À primeira vista, a vida de Nossa Senhora esteve toda marcada pelo absurdo, desde a infância: queria Ela permanecer inteiramente consagrada a Deus no Templo, mas precisou voltar para o mundo; prometera ao Senhor manter-Se virgem, mas teve de Se casar; embora fosse santíssima, a Encarnação fez d’Ela um elemento de terrível prova para São José, cuja santidade ímpar era inferior apenas à de sua imaculada Esposa…
Essa via de provas paradoxais e paroxísticas, na qual Maria caminhava entre absurdos e despropósitos, escondia a incalculável predileção de Deus para com uma missão cuja estatura não tinha proporção com o criado, mas somente com o Criador.
Com efeito, a Maternidade Divina consiste em mais um paradoxo: Deus, embora onipotente, precisou verdadeiramente da Santíssima Virgem. Não por uma necessidade absoluta, mas porque Ele quis, pois faz parte do governo da Providência submeter a realização de seus planos à aceitação das criaturas escolhidas para levá-los a cabo. Logo, Deus dependeu de Maria para que Nosso Senhor Jesus Cristo fosse quem foi!
Sem dúvida alguma, a Redenção da humanidade foi conquistada por Cristo na Cruz, mas Ele só Se encarnou porque Maria contribuiu fielmente com o desígnio divino, sofrendo o inenarrável pela nossa salvação. Apenas no Juízo Final poderemos ter ideia do quanto tudo isto custou à Santíssima Virgem… ♦
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