No seio de Sant’Ana, a vitória do Bem contra o Mal

A presença de Nossa Senhora na Terra era uma fonte de graças para todos aqueles que d’Ela se aproximavam na sua infância, ou mesmo quando ainda Se encontrava no seio de Sant’Ana

Plinio Corrêa de Oliveira

Porque concebida sem pecado original, Nossa Senhora, afirmam os teólogos, foi dotada do uso da razão desde o primeiro instante de seu ser.

Portanto, já no ventre materno Ela possuía altíssimos e sublimíssimos pensamentos, vivendo no seio de Sant’Ana como num verdadeiro tabernáculo.

Temos uma confirmação indireta disso no que narra a Sagrada Escritura a respeito de São João Batista. Ele, que foi engendrado no pecado original, ao ouvir a voz de Nossa Senhora saudando Santa Isabel, estremeceu de alegria no seio de sua mãe.

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O Precursor e a restituição

II Domingo do Tempo Comum

Ao ver Jesus vir a ele no Jordão, João era já pregador de grande prestígio, profeta como nunca houvera em Israel. Entretanto, longe de sentir inveja, o Batista reagiu com heroica humildade e ilimitada servidão, testemunhando ser aquele Homem o Filho de Deus

Mons. João S. Clá Dias, Fundador dos Arautos do Evangelho

“Naquele tempo: 29 João viu Jesus aproximar-Se dele e disse: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. 30 D’Ele é que eu disse: ‘Depois de mim vem um Homem que passou à minha frente, porque existia antes de mim’. 31 Também eu não O conhecia, mas se eu vim batizar com água, foi para que Ele fosse manifestado a Israel”. 32 E João deu testemunho, dizendo: “Eu vi o Espírito descer, como uma pomba do Céu, e permanecer sobre Ele. 33 Também eu não O conhecia, mas Aquele que me enviou a batizar com água me disse: ‘Aquele sobre quem vires o Espírito descer e permanecer, este é quem batiza com o Espírito Santo’. 34 Eu vi e dou testemunho: ‘Este é o Filho de Deus!’”(Jo 1, 29-34).

Um dos mais belos encontros da História

“O semelhante se alegra com seu semelhante”, diz um antigo provérbio latino, e de fato é esse um princípio intrínseco a todos os seres com vida, na medida em que sejam passíveis de felicidade. Deus nos criou e fez uns dependerem dos outros, aperfeiçoando-nos com o mais entranhado dos instintos, o de sociabilidade. Se para um pássaro constitui motivo de gáudio o encontrar-se com outro da mesma espécie, para nós, esse fenômeno é mais intenso. Ora, se grande é o júbilo de duas crianças afins ao se encontrarem pela primeira vez no colégio, qual não terá sido a reação dos dois maiores homens de todos os tempos, ao se contemplarem face a face?

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O poder da voz de Maria

Ao som da voz de Maria Santíssima, São João Batista, ainda no seio materno, estremeceu de júbilo e, segundo os teólogos, nesse mesmo instante foi purificado da mancha original

Plínio Corrêa de Oliveira

Este fato nos revela a poderosa intercessão de Maria. O eco de sua voz transformou um homem, conferindo-lhe um eminente grau de santidade.

Eis o que devemos esperar da Santíssima Virgem: que sua voz fale no íntimo de nossas almas, e que, de um momento para o outro, esse timbre imaculado nos santifique, concedendo-nos uma virtude que anos de lutas e de trabalhos não nos proporcionaram.

Por isso, todo aquele que tenha algum desânimo, tristeza ou perplexidade na vida espiritual pode fazer a sua prece que a liturgia tomou das palavras do centurião a Jesus (Lc VIII, 6-7) e dirigir-se a Maria Santíssima: “Senhora, eu não sou digno de ouvir a vossa voz, mas dizei uma só palavra e a minha alma será transformada, de um momento para o outro, se Vós assim o quiserdes”.1

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