Devoção reparadora dos Primeiros Sábados em Amaraji – PE

A Dra. Juliane Marcele, coordenadora do Oratório, nos informa que em sua cidade, Amaraji, no Estado de Pernambuco, há 11 Oratórios de Nossa Senhora de Fátima:

“Temos em Amaraji 11 Oratórios, e estamos contando com as orações de todos para que esse número cresça e que o Sagrado Coração de Maria, assim como Ela mesma prometeu em Fátima, possa triunfar.”

Também nos reporta que na Paróquia de São José da Esperança, na Praça Dr. Jorge Coelho, no município pernambucano citado, os fiéis se reúnem para a prática da devoção reparadora dos Primeiros Sábados. Fica aqui o convite para que outros moradores da região possam se dirigir à igreja a fim de atenderem aos apelos de Nossa Senhora aos pastorinhos de Fátima, na Cova da Iria, em Portugal.

Na terceira aparição, em Fátima, a 13/7/1917, a SSma. Virgem anunciou que viria pedir a comunhão reparadora nos primeiros sábados”. Mais tarde, a 10/12/1925, quando a Irmã Lúcia já estava na Casa das Dorotéias, em Pontevedra, na Espanha, Nossa Senhora apareceu-lhe de novo. A Seu lado via-se o Menino Jesus, em cima de uma nuvem luminosa:

“Olha, minha filha – disse-lhe a Virgem Maria – o meu Coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todos os momentos Me cravam com blasfêmias e ingratidões. Tu, ao menos, vê de Me consolar, e dize que todos aqueles que durante cinco meses, no primeiro sábado:

– se confessarem,
– receberem a Sagrada Comunhão,
– rezarem um terço e
– Me fizerem quinze minutos de companhia meditando nos mistérios do Rosário com o fim de Me desagravar
– Eu prometo assisti-los na hora da morte com todas as graças necessárias para a salvação dessas almas.”

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Veja também: A devoção reparadora dos Primeiros Sábados do mês

 

 

O Pastor ama e conhece profundamente suas ovelhas

A dois mil e treze anos do início da era cristã, num mundo marcado por contínuas mudanças, com evoluções e revoluções, avanços e regressos, guerras e tratados de paz, a voz do Divino Pastor continua a chamar suas ovelhas e atraí-las para junto do Seu celestial rebanho. O Evangelho nunca sairá de moda, ele chegou até nós através do Ungido de Deus, o Cristo (no Grego) ou Messias (pelo hebraico). Por isso, há séculos a Igreja proclama ufana Cristo ontem, hoje e sempre!

De forma profunda, clara e atraente, o presente comentário de Mons. João Clá Dias ao Evangelho de São João recorda-nos eficazmente do amor de Deus para com suas frágeis criaturas.

“As minhas ovelhas ouvem a minha voz, Eu as conheço, e elas Me seguem” (Jo 10, 27).

Mons. João Clá Dias

A Sabedoria infinita de Deus nelas (ovelhas) pensou desde toda a eternidade, para assim melhor Se fazer entender pelos homens no relacionamento entre Criador e criatura. A própria natureza da Judeia facilitava as características desta simbologia usada pelo Divino Mestre. A terra naquelas regiões não era fértil para a plantação, devido aos seus consideráveis trechos pedregosos e um tanto áridos. O pastoreio ali se adaptava mais comodamente do que a agricultura e, assim mesmo, exigia do rebanho um grande número de deslocamentos. Essa situação redundava na necessidade de vigilância e aplicação mais esmeradas do pastor. As circunstâncias tornavam mais nítidas as diferenças entre o autêntico pastor e o mercenário. Deus quis o nascimento da figura do pastoreio e a colocou com destaque na pluma dos literatos. Até os poetas pouco dados a compreenderem a excelsitude da castidade são levados a realçar a pureza virginal do zelo caridoso dos pastores, em geral, por suas ovelhas.

A vida do pastor nos leva a considerar seu amor casto, inocente, governando sem decretos, muito pelo contrário, baseado num relacionamento íntimo, fortemente paternal — talvez melhor se diria maternal — através do qual atende todas as conveniências e necessidades de suas ovelhas. Ele sabe entretê-las, defendê-las, ampará-las, levá-las a pastar e até mesmo agradá-las com seus cantos ou com as melodias de sua flauta. “Ele chama as suas ovelhas uma a uma pelos seus nomes” (Jo 10, 3). São Tomás de Aquino ressalta a grande familiaridade existente nesse relacionamento, pois chamar pelo nome significa ter íntima amizade. Ao revertermos os símbolos aos simbolizados, a realidade e a significação se tornam incomparavelmente mais profundas. Cristo conhece a natureza e o ser de cada uma de suas ovelhas, e também o objetivo imediato, tanto quanto o último, para o qual foram criadas, assim como o que são e o que poderão vir a ser com o auxílio de sua graça. Por isso o Doutor Angélico julga ver nesse “chamar pelo nome” (nominatim) “a eterna predestinação, pela qual Deus conhece cada ovelha, cada homem” (São Tomás, Comentario in Io., 10, lec. Iª, 3 – Marietti, p. 280.).

Foto: Vitor Toniolo

O homem, o mais elevado ser percebido por nossos sentidos, não é criado em série. Deus aplica seu poder criador sobre cada pessoa, uma a uma, e por isso não há homens iguais, nem moral nem fisicamente, nem sequer no referente às circunstâncias da vida individual e menos ainda no que tange à vocação pessoal. Daí a profundidade insondável desse conhecimento dispensado por Jesus a cada um de nós, a ponto de compará-lo ao existente entre o Pai e o Filho (Jo 10, 15), ato eterno tão absoluto que, através dele, uma Pessoa divina é gerada pela outra. O conhecimento que o Pai tem do Filho, portanto, não é uma imagem intelectual acidental, como acontece em nós, ao fazermos uso de nossa razão. O conhecimento do Pai é substancial e amoroso, através do qual, por geração, Ele dá sua própria essência ao Filho. Este, por sua vez, com amor substancial e infinito também, restitui ao Pai o que d’Ele recebe; e tão rico é esse amor mútuo que dele procede o Espírito Santo. Ora, aí está o padrão do conhecimento de Jesus a cada um de nós. Por isso nada de nosso exterior ou interior — seja-nos nocivo ou útil, nossas enfermidades físicas ou espirituais, seus remédios, etc. — nada foge à sua onisciência. Não há em Jesus uma fímbria sequer de frieza nesse conhecimento em relação a nós, como Ele mesmo disse e realizou na figura do Bom Pastor, aquele que dá a vida por suas ovelhas.

Por outro lado, as ovelhas seguem o Pastor. Pela sua graça, conhecem as maravilhas que estão n’Ele, sua doutrina dotada de potência, sua vida, sua misericórdia, sua sabedoria, numa palavra, sua humanidade e divindade. E, por isso, ao ouvirem sua voz, elas O seguem, como Saulo no caminho de Damasco (At 9, 5-9) ou como Madalena ao ser chamada pelo nome, junto ao Sepulcro do Senhor (Jo 20, 16). Portanto, ao conhecê-Lo, seguem-No no cumprimento de seus desígnios: “Aquele que diz conhecê-Lo e não guarda os seus mandamentos é mentiroso e a verdade não está nele” (1 Jo 2, 4). Quando ouvem sua voz, enchem-se de amor pelo Pastor, a ponto de estarem dispostas a entregar suas vidas por Ele, e ardem do desejo de que Ele inabite em suas almas.

(Excerto do Artigo “Somos todos ovelhas de Jesus?” de Mons. João Clá Dias – Revista Arautos do Evangelho, nº 64, abril de 2007.)

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Veja também: “Enviai o vosso Espírito”

“Coleção Conheça sua Fé” proporciona aprofundamento da doutrina católica

No século IV, numa linguagem um tanto veemente e ardorosa pelo combate à heresia ariana, assim se expressava o grande Santo Atanásio:

Sempre resultará proveitoso esforçar-se em aprofundar o conteúdo da antiga Tradição, da doutrina e da fé da Igreja Católica, tal como o Senhor no-la entregou, tal como a pregaram os Apóstolos e a conservaram os Santos Padres. Nela, efetivamente, está fundamentada a Igreja, de maneira que todo aquele que se aparta desta fé, deixa de ser cristão e já não merece tal nome (Carta I a Serapião).

Como nos ensina a Santa Madre Igreja, é dever do cristão aprofundar-se no conhecimento das verdades eternas contidas no catecismo. A negligência de tal aprendizado chega até mesmo ser considerada uma falta grave, já que implica em nossa salvação.

Com o objetivo de levar os fiéis a um maior aprofundamento da fé cristã, professores e alunos do Instituto Teológico São Tomás de Aquino, prepararam uma obra rica em conhecimento doutrinário e teológico, porém com linguagem acessível a leigos.

Clique na Imagem para ver mais detalhes!


 Veja também: Coleção o Inédito sobre os Evangelhos

A “Cidade Canção” cantou um novo hino…

Por Cícero Sobreira de Sousa

No último fim de semana de outubro, os Arautos do Evangelho realizaram na cidade de Maringá (PR) um encontro com os participantes do Apostolado do Oratório e Mensageiros de Fátima. A “Cidade Canção” cantou um novo hino, hino de fé e adesão aos princípios da Religião.

A Tarde de Louvor com Maria aconteceu na Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, no bairro Jardim Itália. Vinte e uma paróquias de quatro cidades da região estavam representadas no evento.

Um vasto e bem preparado programa cobriu os vários aspectos de um acontecimento religioso, formativo e cultural, com a participação de casais cooperadores dos Arautos de Maringá, Astorga e São Paulo.

Abrindo a agenda, os presentes ouviram, com viva atenção, a palestra de um arauto desenvolvendo o tema: A devoção a Nossa Senhora e o Apostolado do Oratório no contexto do Ano da Fé. A exposição concluiu com os assistentes aclamando: “Tudo com Jesus, nada sem Maria!”

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Logo após, a banda dos Arautos do Evangelho fez uma apresentação musical que encheu de alegria o vasto ambiente do moderno templo, mas, sobretudo, os corações dos presentes que aplaudiam e ovacionavam de contentamento.

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Um suculento lanche partilhado pelos Cooperadores dos Arautos proporcionou momentos de alegre convívio ao grande número de adultos, jovens e crianças presentes.

Depois, num rito simples, com a breve explicação sobre a história e os benefícios do escapulário do Carmo, os fiéis foram agraciados com a imposição desse sacramental.

Tarde com Maria-Maringa

Mas o ponto alto da tarde, que entrou pela noite, foi a solene Celebração da Eucaristia pelo Revmo. padre arauto, Roberto Takeshi Kyota, e diaconado pelos diáconos paroquianos Bento Chinaglia e Oscar José dos Santos. O enorme templo estava lotado!

Antes de concluir a celebração, a imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima, sob a invocação de Seu Imaculado Coração, foi coroada pelo casal Shiguemassa e Cleusa Iamasaki, distinguidos entre os pioneiros do Apostolado do Oratório em Maringá.

Tarde com Maria-MaringaConcluindo o evento, a concorrida procissão iluminada por uma feeria de tochas e velas pelas ruas da paróquia, levou ao ar as piedosas orações do Rosário, entremeadas pelos vivas! e os hinos religiosos do povo da cidade musical.

Mede-se o valor de um acontecimento pelas reações dos que o assistem. Aqui não foram os que assistiram, mas os que, efetivamente, estavam engajados e participativos: “Faz tempo que eu não venho a uma procissão. Mas a esta eu quis vir, e estou feliz por ter vindo”, disse um senhor. “A palestra valeu, valeu! Fez claros muitos pontos”; “Que Missa linda!”; “Que bonita procissão!” “Foi tudo uma bênção!”. Essas foram exclamações que se ouviam de muitos lábios.

No afã de ajudar aos seus irmãos e irmãs na fé, os Arautos do Evangelho movimentam-se para semelhantes eventos ainda este ano, e já agora começam a preparar a agenda do próximo, sob o olhar e a proteção da Mãe comum de todos os Cristãos.

Tudo com Jesus, nada sem Maria!!!          

As fotos abaixo ilustram o memorável acontecimento:

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Veja também: Apostolado do Oratório em Herculândia (SP)

Admissão de novas terciárias dos Arautos na Tarde de Louvor com Maria em Astorga-PR

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Na simpática e acolhedora cidade de Astorga, pertencente a Diocese de Apucarana, realizou-se no último dia 26 uma Tarde de Louvor com Maria.

O evento organizado pelo Apostolado do Oratório contou com a presença de sacerdotes e arautos do ramo masculino e feminino de Maringá e São Paulo. Os preparativos e a organização ficaram a cargo da comunidade local, chamando a atenção pelo amor e carinho com que tudo foi preparado.

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A imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima foi recebida pelos fiéis no trevo de entrada da cidade, de onde partiu em carreata até a igreja Nossa Senhora do Rocio. Durante o percurso, rojões faziam parte da acolhida e saudação a Nossa Senhora que estava representada na Imagem que desfilou pelas principais ruas de Astorga.

Após a palestra e apresentação musical, duas supervisoras dos Oratórios, a Senhora Tereza Rodrigues Turini e Sandra Regina Lombardi Campoy foram admitidas como cooperadoras (terciárias) dos Arautos do Evangelho.

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A celebração Eucarística no Santuário Nossa Senhora Aparecida, presidida pelo Revmo. Pe. Antônio Carlos Coluço, EP. foi transmitida pela TV Antares. No final da Missa, foi realizada a solene coroação da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima pelas duas neocooperadoras dos Arautos.

Depois da bênção final, teve início a grandiosa Procissão Luminosa, que percorreu as ruas da cidade. Entremeado por cânticos e brados, os fiéis rezaram o terço, manifestando assim, publicamente, sua Fé. A imagem peregrina permaneceu no santuário para a vigília noturna, que durou até a Missa das nove horas de Domingo.

A menos de um mês do termino do Ano da Fé, a população de Astorga no Paraná pode manifestar e servir de exemplo de ardorosa fé e devoção à Santa Mãe de Deus.

Fotos: Arautos do Evangelho

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Veja também: Arautos animam Tarde com Maria em Itaí – SP

Os anjos na doutrina da Igreja

Numa época tão materialista como a de nossos dias, com avanços tecnológicos alucinantes, pareceria improvável que as pessoas ainda recorressem ao mundo angélico. Sem dúvida alguma, o universo dos anjos é algo que ainda hoje causa especial fascínio. Conhecer mais sobre a sua natureza e missão, é deveras útil e interessante. Com este objetivo, publicamos um artigo sobre os Santos Anjos do Sr. Guy Gabriel de Ridder, dos Arautos do Evangelho.

Recorrer aos anjos está ficando cada vez mais na moda. Mas o que sabe a grande maioria das pessoas a respeito dessas criaturas espirituais e imortais?

Guy Gabriel de Ridder

Após uma época de ceticismo e materialismo triunfante, durante a maior parte dos séculos XIX e XX, o Ocidente voltou a demonstrar uma definida apetência pelo mundo dos espíritos. Se até duas ou três décadas atrás, falar de anjos era considerado por muita gente como sinal de imaturidade ou de falta de cultura, hoje em dia tornou-se moda.

Abundam os filmes e livros retratando seres extraordinários, poderosos, dotados de qualidades sobrenaturais, seres super-humanos ante os quais o comum dos mortais é impotente. Não será isso um sintoma de interesse pelo mundo angélico? Ao lado da fantasia e do mito, obras esotéricas de grande divulgação apresentam uma visão distorcida desses seres espirituais, e a ignorância religiosa só fez aumentar os equívocos nesta matéria.

Se quisermos saber a realidade sobre os anjos, onde achar a verdade no meio de tanta desinformação?

As Sagradas Escrituras

Catedral de Notre Dame – Paris | Foto: Sergio Holmann

Muito antes das definições teológicas dos últimos séculos, o ensinamento sobre os anjos encontra-se fundamentado na autoridade das Sagradas Escrituras e dos Padres da Igreja.

Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, numerosas passagens nos mostram os anjos em ação, na tarefa de proteger e guiar os homens, e servindo de mensageiros de Deus. O versículo 11 do Salmo 90 menciona claramente os Anjos da Guarda: “Deus confiou a seus anjos que te guardem em todos os teus caminhos”.

Se nalgumas ocasiões os anjos da mais alta hierarquia celeste são os encarregados de missões na terra — casos de São Gabriel e São Rafael — em muitas outras trata-se por certo de uma atuação do anjo guardião da pessoa concernida, mesmo se a Bíblia não o mencione especificamente. Tem-se essa impressão na leitura do profeta Daniel, salvo de ser devorado no cárcere por feras famintas, pois ele declara ao rei Dario: “Meu Deus enviou o seu anjo, que fechou a boca dos leões, os quais não me fizeram mal algum” (Dn 6, 22). Do mesmo modo, nos Atos dos Apóstolos, quando vemos São Pedro ser libertado da prisão por um anjo (cf. At 12, 1-11).

Nosso Senhor faz uma referência muito clara aos Anjos da Guarda, quando diz: “Vede, não desprezeis um só desses pequeninos; pois vos declaro que os seus anjos nos Céus veem incessantemente a face de meu Pai, que está nos Céus” (Mt 18,10).

São Paulo, na Epístola aos Hebreus, ensina que todos os anjos são espíritos a serviço de Deus, o qual lhes confia missões em favor dos herdeiros da salvação eterna (cf. Hb 1,14).

Os Padres da Igreja

Na esteira das Sagradas Escrituras, a maioria dos Padres da Igreja trata dos anjos enquanto nossos guardiães. São Basílio Magno, na obra Adversus Eunomium, declara: “Cada fiel tem a seu lado um anjo como protetor e pastor, para o conduzir à vida”.

No século II, Hermas, na obra “O Pastor”, diz que todo homem possui seu Anjo da Guarda, o qual o inspira e o aconselha a praticar a justiça e a fugir do mal. No século III, a crença nos Anjos da Guarda de tal maneira estava arraigada no espírito cristão, que Orígenes lhe dedica várias passagens. E sobre a mesma matéria encontramos belos textos de São Basílio, Santo Hilário de Poitiers, São Gregório Nazianzeno, São Gregório de Nissa, São Cirilo de Alexandria, São Jerônimo, os quais nos ensinam: o Anjo da Guarda preside às orações dos fiéis, oferecendo-as a Deus por meio de Cristo; como nosso guia, ele solicita a Deus que nos guarde dos perigos e nos conduza à bem-aventurança; ele é como um escudo que nos envolve e protege; ele é um preceptor que nos ensina a cultuar e a adorar; nossa dignidade é maior por termos, desde o nascimento, um anjo protetor.

Desdobramentos posteriores

No século XII, Honório de Autun promoveu a doutrina de que cada alma, no momento em que é unida ao corpo, é confiada a um anjo cuja missão é induzi-la ao bem e dar conta de suas ações a Deus. Santo Alberto Magno e São Tomás de Aquino, no século XIII, ensinaram, com São Pedro Damião, que o Anjo da Guarda não abandona nem sequer a alma pecadora, mas procura levá-la ao arrependimento e reconciliação com Deus.

Em 1608, o Papa Paulo V instituiu a festa dos Santos Anjos da Guarda. Posteriormente, em 1670, coube ao Papa Clemente X fixar sua comemoração de modo definitivo no dia 2 de outubro, tornando-a obrigatória para toda a Igreja.

O Catecismo da Igreja Católica trata da missão do Anjo da Guarda em relação a nós, dizendo: “Desde o início até a morte, a vida humana é cercada por sua proteção e por sua intercessão” (nº 336). E o Papa João Paulo II, na Audiência Geral de 6 de agosto de 1986, acentua que “a Igreja confessa sua fé nos Anjos Custódios, venerando-os na Liturgia com uma festa especial, e recomendando o recurso à sua proteção com uma oração frequente, como na invocação ao ‘Santo Anjo do Senhor’.”

Fonte: Revista Arautos do Evangelho, nº 58, outubro de 2006.

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Veja também: Cristo é sinal de contradição, para se revelarem os segredos dos corações