Quem é o meu próximo?

XV Domingo do Tempo Comum

A Lei mandava amar o próximo como a si mesmo. Os judeus, porém, limitavam o conceito de próximo, de forma a restringir essa importante obrigação. Jesus vem dar o verdadeiro sentido à Lei

Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, EP

O principal objeto do pensamento, ontem e hoje

Falhou o motor do carro, acabou a energia elétrica, os bancos entraram em greve, foi lançado um novo tipo de software, afinal a ciência encontrou a substância preventiva contra o câncer”… e, se tempo e espaço houvesse, poderíamos encher páginas e páginas com os assuntos que no mundo atual absorvem exageradamente a atenção da humanidade. Deus deixou de ser a preocupação principal de quase todas as pessoas para dar lugar a um desenfreado egocentrismo. A agitação passou a ser a nota tônica do dia a dia em toda a face da Terra, o relacionamento humano e a própria estrutura da vida social já não mais facilitam a elevação do pensamento a Deus.

A esse respeito, a situação do gênero humano era bem diversa na época da Jesus; apesar da grande decadência na qual estava ele mergulhado, o empenho em conhecer ideias era mais notório. No povo judeu, em concreto, a apetência por explicitações doutrinárias, sobretudo quando estreitamente ligadas com a religião, era robusta e contagiante. Um exemplo característico deste estado de espírito ocorre com o legista que, no Evangelho de hoje, se levanta para fazer uma pergunta a Nosso Senhor. Por mais que seu intento não fosse inteiramente isento de segundas intenções, o questionamento exposto por ele deixa transparecer qual era o teor dos assuntos tratados nas conversas comuns daquele período histórico.

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Posturas e atitudes na igreja e nas missas

Na liturgia da Missa, a Igreja ordena que certos gestos e posições sejam adotados porque são apropriados para reconhecer o mistério que se celebra

Pe. Rafael Ramón Ibarguren Schindler*, EP

Membros do Oratório em Missa na Basílica dos Arautos em Caieiras/SP

É evidente que diante do Santíssimo Sacramento, uma posição reverente deve ser tomada, e ao dizer isso, diz-se pouco, pois se está diante do próprio Deus! A dignidade no vestir, a sobriedade nos movimentos, a circunspecção no discurso, mesmo o cuidado de silenciar o celular, em suma, tudo isso, são atenções e atitudes que se impõe.

 

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Eficaz oração de São Leão Magno contra o desânimo

Já dizia o eminente jesuíta Pe. J. Michel, em seu livro: “Tratado do Desânimo nas Vias da Piedade”, que um dos grandes equívocos cometidos na vida espiritual estava em não tratar o desânimo como uma tentação, mas como uma espécie de estado de espírito. Por Pe. Mário Beccar Varela, EP

Com efeito, a tentação de desanimar existe e necessita ser combatida com todas as armas espirituais, como a penitência e a oração. No que diz respeito a esta última forma de combate, transcrevemos abaixo uma eficaz oração de São Leão Magno contra o desalento. Recomendamos a nossos leitores, amigos e membros do Apostolado do Oratório a recitação desta bela oração.

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Um profético documento pontifício sobre o Santo Rosário

Em Fátima, a Mãe de Deus veio pedir ao mundo a conversão, o arrependimento dos pecados e a mudança de vida. E indicou o meio para alcançarmos.

Em cinco das seis aparições da Virgem, Ela pediu a humanidade que rezasse o terço todos os dias para alcançar a paz. Transcrevemos suas palavras na terceira aparição de 13 de julho:

“Quero que venham aqui no dia 13 do mês que vem; que continuem a rezar o Terço todos os dias em honra de Nossa Senhora do Rosário, para obter a paz do mundo e o fim da guerra, porque só Ela lhes poderá valer”.

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Festa de São Miguel Arcanjo

Só há três anjos cujos nomes próprios as Escrituras Sagradas nos dão a conhecer. Miguel é o grande capitão do exército celeste!

Seu nome Mi-cha-el significa, quem é igual a Deus? Quando Lúcifer, cego pelo orgulho, quis igualar-se ao Altíssimo, Miguel exclamou com voz trovejante: “Quem é igual a Deus?” E acompanhado pelos anjos fiéis, precipitou do alto dos céus a tropa rebelde dos apóstatas.

Assim se tornou o generalíssimo do incontável exército dos santos anjos. Vê-se, nos profetas, que era o protetor do povo de Israel; agora o é da Igreja.

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O que disse Nossa Senhora em Fátima na Terceira Aparição?

Um dos mais inéditos e marcantes fatos de nossos tempos deu-se no começo do século XX, na região montanhosa portuguesa da Serra de Aire. Ali, três inocentes pastorinhos foram escolhidos por Deus para transmitir ao mundo uma importante Mensagem. E foi em 13 de julho de 1917, há cem anos, que Nossa Senhora  lhes revelou o Segredo, o coração da Mensagem de Fátima1

Era uma sexta, dia em que se daria a terceira aparição de Nossa Senhora. Lúcia, até a tarde do dia anterior, estava resolvida a não comparecer à Cova da Iria, pois seu espírito infantil fora submetido a duras provas. A mãe não lhe dava crédito e a acusava de mentirosa. A isto se somou o fato de ter sido interrogada meticulosamente pelo pároco, quem a ouviu com benignidade, mas cujo veredito final soara aos ouvidos da criança como uma terrível sentença:

“Não me parece uma revelação do Céu. Quando se dão estas coisas por ordinário, Nosso Senhor manda essas almas, a quem Se comunica, dar conta do que se passa a seus confessores e párocos, e esta, ao contrário, retrai-se quanto pode. O futuro nos dirá o que havemos de pensar”.2

A tal ponto esta dúvida foi tomando o seu subconsciente que, certa noite, acordou sobressaltada, gritando. Depois, contou o que sonhara:

“Vi o demônio que, rindo-se de me ter enganado, fazia esforços por me arrastar para o inferno. Ao ver-me nas suas garras, comecei a gritar de tal forma, chamando Nossa Senhora, que acordei minha mãe, a qual me chamou, aflita, perguntando-me ou que eu tinha”.3

No dia 12 de julho, pela tarde, os primos, Jacinta e Francisco, tentaram dissuadi-la por todos os modos, mostrando-lhe ser impossível que a Senhora tivesse qualquer relação com o inferno. Ao contrário! Ela, toda cheia de luz e de paz, descia do Céu e para lá subia ao terminar as aparições. Todavia, Lucia permanecia firme em sua resolução . A Jacinta, que lhe insistia com lágrimas nos olhos para acompanhá-los até a Cova da Iria, disse:

“Olha: se a Senhora te perguntar por mim, diz-Lhe que não vou, porque tenho medo que seja o demônio”.4

Ao aproximar-se, no dia seguinte, a hora em que deviam partir, sentiu-se impelida, de repente, por uma estranha força, à qual não lhe era fácil resistir.

Foi ter com os primos e os encontrou no quarto, de joelhos, chorando e rezando, como ela mesma conta:

” – Então vocês não vão? – lhes perguntei.

” – Sem ti não nos atrevemos a ir. Anda, vem.

” – Já cá vou – lhes respondi. Então, com um semblante já alegre, partiram comigo”. 5

E as três crianças se puseram a caminho. Ao chegarem no local das Aparições, surpreenderam-se com a multidão que ali acorrera – entre duas ou três mil pessoas – para presenciar o extraordinário acontecimento.6

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