Meditação para o Primeiro Sábado de janeiro de 2015

I – Por que Jesus quis ser batizado?

O batismo conferido por São João não era da mesma natureza que o Batismo sacramental, instituído posteriormente por Nosso Senhor Jesus Cristo. Provinha verdadeiramente de Deus, mas não tinha o poder de conferir a graça santificante. O próprio Batista pôs em realce a diferença: “Eu vos batizo na água, mas eis que vem outro mais poderoso do que eu, a quem não sou digno de lhe desatar a correia das sandálias; ele vos batizará no Espírito Santo e no fogo” (Lc 3, 16).

O efeito do batismo de São João consistia num incentivo ao arrependimento dos pecados, explica São Tomás de Aquino.

Ora, em Jesus não havia sequer sombra de pecado, nem poderia haver, uma vez que Ele era o Homem-Deus. Não tinha, portanto, matéria para arrependimento e penitência. O que explica, então, que Ele tenha querido ser batizado?

1 – Sujeitar-se à condição humana

Várias são as razões dadas pelos Padres e Doutores da Igreja.

Eis uma delas: quando o Verbo se fez Homem, Ele quis se sujeitar às leis que regem a vida humana. Por exemplo, obedeceu às leis que estavam em vigor entre os judeus, sendo apresentado no Templo após seu nascimento, sofrendo a circuncisão, e cumprindo os ritos da Páscoa judaica. Assim, quis também receber o batismo penitencial de João. Perdido no meio da multidão, Jesus – inocente – submeteu-se a um rito destinado ao pecador: “Convém cumpramos a justiça completa”, justificou-se Ele perante o profeta.
Comentando essas palavras, Santo Agostinho diz que Nosso Senhor “quis fazer o que ordenou que todos fizessem”. E Santo Ambrósio acrescenta: “A justiça exige que comecemos por fazer o que queremos que os outros façam, e exortemos os outros a nos imitarem pelo nosso exemplo”.

Outra razão reside no fato de que Nossa Senhora veio ao mundo para resgatar todos os homens, vítimas do pecado de Adão, ao aceitar o batismo de penitência, Ele, que nunca pecou e jamais poderia pecar, assumiu simbolicamente o pecado de toda a humanidade! (Leia mais aqui!).

Obs: Se estiver usando o Firefox, dependendo da versão, depois de clicar em (Leia mais aqui!), será preciso procurar o arquivo da meditação na pasta de downloads padrão.

Veja também: Meditação para o Primeiro Sábado de dezembro de 2014

Um altíssimo privilégio concebido por Deus desde toda a eternidade

A grandeza de Maria aparece com maior evidência no trecho da Carta aos Gálatas escolhido para a segunda leitura (cf. Gal 4, 4-7), no qual São Paulo sublinha que Nosso Senhor Jesus Cristo nasceu de uma mulher: “Quando se completou o tempo previsto, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher, nascido sujeito à Lei, a fim de resgatar os que eram sujeitos à Lei e para que todos recebêssemos a filiação adotiva” (Gal 4, 4-5).

Se humanizarmos um pouco a figura de Deus, como tantas vezes o faz a Escritura, podemos imaginá-Lo esperando “o tempo previsto” para o nascimento da Mãe do Redentor. Mas, na realidade, Ele — para quem tudo é presente — concebeu eternamente a obra da criação e, no centro desta, num só ato de sua vontade divina e num mesmo e idêntico decreto, predestinou a Jesus e Maria.4 Portanto, no plano da Encarnação do Verbo, estava também contido o dom singularíssimo da maternidade divina de Nossa Senhora. Ambos, Mãe e Filho, inseparáveis, são a arquetipia da criação, a causa exemplar e final em função da qual todos os outros homens foram predestinados, “para a glória dos dois, como um cortejo real para Eles”.5

Isto nos faz compreender porque, dentre os incontáveis privilégios de Maria — dos quais a abundante coletânea de títulos acumulados pela piedade católica para louvá-La nos dá uma pálida ideia —, o principal é o de ser Mãe de Deus. Comparados com este, todos os outros são ínfimos! Deus poderia ter escolhido um meio distinto para assumir nossa natureza e estar entre nós, mas Ele quis tomar Nossa Senhora como Mãe. Para uma pessoa humana é impossível uma prerrogativa superior a esta, e por isso, como ensina São Tomás,6 Ela Se encontra na categoria das criaturas perfeitas, à qual pertencem apenas duas mais: a humanidade santíssima de Jesus e a visão beatífica. Este privilégio toca na essência mais profunda de Maria e é dele que Lhe defluem os demais.

(Fonte: Inédito sobre os Evangelhos – Mons. João Scognamiglio Clá Dias, EP., Vol VII – páginas 15 e 16.)

Comentar!

Veja também: Conheça a coleção “O Inédito sobre os Evangelhos”

Meditação para o Primeiro Sábado de novembro de 2014

I – A filiação divina nos confere uma dignidade altíssima, como maior não pode haver

Jesus proclama as Bem-aventuranças, para nos mostrar o quanto podemos nos elevar na vida sobrenatural, pelo florescimento dos dons do Espírito Santo, que opera nas nossas almas e nos torna aptos para praticar as virtudes, de um modo heroico.

Tais frutos podem brotar de maneira isolada, mas, em geral, quando o santo chega à plenitude da união com Deus, todas as bem-aventuranças se verificam numa única florada. Ser santo, então, significa ser um bem-aventurado no tempo para depois sê-lo na eternidade.

Em que consiste, pois, essa bem-aventurança? São João, — o Apóstolo do Amor — em sua Primeira Epístola nos dá a resposta, lembrando o valor da nossa condição de filhos de Deus: “Vede que grande presente de amor o Pai nos deu: de sermos chamados filhos de Deus. E nós realmente o somos” (I Jo 3, 1a). Na verdade, por ocasião do Batismo, embora a natureza humana continue a mesma, com inteligência, vontade e sensibilidade, acrescenta-se em nós uma qualidade: a participação na própria natureza divina, que nos assume por completo. A graça, explica São Boaventura, “é um dom que purifica, ilumina e aperfeiçoa a alma; que a vivifica, a reforma e a consolida; que a eleva, a assimila e a une a Deus, tornando-a aceitável. (1)

Sendo um bem do espírito, não pode ser vista com os olhos materiais, pois estes captam só o que é sensível, mas comprovamos, isto sim, seus efeitos. Santa Catarina de Sena, a quem Nosso Senhor concedeu a graça de contemplar o estado das almas, chegou a afirmar a seu confessor: “Meu pai, se vísseis o fascínio de uma alma racional, não duvido que daríeis cem vezes a vida pela sua salvação, porque neste mundo nada há que se lhe possa igualar em beleza”. (2)

Certas imagens podem servir para termos uma ideia, ainda que pálida, das maravilhas operadas pela graça nas almas. Imaginemos um vitral esplendoroso, com uma perfeita combinação de cores, fabricado com vidro da melhor qualidade, contendo até ouro na sua composição. Uma vez posto na janela, se não é iluminado, que valor terá peça tão espetacular? Entretanto, a partir do momento em que os raios de luz sobre ele incidem, brilhará com extraordinária riqueza de tons, desdobrando-se em mil reflexos multicoloridos.

Outra comparação que também nos aproxima da realidade sobrenatural é a de um litro de álcool no qual são derramadas algumas gotas de uma fabulosa essência, finíssima e de requintado aroma. Sem deixar de ser álcool, o líquido torna-se perfume, pois é assumido pela essência.

Da mesma forma como a luz ilumina o vitral e a essência assume o álcool, também a graça confere nova qualidade à alma humana, que é, por assim dizer, submersa na natureza divina. Tal é a excelência da filiação em relação a Deus!  (Leia mais aqui!).

Obs: Se estiver usando o Firefox, dependendo da versão, depois de clicar em (Leia mais aqui!), será preciso procurar o arquivo da meditação na pasta de downloads padrão.

Veja também: Meditação para o Primeiro Sábado de outubro de 2014

Canindé, no Ceará, recebe Romaria do Apostolado do Oratório

Mensagem do Sr. Francisco Guarany, ao Secretariado do Apostolado do Oratório, sobre a 3ª Romaria ao Santuário de São Francisco das Chagas, em Canindé (CE).

O Apostolado do Oratório dos Arautos do Evangelho em Fortaleza (CE) promoveram no dia 24/8/2014 a 3ª Romaria ao Santuário de São Francisco das Chagas, em Canindé (CE), situado no sertão cearense.

Peregrinos provenientes de diversas Paróquias de Fortaleza e municípios vizinhos formaram uma caravana que lotou a Basílica de São Francisco, onde foi celebrada a primeira Missa do dia.

À tarde, os romeiros do Apostolado do Oratório seguiram para o Mosteiro da Adoração Perpétua ao Santíssimo Sacramento, das Irmãs Clarissas, onde ocorreu a segunda Celebração Eucarística.

A Romaria, conduzida pelo Pe. Orlando Kimura, EP, terminou aos pés da imagem de São Francisco, no Morro do Moinho, de onde o ”Poverello“ de Assis estende sua santificadora influência aos romeiros que visitam aquela localidade.

Em Jesus e Maria,

Francisco Guarany

Supervisor do Apostolado do Oratório

Abaixo fotos do evento: