Igreja dedica o dia 2 de novembro à memória dos fiéis defuntos

No dia seguinte após a comemoração de Todos os Santos, a Igreja celebra a memória dos fiéis defuntos. Um dia especialmente reservado para dedicarmos nossas orações aos falecidos, sobretudo aos entes queridos, que padecem as chamas purgativas à espera da passagem da Igreja penitente (purgatório) para a Igreja Triunfante (Céu)

Ir. Jurandir Bastos, EP

No dia de Finados, não celebramos apenas a memória dos que se foram, mas a vida eterna e a ressurreição dos mortos. Assim deu-se com Nosso Senhor Jesus Cristo, morto e sepultado, ressuscitou ao terceiro dia, antecipando de forma gloriosa o que no dia do Juízo haverá de acontecer a todos nós.

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Apostolado do Oratório na Hungria

Hoje sendo dia de Santo Estevão, Rei da Hungria, lembremos um pouco da peregrinação de missionários Arautos pelo Leste Europeu. Em 2018 passaram pela Hungria e compartilharam as notícias desse país com todos da grande família do Apostolado do Oratório

Ir. Plinio Sávio, EP

Santo Estevão

Breves linhas sobre a conversão da Hungria

Santo Henrique, Imperador do Sacro Império Romano Alemão, se interessou pela conversão do povo húngaro, e destinou para isso a sua irmã Gisela, cujo casamento ele promoveu com o rei pagão daquele povo.

Pela ação de Santo Henrique, da Rainha Gisela e de pregadores santos que foram para a Hungria, foi possível converter o rei, e com a conversão dele se tornou mais fácil a conversão dos húngaros. Este rei foi Santo Estêvão.

Rei aos 20 anos, em 997, civilizou e cristianizou um povo semi bárbaro, obtendo-lhe o respeito dos povos vizinhos. O Papa São Silvestre II, em reconhecimento pelo seu tino organizador e por sua piedade, deu-lhe o título de Rei, e enviou-lhe a coroa, o cetro e o globo. Obteve a divisão do reino em Dioceses, a vinda dos monges beneditinos para afervorarem e ensinarem ao povo.

Sua esposa, Gisela, foi beatificada e é filha de dois santos: Santo Henrique II, Imperador do Sacro Império e de Santa Conegundes, Imperatriz. Seu filho é Santo Américo.

Um testemunho edificante

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Luta e glória nos são oferecidas por Deus

II Domingo da Quaresma

A vida do homem transcorre num vale de lágrimas, no qual o sofrimento sempre está presente. Para nos sustentar em meio à luta, Deus nos aponta, através de graças sensíveis, o grandioso fim ao qual estamos destinados

Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, EP

Transfiguração por Fra Angelico – Basílica Nossa Senhora do Rosário dos Arautos do Evangelho – Caieiras/SP

Somos chamados “ad maiora”

Ao formar o homem à sua imagem e semelhança (cf. Gn1, 26), Deus destinou-o a ocupar um elevado lugar na criação, inferior apenas ao dos Anjos. O ser humano, como única criatura dotada de inteligência em todo o universo material, possui uma notável superioridade sobre as outras, além da capacidade de dominá-las, transformá-las e utilizar-se delas com sabedoria, tornando mais perfeita a obra do Criador.

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Um olhar com mil facetas

Dezenas são as festas celebradas em honra da Santíssima Virgem ao longo do ano, mas uma delas chama de modo especial a nossa atenção: a Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus, que a Igreja comemora no dia 1º de janeiro. Assim, o ano se inicia sob Seu olhar e Sua proteção

 

Pe. Antônio Guerra de Oliveira Jr., EP

nossa senhora do carmo
Nossa Senhora do Carmo

Muito já se escreveu e discorreu acerca da Virgem Mãe de Deus. Entretanto, faltam-nos palavras para exprimir quanto devemos à sua inigualável Pessoa. O culto a Ela remonta ao início da Cristandade, e foi crescendo ao longo do tempo, fazendo-A figurar na pluma dos mais insignes pensadores e nos lábios dos mais eloquentes pregadores, e também nas obras dos mais talentosos artistas que a História conheceu.

Empenhada em manifestar a honra que é devida à Mãe de Deus, a Revista Arautos do Evangelho vem reproduzindo, desde seu primeiro número, expressivas imagens dessa Venerável Senhora, sobretudo nas quartas capas. Ora aparece Ela com afável sorriso, ora com fisionomia compassiva ou com olhar suavemente entristecido, porém sempre nos convidando a, por meio d’Ela, mais facilmente nos aproximarmos do trono de Seu Divino Filho.

Ao longo da história

Em dois milênios de Cristianismo, a figura ímpar de Maria Santíssima foi representada das mais variadas formas. Em sua fase inicial, a Igreja A concebeu como Virgem Orante, com os braços abertos em sinal de prece, e sem o Menino Jesus. Ou ainda como Virgem Mãe, deixando transparecer uma divina pureza em sua feição.

No período românico, Maria é principalmente representada como Mãe de Deus, majestosa, ereta, com olhar hierático. Sentada em trono como Rainha, tem sobre os joelhos Jesus, a Sabedoria Eterna, e O apresenta ao mundo com gesto respeitoso, segurando-o com as duas mãos. São as imagens de Sedes Sapientiæ (Sede da Sabedoria).

Nossa Senhora de Paris

Desde o final do século XII, a hieraticidade cede lugar ao movimento. O Menino Deus “muda” de posição: tal imagem O apresenta num dos braços da Mãe, tal outra sobre os joelhos. A figura da Virgem ganha em destaque e simbolismo: difundem-se as Virgens Negras, coloração explicada por certos exegetas num sentido místico de dor e sofrimento; ou ainda as Virgens com Maçã, relembrando que a nova Eva reparou o pecado da antiga.

No século XIII, em pleno auge do gótico, tudo canta o louvor à Santíssima Virgem: inúmeras igrejas são levantadas em Sua honra, multiplicam-se nos púlpitos as referências a Ela, e a Liturgia A celebra abundantemente. Na pintura e na escultura, a Rainha e Mãe toma ares de uma nobre dama que brinca com seu Filhinho e O abraça com todo afeto. “Sempre foi verdade — afirma o padre Dinarte Passos — que o estilo gótico atingiu o ideal em todas as artes, também, portanto, aqui na arte marial”.1

Depois da Idade Média, rompem- se os estreitos vínculos entre a arte e a Fé. A escultura e a pintura se materializam. Na Renascença e no período Moderno, enquanto progredia a técnica de como fazer, perdia- se em boa medida o espírito de como criar. Mas as manifestações de devoção a Nossa Senhora não deixaram de crescer também nessa época.

Mil formas de representá-La

Mãe de Deus, Imperatriz da China

Sendo Mãe, Maria quer entrar em contato com seus filhos, procura adaptar-Se aos bons aspectos deles, transmite-lhes mensagens. Daí nasceu o culto à Virgem Maria designando- A pelo nome do local onde Ela apareceu: Nossa Senhora de Fátima ou Nossa Senhora de Lourdes, por exemplo. Invocações há que expressam veneração por algum aspecto de sua vida, como Nossa Senhora Menina; ou algum episódio do Evangelho, Nossa Senhora do Desterro, que evoca a fuga para o Egito. Há também formas de representá-La de acordo com as particulares circunstâncias em que Ela nos ajuda: Nossa Senhora da Pena, inspiradora das artes e das letras; Nossa Senhora dos Mares ou Nossa Senhora da Estrada, protetora dos viajantes.

Dezenas são as festas celebradas em honra da Santíssima Virgem ao longo do ano, mas uma delas chama de modo especial a nossa atenção: a Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus, que a Igreja comemora no dia 1º de janeiro. Assim, o ano se inicia sob Seu olhar e Sua proteção.

A Maternidade Divina de Nossa Senhora é tão sublime que A coloca acima de todas as outras criaturas. Pois, segundo a expressão do Cardeal Caietano: “Somente a Bem-aventurada Virgem Maria chegou aos confins da divindade por sua própria operação natural, já que concebeu, deu à luz, engendrou e alimentou com Seu leite o próprio Deus”.2

Em vista de tanta sublimidade, ninguém será capaz de exprimir de modo perfeito e acabado — por qualquer tipo de obra artística ou literária — as mil facetas d’Aquela que, segundo São Tomás, tem uma “certa dignidade infinita”.3 Poderá alguém, ao menos, escolher entre várias representações de Nossa Senhora alguma cujo olhar exprima mais adequadamente Aquela que “chegou aos confins da divindade”?

1) Cf. PASSOS, CM, Dinarte Duarte. A Imagem da SS. Virgem através da História. Revista Eclesiástica Brasileira, dezembro 1947, v.VII, f.IV, p.868.

2) CAIETANO, apud ROYO MARÍN, OP, Antonio. Teología de la Perfección Cristiana. 9.ed. Madrid: BAC, 2001, p.89.

3) SÃO TOMÁS DE AQUINO. Suma Teológica, I, q.25, a.6, ad.4.

 Fonte: Revista Arautos do Evangelho, nº 100 – Abr. 2010

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Meditação para o Primeiro Sábado de janeiro de 2014

1) Fim do regime da lei dos profetas

João Batista é um importante marco na História da salvação, pois com ele termina a antiga Lei e se inicia a nova (1). Até ele, encontramos o regime da Lei e dos profetas; a partir dele, abre-se a era do Reino dos Céus (cf. Mt 11, 12-13). Figura única na História, adornada em vida de um prestígio incomparável, se levanta misteriosa e solene no encontro de ambos os Testamentos (2).

Teve ele o grande privilégio de ser santificado pela voz da própria Mãe de Deus, estando ainda em gestação no claustro maternal de Santa Isabel: “Porque logo que a voz da tua saudação chegou aos meus ouvidos, o menino exultou de alegria no meu ventre” (Lc 1, 44). Seu nascimento, contou com a presença de belos fenômenos místicos que se difundiram “por todas as montanhas da Judeia” (Lc 1, 65), trazendo como efeito, no fundo do coração dos que ouviam seus relatos, a ponderação: “Quem julgas que virá a ser este menino? Porque a mão do Senhor era com ele” (Lc 1, 66). Tal foi aquele acontecimento que seu pai, Zacarias, pôs-se a profetizar, confirmando as antigas previsões sobre o menino (cf. Lc 1, 67-79).

Depois de refugiar-se nos desertos “até o dia de sua manifestação a Israel” (Lc 1, 80), aparece realizando sua missão diante do povo que “o considerava como um profeta” (Mt 14, 5; 21, 26).

A prisão desse varão, o Precursor, tomado em plenitude pelo Espírito Santo (Lc 1, 15), determina o fim do regime da Lei e dos profetas e o começo da pregação sobre o Reino dos Céus, conforme veremos. (Leia mais aqui!)

Veja também: Meditação para o Primeiro Sábado de dezembro de 2013