Três vezes ao ano, opera-se um milagre com o sangue desse Santo à vista de quem quiser presenciá-lo.
Todo santo tem uma missão grandiosa. Tão grandiosa que não podemos julgar que termina na terra. Pelo contrário, do Céu, ele terá meios muito mais eficazes para cumprir aquela obra que começara em vida.
Acontece que, em alguns casos, parece haver uma tal desproporção entre o alcance que sua ação teve na terra e o que ela depois ganhou desde o Céu, que se torna “mais fácil conhecer a missão que lhes cabe exercer desde o Céu do que a que cumpriram na terra”.[1]
Por certo, São Januário, ou San Genaro, como o chamam os italianos, foi um destes. Pouco se sabe a respeito de sua vida, mas sua atuação post-mortem atrai as atenções do mundo inteiro.
Complexo é o problema do perdão. A Lei Antiga dava ao ofendido o direito à vingança. O Evangelho prescreve o dever de perdoar as ofensas e enaltece quem o faz. Ora, quais são os limites? Até que ponto deve ser pródiga a nossa misericórdia?
Mons. João S. Clá Dias, EP
Naquele tempo, 21 Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: “Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?” 22 Jesus respondeu: “Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. 23 Porque o Reino dos Céus é como um rei que resolveu acertar as contas com seus empregados. 24 Quando começou o acerto, trouxeram-lhe um que lhe devia uma enorme fortuna. 25 Como o empregado não tivesse com que pagar, o patrão mandou que fosse vendido como escravo, junto com a mulher e os filhos e tudo o que possuía, para que pagasse a dívida. 26 O empregado, porém, caiu aos pés do patrão e, prostrado, suplicava: ‘Dá-me um prazo, e eu te pagarei tudo!’ 27 Diante disso, o patrão teve compaixão, soltou o empregado e perdoou-lhe a dívida. 28 Ao sair dali, aquele empregado encontrou um dos seus companheiros que lhe devia apenas cem moedas. Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Paga o que me deves’. 29 O companheiro, caindo aos seus pés, suplicava: ‘Dá-me um prazo, e eu te pagarei!’ 30 Mas o empregado não quis saber disso. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que pagasse o que devia. 31 Vendo o que havia acontecido, os outros empregados ficaram muito tristes, procuraram o patrão e lhe contaram tudo. 32 Então o patrão mandou chamá-lo e lhe disse: ‘Empregado perverso, eu te perdoei toda a tua dívida, porque tu me suplicaste. 33 Não devias tu também ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?’ 34 O patrão indignou-se e mandou entregar aquele empregado aos torturadores, até que pagasse toda a sua dívida. 35 É assim que o meu Pai que está nos Céus fará convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão” (Mt 18, 21-35).
Quais os limites do perdão?
Os Apóstolos haviam sido formados numa escola completamente diferente à do Messias. A própria Lei de Moisés era severíssima, e certas faltas, como a blasfêmia contra Deus, eram castigadas com a morte imediata por apedrejamento (cf. Lv 24, 14-16).
Quem não corrige seu próximo causa dano não somente a ele, mas também a si próprio. Ver-se-á privado dos méritos e benefícios do cumprimento desse dever, e acabará por escandalizar os que constatam sua negligência
Mons. João S. Clá Dias, EP
Naquele tempo, Jesus disse a seus discípulos: 15 “Se o teu irmão pecar contra ti, vai corrigi-lo, mas em particular, a sós contigo! Se ele te ouvir, tu ganhaste o teu irmão. 16 Se ele não te ouvir, toma contigo mais uma ou duas pessoas, para que toda a questão seja decidida sob a palavra de duas ou três testemunhas. 17 Se ele não vos der ouvido, dize-o à Igreja. Se nem mesmo à Igreja ele ouvir, seja tratado como se fosse um pagão ou um pecador público. 18 Em verdade vos digo, tudo o que ligardes na Terra será ligado no Céu, e tudo o que desligardes na Terra será desligado no Céu. 19 De novo, Eu vos digo: se dois de vós estiverem de acordo na Terra sobre qualquer coisa que quiserem pedir, isso lhes será concedido por meu Pai que está nos Céus. 20 Pois, onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, Eu estou aí, no meio deles” (Mt 18, 15-20).
A correção, grande meio de salvação
Santo Afonso Maria de Ligório escreveu uma bela obra intitulada A oração, grande meio para alcançarmos de Deus a salvação. Seu conteúdo é preciosíssimo e irrefutável. Numa de suas páginas, o Santo chega a afirmar que “quem reza, certamente se salva e quem não reza, certamente será condenado”.
A presença de Nossa Senhora na Terra era uma fonte de graças para todos aqueles que d’Ela se aproximavam na sua infância, ou mesmo quando ainda Se encontrava no seio de Sant’Ana
Plinio Corrêa de Oliveira
Porque concebida sem pecado original, Nossa Senhora, afirmam os teólogos, foi dotada do uso da razão desde o primeiro instante de seu ser.
Portanto, já no ventre materno Ela possuía altíssimos e sublimíssimos pensamentos, vivendo no seio de Sant’Ana como num verdadeiro tabernáculo.
Temos uma confirmação indireta disso no que narra a Sagrada Escritura a respeito de São João Batista. Ele, que foi engendrado no pecado original, ao ouvir a voz de Nossa Senhora saudando Santa Isabel, estremeceu de alegria no seio de sua mãe.
Neste último fim de semana, os membros e participantes do Apostolado do Oratório tiveram uma vez mais a ocasião de elevar ao Trono de Maria Santíssima suas preces, ação de graças, reparação e pedidos a seu Imaculado Coração, pondo assim em prática a tão cara devoção do primeiro sábado do mês, pedida por Nossa Senhora em Fátima.