A prudência da carne e a prudência santa

Comentário ao Evangelho do XXV Domingo do Tempo Comum

O administrador infiel usa de prudência para garantir sua própria subsistência. Essa mesma sagacidade e diligência deveriam ter os filhos da luz para alcançar a santidade

Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, EP, Fundador dos Arautos do Evangelho e do Apostolado do Oratório

O homem ante a pobreza

Havia um certo país onde, segundo narra São João Damasceno, os cidadãos anualmente elegiam um novo rei a fim de evitarem os riscos de uma possível tirania. Conhecedores da sede de mando existente em todo homem, não permitiam a estabilidade perene do monarca: no final do ano, ele era destronado e deportado para uma ilha deserta na qual, depois de algum tempo, falecia por falta de recursos e de alimentos. Foi esse o destino de vários reis até que um, durante o exíguo reinado de 360 dias, transportou para a tal ilha tudo quanto pôde em matéria de subsistência para o resto de sua vida.

Soube ele contornar o mais temido dos males, ou seja, a pobreza. E, em parte, compreende-se esse temor em função de alguns instintos de nossa natureza, como, por exemplo, o de conservação e o de sociabilidade. A perspectiva da carência do essencial para nossa vida nos deixa aturdidos. A miséria extrema, sem uma intervenção de Deus, destrói no homem as últimas energias, aferra sua atenção à matéria e o incapacita de elevar as vistas para as considerações espirituais. Tal era, de acordo com a narração de São João Damasceno, a situação dos reis exilados após expirar seu mandato, lutando pela vida numa ilha sem recursos.

Deixemos de lado os casos agudos como o mencionado acima e focalizemos a pobreza comum, aquela consistente em obter estritamente o necessário e, assim mesmo, mediante um árduo esforço. Nessas circunstâncias, embora conhecendo o grande apreço que Deus manifesta pela pobreza, assim como todos os privilégios a ela inerentes — as Escrituras encontram-se pervadidas de menções a esse respeito — as apreensões da criatura humana face às contingências da pobreza, conduzem-na a optar pelas vias da falsa ou verdadeira prudência.

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O Nascimento de Maria Santíssima

Está inteiramente de acordo com o espírito da Igreja festejar com alegria a Festa da Natividade da Bem-Aventurada Virgem Maria. Sua comemoração é feita no dia 8 de Setembro

Ir. Jurandir Bastos, EP


“A celebração de hoje é para nós o começo de todas as festas”, afirma o Calendário Litúrgico Bizantino. O nascimento de Maria Santíssima traz ao mundo o anuncio jubiloso de uma boa nova: a mãe do Salvador já está entre nós. Ele é o alvorecer prenunciativo de nossa salvação, o início histórico da obra da Redenção.

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Cerimônias de Primeiro Sábado pelo Brasil. Setembro/2022

Coordenadores, coordenadoras e demais membros do Apostolado do Oratório de todo o Brasil reuniram-se bem junto ao Imaculado Coração de Maria, ao realizarem em suas paróquias, comunidades e lares neste fim de semana, a devoção da Comunhão Reparadora dos Primeiros Sábados.

Veja fotos de algumas delas.

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Voar sem amarras!

Comentário ao Evangelho do XXIII Domingo do Tempo Comum

Claras são as condições para seguirmos a Jesus. Depende de nos libertarmos das amarras que nos prendem à Terra

Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, EP, Fundador dos Arautos do Evangelho e do Apostolado do Oratório

Amarras e lastros na vida espiritual

Em junho de 1783, os irmãos Joseph-Michel e Jacques-Étienne Montgolfier, filhos de um fabricante de papel de Lyon, conseguiram fazer voar, perante os assombrados olhos dos seus conterrâneos, um grande balão feito de linho, com 32 metros de circunferência. Cheio de ar quente fornecido pela combustão de palha seca, a aparatosa invenção elevou-se várias centenas de metros acima do solo e percorreu em dez minutos uma distância de dois a três quilômetros. Três meses depois, repetiram com êxito sua experiência no Parque de Versalhes, diante de Luís XVI, Maria Antonieta e toda a corte da França.

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