A Carta do Reino dos Céus

Comentário ao Evangelho do VI Domingo do Tempo Comum

As bem-aventuranças enunciadas por Jesus mudaram o curso da História e marcaram o início de uma nova era: o Cristianismo. A crueldade do mundo pagão foi assim ferida de morte. E a doutrina da obediência à Lei requintou-se até alcançar um sublime grau: a prática do amor e o desejo de santificação

Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, EP

Os primeiros passos para a fundação da Igreja

Com a eleição dos doze Apóstolos, concluiu Jesus com chave de ouro a primeira fase do ensino. Tornava-se agora necessário expor sua doutrina de maneira metódica, a fim de conferir um embasamento lógico a todas as suas ações e ensinamentos.
E é nessa sequência que se insere o Sermão da Montanha.

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Como corresponder a um chamado grandioso?

V Domingo do Tempo Comum

O contraste entre a grandeza do chamado cristão e as limitações humanas faz com que muitos se julguem incapazes de cumprir a própria vocação. A pedagogia divina nos transmite um ensinamento diferente

Mons. João Scognamiglio Clá Dias, EP

Um chamado para todos os séculos

O eco do encargo entregue aos Apóstolos às margens do lago de Genesaré repercute ao longo dos séculos e chega também a nós, conclamando-nos à missão de trabalhar pela glória de Deus e da Igreja, quer sejamos clérigos, religiosos ou leigos.

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Ato de confiança na bondade de Nosso Senhor

Oração

Senhor, eis aqui uma alma que está no mundo para exercer a vossa admirável misericórdia e para fazê-la brilhar em presença do Céu e da Terra. Glorifiquem-Vos os outros, fazendo ver qual é a força da vossa graça, pela sua fidelidade e constância; quanto sois doce e liberal para com os que Vos são fiéis.

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Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo

Se soubessem os homens resolver-se a reconhecer a autoridade de Cristo em sua vida particular e pública, deste ato para logo dimanariam em toda a humanidade incomparáveis benefícios: uma justa liberdade, a ordem e o sossego, a concórdia e a paz.
(Papa Pio XI)

“Logo, Tu és Rei!” Jesus retorquiu:“Tu o dizes! Eu sou Rei!” (Jo 18, 37)

Essa declaração marcou o espírito de Pilatos a fundo. Pode-se imaginar a atitude, o olhar e a entonação de voz de Jesus, grave, pausada e serena, ao responder ao tribuno romano. “Tu o dizes, Eu sou Rei!” Nenhum rei desta terra teve tanta majestade, mesmo no auge de sua glória, como Jesus naquela ocasião. Pilatos, por covardia e a contragosto entregou Jesus ao Sinédrio, para ser crucificado. Mas quis por na tabuleta da Cruz as imortais palavras: Jesus Nazareno Rei dos judeus. Era um reconhecimento, covarde, da realeza de Nosso Senhor, de tal forma aquele diálogo o impressionou. Ele não quis escrever que Jesus era condenado por se dizer Filho de Deus, ou Messias (motivo pelo qual o Sinédrio O condenara), ou um grande profeta ou por perturbar a ordem pública com suas pregações. Ele quis acentuar a realeza de Jesus, que tanto impacto lhe causara.

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A Apresentação de Nossa Senhora no Templo

Deus elegeu Maria Santíssima para a excelsa missão de conceber e dar à luz a Nosso Senhor Jesus Cristo, e “para realizar n’Ela e por Ela as maiores maravilhas que se propôs fazer no céu e na terra” (1)

Neste dia 21 de Novembro, a Igreja celebra a Festa da Apresentação de Nossa Senhora no Templo. Esta magnífica festa é exaltada pelos cristãos desde os primeiros séculos e foi oficialmente inserida no Missal Romano no ano de 1505. A partir de 1585 o Papa Sisto V tornou a sua comemoração Universal.

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A festa dos irmãos celestes

Solenidade de Todos os Santos

Na Solenidade de Todos os Santos a Igreja nos convida a ver com esperança nossos irmãos celestes, como estímulo para percorrermos por inteiro o caminho iniciado com o Batismo e atingirmos a plena felicidade na glória da visão beatífica

Monsenhor João S. Clá Dias, EP, Fundador dos Arautos do Evangelho e do Apostolado do Oratório

 


I – Os Santos, irmãos celestes?

Na Solenidade de Todos os Santos a Igreja celebra todos aqueles que já se encontram na plena posse da visão beatífica, inclusive os não canonizados. A Antífona da entrada da Missa nos faz este convite: “Alegremo-nos todos no Senhor, celebrando a festa de Todos os Santos”.1 Sim, alegremo-nos, porque santos são também — no sentido lato do termo — todos os que fazem parte do Corpo Místico de Cristo: não só os que conquistaram a glória celeste, como também os que satisfazem a pena temporal no Purgatório, e os que, ainda na Terra de exílio, vivem na graça de Deus. Quer estejamos neste mundo como membros da Igreja militante, quer no Purgatório como Igreja padecente, quer na felicidade eterna, já na Igreja triunfante, somos uma única e mesma Igreja.

E como seus filhos temos irmandade, conforme diz São Paulo aos Efésios: “já não sois hóspedes nem peregrinos, mas sois concidadãos dos Santos e membros da família de Deus” (Ef 2, 19).

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