Se, por um lado, é difícil formarmos uma ideia acertada da situação da humanidade antes da Encarnação do Verbo, por outro, basta ter experiência da ação da graça para conceber que, pelo simples fato de nascer, Nosso Senhor Jesus Cristo outorgou ao mundo um benefício incalculável.
Ao analisarmos a História, comprovamos quão eficaz é a influência de um santo na sociedade. Ora, o que terá significado o nascimento do Santo, com “S” maiúsculo, Santo por essência, Deus, Criador e Redentor nosso! Por isso a chegada do Salvador rasgou a obra de satanás que dominava a Antiguidade e reprimiu a projeção que o mal tinha sobre a terra até então. A mudança que Nosso Senhor Jesus Cristo introduziu na face da terra é, pois, impossível de ser abarcada por nossa inteligência!
A vitória comprada pelo Menino Jesus ao nascer em Belém: o Reino de Maria
Neste século XXI, em que o mal se estadeia nos galarins do mundo e prolifera com dinamismo e delírio avassalador, Jesus continua a realizar sua missão. Na árvore divina semeada pelo Salvador, isto é, a Igreja, sempre desabrocharão novas maravilhas, e cada vez mais potentes. A terrível decadência que hoje constatamos na humanidade é para nós sinal de que haverá em nossos dias uma grande manifestação do poder de Deus, sem precedentes na História.
Conta uma antiga lenda que o cisne branco era mudo, mas, nos instantes que precediam sua morte, emitia um belíssimo canto. E neste deitava todas as belezas que refletira na água e a formosura que esta lhe emprestara ao longo da sua existência.
De certa forma o Reino de Maria será como o “canto de cisne” da humanidade.
Com efeito, podemos considerar o Reino de Maria como o ápice da História, quando o preciosíssimo sangue de Cristo, derramado para nossa redenção, produzirá seus melhores frutos.
Por que um Reino de Nossa Senhora? Porque “foi por intermédio da Santíssima Virgem Maria que Jesus Cristo veio ao mundo, e é também por meio d’Ela que Ele deve reinar no mundo”, ensina o grande São Luís Maria Grignion de Montfort, em seu Tratado da Verdadeira devoção à Santíssima Virgem.
Como tudo isto se efetivará, se vemos nosso mundo em um estado tão lastimável? É ainda São Luís Grignion que nos explica como se dará essa maravilha, na sua Oração Abrasada. Deverá cair sobre a terra uma chuva de fogo abrasador do Espírito Santo que transformará as almas, tal como se deu com os Apóstolos (cf. At 2,3), reunidos no Cenáculo com Maria Santíssima, depois da Ascensão de Jesus (cf. At 1, 14), nos primórdios da Igreja nascente.
Nesse Reino previsto por ele, a sociedade temporal crescerá tanto em dignidade que os homens, ainda que vivendo nesta terra de exílio, serão semelhantes aos habitantes do Céu.
Esta nova era histórica deverá chamar-se, com toda propriedade, Reino de Maria, justamente porque as graças que a Igreja receberá virão por meio d’Aquela que é a Medianeira de todas as graças.
O Reino de Maria será, por conseguinte, a glória de Deus, de sua Mãe Santíssima e da Santa Igreja Católica; a bem dizer será um esplendor tal da luz da virtude que sobrepujará, em domínio, o que foram as trevas desta época em que vivemos:
“Onde abundou o pecado, superabundou a graça” (Rm 5,20).
Ele deverá conter em si uma reparação de todo o mal praticado no passado, e sobretudo em nossos dias, realizando, afinal, a vontade de Deus nesta terra, como ela é realizada no Céu.
O desejo do advento do Reino de Maria deve estar presente na alma de todo católico. Essa é a impostação de alma com que devemos considerar o Natal.
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