Por onde passa, a Imagem Peregrina do Imaculado Coração de Maria deixa um rastro de luz, de esperança e de bondade. E não foi diferente nas cidades que visitamos há um ano e que aqui, queremos juntos com todos, relembrar
Ir. Alberto Nardo, EP
Revmo. Pe. Rodolfo Chagas Pinho coroa a Imagem Peregrina durante Missa na Paróquia São Pedro Apóstolo em Jacarezinho
No mês de maio de 2017 visitamos as cidades de Jacarezinho/PR, Paróquia São Pedro Apóstolo, Maringá/PR, Paróquia Santa Rosa de Lima, Itatiba/SP, Paróquia São Bento e Nossa Senhora Rosa Mística, Cachoeira Paulista/SP, Paróquia São Sebastião e Magé/RJ, Paróquia Nossa Senhora da Guia.
Revmo. Pe. Rodrigo Gutierrez Stabel abençoa os oratórios na Paróquia Santa Rosa de Lima em Maringá
Tivemos a imensa graça de ver diversos lares dessas cidades abrirem suas portas, para que a presença maternal de Nossa Senhora entrasse através da devoção do Oratório do Imaculado Coração de Maria.
Queremos nestas breves linhas cumprimentar na pessoa de seus párocos a todos e a cada um por este primeiro ano de peregrinação do Oratório.
Revmo. Pe. Júlio César Forão Pontes faz a entrega de oratório na Paróquia São Bento Nossa Senhora Rosa Mística em ItatibaRevmo. Pe. Rivelino Nogueira abençoa capas das novas coordenadoras na Paróquia São Sebastião em Cachoeira PaulistaRevmo. Pe. Leonardo Santos da Silva abençoa os novos oratórios na Paróquia Nossa Senhora da Guia em Magé
Que venham ainda muitos e muitos outros anos pela frente, e que perseverem nesta devoção até que se estabeleça na Terra o “Triunfo do Imaculado Coração de Maria”, conforme promessa feita pela própria Mãe de Deus em Fátima há 101 anos.
Em relação à Sagrada Comunhão, o que será mais importante: a preparação ou a ação de graças?
Pe. Rafael Ramón Ibarguren Schindler*, EP
É claro que ambas são fundamentais, mas há razões para distinguir, valorizar e hierarquizar cada uma das duas situações.
O célebre e douto teólogo dominicano contemporâneo Frei Antonio Royo Marín, nos dá a resposta.
Em seu livro publicado pela Biblioteca de Autores Cristianos (BAC) que leva o sugestivo título “Ser ou não ser santo… Esta é a questão”, diz Royo Marín citando ao seu mestre, São Tomás:
“Para o grau de graça que nos aumentará o sacramento por si mesmo (ex opere operato**) é mais importante a preparação que a ação de graças depois de tê-lo recebido; porque esse efeito ‘ex opere operato’ o produz o sacramento uma só vez, no momento de recebê-lo e, por isso mesmo, está diretamente relacionado com as disposições atuais da alma que se aproxima para comungar, não pelas que possam se ter depois”.
O que a primeira vista poderia parecer demasiado sutil ou técnico, se compreende facilmente dando um exemplo.
Quando vamos receber em nossa casa a um visitante importante, dispomos as coisas da melhor maneira possível: a limpeza cuidadosa, a ordem da sala, tudo organizado para que quem nos honra com a visita se sinta à vontade, e tenha a melhor impressão. Devemos pensar nos detalhes, como um bom presente floral e até, eventualmente, a concessão de um presente para que a visita leve uma recordação indelével daquele dia.
Hospedagem de Castel Gandolfo em Roma, Foto: Divulgação/Vaticano
Como receber em casa a um Chefe de Estado, por exemplo, com descuido e precipitação? Não é possível!
Pelo fato de chegar até nós, essa hipotética pessoa ilustre nos privilegia. Se valorizamos o gesto de quem assim nos dignifica, o hóspede ficará plenamente satisfeito… e o anfitrião também!
Agora, apliquemos o caso não a um soberano da terra ou a um presidente eleito democraticamente… Pensemos no Rei dos reis e Senhor dos senhores, criador e dono de tudo o que existe.
O encontro com Jesus se dá em plenitude durante a comunhão sacramental. Também se realiza um encontro, ainda que de outra forma, na visita que se faz em sua capela de adoração ou junto ao sacrário onde está sempre à nossa espera. As disposições para recebê-lo ou para visitar-lhe são basicamente as mesmas; sim, porque é o mesmo Senhor que vem até mim e ao qual vou à sua presença.
No fato de recebê-lo, serei o anfitrião e Ele será meu hóspede. E no tempo em que vou adorar-lhe, o anfitrião será Ele, e eu o visitante a quem condescende dar audiência. Em ambos encontros, sucede um acontecimento de máxima transcendência. Daí, a importância de dispor-me da melhor maneira possível para o encontro que será o mais importante do dia… ou até da vida.
Quanto a ação de graças, é claro que será tanto melhor feita, quanto a disposição prévia a recebê-la tenha sido cuidadosamente elaborada. É lógico.
Lastimosamente, não é assim como habitualmente os fiéis percebem um encontro com o Senhor na Eucaristia. Porque em geral, em relação à comunhão sacramental, se dá mais importância à ação de graças que à preparação. Com efeito, se chega junto ao Santíssimo apressadamente, trazendo em nossa bagagem uma boa dose de agitação, afãs mundanos e muita superficialidade.
E somente depois do maravilhoso momento do encontro, recomeçamos a pensar (se é que verdadeiramente caímos em si…) no sucedido. Então, é a hora em que chovem os pedidos ou de manifestar o que queremos dizer-lhe ao Senhor; quase que valorizando mais nossas prioridades pessoais que o fato de ter-lhe acolhido e de ser Ele quem é!
Se não preparamos devidamente o encontro e começamos a relação sem dar-lhe todo o devido valor, provavelmente o colóquio será demasiado pobre…
O valor da preparação e da ação de graças em relação ao encontro com o Senhor na Eucaristia, nos faz pensar na imagem que usa Jesus, quando nos ensina no Evangelho que devemos construir uma casa sobre a rocha e não sobre areia (Lc. 6, 48-49).
Uma comunhão baseada sobre a rocha, é a que se vai preparando. Aquela descuidada, sem delicadeza nem afeto, é a que se faz sobre areia: a Fé é avarenta e não motiva a adoração. A humildade é superficial, nada concorde com a aclamação “Senhor, não sou digno de que entreis em minha casa”.
Na realidade a preparação e a ação de graças deveriam ocupar as vinte e quatro horas do dia
Não se mede o tamanho infinito do amor que aninha o Coração de Cristo. E, claro, a pouca fome e sede de união e de comunhão, não somente indispõem ao adorador, mas entristece ao que tanto amou aos homens e não encontrou neles mais que ingratidão, segundo a queixa do Sagrado Coração de Jesus a Santa Margarita Maria.
É claro que ninguém jamais estará à altura de um encontro com Nosso Senhor. Mas já que Ele veio pelos pecadores e pelos enfermos (Lc 5, 31-32), há que confessar-se doente e culpado, e dizer como o leproso do Evangelho: “Senhor, se queres, podes limpar-me” (Lc 5, 12).
Ao acolher ao Senhor, digamos que lhe esperávamos com ânsias e que lhe amamos muito. O que Ele nos diga ou obre, não depende de nós; isso é coisa dEle.
Na realidade, a preparação e a ação de graças deveriam ocupar as vinte e quatro horas do dia, fazendo assim de nossa vida uma homenagem ininterrupta a Jesus presente na Eucaristia. Não é outra coisa o que se pede ao Espírito Santo na Oração Eucarística número III do Missal Romano: “Que Ele nos transforme em oferenda permanente”.
Assunção, maio de 2018
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*Conselheiro de Honra da Federação Mundial das Obras Eucarísticas e da Igreja.
**Os sacramentos produzem seu efeito ex opere operato (“pela obra realizada”) por sua própria virtude, quando devidamente ministrados e recebidos.
Em vários países multidões acorreram a louvar a Mãe de Deus no dia sua festa. Os Arautos do Evangelho e membros do Apostolado do Oratório também participaram e manifestaram seu afeto e seu fervor. A seguir alguns registros desses momentos
Acima, vídeo do XV Encontro do Apostolado do Oratório em Fátima, Portugal
Canadá, Catedral de Montreal
Em Montreal, noCanadá, a celebração aconteceu na Catedral da cidade. Dom Alain Faubert, Bispo Auxiliar, presidiu uma Missa em dois idiomas: inglês e francês.
Moçambique, Peregrinação ao Santuário de Naamacha
Ali também foram recebidos novos terciários dos Arautos do Evangelho.
Em Moçambique, na noite anterior ao domingo, 13, realizou-se uma numerosa peregrinação ao Santuário de Naamacha, encabeçada por uma imagem do santuário, procissão na qual colaboraram decisivamente os Arautos do Evangelho.
Esse é o primeiro santuário dedicado a Nossa Senhora em toda África, e foi construído pelos portugueses para comemorar os 25 anos das aparições de Fátima, invocação a qual está dedicado.
Tanto no dia 13 de maio quanto no dia 13 de outubro, cada ano, dezenas de milhares de pessoas acodem ao Santuário para render culto de hiperdulia a Nossa Senhora.
Cidade do México, Basílica de Nossa Senhora de Guadalupe
Na Cidade do México, a Antiga Basílica de Nossa Senhora de Guadalupe foi o sacral marco que acolheu no último domingo a celebração do dia da primeira aparição de Nossa Senhora de Fátima há 101 anos, presidida por Dom Pedro Agustín Rivera, Cônego da Basílica. Nestas cerimônias numerosas pessoas também se consagraram à Virgem de acordo com o método de São Luís Maria de Montfort, e 11 novos terciários dos Arautos do Evangelho receberam sua capa distintiva. Participaram por volta de três mil pessoas.
Colômbia, Igreja de Nossa Senhora de Fátima dos Arautos do Evangelho
Calcula-se que mais de 15 mil pessoas acudiram a este templo para render tributo à Mãe de Deus.
San Salvador, Igreja do Coração de Maria
EmSan Salvador, a cerimônia em honra de Nossa Senhora de Fátima foi realizada na paróquia do Coração de Maria, dos Padres Claretianos.
A partir das três da tarde, três horas se passaram em uma atmosfera de paz e bênção. Cerca de 1.300 pessoas compareceram.
Guatemala, Academia de formação dos Arautos do Evangelho
Na Guatemala a Academia de formação dos Arautos do Evangelho viu abarrotadas suas instalações para a cerimônia eucarística que comemorava Nossa Senhora de Fátima.
Espanha, Madri, Catedral de Almudena
O 13 de maio em Madri, Espanha, foi celebrado com uma Missa organizada pelos Arautos do Evangelho na legendária Catedral da Almudena, e presidida pelo Vigário Geral da Diocese, Dom Avelino Revilla.
Assistiram -além de altas personalidades eclesiásticas-, María Begoña Larraínzar Zaballa, conselheira da cidade de Madri, o Delegado Episcopal de Apostolado Secular da Arquidiocese de Madri, Rafael Serrano Castro, a Presidente e o Vice-Presidente do Foro de Leigos da Espanha, Loli García Pi e Guillermo Aparicio, o Irmão Maior da Irmandade do Grande Poder e da Esperança Macarena de Madri e o presidente de SOS Família, entre outros.
Paraguai, Assunção, Catedral Castrense
Em Paraguai o Treze de Maio foi celebrado os 101 anos das aparições da Virgem em Fátima. Para esta importante ocasião houve uma procissão luminosa com a recitação do Santo Rosário. A Santa Missa foi presidida pelo Pe. Rafael Ibarguren, EP, com a participação do Coro e Orquestra dos Arautos.
Com a alma transbordante de afeto, gratidão e devoção, diversos grupos do Apostolado do Oratório realizaram belíssimas cerimônias para comemorar a Festa de Nossa Senhora de Fátima e lembrar a importância de sua Mensagem
No início do século XX, quando apenas começava a se delinear, timidamente, o esboço de um mundo que nasceria da vitória dos Aliados na Primeira Guerra Mundial, verificou-se um dos fatos mais notáveis da História Contemporânea: aparece a Mãe de Deus e traz à humanidade uma Mensagem. (…)
Artigo extraído do Boletim Informativo do Apostolado do Oratório n0. 94 de maio/junho 2018
Plínio Corrêa de Oliveira
Há certos temas que nos são tão familiares e caros ao coração que se tornaram objeto de inúmeros comentários de nossa parte. Desta vez não vou comentar tanto a Mensagem de Nossa Senhora de Fátima quanto a atitude do mundo perante ela.
A Santíssima Virgem documenta a autenticidade de seu anúncio de dois modos. Em primeiro lugar, Ela a confia a pastorezinhos incapazes de compreender seu significado, limitando–se a repetir o que ouviram. Por vezes, discursos longos e complexos que eles transmitiam sem se contradizerem, mesmo submetidos a inquéritos policiais brutais.
De outro lado, Nossa Senhora produziu milagres que provavam à multidão ali reunida, e mesmo a gente de muito longe, que algo de sobrenatural se passara, como, por exemplo, a famosa “dança” do Sol. Tudo atestado por pessoas que moravam muito distante de Fátima.
Entretanto, chama a atenção no modo de o mundo receber a Mensagem de Fátima, não só a incredulidade de muitos à vista de episódios tão impressionantes, mas o fato de não se encontrar quem fizesse o seguinte comentário: tomada a Mensagem em si mesma, apenas pelo seu conteúdo, abstração feita de todos os prodígios que a cercaram, já havia todas as razões para admitir sua veracidade.
Fiéis em Fátima presenciando o milagre do sol
Quem conhecesse um pouco de moral não podia duvidar que o mundo estava imerso num processo de pecados gravíssimos, cujo dinamismo permitia antever aonde levariam a humanidade.
Portanto, teologicamente falando, bastaria raciocinar um pouco para se ter a certeza de que, a não haver uma grande conversão, viria um castigo.
Assim, com um pouco de conhecimento da Teologia da História, ver-se–ia tratar-se de uma mensagem condizente com o que um homem de Fé, analista dos acontecimentos da época, dotado de alguma profundidade, deveria pensar.
Ora, as crianças transmitiram, assim, uma comunicação sábia e verdadeira em si mesma, de uma sabedoria e uma riqueza de conteúdo que excedia a capacidade delas. Logo, a mensagem é intrinsecamente verdadeira.
Em última análise, alguém que observasse o mundo daquele tempo à luz da Revolução e da Contra-Revolução distinguiria na Mensagem três aspectos: uma descrição teológica dos pecados daquele tempo, o anúncio de um castigo e a indicação dos meios de escapar deste, isto é, a penitência e a consagração ao Imaculado Coração de Maria.
A Porta da misericórdia é precisamente Nossa Senhora, chamada a Porta do Céu. Quer dizer, é ultrateológico que Ela tenha dito: “Cessem de pecar e recorram a Mim que obtenho a eliminação do castigo.” Nada mais razoável.
Contudo, a humanidade recebeu a Mensagem de Fátima com orgulho, quando ela exigia um ato de humildade, ou seja, que os homens reconhecessem: “Nós pecamos, andamos mal.” Exigia a emenda, o abandono da impiedade e da imoralidade na qual iam caindo. Por isso houve uma rejeição global em relação a essa Mensagem. Os resultados, vemos por toda parte.
Façamos um exame de consciência. Temos os olhos suficientemente abertos para a Mensagem de Fátima? Compreendamos que com Nossa Senhora não se brinca, e peçamos a Ela que tenha pena de nós.
No último domingo, 06 de maio, 128 fiéis realizaram uma aliança perpétua com a Santíssima Virgem, através da solene Consagração como escravos de amor, segundo o método de São Luis Maria Grignion de Montfort
Ir. Felipe Lecaros, EP
A cerimônia realizou-se na belíssima Basílica de Nossa Senhora do Rosário, dos Arautos do Evangelho na Serra da Cantareira em Caieiras/SP, sendo celebrada pelo revmo. padre Eduardo Frizzarini, EP. O ambiente no dia não poderia ter sido melhor.
Foi um agradável e ameno domingo de outono, com sol, e, sobretudo, com muita paz, serenidade e alegria.
Sinais claríssimos das graças, das bençãos e da proteção de Nossa Senhora que são concedidas a todos aqueles que a Ela se entregam sem reservas.
Vista do pátio em frente à Basílica logo em seguida à Cerimônia