Uma meditação para a Semana Santa

Por Plínio Corrêa de Oliveira

Estamos na Semana Santa, e é o momento de fazermos uma reflexão a esse respeito. Sugiro a cada um de se colocar sozinho diante do Crucifixo, diante da imagem de Nossa Senhora das Dores, e esquecer as preocupações diárias por um instante, e assim, diante de Deus, fazer estas perguntas:

* * * * *

Eu tenho consciência do que custou a minha salvação? Tenho ideia das dores que custaram as graças todas que tenho recebido?

Tenho ideia de  que  no  alto  da Cruz, Nosso Senhor Jesus Cristo pensou nominalmente em cada pessoa, desde o começo até o fim do mundo?

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Até na hora da aparente derrota, o Sumo Bem sempre vence

Domingo de Ramos da Paixão do Senhor

Aos louvores da entrada triunfal de Nosso Senhor em Jerusalém logo se sucederam as dores da Paixão. Como explicar este paradoxo?

Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, EP


Domingo de Ramos, início das dores

Com a Encarnação do Verbo a obra das trevas conheceu sua ruína. E o confronto entre o bem e o mal encontrará sua arquetipia, até o fim dos tempos, na luta implacável de Nosso Senhor contra os escribas e os fariseus, narrada longamente por todos os evangelistas. O maldito filão do mal encontrou diante de si um Varão que fundou uma Instituição para combatê-lo, o Homem-Deus diante do qual foi obrigado a ouvir as verdades mais contundentes e penetrantes, a ponto de ser-lhe arrancada a máscara da hipocrisia, aos olhos de todo o povo.

Na Liturgia do Domingo de Ramos vamos assistir ao desfecho dessa luta. Nesse dia a Igreja comemora, ao mesmo tempo, as alegrias da entrada triunfal de Nosso Senhor Jesus Cristo em Jerusalém e o início de sua Via Sacra, com a proclamação da Paixão no Evangelho da Missa. Abre-se, assim, a Semana Santa, talvez o período do Ano Litúrgico mais cogente, durante o qual as principais celebrações se sucedem, convidando-nos a considerar com especial fervor os acontecimentos que constituem o cerne de nossa Redenção.

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Jesus morre na Cruz

Chegou por fim o ápice de todas as dores. É um ápice tão alto, que se envolve nas nuvens do mistério. Os padecimentos físicos atingiram seu extremo. Os sofrimentos morais alcançaram seu auge.

Um outro tormento deveria ser o cume de tão inexprimível dor: “Meu Deus, meu Deus, por que Me abandonastes?” De um certo modo misterioso, o próprio Verbo Encarnado foi afligido pela tortura espiritual do abandono, em que a alma não tem consolações de Deus.

E tal foi este tormento, que Ele, de quem os Evangelistas não registraram uma só palavra de dor, proferiu aquele brado lancinante:

“Meu Deus, meu Deus, por que Me abandonastes?” Sim, por quê? Por que, se era Ele a própria inocência? Abandono terrível, seguido da morte e da perturbação de toda a natureza.

O sol se velou. O Céu perdeu seu esplendor. A Terra estremeceu. O véu do Templo de rasgou. A desolação cobriu todo o universo.

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O triunfo, a cruz e a glória

Domingo de Ramos da Paixão do Senhor

A conjunção da entrada triunfal do Divino Redentor em Jerusalém e dos sofrimentos de sua dolorosa Paixão nos lembram que a perspectiva da cruz está sempre nimbada pela certeza da glória futura

Mons. João S. Clá Dias, Fundador dos Arautos do Evangelho e do Apostolado do Oratório

Triunfo prenunciativo da glória da Ressurreição

Ao considerar no Domingo de Ramos a entrada triunfal de Nosso Senhor Jesus Cristo em Jerusalém, devemos ter presente que a Liturgia não é apenas uma rememoração de fatos históricos, mas, sobretudo, uma ocasião para receber as mesmas graças criadas por Deus naquele momento, e distribuídas ao povo judeu que lá se encontrava. Por isso a Igreja Católica estimula os fiéis a repetir simbolicamente essa cerimônia, a fim de se iniciar a Semana Santa com a alma bem preparada.

Na Antiguidade, os grandes heróis militares e os atletas vencedores eram saudados com ramos de palma, para honrá-los pelo triunfo alcançado. Portanto, Jesus quis que sua Paixão, cujo ápice se deu no Calvário, fosse marcada pelo triunfo já na abertura, antecipando a glória da Ressurreição que viria depois.

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Ignácio Carbajosa, Capelão Católico de um hospital para vítimas do Covid-19: o que testemunha ele?

Por Gaudium Press: Madri – Espanha. Para Ele era difícil não pensar no drama dos doentes nos hospitais. Quando a diocese de Madri pediu padres voluntários, ele se dispôs a essa missão e foi convocado para cobrir outro sacerdote como capelão de um hospital para vítimas do covid-19.

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Jesus pregado na Cruz


A impiedade escolheu para Vós, meu Senhor, o pior dos tormentos finais. O pior, sim, pois que é o que faz morrer lentamente, o que produz sofrimentos maiores, o que mais infamava, porque era reservado aos criminosos mais abjetos. Tudo foi aparelhado pelo inferno para Vos fazer sofrer, quer na alma, quer no corpo. Este ódio imenso não contém para mim alguma lição?

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