Por Padre Rafael Ramón Ibarguren Schindler*. Qual é a gênese, a origem, a base sobre a qual se assenta a santidade, aspiração de todo batizado? Parte de um reconhecimento sincero do nada da miséria humana, e do encanto pela totalidade única e benevolente que é Deus. O cântico do Magnificat proclamado pela Santíssima Virgem, é como a rocha firme sobre a qual se constrói o edifício da santidade. Essa disposição de espírito humilde e agradecida, constitui o preâmbulo necessário para ser Santo, antes mesmo da prática dos mandamentos, do exercício das obras de misericórdia, ou da compreensão dos artigos do Credo. Sem humildade e sem o poder de Deus que nos auxilia com sua graça, não há mérito nem há santidade.
O Rosário. A oração que move montanhas
Há uma confiança heroica pela qual não desistimos de esperar, apesar de tudo. Por vezes, essa confiança faz a alma “sangrar”, mas ela continua a confiar
Plínio Corrêa de Oliveira
Por vezes essa confiança nos faz dizer: “A promessa interior, inefável, que Nossa Senhora me fez não falhará. Confiarei e cumprirei a minha missão. Eu confio na palavra d’Ela!”
Mãe de Deus e nossa Mãe
Maternidade Divina de Nossa Senhora
Deus, estabelecendo a união hipostática com a natureza humana, dignificou toda a Criação. Ele quis que essa união se operasse no seio virginal de Maria Santíssima, Aquela que supera todas as meras criaturas
Plínio Corrêa de Oliveira
A importância da Maternidade Divina para a piedade católica está em que todas as graças extraordinárias pela Virgem Maria recebidas, que fizeram d’Ela uma criatura única em todo o universo e na economia da salvação, têm como título e ponto de partida o fato de Maria ser Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Essência da devoção mariana
Deus eterno, perfeito, cria os Anjos e, abaixo deles, os homens.
Mas a Encarnação, a união hipostática, é estabelecida não com Anjos, mas com a natureza humana. Parece uma contradição, pois a dignidade superior dos Anjos pediria que a união hipostática fosse feita com o mais alto dos coros angélicos.
Feliz 2020!
Juntos na mesma caminhada
Sob o patrocínio da Santa Mãe de Deus um novo ano se inicia, para nos indicar que tudo nos vem de Deus por intermédio d’Ela
Pe. Antônio Guerra, EP
Agradeçamos, assim, à Santíssima Virgem, todas as graças concedidas ao longo do ano que findou e nos confiemos ao seu poderoso auxílio nas lutas que certamente virão, pois, como diz Jó “é uma batalha a vida do homem sobre a terra”, tendo em vista, entretanto, que, “de mil soldados não teme a espada, quem pugna à sombra da Imaculada”. Nesse sentido, nada melhor do que recordar aqui as palavras do Papa João XXIII em sua Mensagem de Natal de 1959, mais atuais do que nunca:
Deus quer nos dar tudo em abundância
A criação do universo foi como um transbordamento do que há em Deus, mais ou menos à maneira de um champagne que extravasa da garrafa e se derrama em taças. Ele quis nos criar para nos tornar partícipes da felicidade d’Ele, e por isso “o Verbo Se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1, 14)
Monsenhor João S. Clá Dias, EP, Fundador dos Arautos do Evangelho e do Apostolado do Oratório
“O ladrão só vem para roubar, matar e destruir. Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10, 10).
Em linguagem parabólica, Jesus indica o pecado daqueles que desviam os outros da Religião verdadeira: matam as almas, afastando-as de Nosso Senhor, que é a vida. E a missão d’Ele, ao contrário, é dar aos homens essa vida, a qual é muito superior à que anima a formiga, o colibri, o esquilo, o homem e até mesmo os Anjos, pois é a vida do próprio Deus! Ele a introduz em nossa alma no Batismo e a confirma quando recebemos a Crisma.
Antes e depois de Maria
Solenidade de Nossa Senhora Aparecida
Uma nova era na espiritualidade do gênero humano se inicia publicamente com o milagre das Bodas de Caná. Além de conferir ao casamento um altíssimo significado, Jesus inaugura a mais excelente via para se obter o perdão e a graça: confiar na mediação e na onipotência suplicante de Maria
Monsenhor João S. Clá Dias, EP, Fundador dos Arautos do Evangelho e do Apostolado do Oratório
“Jesus fez ainda muitas outras coisas. Se fossem escritas uma por uma, penso que nem o mundo inteiro poderia conter os livros que se deveriam escrever” (Jo 21, 25).
Riqueza teológica do Evangelho de São João
Assim termina São João o quarto Evangelho, o de sua lavra. Quando o escreveu, por certo já conhecia — e de há muito — os três anteriores. Daí seu empenho em completá-los nos detalhes e aspectos mais necessários para os dias de sua divulgação. Na Ásia Menor, onde se espraiava a Igreja nascente, pululavam os erros de uma perigosa gnose ameaçadora da boa e sã doutrina deixada em herança por Jesus aos seus discípulos. Nessas circunstâncias, importava antes de tudo provar a divindade de Nosso Senhor, o Messias.