Boletim Informativo janeiro/fevereiro 2018

A grande fé demonstrada pelos Reis Magos na Epifania nos deve servir de exemplo. A Santa Igreja Católica Apostólica Romana é a estrela que nos guia até Jesus.

Mons. João Scognamiglio Clá Dias, EP

A Epifania do Senhor

A Solenidade da Epifania do Senhor, ou Adoração dos Reis Magos, é para nós mais importante, em certo sentido, do que o próprio Natal – embora este seja mais celebrado
– por nos tocar muito de perto. Como assim?

Era uma época auge… Auge de decadência da humanidade! A situação social, política e, sobretudo, moral, era a pior possível. O mundo, penetrado de desprezos, ódios e invejas, havia chegado ao fundo de um abismo, e a civilização antiga encontrava-se num impasse, pois ninguém vislumbrava uma solução para a crise que lhe minava os fundamentos.

E é esse o tempo em que nasce Nosso Senhor Jesus Cristo, numa localidade judaica, em Belém, de uma Mãe judia e para os judeus. Ele dirá mais tarde aos Doze, ao enviá-los em missão: “Ide antes às ovelhas que se perderam da casa de Israel” (Mt 10, 6). Dir-se-ia que a vocação do Messias se restringia ao povo eleito. Entretanto, alguns dias depois do seu nascimento recebe os Magos, oriundos de terras longínquas, significando a universalidade da Redenção e antecipando o chamado à gentilidade, que tornaria claro na iminência de subir aos Céus, ao dar o mandato aos Apóstolos: “Ide, pois, e ensinai a todas as nações;
batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28, 19).

Ele veio para todos os outros povos, portanto também para nós. Deus se manifestou a todas as classes sociais, nobres e plebeus, à multiplicidade das raças e nações, a sábios e ignorantes, aos poderosos e aos de condição humilde, sem excluir ninguém.

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Guiados por uma estrela

Um dos elementos principais, ao contemplarmos o episódio da Epifania, é a visão da estrela que levou os Magos a se porem a caminho. Segundo São Tomás de Aquino, a estrela avistada pelos Reis Magos, não era um astro como os demais, pois tinha sido criada por Deus para aquela circunstância, não no céu, mas na atmosfera, perto deles, com o objetivo de manifestar a realeza celeste do Menino que nascera em Belém.1

O Espírito Santo falou no fundo da alma dos Reis, inspirando-lhes a fé no advento do Messias. Com efeito, muitos outros avistaram a estrela, pois ela não fora invisível; todavia, nem todos acreditaram, só aqueles que foram favorecidos por moções do Espírito Santo.

Por isso ressalta São Tomás o papel da graça, como um raio de verdade mais luminoso que a estrela, a instruir os corações dos Magos. É, então, mais importante a comunicação direta do Espírito Santo, do que os meros sinais sensíveis.2

A Igreja, estrela que nos guia até Jesus

A grande fé demonstrada pelos Reis Magos na Epifania nos deve servir de exemplo. A Santa Igreja Católica Apostólica Romana é a estrela que nos guia até Jesus. Sim! Ela, a distribuidora dos Sacramentos, promotora da santificação e dispensadora de todas as graças, faz o papel de uma estrela a cintilar diante de nossos olhos, através do esplendor de sua Liturgia, da infalibilidade de sua doutrina, da santidade de suas obras, convidando-nos a obedecer à voz do Divino Espírito Santo que fala em nosso interior.

Quem a ela se abraçar terá conquistado a salvação, quem se separar dela seguirá por outros caminhos e não chegará à Belém eterna, onde está aquele Menino, agora sim, glorioso e refulgente pelos séculos dos séculos.

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1 Cf. SÃO TOMÁS DE AQUINO, Suma Teológica, III, a.7; a.5.
2 Cf. Idem, a.5, ad 4.

Veja também: Um profético documento pontifício sobre o Santo Rosário

Natal com os necessitados

Membros do Apostolado do Oratório e cooperadores dos Arautos, juntamente com sacerdotes, visitaram um hospital infantil e um hospital geriátrico neste último Natal

O Bom Samaritano, por Francesco Fontebasso. Museu Diocesano de Trento – Italia

A alegria da caridade

No dia 23 de dezembro, a visita foi no Hospital Infantil Cândido Fontoura, no bairro da Mooca em São Paulo. E no próprio dia  de Natal, os idosos do hospital Geriátrico Pedro II foram visitados pelos Arautos do Evangelho. Em ambos locais foram entregues presentes, distribuídos bençãos e escapulários aos pacientes e funcionários, como também,  alguns sacramentos foram ministrados.

No Hospital Geriátrico Dom Pedro II a visita contou com a presença de sua excia. revma. Dom Sergio de Deus, bispo auxiliar de São Paulo, o qual congratulou-se com os Arautos e presidiu a Celebração Eucarística na capela do hospital.

As fotos a seguir dizem mais que mil palavras.

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 Veja também: Visita à famílias carentes na Bahia

Há um ano …

No ano de 2016, os missionários percorreram mais de 25 000 Km, passando por 10 estados do território nacional realizando Missões em mais de 30 cidades. Entretanto, muito mais significativo do que estes números, foram a acolhida dos fiéis e as graças de Nossa Senhora

Ir. Mozart Ramiro, EP

Paróquia São José em Guapiara

Em dezembro o ano encerrou-se na cidade de Guapiara/SP, na Paróquia São José. Em seguida, já em janeiro, as primeiras missões de 2017 foram em Campos Novos Paulista/SP, na Paróquia São José, em Fartura/SP, na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, e em Águas da Prata/SP, na Paróquia Nossa Senhora Aparecida e São Roque. (fotos abaixo).

Com a grata lembrança dos dias que passamos juntos, deixamos aqui nossos calorosos cumprimentos a estas cidades pelo aniversário de um ano de tão importante trabalho de evangelização.

16 Anos do Apostolado do Oratório em Pinheiro/MA

A cidade de Pinheiro no Maranhão, assim como os Magos em Belém, ofereceu um presente ao Menino Jesus. Uma grande festa pelos seus dezesseis anos de devoção, serviço e dedicação ao Imaculado Coração de Maria

Grande público compareceu à Missa em frente à Igreja da Imaculada Conceição

A cidade de Pinheiro fica a uma distância de 340 km da capital São Luis. Perto encontra-se outras comunidades do Apostolado do Oratório, também numerosos e fervorosos, como o da,cidade de São Bento, da Paróquia Sagrado Coração de Jesus em São Luis do Bequimão, além é claro, da Capital, São Luis,

A cada ano, além de perseverar os grupos já existentes, novos são formados. Agora já são 63 grupos do oratório do Imaculado Coração de Maria, distribuídos em cinco paróquias, que percorrem as casas levando o perfume da presença da Santíssima Virgem a esses lares.

A Missa foi celebrada pelo padre Ribamar Frazão, pároco da Paróquia Imaculada Conceição

Veja as fotos deste dia.

Veja mais:

Frutos da Missão Mariana no Riacho Fundo/DF

Tardes de Louvor com Maria em Maringá e Astorga/PR

Mensagem de Natal 2017

Caríssimos coordenadores, coordenadoras, participantes e leitores de nosso blog, Salve Maria!

Por ocasião do Santo Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo, pedimos ao Menino Deus, por intercessão da Santíssima Virgem e de seu Castíssimo Esposo São José, que conceda a todos e a cada um suas melhores graças e bênçãos e que estas se prolonguem durante o ano de 2018.

Agradecemos a valiosa dedicação de todos, que tornou possível a evangelização de tantas famílias neste ano e pedimos à Santíssima Virgem que fecunde ainda mais esse importante apostolado ao longo do novo ano que se aproxima.

Que o Menino Jesus cresça em graça e santidade (Lc, 2, 40) no coração de todos e de cada um, atraindo para Si as almas eleitas que verão, por fim, o triunfo do Imaculado Coração de Maria.

Apostolado do Oratório
Natal de 2017

A Luz resplandece nas trevas

Quando a escuridão do pecado parecia dominar o mundo, nasce em Belém
um Menino, que nos deixou sua luz a refulgir por todos os tempos

Ir. Leticia Gonçalves de Sousa, EP

Há certas horas da noite em que as trevas parecem estender seu reinado por toda a parte. As alegrias e vivacidades do dia são substituídas por uma densa obscuridade, pervadida de silêncio e carregada com o pesado fardo da incerteza e do perigo. Perante ela poder-se-ia perguntar: terá triunfado definitivamente a escuridão sobre a luz? A resposta, porém, está na espera… Em determinado momento, uma tênue réstia de luz quebra o negrume da noite e uma claridade suave começa a desvendar as belezas da criação.

É a aurora que chega, anunciando o dia! Não obstante, existem trevas muito mais densas e terríveis do que as da noite: são as do pecado, que passaram a dominar o mundo depois da culpa original. E para vencê-las foi preciso também esperar, durante séculos!… Até que “a luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela” (Jo 1, 5). Quando tudo parecia imerso  nas sombras da morte, nasce “a verdadeira luz” (Jo 1, 9), Deus feito Homem, o Cordeiro Imaculado posto nas palhas de um Presépio, para redimir o gênero humano e vencer as trevas do pecado.

“Na mais feliz noite da História, os atributos de Deus se tornaram menos impenetráveis para nós. Jesus, além de externar a grandeza de sua onipotência, elevando o homem à divinização pela graça, pôde dizer-Se impecável: ‘Quem de vós Me acusará de pecado?’ (Jo 8, 46). […] Essas dádivas todas começaram seu curso na Gruta de Belém, trazidas pelo Menino Deus, coberto não só pelo estrelado manto da noite, como também por um véu de mistério”.1

Presépio da Sede do Apostolado do Oratório em São Paulo

E que mistério!… Mesmo depois de consumada a Redenção, quis Ele deixar sua luz a refulgir por todos os tempos na Santa Igreja Católica Apostólica Romana. Ela é a dispensadora das graças, pelos Sacramentos, e transforma as almas mais gélidas e obscuras em autênticos faróis de santidade. É ela que matiza o céu da História, ora com as luzes da inocência, ora com a brilhante púrpura do sofrimento, ora com o lilás das almas penitentes. Que nela fulgure sempre a luz de Cristo, e que Maria Santíssima, Mãe da Igreja, ao trazer ao mundo a aurora da salvação, obtenha a graça de que sua ação se estenda pelos quatro cantos da Terra, conquistando todos os povos para seu Divino Filho, que veio como “luz para iluminar as nações” (Lc 2, 32).

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1 CLÁ DIAS, EP, João Scognamiglio. Eternidade feliz. In: O inédito sobre os Evangelhos. Comentários aos Evangelhos dominicais. Domingos do Advento, Natal, Quaresma e Páscoa – Solenidades do Senhor que ocorrem no Tempo Comum. Ano A. Città del Vaticano-São Paulo: LEV; Lumen Sapientiæ, 2013, v.I, p.120.

Veja mais: Dois Natais históricos