O Padre Thiago Geraldo dos Arautos do Evangelho, doutor em Teologia, apresenta a série: “Conhecendo a Nossa Igreja”. O sacerdote aborda a história da Igreja desde o seus primórdios e projeta para nossos dias questões, que o público católico cada vez mais tem interesse.
No programa de hoje o Padre Thiago Geraldo vai nos explicar os principais aspectos do fundação da Santa Igreja Católica.
Um fato ungido pelo perfume dos antigos tempos em que a Fé predominava nas almas, tocou-me de modo especial, e merece ser por nós comentado. O episódio milagroso ocorreu em Prato, na Toscana, em 1484, e dele originou-se a expressiva invocação de Nossa Senhora das Prisões
Plínio Corrêa de Oliveira
Numa certa manhã daquele ano, um menino sentiu-se atraído por uma cigarra e correu atrás dela, até se deter diante do muro da prisão de Prato, no qual se achava estampado lindo quadro da Santíssima Virgem.
Esta é, aliás, uma das belas coisas a se admirar na Itália: as pinturas e imagens da Madonna, expostas um pouco por toda parte, em Roma e noutras cidades italianas. Nos ângulos externos das casas, sobre as portas ou no centro das fachadas, de repente o transeunte se surpreende com um oratório desses, ornado de flores, sob as refulgências de pitoresco lampadário, etc. É algo deveras estupendo.
Caro leitor, por favor, responda rápido: qual a data em que foi batizado? Em qual igreja? Você se lembra desta data todos os anos? Que bom se a maioria de nossos leitores pudessem responder sim a estas perguntas.
Vejam nas linhas abaixo, como é bela a virtude da gratidão e da fé levada na alma do grande santo, estadista e soldado, São Luis Rei. Que seu exemplo sirva para aumentar em nós a convicção da beleza, da honra e da dignidade que têm todos aqueles que passaram pelas águas do batismo.
“São Luis, rei de França, todos os anos se dirigia à vila, onde nascera e fora batizado. Ali passava alguns dias em recolhimento e oração. No último dia dirigia-se à igreja, ajoelhava-se aos pés da pia batismal, a beijava e regava com suas lágrimas, por ter sido ali feito católico e filho de Deus, o que lhe dera o dom da Santa Fé.” (Tesouros de Exemplos, Editora Vozes, 1958, pag. 187)
De um canto ao outro da Terra, da manhã até a noite, esta oração, recitada por milhões de pessoas diariamente sobe até ao trono de Deus e da Virgem, como incenso de agradável odor espiritual
Todos os católicos a rezam frequentemente. Mas as vezes depressa, sem sequer pensarem em suas palavras. São Luís, em seu livro Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, nos fala sobre a importância desta oração na vida dos consagrados à Nossa Senhora e na vida de todos os fiéis. Ele nos diz que, poucos cristãos conhecem “o valor, o mérito, a excelência e a necessidade desta oração”
Esta oração, que na época medieval era conhecida como “Saudação angélica”, é o resultado de um longo processo. É uma oração composta de duas partes: uma de louvor e a outra de súplica. A sua primeira parte é tirada do evangelho de São Lucas: consiste na saudação do Anjo Gabriel a Maria: “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!” (Lc 1,28b), e na saudação de Isabel: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto de teu ventre! (Lc 1,42b).
Acompanhe no video a explicação sobre a origem da Ave-Maria.
Somente no dia do Juízo teremos conhecimento de todas as graças, auxílios e socorros que recebemos, através da recitação de cada Ave-Maria que rezamos durante a vida.
Ouça abaixo esta oração cantada pelo coro dos Arautos do Evangelho.
Ave-Maria, cheia de graça! O Senhor é convosco Bendita sois Vós entre as mulheres E Bendito é o Fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria Mãe de Deus, Rogai por nós pecadores Agora e na hora de nossa morte. Amém
Há várias ações e iniciativas que homens e mulheres podem fazer para promover o bem e a paz nas suas vidas, na sociedade e no mundo. Mas há uma em especial que está ao alcance de todos, grandes ou pequenos, ricos ou pobres. E esta foi ditada pela própria Mãe de Deus.
Em cinco das seis aparições da Virgem, Ela pediu a humanidade que rezasse o terço todos os dias para alcançar a paz. Transcrevemos suas palavras na terceira aparição de 13 de julho:
Duas coroações no dia de Natal, em épocas distantes, mas que marcaram profundamente a história
O outrora poderoso Império Romano – cruel perseguidor dos cristãos – agora mais parece um navio que afunda. (…)
Sobre as ruínas do mundo pagão, quem vai agora edificar seu Santo Império é Jesus Cristo. De todos aqueles elementos em fusão – vencidos e vencedores, romanos e bárbaros – nascerá a sociedade cristã, a mais bela depois da do Céu.
Ficando sozinha, de pé, no meio das ruínas, a Igreja Católica converterá os bárbaros à verdadeira fé. A primeira nação a cair aos pés de Jesus será a dos Francos.
O nome de seu primeiro rei é Clóvis (Clodoveu, Ludwig, Louis ou Luís), que significa “fama no combate”. (…)
No dia de Natal do ano 496, ele e mais três mil dos seus guerreiros recebem o batismo. Deste modo, a França fica sendo a filha primogênita da Igreja. Durante os três séculos seguintes, estende Jesus o seu Reino à Irlanda, à Inglaterra, à Espanha, à Alemanha e à Itália.
A esta altura, outro bárbaro cristianizado tem debaixo de seu comando grande parte da Europa. Ele a governa não como soberano, mas como simples delegado de Jesus, o único Rei e Senhor.
Em Roma, rodeado da sua corte e de muitos bispos, Carlos Magno está orando diante do túmulo de São Pedro, no dia de Natal do ano 800. De repente apresenta-se o Papa Leão III ecoloca a coroa imperial na cabeça do grande chefe da Cristandade.
Uma longa aclamação ressoa pela Basílica do Vaticano: “Viva Carlos Augusto, pacífico Imperador dos Romanos, coroado pelo próprio Deus!”
Com 304 anos de diferença, esses dois fatos – cada um a seu tempo – constituíram importantes marcos na história da Cristandade.
O império cristão toma o lugar do pagão: Jesus, Rei dos reis e Senhor dos senhores, reina sobre o mundo por ele vencido (Cf. BERTHE, Pe., CssR. Jesus Cristo, sua vida, sua paixão, seu triunfo. Benziger, Suíça, 1925, p. 320).