O penhor marial de nossa ressurreição

Solenidade da Assunção de Nossa Senhora

Na Assunção da Virgem Maria aos Céus, Deus antecipa seu desígnio em relação à humanidade: a ressurreição e triunfo dos justos no dia do Juízo Final

Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, EP, fundador dos Arautos do Evangelho e do Apostolado do Oratório

Glorioso cume de santidade

A exemplo de Maria

A Santa Igreja Católica, ao comemorar a Solenidade da Assunção de Maria Santíssima, compõe a Liturgia com um objetivo definido, sintetizado na Oração do Dia: “Deus eterno e todo-poderoso, que elevastes à glória do Céu em corpo e alma a Imaculada Virgem Maria, Mãe do vosso Filho, dai-nos viver atentos às coisas do alto, a fim de participarmos da sua glória”.1 Nossa condição humana, tão cheia de lutas e de dramas, e ao mesmo tempo de graças, tende a voltar-se para as realidades concretas que nos cercam ― saúde, dinheiro, relações, etc. ―, esquecendo-se das maravilhas sobrenaturais, quando na verdade sua contemplação é essencial para nos tornarmos partícipes da glória de Nossa Senhora.

Sinal da importância de nos atermos em primeiro lugar aos bens do alto é que eles nos serão concedidos por todo o sempre, se nos salvarmos. O estado de prova no qual nos encontramos é efêmero e, ao se concluírem os breves dias de nossa existência, entraremos na eternidade, onde viveremos em permanente convívio com Deus, os Anjos e os Santos, no Céu, ou com os demônios e os condenados, no inferno. (…)

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São João Batista Maria Vianney, Padroeiro dos sacerdotes

Em sua primeira infância não lhe faltaram manifestações precoces de profunda religiosidade, preferindo uma imagem de Nossa Senhora sobre qualquer outro brinquedo. Com apenas quatro anos, não era raro encontrá-lo rezando no celeiro

Ir. Lucilia Lins Brandão Veas, EP

São João Batista Maria Vianney nasceu na aldeia francesa de Dardilly, não longe de Ars, em 8 de maio de 1786, pouco antes de eclodir a Revolução Francesa.

Sobrevieram os terríveis anos do Terror. Ainda que este não tenha feito muitos mártires em Dardilly, os objetos religiosos precisaram ser escondidos e o pároco do lugar foi substituído por um sacerdote juramentado, cujos sermões de cunho político acabaram por afastar os aldeães da frequência à igreja.

Quando em 1800 as igrejas foram reabertas, João conheceu em Écully, vila próxima a Dardilly, o Pe. Charles Balley, homem virtuoso que discerniu sua vocação sacerdotal e não poupou esforços por vê-la desabrochada, ajudando-o ao longo dos anos de preparação. Conta-se que o jovem camponês fora reprovado nos primeiros exames para a ordenação, pois os estudos lhe eram muito penosos. Mas seu esforço venceu todas as dificuldades.

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A Santíssima Trindade nos chama a participar de sua vida

Solenidade da Santíssima Trindade

Deus manifesta seu inesgotável amor pelos homens abrindo-lhes as portas do convívio trinitário por meio da obra redentora de seu Filho

Monsenhor João S. Clá Dias, EP. Fundador dos Arautos do Evangelho e do Apostolado do Oratório

 

 

16 Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho Unigênito, para que não morra todo o que n’Ele crer, mas tenha a vida eterna. 17 De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele. 18 Quem n’Ele crê, não é condenado, mas quem não crê, já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho Unigênito (Jo 3, 16-18).

Um mistério revelado pelo Homem-Deus

Ao começarmos com piedade um ato qualquer da vida cotidiana ou uma oração, costumamos dizer: “Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. A mesma invocação dá início à Santa Missa, que prossegue com uma saudação do sacerdote, tal como: “A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco”.

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O penhor da nossa vitória

Solenidade da Ascensão do Senhor

Ao assumir nossa carne, quis o Filho de Deus viver entre nós para nos dar o exemplo da plenitude da perfeição a que deseja nos elevar. A subida do Senhor aos Céus é também um ponto de imitação. Como será, então, a nossa?

Mons. João S. Clá Dias, EP

 

 

Naquele tempo, 16 os Onze discípulos foram para a Galileia, ao monte que Jesus lhes tinha indicado. 17 Quando viram Jesus, prostraram-se diante d’Ele. Ainda assim alguns duvidaram. 18 Então Jesus aproximou-Se e falou: “Toda a autoridade Me foi dada no Céu e sobre a Terra. 19 Portanto, ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, 20 e ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei! Eis que Eu estarei convosco todos os dias, até ao fim do mundo” (Mt 28, 16-20).

A hora da partida de Jesus Cristo

Hoje, ao contemplarmos sua subida aos Céus, tenhamos presente que Jesus não nos abandonou, mas, pelo contrário, continua conosco, conforme a promessa feita no Evangelho: “Eis que estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo”. E nós, enquanto filhos, também desejamos permanecer com Ele, uma vez que veio a este mundo trazer-nos a participação na sua natureza divina.

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Uma devoção de luta

O Rosário confere à meditação da vida de Nosso Senhor a nota marial por excelência, tendo por detrás a grande verdade de Fé a qual devemos anelar, do fundo de nossa alma, que se torne um dogma: a Mediação Universal de Maria.

A pessoa verdadeiramente piedosa reza pelo menos um terço por dia

Sem dúvida, é magnífico meditar a respeito dos mistérios da vida de Nosso Senhor. Ademais, os mistérios ali apontados, naquela enumeração, embora não sejam os únicos, estão muito bem concatenados e expostos, e podemos facilmente compreender o proveito que as almas têm com essa meditação.

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