Santa Faustina Kowalska e a missão de “apóstolo” da Divina Misericórdia

Santa Maria Faustina Kowalska

O texto que reproduzimos abaixo é de autoria da irmã Mônica Erin Macdonald, dos Arautos do Evangelho. Com muita propriedade, pergunta ela no início de seu artigo se “poderá este terceiro milênio, imerso no pragmatismo e no ateísmo prático, compreender um Amor sem limites, desinteressado, que não deseja nada mais que a salvação das almas, sem buscar nada em troca, além da reciprocidade?”

As revelações de Nosso Senhor a Santa Maria Faustina Kowalska estão perfeitamente alinhadas com as do seu Sagrado Coração à mística visitandina Santa Margarida Maria Alacoque. Nelas a misericórdia é o centro capital de Sua mensagem.

Continue lendo “Santa Faustina Kowalska e a missão de “apóstolo” da Divina Misericórdia”

São Domingos de Gusmão

Seu nome foi escolhido para homenagear São Domingos de Silos, porque sua mãe, antes de Domingos nascer, fez uma novena no santuário do santo abade. E, como conta a tradição, no sétimo dia ele lhe teria aparecido para anunciar que seu futuro filho seria um santo para a Igreja Católica

Ir. Jurandir Bastos, EP

Domingos nasceu em 24 de junho de 1170, na pequena vila de Caleruega, na Velha Castela, atual Espanha. Pertencia a uma ilustre e nobre família, muito católica e rica: seus pais eram Félix de Gusmão e Joana d’Aza e seus irmãos, Antonio e Manes. O primeiro tornou-se sacerdote e morreu com odor de santidade. O segundo, junto com a mãe, foi beatificado pela Igreja.

Continue lendo “São Domingos de Gusmão”

Moçambique: terra de esperança para a Igreja

É muito conhecida a definição de João Paulo II da África como “continente da esperança” para a Santa Igreja, especialmente neste século XXI em que a humanidade vem se afastando a passos largos de Nosso Senhor.

Os Arautos do Evangelho têm experimentado a verdade desta palavra do Pontífice no seu apostolado em diversos países nessas terras, mas especialmente em Moçambique onde uma florescente comunidade exerce seu apostolado.

Conheça neste vídeo a profundidade dessa experiência.


Brasil, grande nação missionária

O Brasil tem de ser o grande arauto da realeza de Jesus Cristo . E para cumprir sua missão, é preciso que ele atenda ao apelo marial de Fátima, torne-se um pregoeiro infatigável da devoção a Nossa Senhora . As devoções marianas são as estradas reais pelas quais se chega a Nosso Senhor Jesus Cristo

 


O Brasil deve à ação missionária dos portugueses a suprema graça de pertencer à Igreja . Era bom que se lembrasse isto no mês das Missões: o Brasil nasceu como uma realização missionária.

Continue lendo “Brasil, grande nação missionária”

Boletim Maria Rainha dos Corações setembro/outubro 2018

Uma nova era na espiritualidade do gênero humano
se inicia publicamente com o milagre das Bodas de
Caná. Além de conferir ao casamento um altíssimo
significado, Jesus inaugura a mais excelente via para
se obter o perdão e a graça: confiar na mediação e
na onipotência suplicante de Maria

Mons. João Scognamiglio Clá Dias, EP

As bodas de Caná, Gerard Davi, Museu do Louvre, Paris

Depois de chamar os cinco primeiros seguidores, quis o Mestre operar algo para confirmá-los na Fé. Foi provavelmente por essa razão que Jesus “manifestou sua glória”, efetuando seu primeiro milagre nas Bodas de Caná (Jo
2, 11). E assim procedeu devido a uma suave e afetuosa súplica de sua Mãe.

O Evangelho ressalta o importante papel de intercessora de Maria. Jesus estava iniciando sua missão pública e desejava fundar a Igreja com vistas à santificação de todos. Ora, a célula mater da estruturação social sempre foi, e nunca deixará de ser, a família. Nas Bodas de Caná, segundo a interpretação de famosos teólogos e exegetas, Jesus quis reafirmar a importância conferida pela sociedade antiga à união conjugal e santificá-la, preparando assim as vias para dar-lhe um caráter sacramental.

A súplica onipotente de Maria

A História nada registra sobre a origem das relações entre a Sagrada Família e os nubentes, nem sequer por que Jesus e Maria foram convidados para a festa. Os detalhes perderam-se pelo caminho, talvez por desígnio de Deus, a fim de concentrar a atenção dos séculos futuros na tão paradigmática festa das núpcias de Caná. Ali está simbolizado o lar católico como deve ser, e indicada a conduta a seguir face aos problemas e dificuldades da vida. Ali está prefigurada a família cristã assistida por Cristo, através da intercessão de Maria.

A partir desse episódio, todos os cônjuges, até o fim do mundo, devem firmar-se na certeza de que Jesus solucionará qualquer drama ou aflição, se invocarem a onipotente mediação de Maria.

Por intercessão de Maria

E foi numa festa nupcial que, a pedido de sua Mãe, Jesus quis realizar seu primeiro milagre, para assim tornar patente aos olhos do mundo o quanto o matrimônio deve ser tomado como uma via de santificação. Maria já se encontrava nas bodas quando chegaram Jesus e seus discípulos. Jesus operou a transformação da água em vinho por intercessão de Maria, para nos inculcar a convicção de que, apesar de não haver chegado a hora, por uma palavra dos lábios da Mãe, Ele nos atenderá. Eis que em Caná abriu-se uma nova era na espiritualidade do gênero humano, com a inauguração de um especial regime da graça.

Ademais, em Caná, Maria nos ensina algo muito importante. Numa análise superficial, parece inexplicável a atitude de Nossa Senhora, pois, apesar da negação de Jesus, Ela ordena aos criados fazerem tudo quanto Este lhes dissesse. Não havia Ele dito que não chegara ainda sua hora? Fica, portanto, em quem lê o Evangelho, a impressão de Maria não ter feito caso dessa resposta negativa.

Esclarecem-nos os teólogos ser esta atitude de Maria uma excelente lição para nós. Nem todas as determinações de Deus são absolutas. Há algumas que são condicionadas às nossas orações. Se Maria não tivesse recomendado aos serventes que agissem de acordo com as orientações de Jesus, os noivos e seus convidados não teriam tomado o melhor dos
vinhos da História, nem os Apóstolos assistido a tão grandioso milagre.

Em Caná, aprendemos de Maria o quanto Deus quer as nossas orações e a nossa colaboração em sua obra. Devido a esse sublime papel de medianeira e de onipotência suplicante da Santíssima Virgem, que se inicia publicamente nas Bodas de Caná, talvez pudéssemos dividir a História da espiritualidade em duas grandes eras: antes de Maria e depois de Maria.

Clique na foto para baixar o arquivo do boletim


Veja também:

A Origem do Canto Gregoriano

Grande fervor mariano na IX Peregrinação Nacional ao Santuário de Aparecida

Boletim Maria Rainha dos Corações julho/agosto 2018

Na passagem de Maria Santíssima deste mundo para a eternidade vislumbramos desde já o que nos acontecerá no Juízo Final, caso venhamos a morrer em estado de graça

Mons. João Scognamiglio Clá Dias, EP

A Santa Igreja Católica, ao comemorar a Solenidade da Assunção de Maria Santíssima, compõe a Liturgia com um objetivo definido, sintetizado na Oração do Dia:

“Deus eterno e todo-poderoso, que elevastes à glória do Céu em corpo e alma a Imaculada Virgem Maria, Mãe do vosso Filho, dai-nos viver atentos às coisas do alto, a fim de participarmos da sua glória”.1

Nossa condição humana, tão cheia de lutas e de dramas, e ao mesmo tempo de graças, tende a voltar-se para as realidades concretas que nos cercam – saúde, dinheiro, relações, etc. –, esquecendo-se das maravilhas sobrenaturais, quando na verdade sua contemplação é essencial para nos tornarmos partícipes da glória de Nossa Senhora. Sinal da importância de nos atermos em primeiro lugar aos bens do alto é que eles nos serão concedidos por todo o sempre, se nos salvarmos.

A exemplo de Maria

Na passagem de Maria Santíssima deste mundo para a eternidade vislumbramos desde já o que nos acontecerá no Juízo Final, caso venhamos a morrer em estado de graça. Todos nós partiremos desta vida. E quanto tempo mediará entre a morte e a ressurreição? Não importa, pois a ressurreição certifica a onipotência divina. Pela simples lembrança de que morreremos, seremos sepultados e esperaremos até sermos ressuscitados de forma gloriosa, a ponto de adquirirmos um corpo espiritualizado, já antegozamos esse momento de extraordinária beleza em que triunfaremos, como Nossa Senhora no dia da Assunção.

Júbilo na eternidade

Que gáudio incomparável experimentaram todas as almas bem-aventuradas quando Nossa Senhora ali entrou em corpo e alma!

Embora seu Divino Filho já estivesse ressurrecto na companhia dos eleitos, o fato de unir-Se a eles, sendo a mais bela, elevada e santa das puras criaturas, foi um surto de consolação para quantos aguardavam a ressurreição de seus corpos.

(acima: Dormição de Nossa Senhora (Catedral de Notre-Dame, Paris)

A coroação da Santíssima Virgem

Tendo Nossa Senhora completado sua missão, bem podemos imaginar como foi seu triunfo no Céu: as três Pessoas da Santíssima Trindade A receberam e A glorificaram. Coroada pelo Pai, que Lhe conferia o poder impetratório e depositava em suas mãos o governo da criação, Maria Santíssima passou a ser a administradora dos tesouros divinos;
um suspiro d’Ela é capaz de mover a vontade do Criador. O Filho, a Sabedoria Eterna e Encarnada, Lhe deu toda a sabedoria, e o Espírito Santo, enquanto seu Esposo, Lhe concedeu a faculdade de santificar as almas.

Um caminho de luz é aberto a todos

A Assunção de Maria nos abre grandes portas e um caminho florido e cheio de luz, no que diz respeito à salvação eterna. Diante do penhor de nossa ressurreição, que nos é dado pelo mistério da Assunção de Maria Santíssima, deveríamos nos considerar mutuamente uns aos outros segundo esse ideal, como se estivéssemos já ressurrectos, pois acima do abatimento e das provações desta vida brilha a esperança da glorificação para a qual rumamos.

Vivamos buscando os bens do alto, e que nosso pensamento acompanhe o trajeto seguido por Maria Virgem. Voltemo-nos para o trono d’Ela, e assim receberemos graças sobre graças para estarmos sempre postos nesta via que nos conduzirá à ressurreição feliz e eterna, quando recuperaremos os nossos corpos em estado glorioso.

_______________________

1) Solenidade da Assunção de Nossa Senhora. Oração do Dia. In: MISSAL ROMANO (edição brasileira da CNBB). 9.ed. São Paulo: Paulus, 2004, p.638.

 

Veja também neste boletim:

pág. 8

 

 

 

 

 

Clique na foto e baixe o arquivo do Boletim Maria Rainha dos Corações no. 95 de julho/agosto.

Veja mais: IX Peregrinação Nacional ao Santuário de Aparecida