Atendendo a um pedido feito pela Ssma. Virgem, o Apostolado do Oratório vem há anos promovendo entre os grupos de oratório, nas paróquias onde estão fixados, a devoção reparadora dos Primeiros Sábados do mês
Para salvar as almas “dos pobres pecadores, Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração” – dizia a Santíssima Virgem na aparição de 13 de julho de 1917, ao tratar do cerne de sua mensagem.
Pediu Ela que comungássemos, rezássemos um terço, fizéssemos meditação dos mistérios do Rosário e confessássemos em reparação ao seu Sapiencial e Imaculado Coração. Para aqueles que praticassem esta devoção, prometeu graças especiais de salvação eterna.
Já são mais de 800 paróquias pelo Brasil onde são realizadas esta devoção, cujo perfume espiritual sobe até ao trono de Maria Santíssima e suas bençãos, auxílios e graças da Mãe de Deus, se fazem sentir de diversas maneiras em todos aqueles que são fiéis ao seu pedido.
Neste fim de semana, caro leitor, é o primeiro sábado do mês, e ocasião para dar sequencia a esta devoção, ou a oportunidade de iniciá-la.
III Mistério Doloroso – Coroação de espinhos de Nosso Senhor Jesus Cristo A paciência que nos leva à vida eterna
Introdução
O Redentor quis tomar a nossa carne e, com ela, os nossos pecados para dar a Deus com os sofrimentos de sua paixão e morte uma digna satisfação ao Criador. Diz o Apóstolo que Jesus Cristo se fez nosso fiador, obrigando-se a pagar as nossas dívidas (Hb 7,22). Como mediador entre o Pai e os homens, estabeleceu um pacto com Deus por meio do qual se obrigou a satisfazer por nós a divina justiça e em compensação prometeu-nos da parte de Deus a vida eterna.
Composição de Lugar
Para nossa composição de lugar, imaginemos o pátio interno do pretório de Pilatos onde Jesus foi flagelado pelos soldados romanos e depois escarnecido com uma coroa de espinhos. Vemos o Redentor com o corpo todo ferido e ensanguentado, coberto de um manto vermelho, a cabeça escondida sob um emaranhado de espinhos que muito o afligem. Nas suas mãos santíssimas, Ele segura uma pequena vara que lhe foi dada num arremedo de cetro para zombarem de sua realeza.
Oração Preparatória
Ó Virgem Santíssima, Mãe das Dores e Corredentora de nossa humanidade: alcançai-nos de vosso adorável Filho as graças para bem realizarmos essa meditação e, por ela, nos unirmos digna e devotamente aos sofrimentos que Ele suportou para satisfazer a justiça divina em nosso nome e assim nos alcançar a eterna salvação. Amém.
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Onde quer que passe, a Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima atrai irresistivelmente as almas para Deus.
Pe. Francisco Katsumassa Sakurata, EP
Em Pedra Bela, acolhedora cidade do interior paulista, não foi diferente. O pedido de Nossa Senhora para ser recebida em suas casas foi aceito por centenas de pessoas da cidade, as quais formaram nove grupos do Apostolado do Oratório.
O Revmo. Pe. Sebastião Aparecido de Rezende, pároco da Paróquia São Sebastião, que acolheu os missionários dos Arautos do Evangelho durante os dias da missão, que foram de 05 a 08 de fevereiro, abençoou e entregou os novos oratórios às famílias.
O termo “eucaristia”, remete imediatamente ao Corpo de Cristo, ao Santo Sacrifício da Missa, à Comunhão Sacramental. Mas também é extensivo a uma atitude de alma de gratidão e imolação
Pe. Rafael Ramón Ibarguren Schindler*, EP
Em grego, “eucaristia” significa ação de graças, demonstração de gratidão, reconhecimento. Nesse sentido, todos os momentos da vida da Virgem Maria foram eucarísticos, no sentido mais completo e literal da palavra, já que sua vida sempre foi uma oferta agradável a Deus.
Seu fiat na casa de Nazaré, dando seu consentimento para que o mistério da encarnação se realizasse, foi um momento marcante, daqueles que chamamos de “eucarísticos”. Tendo concebido pela obra do Espírito Santo, e durante os nove meses que se seguiram, Ela se transformou no primeiro e mais sublime sacrário da história. Sacrário itinerante e processional, viajando pelas montanhas da Judéia para servir a sua prima Isabel, ou indo nas costas de um burro para a cidade de Davi com seu marido virginal, em obediência ao decreto de César Augusto, para que se pudesse dar o nascimento prodigioso do Filho de Deus em uma gruta, na época transformada em palácio.
E o que dizer dos trinta anos de intimidade de Jesus, Maria e José na casa de Nazaré? Não foram senão uma ação de graças contínua.
Já em Caná da Galiléia, em vista da necessidade de novos cônjuges que celebravam suas núpcias, nos ensina a estar atentos às necessidades dos outros e a cumprir os desígnios divinos. Como se sabe, adiantando a hora do Senhor, a Virgem disse “faça o que Ele diz” e a água tornou-se vinho naquele primeira ceia da vida pública de Jesus. O que pode ser mais eucarístico e mais evangélico do que esse conselho?
E, na última ceia, quando, ardendo de amor, o Senhor fez a transformação do pão e do vinho em seu corpo e em seu sangue para dar-Se em alimento, Maria certamente entendeu e acompanhou esse grande acontecimento.
São João Paulo II nos diz na sua Encíclica Ecclesia de Eucaristia: “No relato da instituição, na tarde da quinta-feira santa, Maria não é mencionada. Sabe-se, no entanto, que ele estava com os apóstolos, unidos em oração (cf Atos 1, 14), na primeira comunidade reunida após a Ascensão aguardando Pentecostes. (…) Mas, além de sua participação no banquete eucarístico, a relação de Maria com a Eucaristia pode ser delineada indiretamente de sua atitude interior. Maria é uma mulher eucarística com toda a sua vida”. (…) (n ° 53).
É interessante mencionar aqui um testemunho singular e maravilhoso: uma vidente concepcionista espanhola do século XVII, a Venerável Irmã Maria de Agreda, a quem Maria Santíssima ditou sua vida, descreve como a Virgem viveu aquela Quinta-feira Santa. Suas revelações, que podem ser acreditadas piedosamente, embora não façam parte da Revelação oficial da Igreja, estão incluídas no livro “Cidade Mística de Deus”, um clássico da espiritualidade cristã.
Depois de considerar o que o Evangelho nos fala sobre a última ceia, a freira diz:
“… então Ele separou outra partícula do pão consagrado e entregou-a ao Arcanjo São Gabriel, para que ele levasse como comunhão à Maria Santíssima. (…) O Santíssimo Sacramento foi colocado no peito de Maria Santíssima e sobre o coração, como o sacrário legítimo, o sacrário do Altíssimo. E este depósito do inefável sacramento da Eucaristia durou todo o tempo que se passou, daquela noite até depois da Ressurreição, quando São Pedro consagrou e rezou a primeira Missa “.
Alguns poderão dizer: “mas esse detalhe não é revelado pelos Evangelhos”. É verdade. Mas nem os evangelistas nos dizem nada sobre uma aparição do Ressuscitado a Maria. E, no entanto, é um lugar comum entre teólogos, santos e pessoas fiéis, o que não poderia ter sido de outra forma. Movido e grato, sendo o melhor dos filhos nascidos de mulheres, Jesus não iria recompensar e consolar a Mãe nessas circunstâncias?
Junto a Cruz, a oblação eucarística de Maria atingiu seu ápice, ao consentir em tudo o que se passou com o fruto de suas entranhas. Sem ser devidamente um sacerdote ordenado, Ela atuou como sacerdote sacrifical, dizendo um novo fiat ao Pai eterno. Abraão imolando Isaac prefigurou Maria no Calvário. No altar daquele Monte Providencial, um anjo segurou a faca do Patriarca. No topo do Calvário, esse anjo não veio e o sacrifício de Cristo foi consumado.
Além disto, junto a Jesus na Cruz, Ela tornou-se oficialmente nossa Mãe quando nos recebeu em seu coração ferido, em obediência ao testamento de Jesus que transformou nossa pobre humanidade em uma oferenda: “Aí está o seu filho”.
Por fim, em Pentecostes, Aquela que é a Esposa do Espírito Santo, realiza um ministério eucarístico único reunindo os discípulos e atraindo para eles a chegada do Paráclito. Desta vez, não é a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade que encarna como em Nazaré ou toma o lugar do pão e do vinho como na última ceia; É a Terceira Pessoa que se comunica aos fiéis da Igreja nascente para renovar a face da terra, não sem a mediação de Maria.
Ao longo de dois mil anos de história cristã, a Virgem Mãe, “Mulher Eucarística”, trabalha incessantemente para dispensar aos fiéis a graça de Deus Pai, Filho e Espírito Santo, que Ela conquistou por desígnio divino e com o seu sacrifício .
Ela faz isso especialmente nos dias atuais, atraindo para a terra o Triunfo de seu Imaculado Coração, em cumprimento de sua promessa profética feita na Cova de Iria.
Assunção, fevereiro de 2018
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* Conselheiro de Honra da Federação Mundial das Obras Eucarísticas e da Igreja.
Transformação da água em vinho nas Bodas de Caná O melhor vinho para o fim: o “vinho” de Maria
Nossa Senhora atenta aos necessitados
Como sempre, despreocupada de Si, Maria Santíssima prestava atenção em tudo, desejosa de fazer o bem aos outros. Percebeu, então, talvez sem ninguém Lhe ter comunicado, a situação embaraçosa: acabara o vinho. Que vergonha para os anfitriões! Quão grande seria a decepção quando isto viesse a saber-se! Tal, porém, não aconteceu, pois o Coração de Maria não poderia ver uma necessidade, uma aflição e, mesmo sem ser rogada, intervém pedindo um milagre para tirar de embaraços esses humildes esposos.
Nossa Senhora tudo interpretava com sabedoria e por certo considerou que a Providência permitira a falta de vinho para dar a Jesus ocasião de manifestar sua Divindade. Ele ainda não operara prodígio algum, mas Ela não duvida de seu poder sobrenatural, e sua comunicação implica numa súplica de que faça o possível, mesmo um milagre.
Oração Preparatória
Ó Virgem Santíssima de Fátima, Mãe de Deus e nossa, a quem oferecemos esta meditação em reparação ao vosso Coração Imaculado: intercedei hoje por nós do mesmo modo como outrora o fizestes nas Bodas de Caná, e rogai a vosso adorável Filho que nos conceda as graças que nos faltam e das quais tanto necessitamos para aceitarmos os milagres da misericórdia divina em nossa vida e em nossa peregrinação rumo ao Céu. Amém.
Clique na foto abaixo e tenha acesso ao texto completo da Meditação.
Entre as orações propostas por São Luís Maria Grignion de Montfort para crescer no amor mariano, destaca-se este belíssimo “Ato de cego abandono e de amorosa confiança na doce Virgem Maria”
Doce Virgem Maria, creio tão firmemente que, do alto Céu, velais dia e noite por mim e por todos quantos em Vós confiam, estou tão intimamente convencido de que jamais poderá faltar algo a quem tudo espera de Vós, que resolvi viver doravante sem qualquer apreensão, deixando por inteiro a vosso cargo todas as minhas inquietudes.
Doce Virgem Maria, Vós me firmastes na mais inabalável confiança. Mil vezes obrigado por tão preciosa graça! De agora em diante, permanecerei em paz, apoiado em vosso Coração tão puro; não me preocuparei senão de Vos amar e Vos obedecer, enquanto Vós mesma, ó boa Mãe, cuidareis de meus mais caros interesses.
Doce Virgem Maria, que dentre os homens alguns procurem nas riquezas ou em seus próprios talentos a felicidade; que outros se apoiem na inocência de sua vida, no rigor de sua penitência, no fervor de suas orações ou no grande número de suas boas obras; quanto a mim – pobre pecador, que não tenho senão meu pouco amor –, esperarei somente em Vós, depois de Deus, e o fundamento de minha esperança será minha confiança em vossa maternal bondade.
Doce Virgem Maria, poderá a perversidade humana roubar minha reputação e os poucos bens que eu possua; poderão as doenças tirar-me as forças e a capacidade externa de Vos servir; infelizmente, ó minha terna Mãe, poderei eu mesmo, pelo pecado, perder vossas boas graças; mas minha amorosa confiança em vossa bondade materna, esta jamais perderei! Não, nunca a perderei! Conservarei esta inabalável confiança até exalar meu último suspiro. Todas as forças do inferno juntas não serão capazes de me roubá-la. Morrerei, ó boa Mãe, repetindo mil vezes vosso nome bendito, depositando em vosso Coração toda a minha esperança.
E por que estou tão seguro de confiar sempre em Vós, senão porque Vós mesma, dulcíssima Virgem, me ensinastes que sois toda misericórdia, nada mais que misericórdia? Portanto, ó bondosíssima e amantíssima Maria, estou seguro de que sempre Vos invocarei porque sempre me consolareis; sempre Vos agradecerei porque sempre me aliviareis; sempre Vos servirei porque sempre me ajudareis; amar-Vos-ei sempre porque me amareis sempre; de Vós sempre obterei tudo, porque sempre vosso magnânimo amor ultrapassará minha esperança.
Sim, ó doce Virgem, é somente de Vós que, apesar de meus pecados, espero o único bem que almejo: a união com Jesus no tempo e na eternidade. Exclusivamente de Vós, porque sois Vós a escolhida por meu divino Salvador para me dispensar todos os favores e a Ele conduzir-me com segurança.
Sim, minha Mãe, sois Vós que, depois de me ter ensinado a compartilhar as humilhações e os sofrimentos de vosso Divino Filho, me introduzireis em sua glória e suas delícias para, junto a Vós e convosco, louvá-Lo e bendizê-Lo por todos os séculos dos séculos.
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(Revista Arautos do Evangelho, Maio/2017, n. 185, p. 24 à 25)
SÃO BERNARDO. Acte d’aveugle abandon et d’amoureuse confiance en la douce Vierge Marie. In: DENIS, Gabriel. “Le Règne de Jésus par Marie”. 3.ed. Luçon: S. Pacteau, 1873, p.242-244