O verdadeiro centro da vida familiar

Festa da Sagrada Família de Jesus, Maria e José

A docilidade dos membros da Sagrada Família à voz de Deus nos ensina que a vida familiar deve ter como objetivo a procura e o cultivo da santidade

Mons. João S. Clá Dias, EP – Fundador dos Arautos do Evangelho


Deus escolheu um lar

A Santa Igreja reserva o domingo posterior ao Natal para cultuar e festejar a Sagrada Família, convidando-nos a refletir sobre o valor e o verdadeiro sentido da instituição familiar. Ela é a célula-mãe, o fundamento da sociedade, e se hoje assistimos a uma tremenda crise moral na humanidade, isso se deve em certa medida à desagregação da família. Abalada esta, o resto da sociedade não se sustenta.

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A maior das glórias

Esplendor militar, grandezas da literatura, excelências dignas de admiração. Porém, pode-se considerar ainda mais admirável e mais bela a glória religiosa

Plínio Corrêa de Oliveira


Muito se disse da glória da carreira militar, a qual não advém do número de vítimas que o guerreiro faz, e sim dos riscos que ele corre, emoldurados pelo seu esforço pessoal de combatente. Ele não recuou diante do perigo e da iminência da morte, enfrentou todos os obstáculos na sua ofensiva, deitou toda a energia dos seus músculos e todo o vigor da sua alma naquela refrega .

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Ressuscitaremos: sim, ou não?

XXXII Domingo do Tempo Comum

Os saduceus cumpriam as formalidades da Lei de Moisés, mas não acreditavam na ressurreição dos mortos: eram ateus-práticos. Por isso, procuravam armar ciladas a Jesus, para impedir a crença na imortalidade da alma e na ressurreição dos corpos

Monsenhor João S. Clá Dias, EP, Fundador dos Arautos do Evangelho


I – A ressurreição dos corpos

Afirma o Apóstolo que Jesus ressuscitou como “primícias dos que morrem” (I Cor 15, 20). São Paulo não perde nenhuma oportunidade para acentuar a importância da ressurreição final com vistas a animar aos coríntios por ele batizados a continuarem firmes na fé, como também no trabalho apostólico. Segundo ele, sem essa fé, a tendência seria adotar-se um sistema de vida epicurista, relativista e libertino, conforme a expressão de Isaías: “Comamos e bebamos porque amanhã morreremos” (22, 13).

No capítulo 15 de sua primeira epístola aos Coríntios, depois de denominar de “insensato” a quem se põe o problema de como e em que condições ressuscitam os mortos, ele procura esclarecer de forma muito simples e acessível a revelação sobre a identidade substancial dos corpos nesta vida terrestre e os readquiridos após o Juízo Final, apesar das enormes diferenças de propriedade e aspecto entre o morto e o ressurrecto.

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Deus quer nos dar tudo em abundância

A criação do universo foi como um transbordamento do que há em Deus, mais ou menos à maneira de um champagne que extravasa da garrafa e se derrama em taças. Ele quis nos criar para nos tornar partícipes da felicidade d’Ele, e por isso “o Verbo Se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1, 14)

Monsenhor João S. Clá Dias, EP, Fundador dos Arautos do Evangelho e do Apostolado do Oratório

 


“O ladrão só vem para roubar, matar e destruir. Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”
(Jo 10, 10).

Em linguagem parabólica, Jesus indica o pecado daqueles que desviam os outros da Religião verdadeira: matam as almas, afastando-as de Nosso Senhor, que é a vida. E a missão d’Ele, ao contrário, é dar aos homens essa vida, a qual é muito superior à que anima a formiga, o colibri, o esquilo, o homem e até mesmo os Anjos, pois é a vida do próprio Deus! Ele a introduz em nossa alma no Batismo e a confirma quando recebemos a Crisma.

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Como alcançar uma sociedade feliz?


A primeira instituição humana não foi governamental, nem econômica, nem mesmo laboral. Criado Adão, e formada Eva de seu costado, constituíram eles a primeira família humana, princípio e causa de todas as demais.

Monsenhor João S. Clá Dias, EP, Fundador dos Arautos do Evangelho


Desde a origem, como reafirmado posteriormente pelo Salvador (cf. Mc 10, 6-8), Deus criou o homem e a mulher, os quais, unindo-se segundo um desígnio eterno de sua sabedoria, “são uma só carne” (Gn 2, 24)

A solidez e estabilidade desta união — cuja sublimidade foi elevada a Sacramento pelo próprio Cristo como Fundador da Igreja — se encontram radicadas no fato de ser ela operada pelo próprio Deus, embora ministrada pelos esposos: a iniciativa é humana, mas o resultado é divino, porquanto o homem não tem poder para anulá-lo. Esta realidade foi sancionada pelo Redentor com uma ordem clara: “não separe o homem o que Deus uniu” (Mt 19, 6).

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Adorar… Como e para quê?

Por vezes, alguns fiéis ficam desmotivados para decidir-se a ser adoradores. Dispõem de tempo para aproximar-se da Eucaristia, mas não dão o passo; um passo que poderá ser ocasional, muito de vez em quando, ou que importe em um compromisso formal de passar, cada dia ou cada semana, um tempo junto ao sacrário ou a custódia onde está presente o Senhor na Hóstia consagrada

Pe. Rafael Ramón Ibarguren Schindler*

Quais são os motivos dessa desmotivação? Na maioria dos casos, parecem ser duas as razões ou objeções que se esgrimam, seja conscientemente como de forma apenas implícita. Uma é: Para que adorar? Qual é a utilidade de dar esse tempo à adoração, tempo que poderia ser utilizado em outras coisas boas, úteis e até necessárias?

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