Segue abaixo transcrição da notícia publicada no Portal A12 de Aparecida
Cerca de 10 mil pessoas participaram neste sábado (11) no Santuário de Aparecida da IX Romaria Nacional do Apostolado do Oratório, missão pertencente à Associação Arautos do Evangelho.
A missa foi presidida pelo bispo emérito de Lorena (SP), Dom Benedito Beni, e contou com a participação de religiosos da associação e milhares de leigos do Apostolado, responsáveis pela missão dos oratórios do Imaculado Coração de Maria.
Dom Beni destacou em sua homilia a importância da fé e a devoção a Nossa Senhora. Segundo ele, a fé não elimina o sofrimento, mas dá força pra enfrentá-lo com a cabeça erguida.
Explicou também que “a fé é o acendimento da inteligência das verdades reveladas por Deus” e que é um dom para benefício pessoal.
Dirigindo-se à Romaria, o bispo recordou os três componentes principais da espiritualidade dos Arautos do Evangelho: ter como centro a Eucaristia, possuir obediência filial ao papa e uma profunda devoção a Nossa Senhora.
“Estamos reunidos neste Santuário para prestar a Nossa Senhora nosso culto que nos aproxima cada vez mais do Cristo”, ressaltou o celebrante que em seguida explicou:
“Favorece o culto, porque Ela tem uma relação especial com a Trindade. O Pai a escolheu e a preparou tornando-a cheia de graça. O Filho, ela o concebeu em seu seio, pra nos salvar. E o Espírito Santo foi quem concebeu o Filho, ela era cheia de graça e por isso sempre foi plena do Espírito Santo”.
Arautos do Evangelho
Arautos do Evangelho é uma Associação Internacional de Fiéis de Direito Pontifício, composta por membros da vida consagrada, sacerdotes e leigos, além disso, conta com o Apostolado do Oratório presente em mais de 90% das dioceses brasileiras.
Os membros do Apostolado do Oratóriolevam a devoção a Maria através da peregrinação de um Oratório com a imagem do Imaculado Coração de Maria a muitas famílias, incentivando-as à oração do Rosário.
As cerimônias transcorreram num ambiente de muita devoção e enlevo, sempre com seriedade, zelo e com o objetivo de atender os pedidos feitos por Nossa Senhora na Cova da Iria em Fátima, Portugal.
Segue registro fotográfico de algumas dessas cerimônias.
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Faltam poucos dias para estarmos juntos e unidos aos pés de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil
Pe. Antonio Guerra, EP, Assistente Espiritual do Apostolado do Oratório
No sábado, 11 de agosto, nosso primeiro encontro será às 07h30 para a concentração diante da Tribuna Bento XVI onde recitaremos o Terço Solene, agradecendo a Nossa Senhora tantas graças, bençãos e favores recebidos durante esse último ano.
E cientes que a melhor maneira de agradecer é pedir mais, rogaremos à Padroeira do Brasil por nosso país, nossas famílias, pelo triunfo de seu Imaculado Coração no mundo todo, além, é claro, por todas as intenções pessoais dos peregrinos.
Em seguida, teremos a celebração da Santa Missa na Basílica.
Nossa ansiedade aumenta a cada dia por esse momento tão importante.
Com o desejo de encontrar a todos e a cada um na Casa de Nossa Mãe e Rainha, despeço-me com minha benção sacerdotal.
Lembrai-Vos, Virgem Santíssima, de que, quando Vós batestes em minha porta, eu não apenas a abri, mas a escancarei para que o vosso Oratório estivesse em minha casa*
Ir. Mozart Ramiro, EP
Os melhores momentos de nossas vidas são aqueles nos quais somos objetos da misericórdia divina, quando a graça de Deus, obtida pelas orações de Nossa Senhora, nos alcança e nos toca profundamente.
E nós, missionários dos Arautos do Evangelho, testemunhamos esses momentos no dia a dia, sempre que vemos essas graças baterem à porta de tantas famílias, ao serem convidadas a receber em suas casas o Oratório do Imaculado Coração de Maria.
E foi isso que se deu há um ano nas cidades de Vitória, Serra e Cariacica no Estado do Espírito Santo.
Aqui deixamos nossos cumprimentos – repletos de saudades – aos párocos, coordenadores e a todas as famílias que, no decorrer deste ano, passaram a conviver com a presença maternal, suave e benfazeja da Mãe de Deus em suas casas.
Esperamos nos reencontrar em breve, sempre unidos no Imaculado Coração de Maria.
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Já são mais de cem o número de caravanas confirmadas para a IX Peregrinação a Aparecida deste ano. Em São Paulo teremos ônibus saindo da zona norte. Os consagrados a Nossa Senhora farão a renovação de sua consagração aos pés da Padroeira do Brasil
A exemplo do Sol da sua vida, que foi a Eucaristia, ela foi uma vítima imolada por Ele, como uma leiga comprometida com a Igreja, primeiro, e como uma religiosa de clausura depois. “Eu me ofereci como uma pequena vítima pelos sacerdotes “, disse ela uma vez
Pe. Rafael Ramón Ibarguren Schindler*, EP
Maria Felicia de Jesus Sacramentado: assim se chamava seu nome de religião da jovem Carmelita Descalça beatificada em Assunção, Paraguai, em 23 de junho, cujo encontro final com o Senhor se deu nos seus jovens 34 anos de idade, em 28 de abril de 1959. Em seu país natal, todos a chamam “Chiquitunga”; como ela foi apelidada por sua família e em seus círculos sociais.
Sua espiritualidade, simples e penetrante, vai direto ao essencial sem grandes desvios, e está de consonância com os voos místicos das três grandes Teresas: a Santa Madre Teresa de Jesus, Santa Teresa do Menino Jesus e Santa Teresa dos Andes. Maria Felicia de Jesus Sacramentado, continua o caminho aberto por elas, especialmente pela de Ávila, a grande reformadora do Carmelo.
Como as três, a nova Beata também deixou escritos de profundo sentimento cristão e Carmelita. “Tenho sede de uma entrega total”, escreveu ela. Quanta coisa está dita nesta frase tão curta! Este é um ideal de vida, o mais sublime que possa imaginar.
No blog “Amigos de Carmelo Teresiano” se colhe uma declaração muito bonita sobre ela: “sua vida foi uma missa, na escuta da Palavra, no ofertório, como consagração e como comunhão “. Sobre sua a morte, escreveram: “Se não fosse por este Pão, este Pão da Vida, Eu não sei o que eu teria sido “. Jesus Sacramentado, de quem ela tomou o nome, foi sua força, junto com Maria, a quem foi consagrada como escrava de amor.
Chiquitunga escreveu uma curta história de vida que foi publicada pelas Carmelitas Descalças do Paraguai sob o título “Diário Intimo”. Também conhecemos alguns poemas de simplicidade encantadora e densidade teológica, bem como 61 cartas escritas de sua própria mão.
Em seus escritos, palpita um amor apaixonado de uma combatente. Ela não concebeu o existência vivida na mediocridade. Na verdade, para qualquer batizado se pede integridade e não meias medidas; mas ela foi uma das poucas a alcançar essa coerência consumada, renunciando ao amor humano e promessas de bem-estar pessoal e prestígio social, que tantas vezes o mundo nos apresenta, enganosamente, como uma alternativa.
Não é o caso de retratar nessas linhas uma vida inteira que, embora curta, era fecunda. Apenas deixo transcrito aqui alguns versos que mostram seu perfil eucarístico. São sem rimas e sem pretensão, mas muito profundos. Não são para nenhuma erudição acadêmica ou literária; são versos de uma criança ou um menina … daqueles que entram – e só eles – no Reino dos Céus.
“ A hostia elevada, com uma transparência limpa, com um brilho divino irradia no altar; Eu quero que minha vida, trocada as substâncias, qual hostia consagrada, deixe atrás de si um caminho de intensa claridade. “
“ Eu quero que em sacrifício, como uma vítima imolada, minha vida se consuma em santa claridade! Senhor, pela hóstia pura, o Pão da Vida Eterna e o Cálice do Sangue da nossa Redenção, conceda àqueles unidos assim nós vos imploramos. Perdão dos nossos pecados e salvação eterna. Meu senhor e Deus meu! “
Se pode dizer algo mais transcendente com tanta precisão e ingenuidade? Estamos diante de um modesto, porém verdadeiro tratado sobre teologia eucaristia, acessível a todos, de quem está recebendo a catequese para Primeira Comunhão ou do teólogo familiarizado com a ciência divina. “Tudo lhe ofereço Senhor”, foi o lema que ela imprimiu em seus escritos como uma fórmula química “T2OS” (T ao quadrado OS). Neste sinal se resumiu a radicalidade de seu ideal.
A palavra “Tudo” não admite relativizações; Tudo é tudo e ponto final! Entretanto, o “Tudo ao quadrado” é uma excelência que pode significar por si, a totalidade. É como dizer: absolutamente tudo, de agora em diante, sem apelo e para sempre.
Então segue a noção de “oferta”, uma palavra que significa sacrifício, holocausto, imolação, destruição… Eucaristia. Como o incenso que se queima ao ser derramado em brasas, ou como a cera que se derrete ao calor do fogo; é assim que ela queria ser e assim ela foi.
E, finalmente, a razão de ser de uma oferta tão generosa: “O Senhor”.
Que a ardente beata interceda pela comunidade carmelita de Assunção com quem ela compartilhou os últimos anos de sua vida e por todas as carmelitas descalças do mundo, suas irmãs de hábito; para a Igreja do Paraguai e por seu país natal que ela tanto amava. Finalmente, por todos os cristãos do orbe, que se esforçam para cumprir os propósitos batismais entre os quais, este, tão primordial: adorar a Jesus no Santíssimo Sacramento do altar.
Assunção, julho de 2018
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*Conselheiro de Honra da Federação Mundial das Obras Eucarísticas e da Igreja.