Somos filhos de Deus?

Na ordem puramente natural o homem é uma criatura de Deus, já que dEle recebeu seu próprio ser e sua própria existência através de seus pais naturais. Entretanto, falando com toda exatidão e precisão teológicas, não se pode dizer que seja nesta ordem um verdadeiro “filho” de Deus

Julio Cesar Imperador – Museu Metropolitano de Nova York – USA

O homem, criatura de Deus

Toda verdadeira filiação seja de que ordem for, consiste em receber, por via de geração natural a vida e a natureza específica do próprio pai. Não há outro procedimento possível para estabelecer a relação pai-filho no sentido estrito que a via de causalidade geradora.

O escultor que reproduz fielmente no mármore os traços fisionômicos exatos de seu filho, é o autor da estátua, mas de nenhum modo pai da mesma, uma vez que, por muito impressionante que seja a semelhança com seu filho natural, não pôde transmitir ao mármore sua própria vida e natureza especificamente humanas.

Ora, na ordem puramente natural, Deus Criador nos comunica, através de nossos pais, o ser e a natureza específica do homem, mas não seu próprio ser e sua própria natureza divina.

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Boletim Informativo no. 99 março/abril 2019

Paradoxo insolúvel…
para almas sem fé


Depois de três anos de árduas conquistas, quando o Messias parecia alcançar a glória, vieram o revés, a perseguição, a dor. Em menos de uma semana, de domingo a sexta-feira, Ele passou de festejado a condenado, de procurado a rejeitado. Do “Arco do Triunfo”, foi arrastado à Cruz.

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Para as mentes naturalistas, a estrada que conduz à glorificação de Cristo deveria ter sido uma continuação em linha reta do Domingo de Ramos. Mas isso seria muito pouco para o Divino Salvador, e Deus, que sempre escolhe o caminho mais belo, adotou para seu Filho a Via Crucis.

A chave deste imenso paradoxo se encontra no esplendor do triunfo da Ressurreição. A prova de que a verdadeira vitória de Cristo se deu no Calvário, é que seu estandarte de glória não é uma vulgar folha de palmeira, mas a Cruz, também chamada de “Árvore da Vida”.

E esta é mais uma lição que os carentes de fé nunca puderam compreender…

Arautos do Evangelho: Esta é a “Consagração à Santíssima Virgem”, aberta a todos

O site ACI Stampa*, de Roma, publicou uma entrevista com o padre Carlos Werner, EP, tratando sobre a Consagração a Nossa Senhora

 

Cerimônia de Consagração a Nossa Senhora na Basílica dos Arautos de Evangelho em Caieiras/SP

Transcrevemos a seguir o artigo com a entrevista concedida pelo pe. Carlos Werner.

Em nossa sociedade tão secularizada, nota-se em muitas pessoas o desejo de aumentar sua devoção a Nossa Senhora. Para realizá-lo, os Arautos do Evangelho difundem amplamente a consagração à Santíssima Virgem como escravo de amor, segundo o conhecido método de São Luís Maria Grignion de Montfort. ACI Stampa aprofundou o assunto com o padre Carlos Werner, presidente da seção italiana dos Arautos do Evangelho.

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Sacrários e sacrários

O sacrário é como a pedra angular do templo, da mesma forma que a Eucaristia é da Igreja, corpo místico de Cristo e povo santo de Deus

Pe. Rafael Ramón Ibarguren Schindler*, EP

Sacrário da Igreja Nossa Senhora de Fátima dos Arautos do Evangelho em Togancipá – Colombia

Sabemos que o Sacrário é o lugar destinado à reserva da Eucaristia nas igrejas. O Direito Canônico estabelece que seja sólido, não transparente e inviolável.

O número 1379 do Catecismo da Igreja Católica nos oferece um belo resumo sobre o assunto: “O sacrário foi primeiramente destinado a manter a Eucaristia dignamente para que pudesse ser levado aos enfermos e ausentes fora da Missa.

Ao aprofundar a fé na presença real de Cristo em sua Eucaristia, a Igreja tomou consciência do significado da adoração silenciosa do Senhor presente sob as espécies eucarísticas. Portanto, o sacrário deve ser colocado em um lugar particularmente digno da igreja; deve ser construído de modo a sublinhar e manifestar a verdade da presença real de Cristo no santíssimo sacramento. “

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Meditação do Primeiro Sábado de março 2019

I Mistério Doloroso
Agonia de Nosso Senhor no Horto das Oliveiras
Seja feita a vontade de Deus e não a minha

Agonia de Jesus no Horto das Oliveiras – Capela de São Dionísio e Santa Margarida, Catedral de Valência (Espanha)

Composição de lugar

Procuremos imaginar o Jardim do Getsêmani na noite em que Jesus ali se recolheu para sua vigília antes da Paixão: um amplo horto onde se erguiam grandes oliveiras, tocadas pelos fulgores prateados de uma lua cheia que, vez ou outra, aparecia entre nuvens carregadas. O Salvador está de joelhos junto a algumas pedras nas quais seus braços se apoiam. Sua fisionomia contristada e aflita demonstra toda a amargura que Lhe inunda o Coração. Num canto afastado do jardim, os apóstolos Pedro, Tiago e João dormem pesadamente.

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A barca, símbolo da Igreja

Subindo numa das barcas, que era de Simão, pediu que se afastasse um pouco da margem. Depois sentou-se e, da barca, ensinava as multidões
(Lc 5, 3)

Mons. João Scognamiglio Clá Dias, EP

Cristo quis indicar a proeminente posição de Simão no Colégio Apostólico, o qual em breve seria constituído, sendo a Igreja nascente simbolizada pela barca.  Foto: Barca da Santa Igreja – Santa Cueva, Manresa (Espanha)

Como todos os atos de Nosso Senhor, a escolha da barca tem profundo significado. Os comentários a esse respeito são unânimes: com tal gesto, Cristo quis indicar a proeminente posição de Simão no Colégio Apostólico, o qual em breve seria constituído, simbolizando a barca, a Igreja, então nascente.

“A partir da Igreja, Jesus, pessoalmente ou através de Pedro, seu Vigário, instrui o mundo. ‘Onde está Pedro, aí está a Igreja’. Isto nos dá a medida da adesão que devemos professar à Sé de Pedro”, explica o Cardeal Gomá y Tomás.

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O Inédito sobre os Evangelhos, Vol. 06, pág. 66.