Em declaração recente, num evento promovido pelo Wall Street Journal, o bilionário Elon Musk, fundador da Tesla e da SpaceX, considerado o homem mais rico do mundo, se diz preocupado com o futuro da humanidade e afirma que “a queda na taxa de natalidade pode ameaçar a civilização humana”.
Por Afonso Pessoa
Pai de seis filhos, Musk menciona o fato de muitas pessoas pensarem, erroneamente, que há gente demais no mundo e que a população está crescendo fora de controle. “É completamente o oposto. Por favor, olhem para os números! Se as pessoas não tiverem mais filhos, a civilização vai desmoronar, gravem minhas palavras!”
Musk, o poderoso homem que pretende iniciar a implantação de chips cerebrais em 2022, sabe o que está falando. De acordo com o Banco Mundial, a taxa de natalidade global tem diminuído desde 1960.
Neste ano, a China, que tem uma rigorosíssima política de controle populacional, e que até há pouco tempo aplicava multas e sanções para os casais que não obedeciam ao número máximo de filhos, sancionou uma nova lei de planejamento familiar que autoriza até três filhos por família. E iniciou uma campanha massiva para incentivar que isso aconteça.
Ameaçada, China aposta no sucesso da nova lei de planejamento familiar
Na década de 70, o país mais populoso do mundo implementou a política do filho único para desacelerar o crescimento populacional. Quem violasse essa política era multado, ou a mãe obrigada a abortar. Em 2016, o governo chinês alterou a lei, permitindo duas crianças por casal.
De acordo com estudo divulgado pela BBC, baseado na comparação dos censos entre os anos de implantação das políticas de um e de dois filhos, 1979 e 2016, os nascimentos caíram pela metade e, entre 2016 e 2020, houve queda abrupta na natividade, de 18 milhões de bebês para 12 milhões.
As baixas taxas de natalidade e o envelhecimento da população ameaçam o futuro econômico e a estratégia industrial que a China tem usado há décadas para sair da pobreza e tornar-se uma potência mundial, pois a mão de obra está diminuindo consideravelmente.
A ciência se curva à religião
Apesar de o Estado ser laico e o mundo, paulatinamente, estar se tornando ateu, é interessante ver os principais expoentes da economia, política, ciência e tecnologia repetindo as palavras gravadas no velho livro que muitos governos tentam abolir das bibliotecas públicas, a Bíblia.
No primeiro capítulo do Livro do Gênesis, lá no longínquo passado que deu origem à nossa civilização, agora ameaçada pela nossa própria desobediência, estão registradas as ordens taxativas daquele que é mais rico que os mais ricos e mais poderoso que os mais poderosos:
“Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher. Deus os abençoou: Frutificai – disse ele – e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a.” (Gn 1, 27-28).
Estas foram as palavras de Deus aos nossos primeiros pais, Adão e Eva, tronco do qual todos descendemos, fato que a ciência também já se vê na contingência de admitir, depois de estudos apontarem para a existência do genoma primordial, uma fonte única da qual surgiu toda a humanidade.
Mais tarde, após o dilúvio que varreu a espécie humana do planeta, com a manutenção de um único ramo, a família de Noé – que, mais uma vez, se tornaria tronco – o Senhor dos senhores repetiu a mesma ordem: “Deus abençoou Noé e seus filhos: Sede fecundos – disse-lhes ele – multiplicai-vos e enchei a terra.” (Gn 9, 1)
Ter mais filhos e viver menos tempo
Famoso por suas opiniões ousadas e controversas, Musk, que se classifica como um “socialista meio democrata, meio republicano e praticamente ateu”, disse também que as pessoas não deveriam tentar viver por muito tempo, a fim de termos uma sociedade onde as novas ideias tenham mais chances de sucesso. Bem, isso já é tema para outra conversa…
A grande questão é que Deus fez tudo perfeito, por isso criou o homem e a mulher, para que se unissem e formassem a família, que é a base da sociedade. O homem, que desde Adão se deixa guiar pelo imperativo do pecado, colocou o prazer em primeiro lugar, e a ele foi acrescentando uma série de vícios e distorções que descaracterizou o plano da criação. Ter filhos deixou de ser uma coisa natural, uma necessidade, e agora estamos na iminência de provar do próprio veneno.
Um mal que atinge todas as camadas
A taxa de natalidade diminuiu. Aumentou a quantidade de abortos, que se tornou legal em muitos de países. Crianças deixam de nascer e todas as camadas sociais sofrem com isso. A camada menos privilegiada economicamente deixa de fornecer a mão de obra necessária ao adequado funcionamento da máquina social, e os mais privilegiados, detentores das grandes fortunas, deixam patrimônios incalculáveis para poucos herdeiros, em sua maioria, despreparados para dar continuidade às empresas, às fortunas e suas destinações, afetando mais uma vez, e de forma ainda mais trágica, a cadeia produtiva.
Nesse sentido, pelo menos, Musk deu a sua contribuição para a povoação do planeta, ainda que cinco dos seus seis filhos tenham sido concebidos de forma artificial, in vitro.
Pela graça de Deus ainda temos famílias verdadeiramente católicas que cumprem o seu papel, trazendo ao mundo a quantidade de filhos que Deus determina, educando-os na religião e na fé, preparando sementes de um porvir muito diferente do mundo de criaturas híbridas, dominado pela Inteligência Artificial, como aquele concebido pelos homens que exploram o espaço e se julgam os donos do amanhã, mas, não são.
O amanhã a Deus pertence e, não há dúvida de que os planos Dele são perfeitos e surpreenderão de uma forma inimaginável.
Não estou entre os homens mais ricos do mundo, segundo o Índice de Bilionários da Bloomberg ou da Forbes, mas, como Elon Musk, posso dizer: “Gravem as minhas palavras!”
Fonte: Gaudium Press.
amor aparecida apostolado apostolado do oratório arautos do evangelho arautos sacerdotes cidades comentario ao evangelho comunhão reparadora comunidade coordenadores Cristo deus devoção encontro eucaristia evangelho familias fátima fé grupos do oratorio heraldos del evangelio igreja imaculado coração de maria jesus liturgia maria meditação missa missao mariana Monsenhor João Clá Dias natal Nossa Senhora nossa senhora de fátima nosso senhor Notícias o inédito sobre os evangelhos oratório oração paróquia peregrinação Plinio Correa de Olivieira primeiro sábado santa missa santíssima virgem