A Cruz, centro e ápice da História

Festa da Exaltação da Santa Cruz

Para compreender a arquitetonia do magnífico plano divino da criação, devemos ver a Redenção operada na Cruz como o centro da História, em torno do qual tudo se conjuga para a glória de Deus, até mesmo o pecado

Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, EP, Fundador dos Arautos do Evangelho e do Apostolado do Oratório

A Cruz nos abriu as portas do Céu

Quando Adão e Eva, por causa do pecado, foram expulsos do Paraíso, as portas do Céu se fecharam para o homem, e assim teriam permanecido até hoje se não fosse a Redenção. Poderíamos chorar nossa culpa, mas as lamentações de nada adiantariam para nos alcançar o convívio eterno com Deus, pois só uma iniciativa d’Ele o poderia fazer. E foi o que aconteceu quando Se encarnou e morreu por nós na Cruz.

É por isso que a Igreja quer concentrar a atenção dos fiéis nesse augusto Madeiro, celebrando a festa da Exaltação da Santa Cruz, e no dia seguinte a comemoração de Nossa Senhora das Dores, que une à Cruz as lágrimas de Maria Santíssima, Corredentora do gênero humano. Em ambas as celebrações, a Liturgia nos permite venerar de modo especial o instrumento de nossa salvação, o qual passou a ser objeto de adoração a partir do momento em que Jesus Cristo foi nele crucificado, com terríveis cravos que transpassaram sua Carne sagrada. Tal é o poder do preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo! Devemos adorar a Cruz com a mesma latria que tributamos ao Homem-Deus, tanto por ser imagem d’Ele quanto por ter sido tocada por seus membros divinos e inundada por seu Sangue.1

Por este motivo, recomenda-se manter duas velas acesas durante a exposição de uma relíquia do Santo Lenho. Diante do panorama apresentado pela Igreja nesta ocasião, é preciso considerarmos de maneira apropriada o mistério de um Deus crucificado.

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Deus ama a oração importuna

Dr. Plínio pronunciou uma série de conferencias em 1957 sobre o livro de Santo Afonso Maria de Ligório “A Oração, o grande meio da salvação”. Neste 01 de agosto, dia deste grande santo, publicamos neste post alguns trechos de uma delas, dada a grande importância que o tema representa para a vida espiritual de todo católico

Dr. Plínio Corrêa de Oliveira

 

Para obter que Nosso Senhor nos abra a porta, basta ser importuno. Isso está dito textualmente e comentado por um Doutor da Igreja do porte de Santo Afonso de Ligório. Devemos considerar, de uma vez por todas que, na oração, não são nossas misérias que entram em linha de conta.

A oração não é um cheque bancário contra Deus

A oração tampouco é um cheque que eu saco do fundo dos meus créditos e compro de Deus um favor. … preciso desfazer tal ideia, pois é um obstáculo para o desenvolvimento da nossa vida espiritual.

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Igreja dedica o dia 2 de novembro à memória dos fiéis defuntos

No dia seguinte após a comemoração de Todos os Santos, a Igreja celebra a memória dos fiéis defuntos. Um dia especialmente reservado para dedicarmos nossas orações aos falecidos, sobretudo aos entes queridos, que padecem as chamas purgativas à espera da passagem da Igreja penitente (purgatório) para a Igreja Triunfante (Céu)

Ir. Jurandir Bastos, EP

No dia de Finados, não celebramos apenas a memória dos que se foram, mas a vida eterna e a ressurreição dos mortos. Assim deu-se com Nosso Senhor Jesus Cristo, morto e sepultado, ressuscitou ao terceiro dia, antecipando de forma gloriosa o que no dia do Juízo haverá de acontecer a todos nós.

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Voar sem amarras!

Comentário ao Evangelho do XXIII Domingo do Tempo Comum

Claras são as condições para seguirmos a Jesus. Depende de nos libertarmos das amarras que nos prendem à Terra

Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, EP, Fundador dos Arautos do Evangelho e do Apostolado do Oratório

Amarras e lastros na vida espiritual

Em junho de 1783, os irmãos Joseph-Michel e Jacques-Étienne Montgolfier, filhos de um fabricante de papel de Lyon, conseguiram fazer voar, perante os assombrados olhos dos seus conterrâneos, um grande balão feito de linho, com 32 metros de circunferência. Cheio de ar quente fornecido pela combustão de palha seca, a aparatosa invenção elevou-se várias centenas de metros acima do solo e percorreu em dez minutos uma distância de dois a três quilômetros. Três meses depois, repetiram com êxito sua experiência no Parque de Versalhes, diante de Luís XVI, Maria Antonieta e toda a corte da França.

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A Eucaristia, eixo da piedade católica

Por Padre Rafael Ramón Ibarguren Schindler*, EP. No blog dos Arautos do Evangelho da Colômbia** encontrei um escrito maravilhoso sobre o Santíssimo Sacramento e quero compartilhar aqui com todos, uma vez que neste dia 11 celebraremos a Solenidade de Corpus Christi.

O texto reproduz trechos de uma conferência de um declarado adorador, o Professor Plínio Corrêa de Oliveira. Já que a matéria apresenta um grande interesse, reproduzo trechos significativos.

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Santidade e Eucaristia


Por Padre Rafael Ramón Ibarguren Schindler*. Qual é a gênese, a origem, a base sobre a qual se assenta a santidade, aspiração de todo batizado? Parte de um reconhecimento sincero do nada da miséria humana, e do encanto pela totalidade única e benevolente que é Deus. O cântico do Magnificat proclamado pela Santíssima Virgem, é como a rocha firme sobre a qual se constrói o edifício da santidade. Essa disposição de espírito humilde e agradecida, constitui o preâmbulo necessário para ser Santo, antes mesmo da prática dos mandamentos, do exercício das obras de misericórdia, ou da compreensão dos artigos do Credo. Sem humildade e sem o poder de Deus que nos auxilia com sua graça, não há mérito nem há santidade.

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