Preciosos ensinamentos da Ressurreição

Páscoa da Ressurreição

Da ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo e dos aspectos a ela vinculados — sejam os precedentes, sejam os que se lhe seguiram — depreendem-se para nós alguns ensinamentos

Plínio Corrêa de Oliveira

 

 

O homem fiel não se deixa abater pelos reveses

O homem modelado segundo o espírito do Divino Mestre, o homem que corresponde às graças obtidas pelos rogos de Maria, o homem fiel que obedece inteiramente a vontade de Deus e tem sua alma talhada pela doutrina da Igreja, esse homem possui uma têmpera tal que não há desastre, ruína ou tristeza, não há perseguição nem miséria que o abatam e o desviem de sua trajetória apostólica.

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O primeiro Rosário da História

Sábado Santo

Quantas vezes, ao longo daquele dia de sábado, terá passado pela mente virginal de Maria a lembrança dos momentos-auge da vida de Jesus?

Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, EP. Fundador dos Arautos do Evangelho

 

 

Soledade no Sábado Santo

“Maria vive com os olhos fixos em Cristo — comentava o Papa São João Paulo II — e guarda cada palavra sua: ‘Conservava todas estas coisas, ponderando-as no seu coração’ (Lc 2, 19; cf. 2, 51). As recordações de Jesus, estampadas na sua alma, acompanharam-nA em cada circunstância, levando-A a percorrer novamente com o pensamento os vários momentos da sua vida junto com o Filho.

Foram estas recordações que constituíram, de certo modo, o ‘rosário’ que Ela mesma recitou constantemente nos dias da sua vida terrena.”

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Até na hora da aparente derrota, o Sumo Bem sempre vence

Domingo de Ramos da Paixão do Senhor

Aos louvores da entrada triunfal de Nosso Senhor em Jerusalém logo se sucederam as dores da Paixão. Como explicar este paradoxo?

Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, EP


Domingo de Ramos, início das dores

Com a Encarnação do Verbo a obra das trevas conheceu sua ruína. E o confronto entre o bem e o mal encontrará sua arquetipia, até o fim dos tempos, na luta implacável de Nosso Senhor contra os escribas e os fariseus, narrada longamente por todos os evangelistas. O maldito filão do mal encontrou diante de si um Varão que fundou uma Instituição para combatê-lo, o Homem-Deus diante do qual foi obrigado a ouvir as verdades mais contundentes e penetrantes, a ponto de ser-lhe arrancada a máscara da hipocrisia, aos olhos de todo o povo.

Na Liturgia do Domingo de Ramos vamos assistir ao desfecho dessa luta. Nesse dia a Igreja comemora, ao mesmo tempo, as alegrias da entrada triunfal de Nosso Senhor Jesus Cristo em Jerusalém e o início de sua Via Sacra, com a proclamação da Paixão no Evangelho da Missa. Abre-se, assim, a Semana Santa, talvez o período do Ano Litúrgico mais cogente, durante o qual as principais celebrações se sucedem, convidando-nos a considerar com especial fervor os acontecimentos que constituem o cerne de nossa Redenção.

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Aos que amam!

VI Domingo da Páscoa

As inexcogitáveis dádivas prometidas pelo Salvador, antes de sua partida para a eternidade, têm como pressuposto o amá-Lo e o guardar sua palavra. Aprofundar o conhecimento sobre essas promessas e as condições para elas se cumprirem, é o objetivo destas linhas

Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, EP. Fundador dos Arautos do Evangelho

Preparando a partida deste mundo

“Partir c’est toujours mourir un peu!”. Partir é sempre morrer um pouco, dizem os franceses. Assim — apesar de vivermos na era do avanço total das comunicações, na qual as distâncias quase já não existem — a despedida de um ente querido sempre dói no coração. Muito mais ainda naqueles tempos do Império Romano, nos quais as viagens eram demoradas, não havia telégrafo, telefone nem internet. Acrescente-se a esses dados o fato de o destino para o qual ia o Divino Mestre não ser outra cidade ou país, mas sim a eternidade.

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No sofrimento, a raiz da glória

V Domingo da Páscoa

Embora constatemos a instintiva repugnância de nossa natureza em relação a todo sofrimento, é nele que se encontra a porta da autêntica felicidade, e no amor ao próximo o sinal característico do cristão

Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, EP. Fundador dos Arautos do Evangelho

A harmonia da natureza humana no Paraíso

Nossa vida na face da Terra pode ser definida como uma grande prova, pois viemos a este mundo para enfrentar uma existência tisnada pelo pecado, repleta de dificuldades, e só se formos fiéis às graças recebidas obteremos o prêmio da eterna bem-aventurança. A prova é posta pelo Criador no caminho de todos os seres inteligentes, e nem sequer os Anjos foram chamados à visão beatífica sem passar por ela.1 Adão e Eva, nossos primeiros pais, tinham sido introduzidos no Paraíso, em graça, também para serem experimentados e não foram fiéis. Ao romper a obediência e comer o fruto proibido, foram expulsos do Éden e privados de muitos dos privilégios concedidos por Deus quando viviam em estado de justiça, dentre os quais a ciência infusa, que dava o conhecimento dos segredos da natureza, a impassibilidade, pela qual não adoeciam, e o magnífico dom de integridade.

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Somos todos ovelhas de Jesus?

IV Domingo da Páscoa

Assim como outrora Jesus, o Bom Pastor, procurou atrair todos para seu Rebanho, sua voz continua hoje a ressoar nos corações, apelando para que nos deixemos apascentar por Ele. Os fariseus O recusaram decididamente. Que atitude tomará este nosso mundo?

Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, EP. Fundador dos Arautos do Evangelho


O simbolismo na obra da criação

Do nada, Deus criou todas as coisas, e de forma instantânea; não transformou seres preexistentes, mas agiu por um ato exclusivo de sua onipotência, incomunicável a qualquer outro ser, mesmo por milagre.1 Ele tornou realidade o universo tendo em vista sua própria glória: “D’Ele, por Ele e para Ele são todas as coisas. A Ele a glória por toda a eternidade!” (Rm 11, 36). O Concílio Vaticano I é categórico neste particular: “Se alguém negar que o mundo foi criado para a glória de Deus, seja anátema”. (…)

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