Este artigo é dos mais gratificantes e também de certa forma, dos mais difíceis de escrever
Ir. Reinaldo Sales, EP
Cortejo com a Imagem da Virgem de Fátima – Par. Sagrado Coração em São João da Boa Vista/SP
É com júbilo que nos recordamos aqui dos fiéis que acolheram há um ano os missionários da Cavalaria de Maria, nas cidades de São João Boa Vista, Estrela do Norte e Cajuru, no interior paulista. Lembramos do “sim” caloroso que deram à graça de Deus, através do Imaculado Coração de Maria, ao aceitarem abrir suas casas ao seu Oratório.
Com que satisfação e alegria vimos tantas almas receberem Nossa Senhora, aumentando assim seu vínculo de devoção e amor à Mãe de Deus! Essa alegria não tem preço.
E, como dissemos acima, é também difícil, pois a saudade nos aperta o coração, ao nos lembrarmos dos dias de convívio que tivemos, das graças que recebemos ao ver estampada nas fisionomias a alegria de fazer o bem.
A todas as famílias e fiéis dessas cidades, especialmente aos seus párocos e aos queridos coordenadores, enfim, a todos, nossos cumprimentos por este primeiro ano de implantação do Oratório do Imaculado Coração de Maria.
Fazemos votos que esta data se repita por incontáveis anos daqui para a frente.
O termo “eucaristia”, remete imediatamente ao Corpo de Cristo, ao Santo Sacrifício da Missa, à Comunhão Sacramental. Mas também é extensivo a uma atitude de alma de gratidão e imolação
Pe. Rafael Ramón Ibarguren Schindler*, EP
Em grego, “eucaristia” significa ação de graças, demonstração de gratidão, reconhecimento. Nesse sentido, todos os momentos da vida da Virgem Maria foram eucarísticos, no sentido mais completo e literal da palavra, já que sua vida sempre foi uma oferta agradável a Deus.
Seu fiat na casa de Nazaré, dando seu consentimento para que o mistério da encarnação se realizasse, foi um momento marcante, daqueles que chamamos de “eucarísticos”. Tendo concebido pela obra do Espírito Santo, e durante os nove meses que se seguiram, Ela se transformou no primeiro e mais sublime sacrário da história. Sacrário itinerante e processional, viajando pelas montanhas da Judéia para servir a sua prima Isabel, ou indo nas costas de um burro para a cidade de Davi com seu marido virginal, em obediência ao decreto de César Augusto, para que se pudesse dar o nascimento prodigioso do Filho de Deus em uma gruta, na época transformada em palácio.
E o que dizer dos trinta anos de intimidade de Jesus, Maria e José na casa de Nazaré? Não foram senão uma ação de graças contínua.
Já em Caná da Galiléia, em vista da necessidade de novos cônjuges que celebravam suas núpcias, nos ensina a estar atentos às necessidades dos outros e a cumprir os desígnios divinos. Como se sabe, adiantando a hora do Senhor, a Virgem disse “faça o que Ele diz” e a água tornou-se vinho naquele primeira ceia da vida pública de Jesus. O que pode ser mais eucarístico e mais evangélico do que esse conselho?
E, na última ceia, quando, ardendo de amor, o Senhor fez a transformação do pão e do vinho em seu corpo e em seu sangue para dar-Se em alimento, Maria certamente entendeu e acompanhou esse grande acontecimento.
Nossa Senhora com os apóstolos em Pentecostes
São João Paulo II nos diz na sua Encíclica Ecclesia de Eucaristia: “No relato da instituição, na tarde da quinta-feira santa, Maria não é mencionada. Sabe-se, no entanto, que ele estava com os apóstolos, unidos em oração (cf Atos 1, 14), na primeira comunidade reunida após a Ascensão aguardando Pentecostes. (…) Mas, além de sua participação no banquete eucarístico, a relação de Maria com a Eucaristia pode ser delineada indiretamente de sua atitude interior. Maria é uma mulher eucarística com toda a sua vida”. (…) (n ° 53).
É interessante mencionar aqui um testemunho singular e maravilhoso: uma vidente concepcionista espanhola do século XVII, a Venerável Irmã Maria de Agreda, a quem Maria Santíssima ditou sua vida, descreve como a Virgem viveu aquela Quinta-feira Santa. Suas revelações, que podem ser acreditadas piedosamente, embora não façam parte da Revelação oficial da Igreja, estão incluídas no livro “Cidade Mística de Deus”, um clássico da espiritualidade cristã.
Depois de considerar o que o Evangelho nos fala sobre a última ceia, a freira diz:
“… então Ele separou outra partícula do pão consagrado e entregou-a ao Arcanjo São Gabriel, para que ele levasse como comunhão à Maria Santíssima. (…) O Santíssimo Sacramento foi colocado no peito de Maria Santíssima e sobre o coração, como o sacrário legítimo, o sacrário do Altíssimo. E este depósito do inefável sacramento da Eucaristia durou todo o tempo que se passou, daquela noite até depois da Ressurreição, quando São Pedro consagrou e rezou a primeira Missa “.
Alguns poderão dizer: “mas esse detalhe não é revelado pelos Evangelhos”. É verdade. Mas nem os evangelistas nos dizem nada sobre uma aparição do Ressuscitado a Maria. E, no entanto, é um lugar comum entre teólogos, santos e pessoas fiéis, o que não poderia ter sido de outra forma. Movido e grato, sendo o melhor dos filhos nascidos de mulheres, Jesus não iria recompensar e consolar a Mãe nessas circunstâncias?
O sacrifício de Isaac – prefigura do sacrifício de Maria
Junto a Cruz, a oblação eucarística de Maria atingiu seu ápice, ao consentir em tudo o que se passou com o fruto de suas entranhas. Sem ser devidamente um sacerdote ordenado, Ela atuou como sacerdote sacrifical, dizendo um novo fiat ao Pai eterno. Abraão imolando Isaac prefigurou Maria no Calvário. No altar daquele Monte Providencial, um anjo segurou a faca do Patriarca. No topo do Calvário, esse anjo não veio e o sacrifício de Cristo foi consumado.
Além disto, junto a Jesus na Cruz, Ela tornou-se oficialmente nossa Mãe quando nos recebeu em seu coração ferido, em obediência ao testamento de Jesus que transformou nossa pobre humanidade em uma oferenda: “Aí está o seu filho”.
Por fim, em Pentecostes, Aquela que é a Esposa do Espírito Santo, realiza um ministério eucarístico único reunindo os discípulos e atraindo para eles a chegada do Paráclito. Desta vez, não é a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade que encarna como em Nazaré ou toma o lugar do pão e do vinho como na última ceia; É a Terceira Pessoa que se comunica aos fiéis da Igreja nascente para renovar a face da terra, não sem a mediação de Maria.
Ao longo de dois mil anos de história cristã, a Virgem Mãe, “Mulher Eucarística”, trabalha incessantemente para dispensar aos fiéis a graça de Deus Pai, Filho e Espírito Santo, que Ela conquistou por desígnio divino e com o seu sacrifício .
Ela faz isso especialmente nos dias atuais, atraindo para a terra o Triunfo de seu Imaculado Coração, em cumprimento de sua promessa profética feita na Cova de Iria.
Assunção, fevereiro de 2018
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* Conselheiro de Honra da Federação Mundial das Obras Eucarísticas e da Igreja.
A Arca em cujo Imaculado Coração está escrita a Lei Divina
A Lei divina, muito mais do que nas tábuas de Moisés guardadas na Arca da Aliança, está escrita na alma de Nossa Senhora. É a partir de seu Imaculado Coração que a Lei de Deus se irradia para a humanidade inteira, pelo ministério da Santa Igreja Católica. (Plinio Corrêa de Oliveira – Conferência 25.01.1992)
Em missão pela cidade de Joanópolis, foram formados novos grupos do Apostolado do Oratório
Ir. Alberto Nardo, EP
Os missionários dos Arautos do Evangelho estiveram em atividade de evangelização durante os dias de 29 de janeiro a 04 de fevereiro, na Paróquia São João Batista, em Joanópolis/SP.
Nestes dias, com o apoio do revmo. Pe. Edson Gomes da Silva (pároco), foram abençoados e entregues 17 novos oratórios às famílias que disseram “sim” a esta pergunta:
“Você quer receber Nossa Senhora em seu lar, um dia por mês, para aí nascer seu Filho Jesus? ”
Como é gratificante ver como a devoção ao Imaculado Coração de Maria traz consigo graças, que entram nos lares como um raio de sol, iluminando as mentes, afervorando os corações e trazendo a paz.
Apostolado do Oratório completa um ano na Comunidade Nossa Senhora das Dores, da Paróquia Nossa Senhora das Graças, de Itaquaquecetuba
Ir. Jurandir Bastos, EP
Com Missa presidida pelo Pe. José Luiz de Zayas, dos Arautos do Evangelho, a Comunidade Nossa Senhora das Dores, pertencente à Paróquia Nossa Senhora das Graças, da cidade de Itaquaquecetuba, comemorou seu primeiro aniversário da implantação do Apostolado do Oratório.
Com muito fervor as coordenadoras do Movimento, sras. Cristina e Maria das Dores (foto ao lado) disseram que “este é o primeiro ano de uma série”, que esperam que se prolongue indefinidamente.
Como sinal de expansão, foi implantado na ocasião mais um Grupo de Oratório.
O jovem pároco, Padre Müller, tem sido um dos grandes incentivadores desse apostolado na região.
É desejo profundo do Fundador, que todos os participantes do Apostolado do Oratório cresçam sempre na devoção e união com a Virgem Santíssima.
Monsenhor João Clá – Primeiro Sábado na Catedral da Sé
Durante uma reunião plenária realizada por Monsenhor João Clá Dias, fundador do Apostolado do Oratório, um arauto pergunta se ele poderia compor uma Oração para ser rezada pelas famílias que tem a honra de receber mensalmente o Oratório de Nossa Senhora de Fátima. Atendendo a solicitação daquele arauto, Monsenhor João ditou a bela Oração que segue.