Antes e depois de Maria

Solenidade de Nossa Senhora Aparecida

Uma nova era na espiritualidade do gênero humano se inicia publicamente com o milagre das Bodas de Caná. Além de conferir ao casamento um altíssimo significado, Jesus inaugura a mais excelente via para se obter o perdão e a graça: confiar na mediação e na onipotência suplicante de Maria

Monsenhor João S. Clá Dias, EP, Fundador dos Arautos do Evangelho e do Apostolado do Oratório


I – Antecedentes

“Jesus fez ainda muitas outras coisas. Se fossem escritas uma por uma, penso que nem o mundo inteiro poderia conter os livros que se deveriam escrever” (Jo 21, 25).

Riqueza teológica do Evangelho de São João

Assim termina São João o quarto Evangelho, o de sua lavra. Quando o escreveu, por certo já conhecia — e de há muito — os três anteriores. Daí seu empenho em completá-los nos detalhes e aspectos mais necessários para os dias de sua divulgação. Na Ásia Menor, onde se espraiava a Igreja nascente, pululavam os erros de uma perigosa gnose ameaçadora da boa e sã doutrina deixada em herança por Jesus aos seus discípulos. Nessas circunstâncias, importava antes de tudo provar a divindade de Nosso Senhor, o Messias.

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Meditação do Primeiro Sábado de outubro 2019

I Mistério Gozoso
Anunciação do Anjo e a Encarnação do Verbo
O início da nossa salvação


Introdução

Meditaremos neste mês o 1º Mistério Gozoso do Rosário – A anunciação do Anjo e a Encarnação do Verbo – em cumprimento de nossa devoção da Comunhão Reparadora do Primeiro Sábado, pedida pela Mãe de Deus em Fátima. Neste mês de outubro celebramos a festa de Nossa Senhora do Rosário, uma das invocações sob a qual Maria se manifestou na Cova da Iria. Continue lendo “Meditação do Primeiro Sábado de outubro 2019”

Varão católico apostólico romano!

Neste 03 de outubro lembramos com grande afeto e muitas saudades o falecimento de Dr. Plínio Corrêa de Oliveira, grande líder católico, orientador e mestre espiritual de Mons. João S. Clá Dias. Transcrevemos neste artigo um pensamento seu a respeito de “ser católico”, o que para ele, ser batizado e pertencer à Igreja, era mais importante que a própria vida

Em virtude de uma graça especial concedida por Deus, à medida que eu conhecia a Igreja, a ela me unia sem discutir, com uma adesão serena e profunda.

E quando soube haver gente que colocava em dúvida a divindade e a própria existência de Nosso Senhor, pensei: “Mas terão perdido o bom senso? Basta considerar uma imagem piedosa d’Ele, para perceber tratar-se de uma realidade. Para alguém poder inventá-Lo, precisaria ser maior do que Ele. Ora, ninguém pode ser maior que Jesus Cristo; portanto, não foi inventado”.

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Santos Anjos da Guarda

Quem neste mundo não gostaria de ter alguém de inteira confiança ao seu lado, pronto para atendê-lo a qualquer hora do dia ou da noite, seja em que situação estiver?

Ir. Jurandir Bastos, EP

Quem não desejaria ter a todo instante junto a si alguém capaz de defendê-lo nos perigos e, ao mesmo tempo, disposto a animá-lo, fortalecê-lo e estimulá-lo nas horas de provação? Pois bem, em sua infinita bondade e misericórdia para com o gênero humano, Deus destinou para cada homem um Anjo da Guarda, que constantemente lhe vela e cuida.

Sim, ele é nosso companheiro nesta vida e na eternidade. Entretanto, é um amigo discreto que, apesar de quase nunca se revelar como tal, admoesta, ensina, ajuda e inspira de muitas maneiras: ora por uma aguilhoada na consciência, ora por um conselho, ora pela sensibilidade a algum fenômeno natural. Basta uma condição: sermos sensíveis às suas moções.

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Bem Aventurados os pés que evangelizam!

Há exatos três anos falecia o nosso irmão de vocação, o Diácono Ricardo Zanatelli. Missionário da Cavalaria visitou lares, entregou oratórios, levando a presença de Nossa Senhora por onde passou e sempre irradiando uma alegria interior que só possui aqueles que têm a consciência tranquila e que vivem na graça de Deus

“Beati mortui qui in Domino moriuntur”. “Bem-aventurados os mortos que morrem no Senhor” (Apoc 12, 13). De fato, para aqueles que vivem na graça de Deus, a morte não consiste num desastre, mas numa passagem para a verdadeira vida. ♦

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Adorar… Como e para quê?

Por vezes, alguns fiéis ficam desmotivados para decidir-se a ser adoradores. Dispõem de tempo para aproximar-se da Eucaristia, mas não dão o passo; um passo que poderá ser ocasional, muito de vez em quando, ou que importe em um compromisso formal de passar, cada dia ou cada semana, um tempo junto ao sacrário ou a custódia onde está presente o Senhor na Hóstia consagrada

Pe. Rafael Ramón Ibarguren Schindler*

Quais são os motivos dessa desmotivação? Na maioria dos casos, parecem ser duas as razões ou objeções que se esgrimam, seja conscientemente como de forma apenas implícita. Uma é: Para que adorar? Qual é a utilidade de dar esse tempo à adoração, tempo que poderia ser utilizado em outras coisas boas, úteis e até necessárias?

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