Em Maria, jamais se viu algum movimento indecoroso, um andar descomposto, ou voz presumida. Pelo contrário, via-se em sua compostura a pureza interior da alma.
Santo Ambrósio
Em Maria, jamais se viu algum movimento indecoroso, um andar descomposto, ou voz presumida. Pelo contrário, via-se em sua compostura a pureza interior da alma.
Santo Ambrósio
O nome hebreu de Maria se traduz por Domina em Latim; o Anjo lhe dá, portanto, o título de Senhora.
São Pedro Crisólogo
Maria Teresa Pinheiro Lisboa Miranda
Após uma forte chuva numa pequena cidade do interior, onde não havia arranha-céus para encobrir o horizonte, deparei-me com um lindo arco-íris. Maravilhada, lembrei-me da história de Noé e da surpreendente afirmação que ouvi em idos tempos numa aula de catecismo: o arco-íris surgido no céu após o dilúvio foi uma pré-figura de Nossa Senhora. Recordemos um pouco a história narrada pelo Gênesis, para melhor compreendermos tão belo simbolismo.
Naquele tempo, “o Senhor viu que a maldade dos homens era grande na Terra (…) Então Deus disse a Noé: Faze para ti uma arca de madeira resinosa (…) Eis que vou fazer cair o dilúvio sobre a Terra (…) Tudo que está sobre a Terra morrerá. Mas farei aliança contigo: entrarás na arca com teus filhos, tua mulher, e as mulheres dos teus filhos. De tudo o que vive, de cada espécie de animais farás entrar na arca dois, macho e fêmea, para que vivam contigo”.
“O dilúvio caiu sobre a Terra durante quarenta dias. (…) As águas inundaram tudo com violência, e cobriram toda a Terra, e a arca flutuava na superfície das águas. (…) As águas cobriram todos os altos montes. (…) Elas cobriram a Terra pelo espaço de cento e cinquenta dias.”Depois do dilúvio, disse também Deus a Noé: “Faço esta aliança convosco: nenhuma criatura será mais destruída pelas águas do dilúvio (…) Ponho o meu arco nas nuvens, para que ele seja o sinal da aliança entre mim e a Terra”.
Decorridos alguns milênios tendo o coração dos homens se voltado novamente para o mal e chegada a hora de misericórdia prevista pelos profetas Deus enviou o seu próprio Filho para tirar a humanidade do dilúvio de iniquidade que inundava a Terra, e convidar os homens para entrar na nova arca. Não em uma arca material, construída por mãos humanas, mas sim, na arca por excelência: a Santa Igreja edificada pelo próprio Filho de Deus feito Homem. E para nos proteger e manter uma estreita aliança conosco, nos enviou também um arco-íris. Mas… que arco-íris? Não um mero fenômeno natural mostrando sete cores, mas sim um arco-íris vivo: Maria, a Mãe de Deus, Aquela na qual os sete dons do Espírito Santo refulgem com inigualável magnificência.
Eis o que, no século XIV, Nossa Senhora, dirigindo-se a Santa Brígida, afirmou:
“Eu me estendo sobre o mundo em contínua oração, assim como sobre as nuvens está o arco-íris, que parece voltar-se para a Terra e tocá-la com suas extremidades. Este arco-íris, sou Eu mesma que, por minhas preces, abaixo-me e me debruço sobre os bons e os maus habitantes da Terra. Inclino-me sobre os bons para ajudá-los a permanecerem fiéis e devotos na observância dos preceitos da Igreja; e sobre os maus, para impedi-los de irem adiante na sua malícia e se tornarem piores”.
São Bernardino de Siena, ilustrando seu discurso sobre o Santo Nome de Maria, comenta: “Maria une e concilia a Igreja Triunfante à Igreja Militante. Seu nascimento anuncia que, doravante, existirá a paz entre o Céu e a Terra. Ela é o arco-íris dado pelo Senhor a Noé em sinal de aliança, e como penhor de que o gênero humano não será mais destruído. E por quê? Porque é Ela que trouxe à luz Aquele que é nossa paz”.
Quanta consolação, quanta esperança nos evocam essas palavras! Neste mundo, em que somos peregrinos, sofrimentos, tentações e perplexidades são inerentes à nossa vida. Contudo, em meio às dores e aflições, sempre vislumbramos a esperançosa figura de um incomparável arco-íris: Maria Santíssima! É Ela quem nos guia em nossa peregrinação rumo à Pátria Celestial, ajudando-nos em todas as nossas necessidades e envolvendo-nos com seu maternal, constante e infatigável amor.
“O arco-íris alegra a Terra e lhe proporciona uma chuva abundante e benfazeja. Do mesmo modo, Maria consola aos fracos, enchendo de júbilo os aflitos e inundando copiosamente os áridos corações dos pecadores, pela fecunda chuva de graça”, comenta o Pe. Jourdain em sua obra dedicada às grandezas de Maria.
Confiantes e extremamente gratos por tão insondável proteção, procuremos amá-La, honrá-La, invocá-La e servi-La a cada momento de nossas vidas, propagando sempre uma devoção piedosa e sincera a Ela, que é o único e verdadeiro Arco-Íris que nos une ao seu Divino Filho, o instrumento de aliança entre Deus e os homens.
Todos os grandes eventos exigem uma preparação. Por isso, a Igreja instituiu, na Liturgia, um período que antecede o Natal: o Advento. Mas, ao longo da história da Igreja, tomou diversas formas.
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Cidade do Vaticano (RV) – Acaba de sair nas livrarias italianas o livro “Maria, a mãe de Jesus”, em que o Papa Bento XVI narra a vida da Virgem Maria e as principais festas litúrgicas em sua homenagem.
O cardeal-arcebispo de Milão, Dom Angelo Scola, autor do prefácio, escreve que das várias representações de Nossa Senhora, o Pontífice se detém numa, em particular, de tradição bizantina, a chamada “Virgem da ternura”, que retrata o Menino Jesus com o rosto colado no de sua sua mãe.
O cardeal adianta ainda que ao ler o livro do Papa, as crianças poderão notar que a mãe de Jesus, “concebida sem pecado” é, na realidade, como nós: “Viveu as mesmas alegrias que nós, as mesmas dores, momentos felizes e momentos difíceis, fadigas como as nossas e o mesmo entusiasmo, sempre confiando e colocando-se nas mãos de Deus” – explica Dom Scola no prefácio, publicado pelo “L’Osservatore Romano”.
Quando chegam os momentos sombrios, Maria nos ensina a não nos desanimarmos diante de coisas “que não funcionam ou vão mal”.
Ele convida as crianças a ler o livro do Papa e faz votos que através dessas páginas, descubram que vale a pena viver e confiar em Maria. E sugere que se ajoelhem aos pés da cama e rezem todas as noites uma Ave Maria. “Eu o faço e me ajuda muito” – garante o cardeal.
No livro de 48 páginas, ilustrado pelo italiano Franco Vignazia e editado pela “Piccola Casa Editrice”, Bento XVI percorre as etapas da vida de Maria através de todas as festividades litúrgicas que lhe dedica a Igreja. (CM)
Rádio Vaticano