O que vem a ser um retiro espiritual? É um período determinado, que dá-se num lugar apropriado para se exercitar o espírito. Assim como caminhar, correr ou frequentar uma academia de ginástica são exercícios corporais, da mesma maneira todo o modo de preparar a alma para tirar de si todas as afeições desordenadas e depois buscar e achar a vontade divina, chamam-se exercícios espirituais, realizados durante o retiro. Ali a pessoa irá examinar a sua consciência, meditar, contemplar, rezar, confessar e comungar.
Um grupo de supervisores e participantes do Curso de Formação Teológica que é realizado na casa do Apostolado do Oratório, fizeram no último feriado um retiro espiritual. O local escolhido foi a bela casa de retiros dos padres Salesianos, que fica na Vila Dom Bosco, em Campos do Jordão. Foram 76 retirantes, vindos de nove cidades: São Paulo, São Carlos, Ribeirão Preto, Franca, Mogi das Cruzes, Poá, Caieiras, Mairiporã e ainda um grupo de quinze pessoas vindo de Castanhal no Pará.
O pregador do retiro foi um sacerdote arauto, o Pe. José Roberto Polimeni. Foram três dias de um intenso convívio com Jesus, Maria e José.
Cada dia começava com a celebração da Santa Missa. Esse mistério tão sublime, onde o sacerdote consagra o pão e o vinho, e sob as espécies eucarística, Jesus se dá a nós no momento da Comunhão.
Sendo o retiro um convívio do retirante com o próprio Deus, entende-se a necessidade do silêncio e recolhimento, e deixar para trás os problemas, as preocupações e o corre-corre de todos os dias e suplicar a Nossa Senhora que nos dê sabedoria e forças para vivermos neste vale de lágrimas.
No próximo post veremos as várias etapas de um dia de retiro e também os temas tratados.
Abaixo fotos do evento | Crédito: Arautos do Evangelho
Quando a Igreja proclama “Cristo ontem, hoje e sempre!” ela está, ao mesmo tempo, afirmando que as verdades contidas no Evangelho valem para o presente e futuro, assim como valeram no passado.
Mas as repentinas mudanças pelas quais a humanidade tem passado acabam por empanar a clareza de certas doutrinas; sem contar que levam ao desuso de expressões cujo conteúdo revela, muitas vezes, a sua essência. Em concreto, a expressão “Santo Sacrifício da Missa” é uma delas. Entre os fiéis, hoje é mais comum ouvir-se falar em Missa ou Santa Missa, pouco se ouve referir-se a ela como sacrifício. Com efeito, trata-se realmente de um sacrifício, incruento, é verdade! Mas que renova o Sacrifício cruento do Calvário.
O artigo do Sr. Millon Barros nos revela a beleza e excelsitude que se encontra por trás da Celebração Eucarística sob a ótica do Sacrifício de Nosso Senhor Jesus Cristo. Recomendamos a todos que o leiam com atenção e proveito.
Certo dia, um jovem veio pedir ajuda ao seu pároco. Tratava-se de um caso muito sério, para qual o rapaz não via remédio. Haveria uma reunião no próximo domingo, a respeito da doutrina católica, e esta conferência seria presidida por um orador muito famoso. Todos os seus amigos iriam, e ele não queria perder um evento de tamanha relevância.
Por isso, vinha ao sacerdote pedir que desse outro sacrifício para realizar, pois o do domingo ele não poderia fazer. Ao ouvir este pedido o padre não entendeu a que se referia o rapaz. Aconselhou então ao jovem que lhe explicasse melhor. A este pedido recebeu a seguinte resposta: “É que a reunião será bem no horário do Santo Sacrifício da Missa. Deste modo, eu peço-lhe que me dê outro sacrifício no lugar do Santo Sacrifício do Domingo”.
Esse equívoco relatado acima muitas vezes pode ser o de muitas pessoas, e nem sempre tão jovens. A dúvida de nosso rapaz – e que talvez seja de muitas outras pessoas – pode expressar-se da seguinte maneira: Por que a Santa Missa é chamada de Sacrifício?
O grande problema deve-se a imprecisão do conceito de sacrifício. O que é na verdade um sacrifício? Para muitos o sacrifício é uma ação muito dolorosa que se deve realizar, e da qual não há meios de escapar. Este conceito é por demais simples e não mostra o real teor de um sacrifício, chegando assim a confundir as ideias das pessoas.
Segundo a doutrina católica, o sacrifício, em seu sentido mais estrito, é: “A oblação externa de uma coisa sensível, com certa destruição da mesma, realizada pelo sacerdote em honra de Deus para testemunhar seu supremo domínio e nossa completa sujeição a Ele”.[1]
Este conceito aplica-se inteiramente à Santa Missa, o que faz deste Augusto Ato um perfeito e excelente sacrifício, sendo assim denominado Santo Sacrifício da Missa.
Façamos um paralelo do conceito referido acima com a Santa Missa:
A oblação externa: não é portanto um ato interior, o qual não é conhecido por ninguém. Pelo contrário a Santa Missa é uma oração oficial da Igreja, melhor dizendo, é A Oração Oficial da Santa Igreja, centro o força vital do Corpo Místico de Cristo[2].
E que oblação… é o próprio Filho de Deus que se oferece nas espécies de pão e de vinho. Haverá oblação mais agradável a Deus do que o Seu próprio Filho bem amado no qual está todo o seu agrado[3]?
De uma coisa sensível: é de primordial importância para o homem que o sacrifício seja de algo sensível, pois sendo o homem composto de corpo e alma, o sacrifício deve atender também ao corpo e não apenas à alma. Na Santa Missa o que atende à sensibilidade do homem é o fato de oferecer-se o próprio Corpo e Sangue de Cristo nas espécies do pão e do vinho transubstanciados.
Com certa destruição da mesma: para ser um sacrifício em estrito senso, é necessário que aquilo que se oferece seja inteiramente destruído. É o que se dá na Santa Missa pela comunhão do sacerdote e dos fiéis do Corpo e Sangue de Jesus Cristo.
Realizada pelo sacerdote: é uma conditio sine qua non para a existência da Santa Missa, um sacerdote devidamente consagrado pela imposição das mãos de um bispo.
Em honra de Deus, para testemunhar sue supremo domínio e nossa completa sujeição a Ele: Não há ato que mais honre a Deus do que a Santa Missa. É a renovação incruenta do Sacrifício do Calvário realizada pelo próprio Cristo na pessoa de seu ministro. Ao mesmo tempo, o homem é convidado a confessar sua total dependência ao Senhor, não deixando por isso de pedir-lhe ajuda e forças para vencer as lutas de nosso vale de lágrimas.
A Santa Missa é, pois, a mais bela expressão externa em honra de Deus, uma vez que é por Ele mesmo oferecido enquanto Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, sendo assim O Verdadeiro Sacrifício da Nova Lei seu sentido mais estrito e perfeito.
Saibamos, portanto, aproximarmo-nos deste Sublime Sacrifício, não como um fardo ou uma dificuldade, mas pelo contrário, como um auxílio nas grandes dificuldades do mundo moderno e de nossa vida particular. Acerquemo-nos da Ceia do Senhor com verdadeira fé e piedade, sabendo que tudo, absolutamente tudo o que nós pedirmos a Ele, não nos negará, pois estas foram suas palavras: “qualquer coisa que pedirdes em meu Nome, será feito” (Jo. 14,13). Desta maneira não receberemos a recriminação de Nosso Senhor: “ainda não pediste nada em meu nome…” (Jo 16, 24).
Por Millon Barros
[1] ROYO MARÍN, Antonio. Teologia moral para seglares. Madrid: BAC, v. I, p. 286.
[2] Cfr. Ecclesia de Eucharistia, João Paulo II, 17 de Abril de 2003.
O eminente doutor e místico da Igreja, São João da Cruz, sintetiza numa frase cheia de poesia e beleza o que mais pesará em nosso juízo diante do Altíssimo, ao findar de nossa existência humana: “No entardecer desta vida, sereis julgados segundo o amor!”
Como todas as virtudes, o amor encontra seu fundamento e sua essência em Deus, fonte de todo o bem. Em seu artigo na Revista Arautos do Evangelho de outubro de 2008: “A sabedoria humana contra a Sabedoria divina”, o Mons. João Scognamiglio Clá Dias, EP, fundador e presidente dos Arautos do Evangelho, discorre admiravelmente sobre a resposta de Nosso Senhor aos fariseus, quando estes lhe perguntaram qual o maior dos Mandamentos (Mt 22, 34-40).
Abaixo um dos trechos mais significativos de seu artigo.
Jesus, supremo modelo de amor
Para se atingir o mais alto grau de perfeição da virtude do amor é indispensável admirá-la em Cristo Jesus e imitá-Lo. O amor do Filho de Deus, é todo especial, por se desenvolver dentro de um prisma sobrenatural e ter por objeto o Ser Supremo. Há, portanto, uma notável diferença entre Ele e nós. No Verbo Encarnado, o amor divino e o humano se reúnem numa só Pessoa, pela união hipostática.
Quanto a nós, “o amor de Deus se derramou em nossos corações por virtude do Espírito Santo” (Rm 5, 5); ou seja, ele nos é dado. Para poder alcançá-lo, devemos pedi-lo.
Apesar desta diferença, Jesus é o nosso insuperável modelo, pois é impossível encontrar n’Ele qualquer sombra de interesse que não seja a glória do Pai. Assim também deve ser o nosso amor. E, se bem que em Jesus nunca tenha havido fé — pois, desde o primeiro instante de Sua existência, a alma d’Ele esteve na visão beatífica — em nós, essa virtude deve estar sempre acompanhada de um caloroso amor, o mais semelhante possível ao de Jesus.
(Excerto do artigo ““A sabedoria humana contra a Sabedoria divina” do Mons. João Scognamiglio Clá Dias – Revista Arautos do Evangelho nº 82 – outubro de 2008.)
Pela boca dos Padres da Igreja, dos santos e teólogos nos ensina a doutrina cristã que de forma alguma Maria nos afasta de Cristo, pelo contrário, Ela sempre nos conduz a Ele, por amor, fidelidade, missão e dignidade. No século XII, o doutor melífluo, São Bernardo de Claraval, em uma de suas homilias afirmou que todo e qualquer louvor dirigido por nós à Virgem Santíssima pertence ao Seu Divino Filho. E o reverso também é verdadeiro, todas as vezes que honramos a Cristo, não nos afastamos de Sua gloriosa Mãe.
Fiel devoto de Maria, o Mons. João Scognamiglio Clá Dias, fundador dos Arautos do Evangelho, reafirma esta verdade numa frase sintética e, ao mesmo tempo, cheia de beleza:
“Devemos rezar com Maria, trabalhar com Maria e viver na presença de Maria; para que Ela nos mostre o bendito fruto de Seu ventre, Jesus.”
Sobre o sacramento da Unção dos Enfermos, diz o Compêndio do Catecismo da Igreja que “a compaixão de Jesus para com os doentes e as suas numerosas curas de enfermos são um claro sinal de que com Ele chegou o Reino de Deus e, portanto, a vitória sobre o pecado, sobre o sofrimento e sobre a morte. Com Sua paixão e morte, Ele dá novo sentido ao sofrimento, o qual, se unido ao Seu, pode se tornar meio de purificação e de salvação para nós e para os outros.”
Em sua visita ao Hospital Geriátrico D. Pedro II,os arautos sacerdotes abençoaram muitos leitos e ministraram o sacramento da Unção dos Enfermos a 78 doentes.
Saiba mais sobre o evento clicando na imagem e assistindo ao vídeo com a matéria completa da visita.
Não há forma melhor de avaliar um determinado evento do que ouvir o que os seus participantes têm a dizer a respeito. Se a opinião da maioria for favorável, provavelmente ele foi bom.
Na certeza de que nossos coordenadores e amigos gostariam de conhecer o pensamento de muitos peregrinos sobre a 5ª Peregrinação Nacional a Aparecida do Norte, transcrevemos alguns comentários que nos chegaram através deste blog.
Grandiosa, colossal!
Salve Maria!
Realmente foi uma peregrinação grandiosa, colossal! Repleta de muitas graças!
Pudemos ver a grande devoção dos filhos e filhas de Nossa Senhora que, sem medir esforços, vieram de todos os lugares do Brasil para prestar a devida homenagem merecida por nossa Mãe Santíssima.Foi um grande dia que, com certeza, ficará gravado em nossa memória.
Rodrigo de Freitas
Crescimento do apostolado do Mons. João Clá
Que Maravilha ver todo o apostolado mariano do Mons. João Clá crescendo pelo mundo inteiro com tanta santidade e fervor por Nossa Senhora!
Que Deus e Nossa Senhora Aparecida sempre os proteja e recompense por este glorioso apostolado dos Arautos do Evangelho!
Phenomenal!!!
Em Jesus, Maria e José
Luiz Santos
Mãe de Deus e nossa
Embora Deus possa estar em todos os lugares ao mesmo tempo, ainda assim Ele nos deixou sua Mãe, a nossa grande intercessora, como Mãe nossa.
E nesta peregrinação, que foi repleta de Graças, ainda nos deu uma grande oportunidade em fazer com que nos sintamos mais perto d’Ela e de Seu filho, e ainda mais agradecidos por tudo que Ela faz por todos nós.
E por mais que eu possa tentar fazer tudo para retribuir o que Ela intercedeu por mim e minha família, ainda não conseguirei chegar perto, então quero deixar registrado todo o amor e agradecimento que sinto por Ela, nossa Mãe e Nossa Senhora, Maria.
Eliana Martinek Pavan
Fenomenal encontro
Foi um encontro fenomenal dos filhos com a Mãe. Salve Maria!
Sileda Ferreira
Troca de experiência entre os coordenadores
Salve Maria!!! Agradecemos a Nossa Senhora por mais está 5ª Peregrinação Nacional do Apostolado do Oratório. Foi maravilhoso! Todos estavam muito encantados, bem dispostos e cheios de fé. Encontramos com vários coordenadores de outros estados do Brasil, cada um contava suas experiências de graças alcançadas por deste belo Apostolado do Oratório. Agradecemos também a Mons. João S. Clá Dias, ele que é o grande fundamento e impulsionador desta obra da Santa Igreja!
Maria Aparecida Neves Defanti – Cambuci RJ
Abaixo imagens da Santa Missa na Basílica celebrada pelo Cardeal-Arcebispo de Aparecida Dom Raymundo Damasceno Assis, Presidente da CNBB, e concelebrada por Dom Beni dos Santos e demais sacerdotes presentes na peregrinação.