O Mistério do Natal: a Encarnação do Verbo

“Nasceu para nós um menino, um filho nos foi dado. O poder de governar está nos seus ombros. Seu nome será Conselheiro Admirável, Deus Forte, Pai para sempre, Príncipe da paz” (Is 9, 5).

Por Padre Carlos Werner Benjumea, EP

É difícil imaginar, caro leitor, o gáudio e a felicidade interior experimentada por Maria Santíssima, ao aceitar a proposta do Arcanjo São Gabriel, feita na Anunciação. Com efeito, a Virgem puríssima de Nazaré tornara-se a Mãe do Redentor, do “Salvador”, como o nome Jesus significa. Realizava-se em seu casto seio o sonho de toda mulher hebréia: ser a escolhida por Deus para dar à luz o Messias de Israel. Com um acréscimo: a sua tão amada virgindade permaneceria intacta. Seria Ela a primeira e única Virgem e Mãe na história da humanidade.

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A arrebatadora excelência da voz de Maria

9Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judeia. 40 Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. 41 Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. 42Com um grande grito exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! 43 Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar? 44 Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre. 45 Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido o que o Senhor lhe prometeu” (Lc 1, 39-45).

IV Domingo do Advento
Comentário ao Evangelho

Ao ouvir a voz da Mãe de Deus, São João Batista foi imediatamente purificado do pecado original. Tal prodígio prenunciava as grandes transformações reservadas aos que, ao longo da História, seriam objeto da maternal intercessão de Maria.

Por Mons. João S. Clá Dias, EP

A santidade, um bem expansivo

Após o relato da aparição do Anjo a Zacarias, feito por São Lucas em um diálogo de poucos versículos (cf. Lc 1, 11-20), o Evangelista detalha que “o povo estava esperando […] e admirava-se de ele se demorar tanto tempo no santuário” (Lc 1, 21).

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Carta ao Papai Noel

Caro Papai Noel 

Você chegou até a nossa terra vindo dos países germânicos, onde é conhecido pelo nome de Santa Claus. 

Mas duvido que mesmo nessas terras de onde o importamos, as pessoas ainda saibam que se você aparece vestido dessa maneira é porque foi bispo em Mira, na Ásia Menor. E foi numa das viagens que fez a caminho do Concílio de Nicéia, em 325, (o primeiro Concílio Ecumênico onde se definiu a Encarnação  do Verbo Divino em Jesus de Nazaré) que  se tornou protetor das crianças e jovens. 

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“Alegrai-vos”, mas… como?”

Naquele tempo, 10 as multidões perguntavam a João: “Que devemos fazer?” 11 João respondia: “Quem tiver duas túnicas, dê uma a quem não tem; e quem tiver comida, faça o mesmo!” 12 Foram também para o batismo cobradores de impostos, e perguntaram a João: “Mestre, que devemos fazer?” 13 João respondeu: “Não cobreis mais do que foi estabelecido”. 14 Havia também soldados que perguntavam: “E nós, que devemos fazer?” João respondia: “Não tomeis à força dinheiro de ninguém, nem façais falsas acusações; ficai satisfeitos com o vosso salário!” 15O povo estava na expectativa e todos perguntavam no seu íntimo se João não seria o Messias. 16 Por isso, João declarou a todos: “Eu vos batizo com água, mas virá aquele que é mais forte do que eu. Eu não sou digno de desamarrar a correia de suas sandálias. Ele vos batizará no Espírito Santo e no fogo. 17 Ele virá com a pá na mão: vai limpar sua eira e recolher o trigo no celeiro; mas a palha ele a queimará no fogo que não se apaga”. 18 E ainda de muitos outros modos, João anunciava ao povo a Boa-nova (Lc 3, 10-18)

III Domingo do Advento (Domingo Gaudete)
Comentário ao Evangelho

No dia em que a Liturgia Católica oferece ao fiel uma pausa
jubilosa em meio à penitência do período de Advento, o Precursor
nos indica o “que devemos fazer” para encontrar a verdadeira
alegria, tão ansiada por toda criatura.

Mons. João S. Clá Dias, EP

Um remanso de alegria em meio à penitência

A Liturgia da Igreja reúne sucessivamente, ao longo do ano, os mais variados sentimentos: a tristeza na Semana Santa; o gáudio transbordante, porém cheio de temperança, na Ressurreição; a esperança durante o período do Tempo Comum; o júbilo festivo nas grandes solenidades.

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O mistério do tempo

“Quanto àquele dia e hora, ninguém sabe, nem os Anjos do Céu, nem o Filho, mas somente o Pai”.  

Quando a vida humana chega ao fim, ela se reveste de uma gravidade especial, por mais banal que tenha sido na aparência. A morte – ao menos em outras épocas se passava assim – realiza o papel de lente corretora, mostrando em sua verdadeira magnitude o valor da existência de cada pessoa perante Deus e seus semelhantes.

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