Dois silêncios que mudaram a História

IV Domingo do Advento

Duas criaturas puramente humanas intervêm no mais grandioso acontecimento da História: a Encarnação do Verbo. Diante do silêncio de Maria face à realização n’Ela desse sublime mistério, São José atravessa uma provação terrível e lancinante. E pratica, também em silêncio, um dos maiores atos de virtude jamais realizados sobre a Terra

Mons. João S.  Clá Dias, EP

 


18 A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua Mãe, estava prometida em casamento a José, e, antes de viverem juntos, Ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo. 19 José, seu marido, era justo e, não querendo denunciá-La, resolveu abandonar Maria em segredo. 20 Enquanto José pensava nisso, eis que o Anjo do Senhor apareceu-lhe, em sonho, e lhe disse: “José, filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque Ela concebeu pela ação do Espírito Santo. 21 Ela dará à luz um Filho, e tu Lhe darás o nome de Jesus, pois Ele vai salvar o seu povo dos seus pecados”. 22 Tudo isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: 23 “Eis que a Virgem conceberá e dará à luz um Filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, o que significa: Deus está conosco”. 24 Quando acordou, José fez conforme o Anjo do Senhor havia mandado, e aceitou sua esposa (Mt 1, 18-24).

Após a Encarnação, Maria guarda silêncio

18 A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua Mãe, estava
prometida em casamento a José, e, antes de viverem juntos, Ela
ficou grávida pela ação do Espírito Santo.

De acordo com o direito judaico da época, o matrimônio entre israelitas era constituído por dois atos distintos aos quais poderíamos chamar de esponsais e núpcias.

Antes do casamento, os pais dos nubentes redigiam o contrato matrimonial, onde constavam os bens que cada parte entregaria para formar o patrimônio da nova família. Bem estabelecido esse ponto, realizava-se uma cerimônia, diante de testemunhas, na qual o noivo entregava simbolicamente à noiva um objeto de valor. Com esse gesto ficava selado o compromisso, tornando-se os contraentes marido e mulher, pois os esponsais judaicos “constituíam verdadeiro contrato matrimonial”.1

Embora a partir desse momento fosse permitido ao casal morar sob o mesmo teto, era costume esperar até as núpcias, que seriam celebradas algum tempo depois, durante as quais o esposo conduzia solenemente a esposa à sua casa, entre festas e manifestações de júbilo.

Assim, ao afirmar que Maria “estava prometida em casamento a José, e, antes de viverem juntos, Ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo”, o Evangelista situa a Encarnação do Verbo no período posterior à cerimônia do compromisso, mas antes de Maria ir habitar na casa do esposo.


É nesse intervalo que a Mãe de Deus, acompanhada por José, empreende a viagem à casa de sua prima. Ainda não eram visíveis os sinais da gravidez de Maria; e quando Isabel glorificou-Lhe a maternidade divina, proclamando-A Bem-Aventurada, falou sob inspiração do Espírito Santo.

A solene saudação da prima não perturbou nem surpreendeu a Virgem Maria; mas, exímia na prática da humildade, esforça-Se em elevar a atenção até Deus, proclamando no Magnificat as grandes maravilhas feitas n’Ela pelo Altíssimo. Nada diz da aparição do Arcanjo Gabriel, nem sequer anuncia a maior novidade de todos os tempos: a chegada do Redentor!

Pareceria compreensível que Ela convidasse parentes e amigos para se unirem em orações de preparação e de ação de graças, durante os nove meses de espera do nascimento do Messias. Entretanto, Maria guarda completo silêncio sobre aquele mistério inefável, até com o próprio esposo, pois nenhuma ordem recebera de Deus em sentido contrário. Revela, assim, uma excelsa submissão e docilidade aos desígnios da Providência.

O esposo de Nossa Senhora era justo

19a José, seu marido, era justo…

São José era justo, frisa o Evangelista. E diante dessa Virgem que lhe fora dada como esposa, cuja virtude deixou surpresos até os Anjos,2 tomou uma atitude humilde e admirativa.

Pode-se conjecturar que, à medida que melhor A ia conhecendo, crescia seu enlevo por Ela. Percebia a indignidade de qualquer homem, por mais virtuoso que fosse, para ser esposo daquela Virgem angelicalmente pura, que não padecia da fomes peccati, a inclinação para o mal presente em todos os seres humanos.

Decerto, admirava-se de ver como tudo Ela fazia de maneira perfeita: desde um simples movimento de mão ou um rápido olhar, até a forma de pronunciar as palavras com o mais harmonioso dos timbres de voz; o modo incomparavelmente afável de acolher os outros ou o recolhimento com que rezava. A cada dia devia aumentar sua convicção de estar em total desproporção com aquela Virgem Santíssima que a Providência lhe outorgara por esposa.

Ora, alguns meses depois, quando São José foi buscar Nossa Senhora na casa de Santa Isabel, eram visíveis os sinais da gestação do Menino Jesus. Contudo, Ela nada lhe disse… E ele nada perguntou…

Uma coisa era certa: como afirma um famoso mariólogo, “ele bem sabia como era admirável a virtude de Maria, e, apesar da evidência exterior dos fatos, não conseguia acreditar ser Ela culpada”.3

A santidade da Virgem Maria era inquestionável e afastava qualquer suspeita da mente do Santo Patriarca. Todavia, também evidente e inexplicável era a realidade. Compreendeu, então, que se deparava com um mistério e, não diminuindo em nada sua admiração pela Virgem das virgens, aceitou sem reparos os desígnios divinos que não alcançava entender. A virtude ímpar de sua esposa falava mais alto do que aquela situação incompreensível, como canta com inspiradas palavras o autor da Obra Imperfeita:

“Ó inestimável louvor de Maria! Acreditava São José mais na castidade de sua esposa do que naquilo que seus olhos viam, mais na graça do que na natureza: percebia claramente que Ela era Mãe, e não podia crer que fosse adúltera; julgou ser mais possível uma mulher conceber sem concurso de varão do que Maria poder pecar”.4

Não há dúvida de que São José, diante do mistério da milagrosa Encarnação do Verbo, proclama um verdadeiro fiat! Pois, sem deixar-se levar por uma visualização humana, e confiando inteiramente na virtude da Mãe de Deus, põe-se com docilidade nas mãos da Providência: “Faça-se aquilo que Vós quereis, embora eu não chegue a compreendê-lo!”.

José decide abandoná-La em segredo

19b …e, não querendo denunciá-La, resolveu abandonar Maria em
segredo.

Segundo a Lei Mosaica, estando Maria para dar à luz sem a menor participação dele, devia José adotar uma das quatro atitudes seguintes: a primeira era denunciar a esposa a um tribunal, pedindo a anulação dos esponsais; a segunda, levá-La para sua casa, como se fosse o pai do nascituro; a terceira, repudiá-La publicamente, embora escusando-A e sem pedir castigo; e a quarta, emitir libelo de repúdio em privado, diante de duas testemunhas e sem alegar os motivos.5 Ora, qualquer dessas hipóteses era impensável para São José, pois em todas ficaria lesada a honra de Nossa Senhora.

Havia, entretanto, uma quinta saída: fugir, abandonando a esposa grávida, subtraindo-se assim às obrigações impostas pela Lei. Deste modo, assumiria sobre si a infâmia de ter abandonado sem motivo a esposa inocente e o futuro filho, ficando ele mal perante a sociedade. Foi esta a sua escolha. Ademais, como bem aponta uma importante corrente de comentaristas, diante de mistérios sobrenaturais de tal maneira impenetráveis, São José sentia-se cada vez menos merecedor do sublime convívio com Maria Santíssima e o Filho que d’Ela iria nascer. Assim entende, por exemplo, o padre Jourdain: “José quis afastar-se de Maria por julgar-se indigno de viver na companhia de uma Virgem tão santa”.6

Silêncio motivado pela humildade

Bem se compreende que José tenha resolvido abandonar Maria “em segredo”, a fim de pô-La a salvo de qualquer suspeita. Mas, por que ocultar-Lhe essa decisão? Somente um extremo de delicadeza, próprio das almas mais alcandoradas, pode nos explicar esse silêncio: receava colocar sua esposa na contingência de expor-lhe aquele mistério que ele, por humildade, julgava não ser digno de conhecer.

Na viagem de volta da casa de Santa Isabel, possivelmente, meditava São José sobre tudo isso em seu coração, e ao chegar a Nazaré foi dormir, na paz, com a disposição de, no dia seguinte, partir às ocultas. Nossa Senhora do seu lado, tendo ciência infusa, discernia o que se passava na alma do esposo e rezava. Que admirável equilíbrio de alma o do Santo Patriarca, capaz de, nessas circunstâncias, conciliar o sono! Quão extraordinária virtude a desse incomparável varão, cuja alma a Providência acrisolava com o sofrimento, a fim de melhor prepará-lo para o seu papel de pai jurídico de Jesus e guardião da Sagrada Família!

O Anjo do Senhor resolve o impasse

O episódio da provação de São José é dos mais pungentes e grandiosos já havidos em matéria de confiança. Nele, esta virtude é eximiamente praticada tanto por Nossa Senhora em relação a Deus e a seu esposo, como por este em relação a Deus e a Ela. Ambos souberam manter um silêncio humilde e confiante.

Vejamos como resolveu a Providência o impasse criado por esses dois silêncios que se entrecruzaram…

20a Enquanto José pensava nisso, eis que o Anjo do Senhor
apareceu-lhe, em sonho, e lhe disse: “José, filho de Davi…”

Frisando ser José, como Maria, filho de Davi, o Anjo evoca a promessa divina de que Cristo nasceria dessa linhagem, ou seja, da mais nobre estirpe do povo eleito. Afirmação esta que Fillion leva mais longe ainda, ao escrever: “José era então o principal herdeiro de Davi”.7

Aparece aqui um importante elemento para bem avaliarmos o papel de São José na Sagrada Família e na própria ordem da Encarnação. Assim como Deus escolheu, desde toda a eternidade, a Mãe da qual nasceria Jesus, algo semelhante fez com aquele que seria o pai nutrício do Verbo Encarnado, dotando-o dos mais altos atributos, inclusive do ponto de vista natural.

O Anjo dissipa a provação de São José

20b “…não tenhas medo de receber Maria como tua esposa,
porque Ela concebeu pela ação do Espírito Santo”.

Para dissipar a provação de José a respeito de sua insuficiência no campo sobrenatural em relação à santidade de Maria, o Anjo o convida a não ter medo de recebê-La como esposa. Ao anunciar-lhe que Maria concebera pelo Espírito Santo, mostrava-lhe também não estar Ela — como, aliás, nenhuma criatura humana — à altura desse sublime mistério. Portanto, o Paráclito que A escolheu haveria de dar-Lhe as graças para o cumprimento de sua incomparável missão. E o mesmo se passaria com ele, José.

21a “Ela dará à luz um Filho, e tu Lhe darás o nome de Jesus…”

Logo depois de revelar-lhe a miraculosa maternidade de Maria, o Anjo dirige-se a São José como verdadeiro chefe da família, a quem compete dar o nome à criança. Trata-se do reconhecimento de sua participação no magno acontecimento da Encarnação: apesar de não haver contribuído em nada fisicamente para aquela concepção, e embora sendo inferior a Jesus e Maria no plano sobrenatural, é-lhe reconhecido o direito, como esposo, sobre o fruto das entranhas de sua mulher.

Cumpre-se a profecia de Isaías

21b “…pois Ele vai salvar o seu povo dos seus pecados”.

As primeiras palavras do Anjo haviam salientado o acerto da atitude heroicamente virtuosa de São José quando, considerando estar diante de uma manifestação sobrenatural cujo significado ele não alcançava, decidiu guardar silêncio e confiar na Providência Divina.

Mas, aqui, a realidade surge mais grandiosa do que ele poderia ter imaginado. O Menino “vai salvar o seu povo dos seus pecados”, disse-lhe o Anjo. Ora, isto só é possível a alguém divino. Deixa assim patente o mensageiro celeste que o Filho por nascer de Maria era não só Filho do Altíssimo, mas também Deus Ele próprio.

Com base simplesmente nas profecias do Antigo Testamento, ninguém poderia afirmar que o Messias, o Justo, seria o próprio Criador! Pois a Encarnação do Verbo, a Redenção e a participação do homem na natureza divina, pela graça, são verdades inacessíveis à mente humana pelo mero concurso da razão.

Ademais, ao dizer “vai salvar o povo dos seus pecados”, aponta bem o Anjo a diferença entre a missão sobrenatural do Messias e a ilusão mundana, nutrida pelos fariseus, de uma libertação do jugo dos romanos e de uma supremacia temporal do povo eleito. “O meu Reino não é deste mundo” (Jo 18, 36), dirá mais tarde Nosso Senhor.

22 Tudo isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor havia
dito pelo profeta: 23 “Eis que a Virgem conceberá e dará à luz um
Filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, o que significa:
Deus está conosco”.

As palavras do Anjo a São José haviam confirmado de modo irretorquível estar se cumprindo, naquele momento, a profecia feita por Isaías ao rei Acaz, a qual se encontra na primeira leitura da Liturgia deste domingo: “Eis que uma Virgem conceberá e dará à luz um Filho” (Is 7, 14). O que fora incompreensível para Acaz por causa da sua dureza de coração, o esposo de Maria compreendeu inteiramente graças à sua robusta e humilde fé.

A obediência exímia de São José

24 Quando acordou, José fez conforme o Anjo do Senhor havia mandado, e aceitou sua esposa.

Bem podemos imaginar que, vencida a provação, ao acordar de manhã, foi São José logo adorar a Jesus Cristo no seu primeiro e mais santo sacrário: Maria Santíssima. Deus tinha Se encarnado e ali estava, sob sua guarda! Ele já não mais poderia olhar para Nossa Senhora sem adorar o Deus Menino entronizado naquele incomparável tabernáculo.

É de se supor que, sem dizer palavra alguma, ele tenha se ajoelhado diante de Nossa Senhora.

Ela teria discernido, por esse ato de seu esposo, que Deus lhe comunicara a grande nova, e deve ter dado graças ao Senhor.

Sem dúvida, São José, depois de atravessar com admirável paz de alma uma terrível e lancinante provação, teve esse momento gloriosíssimo de adoração ao Menino Jesus vivendo em Maria.

Elevado ao plano da união hipostática

Ao selecionar este Evangelho para o último domingo antes da Natividade do Senhor, a Igreja nos convida a considerar duas criaturas puramente humanas — Maria e José — à luz da Encarnação do Verbo, elevando assim as nossas cogitações até o sétimo e mais alto plano da ordem da criação, acima dos minerais, vegetais, animais, homens, Anjos, e até da própria graça. Desse elevadíssimo plano hipostático, só Jesus Cristo, Homem-Deus, participa em estado absoluto.

Também Nossa Senhora, a seu modo, participa dessa ordem hipostática, por ter cooperado de forma moral e livre para a Encarnação, com seu “Fiat!” (cf. Lc 1, 38), bem como por ter contribuído fisicamente para a formação do Corpo de Cristo. “Por essa colaboração, Maria consegue tocar com sua própria operação a Deus”,8 afirma o dominicano frei Bonifácio Llamera.

Ora — segundo o padre Bover e vários outros autores —, o próprio São José foi unido a esse mistério extraordinário, embora “não fisicamente, como a Virgem Mãe de Deus, mas moral e juridicamente”.9 Pois, segundo afirma o mencionado padre Llamera,10 além de intervir na constituição da ordem hipostática pelo seu consentimento livre e voluntário, ele coopera de forma direta e imediata na conservação dessa mesma ordem.

A análoga conclusão chega, sob um prisma diverso, o padre Garrigou-Lagrange, o qual afirma que a missão de São José vai além da ordem da natureza, e não somente humana, mas também angélica. Para melhor frisar seu pensamento, o teólogo dominicano levanta uma pergunta a respeito dessa missão: “Será ela somente da ordem da graça, como a de São João Batista, o qual prepara as vias da Salvação; como a missão universal dos Apóstolos na Igreja para a santificação das almas; ou a missão particular dos fundadores de ordens?”.11 E apresenta esta resposta: “Observando de perto a questão, vê-se que a missão de São José ultrapassa até a ordem da graça, e confina com a ordem hipostática constituída pelo próprio mistério da Encarnação”.12

“Deus pediu à Virgem” — comenta o padre Llamera — “seu consentimento para a Encarnação. Ela o concedeu livremente, e neste ato voluntário se radica sua maior glória e mérito”.13 Mas também ao Santo Patriarca foi solicitada sua anuência ao virginal matrimônio com Maria, condição para a Redenção; outrossim, pediu-lhe a Providência uma heroica aceitação, sem entender, do mistério da Encarnação: mais acreditou ele na inocência de Maria do que na evidência da gravidez, constatada pelos seus olhos. Sem dúvida, foi esse fiat! de São José um dos maiores atos de virtude jamais praticados na Terra.

Abre-se assim ante nossos olhos, às portas do Natal, um vastíssimo panorama em relação aos tesouros de graça depositados na alma do esposo virginal de Maria e pai adotivo de Jesus.

Segundo uma piedosa afirmação, “sabemos que algumas almas, por predileção divina, como as de Jeremias e do Batista, foram santificadas antes de verem a luz do dia.

Ora, o que diríamos de José? […] [Ele] supera todos os outros Santos em dignidade e santidade; somos, pois, livres para conjecturar que, embora não esteja consignado na Escritura, ele deve ter sido santificado antes de seu nascimento e mais cedo que qualquer um dos demais, pois todos os Santos Doutores concordam ao dizer que não houve nenhuma graça concedida a qualquer Santo, exceto Maria, que não tenha sido concedida a José. […] A grande finalidade que Deus tinha em vista ao criar São José era associá-lo ao mistério da Encarnação […].

Ora, para corresponder a tão elevada vocação, a qual, depois da Virgem Mãe, foi superior a todas as outras, quer dos Anjos ou dos Santos, José deveria necessariamente ter sido santificado em eminentíssimo grau, para ser digno de assumir sua posição na sublime ordem da união hipostática, na qual Jesus teve o primeiro lugar e Maria, o segundo”.14

Enfim, não desvendará ainda a teologia insuspeitadas maravilhas na pessoa de São José, o castíssimo chefe da Sagrada Família e Patriarca da Santa Igreja Católica Apostólica Romana? ♦

 


O Inédito sobre os Evangelhos, Vol, 01. Tempo do Advento.
1) LLAMERA, OP, Bonifacio. Teología de San José. Madrid: BAC, 1953, p.39
2) A respeito da admiração dos Anjos para com a Virgem Santíssima, diz Buldú: “Não se pense que somente quando os Anjos viram Maria no Céu e sentada no trono da glória, A saudaram como Rainha. Não. Desde o primeiro instante de sua vida já Lhe tributaram os devidos obséquios, pelo fato mesmo de que, desde então, transportados em êxtase de admiração, suspiravam por esta Mulher singularíssima, que embora vinda de um deserto, Se apresentava cheia de graça e de grandeza. Por conseguinte, perguntando-se uns aos outros, e pedindo-se mutuamente a explicação deste grande acontecimento, deste fato único nos anais dos fatos mais extraordinários e solenes, desta indizível maravilha, exclamavam: ‘Quem é esta que sobe do deserto, inebriada de delícias?’ (Ct 8, 5)” (BULDÚ, Ramón (Dir.). Tesoro de oratoria sagrada. 2.ed. Barcelona: Pons, 1883, v.IV, p.327-328).
3) JOURDAIN, Zéphyr-Clément. Somme des grandeurs de Marie. 2.ed. Paris: Hippolyte Walzer, 1900, t.II, p.321.
4) AUTOR INCERTO. Opus imperfectum in Matthæum. Homilia I, c.1: MG 56, 633.
5) Cf. TUYA, OP, Manuel de. Biblia Comentada. Evangelios. Madrid: BAC, 1964, v.V, p.27-28.
6) JOURDAIN, op. cit., p.323.
7) FILLION, Louis-Claude. La Sainte Bible commentée. Paris: Letouzey et Ané, 1912, t.VII, p.25.
8) LLAMERA, op. cit., p.120.
9) BOVER. De cultu S. Joseph amplificando, apud LLAMERA, op. cit., p.132.
10) Cf. LLAMERA, op. cit., p.137-138
11) GARRIGOU-LAGRANGE, OP, Réginald. La Mère du Sauveur et notre vie intérieure. Paris: Du Cerf, 1954, p.347.
12) Idem, p.348.
13) LLAMERA, op. cit., p.120.
14) THOMPSON, Edward Healy. The Life and Glories of Saint Joseph. London: Burns & Oates, 1888, p.41.

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