Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo

Se soubessem os homens resolver-se a reconhecer a autoridade de Cristo em sua vida particular e pública, deste ato para logo dimanariam em toda a humanidade incomparáveis benefícios: uma justa liberdade, a ordem e o sossego, a concórdia e a paz.
(Papa Pio XI)

“Logo, Tu és Rei!” Jesus retorquiu:“Tu o dizes! Eu sou Rei!” (Jo 18, 37)

Essa declaração marcou o espírito de Pilatos a fundo. Pode-se imaginar a atitude, o olhar e a entonação de voz de Jesus, grave, pausada e serena, ao responder ao tribuno romano. “Tu o dizes, Eu sou Rei!” Nenhum rei desta terra teve tanta majestade, mesmo no auge de sua glória, como Jesus naquela ocasião. Pilatos, por covardia e a contragosto entregou Jesus ao Sinédrio, para ser crucificado. Mas quis por na tabuleta da Cruz as imortais palavras: Jesus Nazareno Rei dos judeus. Era um reconhecimento, covarde, da realeza de Nosso Senhor, de tal forma aquele diálogo o impressionou. Ele não quis escrever que Jesus era condenado por se dizer Filho de Deus, ou Messias (motivo pelo qual o Sinédrio O condenara), ou um grande profeta ou por perturbar a ordem pública com suas pregações. Ele quis acentuar a realeza de Jesus, que tanto impacto lhe causara.

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A Apresentação de Nossa Senhora no Templo

Deus elegeu Maria Santíssima para a excelsa missão de conceber e dar à luz a Nosso Senhor Jesus Cristo, e “para realizar n’Ela e por Ela as maiores maravilhas que se propôs fazer no céu e na terra” (1)

Neste dia 21 de Novembro, a Igreja celebra a Festa da Apresentação de Nossa Senhora no Templo. Esta magnífica festa é exaltada pelos cristãos desde os primeiros séculos e foi oficialmente inserida no Missal Romano no ano de 1505. A partir de 1585 o Papa Sisto V tornou a sua comemoração Universal.

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O significado das cores na Liturgia Católica

As cores litúrgicas basicamente são quatro: o branco, o vermelho, o verde e o roxo. Além destas, há quatro outras que são opcionais, podendo ser utilizadas em circunstâncias especiais.

A Liturgia da Igreja Católica é cheia de histórias e simbolismos. Cada detalhe tem uma razão de ser. Nada está ali por acaso. É o que se pode notar nas cores dos paramentos sagrados, que variam de acordo com o tempo litúrgico e as comemorações diárias dos Santos de cada dia.

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Liturgia da contrição ou da glória?

Naquele tempo, Jesus disse a seus discípulos: 24 “Naqueles dias, depois da grande tribulação, o Sol vai se escurecer, e a Lua não brilhará mais, 25 as estrelas começarão a cair do céu e as forças do céu serão abaladas. 26 Então vereis o Filho do Homem vindo nas nuvens com grande poder e glória. 27 Ele enviará os Anjos aos quatro cantos da Terra e reunirá os eleitos de Deus, de uma extremidade à outra da Terra. 28 Aprendei, pois, da figueira esta parábola: quando seus ramos ficam verdes e as folhas começam a brotar, sabeis que o verão está perto. 29 Assim também, quando virdes acontecer essas coisas, ficai sabendo que o Filho do Homem está próximo, às portas. 30 Em verdade vos digo, esta geração não passará até que tudo isto aconteça. 31 O céu e a Terra passarão, mas as minhas palavras não passarão. 32 Quanto àquele dia e hora, ninguém sabe, nem os Anjos do Céu, nem o Filho, mas somente o Pai” (Mc 13, 24-32).

XXXIII Domingo Do Tempo Comum
Comentário ao Evangelho

O Ano Litúrgico, síntese perfeita da existência terrena de Cristo,
transmite-nos refrigério, luz e paz a cada passo, fazendo-nos
participar das mais variadas graças. Nas leituras dos três
últimos domingos deste mês, a Igreja coloca ao nosso alcance
dádivas sobrenaturais especiais, propondo à nossa consideração a
grandeza e a terribilidade do Juízo Final.

Por Mons. João S. Clá Dias, EP

Início e fim do Ciclo Litúrgico

Com sabedoria divina e usando de insuperável arte, no fim do mês de novembro a Igreja termina um Ciclo Litúrgico e dá início a outro. A abertura do novo ano é muito semelhante ao fecho do anterior: o 1º Domingo do Advento toma o trecho do Evangelho de São Lucas a propósito da segunda vinda de Cristo (cf. Lc 21, 25-28.34-36) e o 33º do Tempo Comum focaliza a mesma temática, segundo São Marcos.

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