Solenidade da Santa Mãe de Deus, Maria
– 1º de Janeiro –
Da consideração do maior dentre os privilégios marianos emanam
maravilhas que nos permitem vislumbrar a sublime grandeza da
Mãe de Deus e nossa.
Por Mons. João S. Clá Dias, EP
Um privilégio concebido desde sempre
A Igreja escolhe o primeiro dia do calendário civil para celebrar a maternidade divina de Nossa Senhora, a fim de que iniciemos o ano por meio da gloriosa intercessão de Maria. Ela derrama sobre nós suas bênçãos de maneira muito especial nesta Solenidade, cuja coincidência com a Oitava do Natal nos indica que a melhor forma de louvar o Menino Jesus é exaltar as qualidades da Mãe d’Ele e nossa, bem como a melhor forma de elogiar a Mãe é festejar o nascimento de seu Divino Filho.
Um altíssimo privilégio, concebido por Deus desde toda a eternidade
A grandeza de Maria aparece com maior evidência no trecho da Carta aos Gálatas escolhido para a segunda leitura (cf. Gal 4, 4-7), no qual São Paulo sublinha que Nosso Senhor Jesus Cristo nasceu de uma mulher: “Quando se completou o tempo previsto, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher, nascido sujeito à Lei, a fim de resgatar os que eram sujeitos à Lei e para que todos recebêssemos a filiação adotiva” (Gal 4, 4-5).
Se humanizarmos um pouco a figura de Deus, como tantas vezes o faz a Escritura, podemos imaginá-Lo esperando “o tempo previsto” para o nascimento da Mãe do Redentor. Mas, na realidade, Ele — para quem tudo é presente — concebeu eternamente a obra da criação e, no centro desta, num só ato de sua vontade divina e num mesmo e idêntico decreto, predestinou a Jesus e Maria.
Portanto, no plano da Encarnação do Verbo, estava também contido o dom singularíssimo da maternidade divina de Nossa Senhora. Ambos, Mãe e Filho, inseparáveis, são a arquetipia da criação, a causa exemplar e final em função da qual todos os outros homens foram predestinados, “para a glória dos dois, como um cortejo real para Eles”.
Mãe de Deus… e também Mãe nossa!
Diante da riqueza da Liturgia inspirada pelo Espírito Santo para exaltar a maternidade divina de sua Esposa, devemos compreender que também nós estamos contemplados nesse privilégio de Maria. Todos os batizados fazemos parte da Santa Igreja, Corpo Místico do qual Cristo é a Cabeça e nós seus membros. Ora, quem é Mãe da Cabeça é Mãe de todo o Corpo! E quando nascemos para a graça, no Batismo, passamos a participar da família divina enquanto filhos de Deus e irmãos de Nosso Senhor Jesus Cristo. Também por esse aspecto Maria é nossa Mãe.
Além disso, assim como os rios correm a partir de uma nascente, a fonte de nossa vida sobrenatural é Nosso Senhor Jesus Cristo, pois “todos nós recebemos da sua plenitude graça sobre graça” (Jo 1, 16). E a Mãe desse manancial de graças é também Mãe dos riachos que d’Ele procedem.
A Jesus, cujo Natal celebramos nesta Oitava, dirigimos nosso olhar cheio de gratidão e imploramos que cheguem à sua plenitude as graças por Ele trazidas ao mundo ao nascer em Belém: “Senhor, Vós quereis reinar sobre a Terra de uma forma solene, majestosa e, ao mesmo tempo, maternal. Por isso, Vós entregais o vosso Reino à vossa Mãe Santíssima.
Nós Vos pedimos, Senhor, que a misericórdia d’Ela triunfe o quanto antes! Neste momento, nosso coração se volta a Ela, cheio da certeza de que sua misericórdia e bondade para cada um de nós é superior à de qualquer mãe. Ela está disposta a nos abraçar, a nos acolher em seu colo e nos proteger, quer seja contra a maldade dos homens, quer seja contra a maldade vinda do inferno.
Enfim, Ela está disposta a fazer de tudo por nós! Senhor, não A retenhais! Deixai que a misericórdia d’Ela nos abrace, pois só assim os horrores do mundo contemporâneo não atingirão nossa alma.
Nós Vos pedimos, Senhor, que Ela desdobre sobre os vossos filhos toda a sua bondade maternal e misericordiosa, para que o reino do afeto, o reino do carinho materno, o reino da bondade insuperável de Maria Santíssima se estabeleça na Terra. E que Ela apareça sorridente na cerimônia de inauguração dessa nova era histórica, dizendo a seus filhos: ‘Por fim, o meu Imaculado Coração triunfou’.
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