“Olha, minha filha – disse-lhe a Virgem Maria – o meu Coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todos os momentos Me cravam com blasfêmias e ingratidões. Tu, ao menos, vê de Me consolar”
Foi com essas palavras que Nossa Senhora em Fátima iniciou o pedido que faria aos pastorinhos e a toda humanidade. Continuou a Santíssima Virgem:
“E diga que todos aqueles que durante cinco meses, no primeiro sábado:
– se confessarem, – receberem a sagrada comunhão, – rezarem um terço e – Me fizerem quinze minutos de companhia meditando nos mistérios do rosário com o fim de Me desagravar – Eu prometo assisti-los na hora da morte com todas as graças necessárias para a salvação dessas almas.”
Primeiro Sábado na Catedral da Sé, SP
Foi assim que em sua Terceira Aparição, e mais tarde em 1925, que Nossa Senhora pediu claramente a “Comunhão Reparadora dos Cinco Primeiros Sábados”.
Devoção esta que contêm em si essa preciosa promessa da Mãe de Deus; a salvação eterna para todos que a fizessem.
Atendendo a este pedido da Ssma. Virgem, diversos grupos do Apostolado do Oratório vem promovendo, nas paróquias onde estão fixados, a prática desta devoção. Seguem abaixo fotos de algumas, dentre tantas paróquias, que realizaram neste último final de semana esta devoção.
Aproveitamos este momento para cumprimentar a todos esses grupos por seu esforço, dedicação, devoção e carinho em atender – muitas vezes vencendo alguns obstáculos – este pedido de Nossa Senhora. Desejamos ardentemente que a Virgem Santíssima os cumule de graças e bençãos e prepare a todos uma morada para cada um na mansão celeste.
A grande fé demonstrada pelos Reis Magos na Epifania nos deve servir de exemplo. A Santa Igreja Católica Apostólica Romana é a estrela que nos guia até Jesus.
Mons. João Scognamiglio Clá Dias, EP
A Epifania do Senhor
A Solenidade da Epifania do Senhor, ou Adoração dos Reis Magos, é para nós mais importante, em certo sentido, do que o próprio Natal – embora este seja mais celebrado
– por nos tocar muito de perto. Como assim?
Era uma época auge… Auge de decadência da humanidade! A situação social, política e, sobretudo, moral, era a pior possível. O mundo, penetrado de desprezos, ódios e invejas, havia chegado ao fundo de um abismo, e a civilização antiga encontrava-se num impasse, pois ninguém vislumbrava uma solução para a crise que lhe minava os fundamentos.
E é esse o tempo em que nasce Nosso Senhor Jesus Cristo, numa localidade judaica, em Belém, de uma Mãe judia e para os judeus. Ele dirá mais tarde aos Doze, ao enviá-los em missão: “Ide antes às ovelhas que se perderam da casa de Israel” (Mt 10, 6). Dir-se-ia que a vocação do Messias se restringia ao povo eleito. Entretanto, alguns dias depois do seu nascimento recebe os Magos, oriundos de terras longínquas, significando a universalidade da Redenção e antecipando o chamado à gentilidade, que tornaria claro na iminência de subir aos Céus, ao dar o mandato aos Apóstolos: “Ide, pois, e ensinai a todas as nações;
batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28, 19).
Ele veio para todos os outros povos, portanto também para nós. Deus se manifestou a todas as classes sociais, nobres e plebeus, à multiplicidade das raças e nações, a sábios e ignorantes, aos poderosos e aos de condição humilde, sem excluir ninguém.
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Guiados por uma estrela
Um dos elementos principais, ao contemplarmos o episódio da Epifania, é a visão da estrela que levou os Magos a se porem a caminho. Segundo São Tomás de Aquino, a estrela avistada pelos Reis Magos, não era um astro como os demais, pois tinha sido criada por Deus para aquela circunstância, não no céu, mas na atmosfera, perto deles, com o objetivo de manifestar a realeza celeste do Menino que nascera em Belém.1
O Espírito Santo falou no fundo da alma dos Reis, inspirando-lhes a fé no advento do Messias. Com efeito, muitos outros avistaram a estrela, pois ela não fora invisível; todavia, nem todos acreditaram, só aqueles que foram favorecidos por moções do Espírito Santo.
Por isso ressalta São Tomás o papel da graça, como um raio de verdade mais luminoso que a estrela, a instruir os corações dos Magos. É, então, mais importante a comunicação direta do Espírito Santo, do que os meros sinais sensíveis.2
A Igreja, estrela que nos guia até Jesus
A grande fé demonstrada pelos Reis Magos na Epifania nos deve servir de exemplo. A Santa Igreja Católica Apostólica Romana é a estrela que nos guia até Jesus. Sim! Ela, a distribuidora dos Sacramentos, promotora da santificação e dispensadora de todas as graças, faz o papel de uma estrela a cintilar diante de nossos olhos, através do esplendor de sua Liturgia, da infalibilidade de sua doutrina, da santidade de suas obras, convidando-nos a obedecer à voz do Divino Espírito Santo que fala em nosso interior.
Quem a ela se abraçar terá conquistado a salvação, quem se separar dela seguirá por outros caminhos e não chegará à Belém eterna, onde está aquele Menino, agora sim, glorioso e refulgente pelos séculos dos séculos.
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1 Cf. SÃO TOMÁS DE AQUINO, Suma Teológica, III, a.7; a.5.
2 Cf. Idem, a.5, ad 4.
Dezenas são as festas celebradas em honra da Santíssima Virgem ao longo do ano, mas uma delas chama de modo especial a nossa atenção: a Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus, que a Igreja comemora no dia 1º de janeiro. Assim, o ano se inicia sob Seu olhar e Sua proteção
Pe. Antônio Guerra de Oliveira Jr., EP
Nossa Senhora do Carmo
Muito já se escreveu e discorreu acerca da Virgem Mãe de Deus. Entretanto, faltam-nos palavras para exprimir quanto devemos à sua inigualável Pessoa. O culto a Ela remonta ao início da Cristandade, e foi crescendo ao longo do tempo, fazendo-A figurar na pluma dos mais insignes pensadores e nos lábios dos mais eloquentes pregadores, e também nas obras dos mais talentosos artistas que a História conheceu.
Empenhada em manifestar a honra que é devida à Mãe de Deus, a Revista Arautos do Evangelho vem reproduzindo, desde seu primeiro número, expressivas imagens dessa Venerável Senhora, sobretudo nas quartas capas. Ora aparece Ela com afável sorriso, ora com fisionomia compassiva ou com olhar suavemente entristecido, porém sempre nos convidando a, por meio d’Ela, mais facilmente nos aproximarmos do trono de Seu Divino Filho.
Ao longo da história
Em dois milênios de Cristianismo, a figura ímpar de Maria Santíssima foi representada das mais variadas formas. Em sua fase inicial, a Igreja A concebeu como Virgem Orante, com os braços abertos em sinal de prece, e sem o Menino Jesus. Ou ainda como Virgem Mãe, deixando transparecer uma divina pureza em sua feição.
No período românico, Maria é principalmente representada como Mãe de Deus, majestosa, ereta, com olhar hierático. Sentada em trono como Rainha, tem sobre os joelhos Jesus, a Sabedoria Eterna, e O apresenta ao mundo com gesto respeitoso, segurando-o com as duas mãos. São as imagens de Sedes Sapientiæ (Sede da Sabedoria).
Nossa Senhora de Paris
Desde o final do século XII, a hieraticidade cede lugar ao movimento. O Menino Deus “muda” de posição: tal imagem O apresenta num dos braços da Mãe, tal outra sobre os joelhos. A figura da Virgem ganha em destaque e simbolismo: difundem-se as Virgens Negras, coloração explicada por certos exegetas num sentido místico de dor e sofrimento; ou ainda as Virgens com Maçã, relembrando que a nova Eva reparou o pecado da antiga.
No século XIII, em pleno auge do gótico, tudo canta o louvor à Santíssima Virgem: inúmeras igrejas são levantadas em Sua honra, multiplicam-se nos púlpitos as referências a Ela, e a Liturgia A celebra abundantemente. Na pintura e na escultura, a Rainha e Mãe toma ares de uma nobre dama que brinca com seu Filhinho e O abraça com todo afeto. “Sempre foi verdade — afirma o padre Dinarte Passos — que o estilo gótico atingiu o ideal em todas as artes, também, portanto, aqui na arte marial”.1
Depois da Idade Média, rompem- se os estreitos vínculos entre a arte e a Fé. A escultura e a pintura se materializam. Na Renascença e no período Moderno, enquanto progredia a técnica de como fazer, perdia- se em boa medida o espírito de como criar. Mas as manifestações de devoção a Nossa Senhora não deixaram de crescer também nessa época.
Mil formas de representá-La
Mãe de Deus, Imperatriz da China
Sendo Mãe, Maria quer entrar em contato com seus filhos, procura adaptar-Se aos bons aspectos deles, transmite-lhes mensagens. Daí nasceu o culto à Virgem Maria designando- A pelo nome do local onde Ela apareceu: Nossa Senhora de Fátima ou Nossa Senhora de Lourdes, por exemplo. Invocações há que expressam veneração por algum aspecto de sua vida, como Nossa Senhora Menina; ou algum episódio do Evangelho, Nossa Senhora do Desterro, que evoca a fuga para o Egito. Há também formas de representá-La de acordo com as particulares circunstâncias em que Ela nos ajuda: Nossa Senhora da Pena, inspiradora das artes e das letras; Nossa Senhora dos Mares ou Nossa Senhora da Estrada, protetora dos viajantes.
Dezenas são as festas celebradas em honra da Santíssima Virgem ao longo do ano, mas uma delas chama de modo especial a nossa atenção: a Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus, que a Igreja comemora no dia 1º de janeiro. Assim, o ano se inicia sob Seu olhar e Sua proteção.
A Maternidade Divina de Nossa Senhora é tão sublime que A coloca acima de todas as outras criaturas. Pois, segundo a expressão do Cardeal Caietano: “Somente a Bem-aventurada Virgem Maria chegou aos confins da divindade por sua própria operação natural, já que concebeu, deu à luz, engendrou e alimentou com Seu leite o próprio Deus”.2
Em vista de tanta sublimidade, ninguém será capaz de exprimir de modo perfeito e acabado — por qualquer tipo de obra artística ou literária — as mil facetas d’Aquela que, segundo São Tomás, tem uma “certa dignidade infinita”.3 Poderá alguém, ao menos, escolher entre várias representações de Nossa Senhora alguma cujo olhar exprima mais adequadamente Aquela que “chegou aos confins da divindade”?
1) Cf. PASSOS, CM, Dinarte Duarte. A Imagem da SS. Virgem através da História. Revista Eclesiástica Brasileira, dezembro 1947, v.VII, f.IV, p.868.
2) CAIETANO, apud ROYO MARÍN, OP, Antonio. Teología de la Perfección Cristiana. 9.ed. Madrid: BAC, 2001, p.89.
3) SÃO TOMÁS DE AQUINO. Suma Teológica, I, q.25, a.6, ad.4.
Fonte: Revista Arautos do Evangelho, nº 100 – Abr. 2010
Quando a escuridão do pecado parecia dominar o mundo, nasce em Belém um Menino, que nos deixou sua luz a refulgir por todos os tempos
Ir. Leticia Gonçalves de Sousa, EP
Há certas horas da noite em que as trevas parecem estender seu reinado por toda a parte. As alegrias e vivacidades do dia são substituídas por uma densa obscuridade, pervadida de silêncio e carregada com o pesado fardo da incerteza e do perigo. Perante ela poder-se-ia perguntar: terá triunfado definitivamente a escuridão sobre a luz? A resposta, porém, está na espera… Em determinado momento, uma tênue réstia de luz quebra o negrume da noite e uma claridade suave começa a desvendar as belezas da criação.
É a aurora que chega, anunciando o dia! Não obstante, existem trevas muito mais densas e terríveis do que as da noite: são as do pecado, que passaram a dominar o mundo depois da culpa original. E para vencê-las foi preciso também esperar, durante séculos!… Até que “a luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela” (Jo 1, 5). Quando tudo parecia imerso nas sombras da morte, nasce “a verdadeira luz” (Jo 1, 9), Deus feito Homem, o Cordeiro Imaculado posto nas palhas de um Presépio, para redimir o gênero humano e vencer as trevas do pecado.
“Na mais feliz noite da História, os atributos de Deus se tornaram menos impenetráveis para nós. Jesus, além de externar a grandeza de sua onipotência, elevando o homem à divinização pela graça, pôde dizer-Se impecável: ‘Quem de vós Me acusará de pecado?’ (Jo 8, 46). […] Essas dádivas todas começaram seu curso na Gruta de Belém, trazidas pelo Menino Deus, coberto não só pelo estrelado manto da noite, como também por um véu de mistério”.1
Presépio da Sede do Apostolado do Oratório em São Paulo
E que mistério!… Mesmo depois de consumada a Redenção, quis Ele deixar sua luz a refulgir por todos os tempos na Santa Igreja Católica Apostólica Romana. Ela é a dispensadora das graças, pelos Sacramentos, e transforma as almas mais gélidas e obscuras em autênticos faróis de santidade. É ela que matiza o céu da História, ora com as luzes da inocência, ora com a brilhante púrpura do sofrimento, ora com o lilás das almas penitentes. Que nela fulgure sempre a luz de Cristo, e que Maria Santíssima, Mãe da Igreja, ao trazer ao mundo a aurora da salvação, obtenha a graça de que sua ação se estenda pelos quatro cantos da Terra, conquistando todos os povos para seu Divino Filho, que veio como “luz para iluminar as nações” (Lc 2, 32).
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1 CLÁ DIAS, EP, João Scognamiglio. Eternidade feliz. In: O inédito sobre os Evangelhos. Comentários aos Evangelhos dominicais. Domingos do Advento, Natal, Quaresma e Páscoa – Solenidades do Senhor que ocorrem no Tempo Comum. Ano A. Città del Vaticano-São Paulo: LEV; Lumen Sapientiæ, 2013, v.I, p.120.
No sentido de fazer com que todos nos sintamos mais do que nunca filhos de Jesus, Maria e José, o Coral dos Três Arcanjos fará uma Cantata Natalina em três cidades: Elias Fausto/SP no dia 15 de dezembro. Na Capital Paulista, na casa da Coordenação Nacional do Apostolado do Oratório, dia 16, e também em Itaquaquecetuba/SP no dia 17
A noite de Natal deve fazer com que nós nos sintamos mais do que nunca filhos de Jesus, filhos de Maria, filhos de São José. Filhos adotivos da Sagrada Família, portanto, irmãos uns dos outros. Nessa noite, devemos estar desejosos de termos um acréscimo do afeto recíproco, uma aumento desses vínculos que a Providência quer instituir entre nós e que são vínculos que nos conduzem ao perdão recíproco, à generosidade, aos esquecimentos das faltas, nos levam a renovar toda nossa boa vontade para com os outros, talvez um pouco cansada pelos desgastes dos dias, dos anos dos trabalhos. (Plinio Corrêa de Oliveira)
Com a presença do Senhor Núncio Apostólico, Dom Jose Leon Kalenga, foi realizada a benção da capela, da Imagem de Nossa Senhora de Fátima e do terreno, onde será erguida uma igreja dos Arautos do Evangelho em El Salvador, na América Central
Pe. Fernando Gioia, EP
A benção foi realizada no sábado, 11 de novembro passado, às 16h. A Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima foi conduzida ao local, acompanhada por uma procissão.
No local, Dom Jose Leon, Núncio Apóstólico aguardava ao lado do capela. Procedeu-se então a bênção do local, da capela e da Imagem. Em seguida a Imagem de Nossa Senhora de Fátima foi solenemente coroada e entronizada ao som de instrumentos musicais.
O público rezou o rosário durante boa parte da cerimônia. Estavam presentes cerca de pouco mais de 200 pessoas. Não foi possível convidar muita gente, pois o local ainda não comporta espaço suficiente para muitos veículos. O público se compunha principalmente de terciários, parentes mais próximos, membros do Apostolado do Oratório e famílias dos novos Arautos.
Estiveram presentes também o prefeito da cidade, Don Santiago Zelaya, os doadores que ajudaram a construir a capela, o proprietário da construtora que está envolvido no projeto da igreja. Também uma senhora, participante de nossas missas, que financiou a imagem, as molduras, o vidro e a porta blindada. Além, é claro, de Don Gerardo Borja, a família de doadores do terreno.
Tudo foi feito com armaduras pesadas, paredes de ferro, concreto armado, porta blindada e vidro à prova de balas, porque a capela ficará no campo sem maiores proteções por enquanto. Também tem dois pequenos painéis solares, de forma que ela é bem iluminada à noite.
Após o ato, Dom Jose Leon celebrou missa na sede dos Arautos, com a presença de cerca de 160 pessoas. No o final ele deu palavras de apoio, como sempre faz, dizendo que temos de levar a cabo o projeto, a igreja, etc.
A cobertura da mídia foi bem completa com matérias de primeira página em vários jornais, tais como: La Prensa Grafica, El Diario de Hoy e El Mundo.