IV Domingo do Tempo Comum
No Sermão da Montanha, Nosso Senhor ensinou uma nova forma de relacionamento diametralmente oposta aos princípios e costumes vigentes no mundo antigo. À crueldade e à dureza de trato, veio contrapor a lei do amor, da bondade e do perdão, belamente sintetizada nas oito Bem-aventuranças.
Por Mons. João S. Clá Dias, EP
Naquele tempo: 1 Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-Se. Os discípulos aproximaram-se, 2 e Jesus começou a ensiná-los: 3 “Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus. 4 Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados. 5 Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a Terra. 6 Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. 7 Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. 8Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus. 9Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. 10 Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus. 11 Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e mentindo disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de Mim. 12a Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos Céus” (Mt 5, 1-12a).
Para fazer a solene proclamação de sua doutrina, não escolheu Jesus uma sinagoga, nem sequer o Templo. Proferiu essas oito magistrais sentenças ao ar livre, numa pequena meseta situada na margem noroeste do Mar de Tiberíades, perto de Cafarnaum.
Como sublinha Fillion, “grandiosa era a cátedra da qual ia falar, em consonância com o assunto do próprio sermão”: por teto tinha o céu; por palco, uma montanha e não existiam paredes… Diante de Si, o vasto panorama dominado pelo Mar da Galileia sugeria a imensidade do globo terrestre como auditório para aquelas palavras que, passando de região em região ao longo dos séculos, levadas pelos lábios dos Apóstolos e seus sucessores, chegaram até nós — dois mil anos depois — tão vivas como se tivessem sido pronunciadas hoje.
Convite à radicalidade do bem
A doutrina das Bem-aventuranças revelou para todo sempre, como vimos, o vácuo da felicidade fundada na satisfação das paixões desregradas e na posse dos bens materiais. Pois, como ensina magistralmente Bento XVI, “os critérios mundanos são subvertidos quando a realidade é examinada na perspectiva correta, isto é, sob o ponto de vista da escala de valores de Deus, a qual difere da escala de valores do mundo”.
Com essas oito sentenças, Jesus indicou a via para alcançar o Céu, onde veremos a Deus face a face e participaremos da própria vida divina, possuindo a mesma felicidade da qual Ele goza. E quem rege sua conduta de acordo com elas começa por antegozar espiritualmente, já nesta Terra, a felicidade eterna.
As Bem-aventuranças não são, portanto, frases para serem estudadas apenas com a inteligência, de modo frio, mas sim princípios de vida a serem lidos e meditados com o coração, com o calor de alma de quem quer se pôr a caminho, seguindo os passos de Nosso Senhor.
Com uma suavidade toda divina, elas nos convidam à radicalidade na prática do bem, pois o padrão de virtude que nelas Cristo nos propõe não é outro senão Ele mesmo, o próprio Deus!
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