Entrega de novos Oratórios em setembro 2018

“Quem permanece no amor, permanece em Deus, e Deus nele” (I Jo 4, 16). O corolário do amor a Deus e ao próximo é a alegria. Portanto, a alegria é consequência da caridade

Pe. Francisco Katsumassa, EP

Novas coordenadoras de Oratório na Paróquia Santo Antonio em Gurupi/TO

Os missionários dos Arautos do Evangelho estiveram visitando em setembro os lares e estabelecimentos das cidades de Ponte Alta e Gurupi/TO, Campos Belos/GO e terminaram o mês em Bragança Paulista/SP.

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Fátima, Primeiro Sábado e a devoção do Rosário

Três devoções intimamente ligadas à concessão das graças de salvação para todos nós

Ir. Carlos Eduardo, EPDevoção dos Primeiros Sábados

Em 1917, em Fátima, a Santíssima Virgem transmitiu ao mundo sua Mensagem. Nela se destaca o pedido de conversão sincera e mudança de vida, junto com a prática de devoção dos Primeiros Sábados. Disse a Virgem Santíssima à Irmã Lucia:

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A Cruz: desastrosa derrota ou glorioso triunfo?

14 de setembro – Exaltação da Santa Cruz

A piedade católica, movida pelo Espírito Santo, modelou ao longo dos séculos variadas formas de devoção àquilo que representa, de maneira tocante, a Redenção do gênero humano: a Santa Cruz de Jesus Cristo

Pe. Alessandro Schurig, EP

Proponho vê-la por dois prismas distintos:

Crucificado

Cristo de Velasquez

No quadro pintado por Velásquez, deparamo-nos com Nosso Senhor cravado em uma cruz lisa, sem adornos, posta sobre um fundo negro, simbolizando a profunda e lúgubre humilhação na qual esteve posto o Redentor. Ele mesmo está com a cabeça visivelmente caída, e parte dos cabelos sobre o lado direito da face, indicando o quanto Ele está exangue, sem auxílio ou proteção alguma, entregue somente às mãos de Deus.

A cena nos sugere o abandono: apenas dois ladrões crucificados a seu lado, sua Mãe e um único discípulo, presenciam sua aviltante morte. Em suma, ao ver essa figura nos vem à mente quanto tudo esteve esmagado, calcado e silenciado perante sua morte.

Mas, será que na cruz aquele que proclamou: “Eu venci o mundo!” (Jo 16, 33) está um irrevogável derrotado?


Glorificado

Analisemos, em seguida, uma cruz processional levada nas Eucaristias mais solenes da igreja Nossa Senhora do Rosário, dos Arautos do Evangelho, e feita de acordo com as indicações de Mons. João Clá Dias.

Nela, vemos Nosso Senhor morto e crucificado, como alguém que, como vimos acima, passou por terríveis humilhações. Porém, as nossas vistas não se detêm, e fixamos o olhar nas vivas e elegantes cores vermelha, branca e dourada que compõem esta cruz… Parecem nos convidar a contemplar Aquele que está nela cravado, mas por isso mesmo cumpriu o que Ele próprio profetizara:

“quando for elevado da terra atrairei a mim todo ser” ( Jo 12, 32).  

Cruz processional – Arautos do Evangelho

Sem dúvida, está despojado de suas vestes e coroado de espinhos, mas é “Rei dos reis e Senhor dos senhores” (Ap 19, 16), o que bem nos recorda os áureos esplendores que circundam esta cruz.

Foi deste seu oferecimento que floresceu tudo o que existiu e existirá de bom, de belo e verdadeiro na História da humanidade. Foi no momento da crucifixão que o Salvador frustrou os planos de Satanás, comprou para todo o gênero humano a Redenção e, com graças super abundantíssimas, abriu ao homem as portas do Céu.

Tudo isto que Ele concedeu como herança para a humanidade, como fruto de seu Preciosíssimo Sangue, valem imensamente mais do que qualquer pedra preciosa. Mas, as que figuram em Jesus, representando suas chagas, não simbolizarão esta maravilha, que Ele aceitou por nós e para nossa Salvação?

Rememorando o que a liturgia da Igreja reza na missa da Exaltação da Santa Cruz, “O que vencera na árvore do paraíso, na árvore da cruz foi vencido”, não parece que esta cruz quer nos fazer recordar esta gloriosa vitória de Cristo?

Coroa do Sacro Império Romano Germânico

Por ter Ele escolhido utilizar da cruz como instrumento para a redenção, tornou-se ela, de símbolo de ignomínia que era em símbolo de tudo o que há de mais elevado, de mais sagrado: nas catedrais, nas coroas, nas obras mais importantes concebidas pelo homem, aí está a cruz resplandecendo como o estandarte de triunfo do homem-Deus, que atingiu os mais altos píncaros de vitória contra o demônio, o mundo e a carne com sua ignominiosa morte no madeiro. E isto bem pode simbolizar os adornos desta cruz. (Cfr. Oliveira, Plinio Corrêa de. Revista Dr. Plinio, nº 138, setenbro de 2009, p. 4)

 Ao vê-la, temos vontade de rezar à semelhança das palavras de Dr. Plinio:

“Na vossa cruz, humilhado, começastes a reinar sobre a terra. Na cruz começou a vossa glória, e não na ressurreição. Vossa nudez é um manto real. Vossa coroa de espinhos é um diadema sem preço. Vossas chagas são vossa púrpura. Oh! Cristo-Rei, como é verdadeiro considerar-Vos na cruz como um rei”*

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* (Via Sacra. Legionário Nº 558, 18 de abril de 1943 ).

De Maria Nunquam Satis!*

A afirmação no título acima faz recordar também que a nenhum fiel é lícito não ter devoção a Nossa Senhora, pois “a Mãe de Deus é o modelo e a figura da Igreja, na ordem da fé, da caridade e da perfeita união com Cristo”**

Ir. Felipe Lecaros, EP

Para demonstrar o quanto a devoção a Nossa Senhora é o melhor caminho para se chegar a Jesus Cristo, citamos a explicação dada há séculos atrás por São Luis Maria Grignion de Montfort: Diz o Santo missionário mariano:

“Seria possível que Aquela que achou graça diante de Deus para o mundo inteiro em geral, e para cada um em particular, impedisse uma alma de encontrar a grande graça da união com Ele? Seria possível que Aquela que foi cheia de graça e superabundante de graças, e tão unida e transformada em Deus que este n’Ela Se encarnou, impedisse uma alma de ficar perfeitamente unida a Deus?” (Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, n. 164).

E conclui São Luis:

“Vós, Senhor, estais sempre com Maria, e Maria sempre convosco; nem pode Ela estar sem Vós, pois senão deixaria de ser o que é; de tal modo está Ela transformada em Vós, pela graça, que já não vive, já não existe: sois Vós que viveis e reinais n’Ela, de maneira mais perfeita que em todos os Anjos e Bem-aventurados. […] Maria está tão intimamente unida a Vós que mais fácil seria separar do sol a luz, e do fogo o calor” (idem, n. 63).

Cientes dessa verdade, mais de cem fiéis e membros do Apostolado do Oratório iniciaram neste último domingo, 19, um novo Curso Preparatório para a Consagração a Jesus Cristo pelas mãos de Maria, segundo o método de São Luis Maria Grignion de Montfort.

Foi esse o primeiro passo rumo a entrega que farão como escravos de amor Àquela a quem Deus quer servir-Se na santificação das almas até a consumação dos séculos.

Veja abaixo algumas fotos do primeiro dia do curso na sede do Apostolado do Oratório em São Paulo.

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Veja também: Consagração a Nossa Senhora na Basílica dos Arautos do Evangelho

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* Repetida por São Bernardo de Claraval e outros Santos, este categórico louvor à Mãe de Deus é habitualmente traduzido como: “A respeito de Maria jamais se dirá o bastante”.
** CONCÍLIO VATICANO II. Lumen gentium, n.63.

Quanto à Eucaristia, Direitos e Deveres

Tributem os fiéis a máxima veneração à Santíssima Eucaristia, tomando parte ativa na celebração do sacrifício augustíssimo, recebendo este sacramento frequentemente e com muita devoção, dando-lhe culto com suma adoração (Código de Direito Canónico, cânon n° 898 )

Pe. Rafael Ramón Ibarguren Schindler*, EP

Praça de São Pedro, Estado do Vaticano

Entende-se por Direito o conjunto de normas que são estabelecidas para reger uma sociedade determinada.

Naturalmente, essas normas se dispõem de maneira obrigatória e seu não cumprimento pode acarretar uma sanção.

A Igreja, como o Estado ou qualquer outra sociedade, tem seu direito próprio, o Direito Canônico. Nada mais lógico, uma vez que ela é uma sociedade visível, instituída e organizada hierarquicamente, que trata das necessidades e das obrigações dos fiéis.

O Código de Direito Canónico vigente na Igreja Latina foi promulgado por São João Paulo II em 25 de janeiro de 1983.

Ele compõe-se de normas jurídicas que alcançam o amplo campo da vida eclesial; algumas são vinculantes e por isso obrigam-se em consciência, outras são discricionárias, e outras, por fim, exortativas.

Em todo caso, “a salvação das almas deve ser sempre a lei suprema da Igreja” (CDC, n° 1752).

Em uma de suas partes, o Código refere-se à função de santificar da Igreja; trata aqui sobre os sacramentos, e de modo saliente sobre o mais augusto deles que é a Santíssima Eucaristia. Com a meticulosidade que comporta, se aborda o relativo e como se celebra, clarificando as competências de clérigos e leigos.

Antes de adentrar em todo o referente à práxis do culto eucarístico, o cânon n° 898 estabelece o seguinte:

“Tributem os fiéis a máxima veneração à Santíssima Eucaristia, tomando parte ativa na celebração do sacrifício augustíssimo, recebendo este sacramento frequentemente e com muita devoção, dando-lhe culto com suma adoração: os pastores de almas, ao expor a doutrina sobre este sacramento, inculquem diligentemente aos fiéis esta obrigação”.

Eis aqui enunciada uma normativa que abarca obrigações iniludíveis que competem a todos os batizados. Como mãe e mestra, a Igreja nos ensina a ser consequentes com a Fé que professamos, e o faz com palavras graves e definitivas: “máxima veneração”, “parte ativa”, “muita devoção, “suma adoração”.

E referindo-se ao sacramento da Santíssimo Eucaristia, ele chama de “augustíssimo sacrifício”.

A força dos termos não admite erros e pode surpreender a certos católicos mornos, infectados pelo relativismo prevalecente no mundo hoje, que também está se tornando comum, infelizmente, dentro da Igreja.

Santíssimo Sacramento exposto na Basílica Nossa Senhora do Rosário dos Arautos do Evangelho

“Máxima veneração”, sim, porque se a Eucaristia é o mesmo Deus presente entre nós, o maior tesouro não criado que você pode imaginar como professa uma veneração medida, mediana ou medíocre a um Deus incomensurável que está tão perto?

Veneração máxima é o que cabe!

“Parte ativa”. Pode-se dizer que muitas pessoas que frequentam Missas dominicais e semanais, não se envolvam adequadamente com a Palavra que lhes é servida.

As leituras da liturgia – é o Espírito Santo falando – são de grande benefício para os fiéis, próprios para ilustrar as mentes, tocar corações e mover vontades.

Mas, a semente tantas vezes não cai, como deveria, em solo fértil.

“Nosso Senhor explicando aos Apóstolos a parábola do semeador” – Catedral de Santo Isaac, São Petersburgo (Rússia)

Na famosa parábola do semeador (Mt 13, 3-9) Jesus já denunciava: a semente também cai em áreas pedregosas, no meio dos cardos ou nos caminhos da vida onde é pisado por homens ou comido por pássaros.

Veja como está o mundo …

E a comunhão, o banquete eucarístico? Muitos não comungam … por que terão lá suas razões; eles entram no banquete e não provam o bocado.

Muitos outros vão mecanicamente para receber o Senhor com disposições internas ou externas (roupas, posturas) que não são adequadas para receber o Cordeiro de Deus.

Felizmente, claro, há aqueles que estão preparados e comungam com fruto. Nós vemos como se dá aplicação completa da parábola Evangélica.

Primeira Comunhão – Igreja Nossa Senhora do Carmo dos Arautos do Evangelho

Tomar “parte ativa” não é sentar, ficar de pé ou ajoelhar quando a rubrica manda, envia, ou dar a paz, às vezes com efusões excessivas …

Parte Ativa é compenetrar-se com o mistério que se celebra e por nele toda a atenção que por vezes é dissipada o telefone celular, distrações ou, simplesmente tédio.

“Muita devoção”. A devoção parte de uma impostação interior mas que deve testemunhar-se. Tem-se que ser devoto e tem que demonstrar-se isso.

Claro que não para vangloriar-se mas em atenção a Deus presente e aos circunstantes.

Por que em um casamento se vai tão elegante (e não sempre com recato) e para a Eucaristia se vai de qualquer maneira? Lamentavelmente, isto é assim; é um desajuste que grita. Ensina-se às crianças da primeira comunhão a ser devotos e criteriosos. No entanto, parece que a idade vai tornando opaca esta exigência e, com o tempo tudo passa valer.

“Suma adoração”. Se adorar é o ato máximo de culto, parece uma redundância falar de “suma adoração”. Porém trata-se disso. Porque, uma vez mais, para Deus, tudo é pouco e nada basta; e qualquer “exagero” neste empenho ficará curto.

Que distância se está desta disposição quando os afazeres do mundo desprezam o culto de suma adoração que se deve exclusivamente a Deus! Quando omitimos as obrigações devidas a Deus, deixamos de tributar a gloria que Ele tem direito de receber da parte de seus filhos, pelo que se entregou à morte.

É verdade que Ele não precisa de nada nem de ninguém, mas conta com nosso concurso para que sua gloria acidental seja satisfeita, e se dê nossa salvação.

Uma preocupação mal concebida pelos propalados direitos humanos, vai tirando da consciência dos homens os direitos de Deus.

Esquecemos que Deus se fez homem e viveu entre nós ficando tantas vezes só no altar, na custódia e nos sacrários.

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*Conselheiro de Honra da Federação Mundial das Obras Eucarísticas e da Igreja.

Veja também: Como rezar bem o Rosário

Meditação do Primeiro Sábado de agosto 2018

4º Mistério Glorioso
Assunção de Nossa Senhora

A misericórdia que preenche os espaços entre o Céu e a Terra

Assunção de Nossa Senhora. Pinacoteca do Museu Vaticano, Roma – Itália

COROADA COMO RAINHA AO LADO DO REI

Em 1950 o Papa Pio XII proclamou o Dogma da Assunção de Nossa Senhora, declarando ser verdade revelada que a Virgem Maria “terminado o curso da vida terrena, foi assunta à glória celeste em alma e corpo”.

Suprema glória no Céu

Quem será capaz de expressar em palavras com quanta honra e com quanta alegria foi Maria recebida no Céu? Porque quanto maior graça alcançou Ela na Terra sobre todas as demais criaturas, outro tanto mais obtém também nos Céus de glória. E se o olho não viu nem o ouvido ouviu, nem cabe no coração humano o que tem Deus preparado para os que O amam, quem poderá dizer o que reservou Ele para Aquela que O engendrou e O amou mais que todos os homens?

“Louvor e glória ao Deus Altíssimo que vos conferiu, ó Maria, maior graça que a todas as filhas dos homens que no mundo existiram! ”, exclama o piedoso autor da “Imitação de Cristo”, acrescentando: “E logo colocou vosso assento junto ao trono de vosso Filho no Reino dos Céus, no lugar mais eminente, sobre todos os coros de Anjos e de Santos, que Ele vos havia preparado, com requinte de beleza, desde toda a eternidade.”

Esplendor superior ao de todos os astros do universo

No dia de sua Assunção, o esplendor de Maria superou ao do próprio sol e o dos outros astros do firmamento. Tendo sido Maria superior aos patriarcas na firmeza da fé, aos profetas na contemplação das coisas divinas, aos apóstolos no zelo da honra de Deus e do bem das almas, aos mártires na virtude da fortaleza, aos santos padres na sabedoria, aos confessores na paciência e na mansidão, às virgens na pureza e a todos na santidade, havendo correspondido em grau eminentíssimo à graça e praticado todas as mais preciosas virtudes, por isso, no dia de sua Assunção, apareceu Ela com vestido bordado de ouro, engalanada com vários adornos, sentada à direita do Altíssimo e coroada Rainha de todos os Santos.

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Veja também: Como rezar bem o Rosário