Nossa Senhora do Rosário, uma festa de glória!

Uma das linhas mestras da piedade de Dr. Plinio era promover a glória da Santa Mãe de Deus. Por ocasião da festa de Nossa Senhora do Rosário, Dr. Plinio manifesta um de seus mais entranhados desejos

Nós devemos festejar a data que a Igreja dedica a Nossa Senhora do Rosário com um empenho especial pela simples razão de que o Rosário é um dos símbolos mais característicos da piedade cristã.

Houve tempos em que ele pendia dos hábitos de quase todos os religiosos, ele estava no bolso de todas as pessoas católicas, inúmeras eram as pessoas que eram enterradas com ele nas mãos.

Quando se queria simbolizar a piedade, este símbolo era o Rosário.

De maneira que nós devemos olhar para esta festa do Rosário cheios de esperança, e pedir a Nossa Senhora, que ajudou aos cristãos vencerem a Batalha de Lepanto, que nos conceda a graça da vinda do Reino d’Ela, que será também o Reino do Rosário.

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A Cruz, centro e ápice da História

Festa da Exaltação da Santa Cruz

Para compreender a arquitetonia do magnífico plano divino da criação, devemos ver a Redenção operada na Cruz como o centro da História, em torno do qual tudo se conjuga para a glória de Deus, até mesmo o pecado

Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, EP, Fundador dos Arautos do Evangelho e do Apostolado do Oratório

A Cruz nos abriu as portas do Céu

Quando Adão e Eva, por causa do pecado, foram expulsos do Paraíso, as portas do Céu se fecharam para o homem, e assim teriam permanecido até hoje se não fosse a Redenção. Poderíamos chorar nossa culpa, mas as lamentações de nada adiantariam para nos alcançar o convívio eterno com Deus, pois só uma iniciativa d’Ele o poderia fazer. E foi o que aconteceu quando Se encarnou e morreu por nós na Cruz.

É por isso que a Igreja quer concentrar a atenção dos fiéis nesse augusto Madeiro, celebrando a festa da Exaltação da Santa Cruz, e no dia seguinte a comemoração de Nossa Senhora das Dores, que une à Cruz as lágrimas de Maria Santíssima, Corredentora do gênero humano. Em ambas as celebrações, a Liturgia nos permite venerar de modo especial o instrumento de nossa salvação, o qual passou a ser objeto de adoração a partir do momento em que Jesus Cristo foi nele crucificado, com terríveis cravos que transpassaram sua Carne sagrada. Tal é o poder do preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo! Devemos adorar a Cruz com a mesma latria que tributamos ao Homem-Deus, tanto por ser imagem d’Ele quanto por ter sido tocada por seus membros divinos e inundada por seu Sangue.1

Por este motivo, recomenda-se manter duas velas acesas durante a exposição de uma relíquia do Santo Lenho. Diante do panorama apresentado pela Igreja nesta ocasião, é preciso considerarmos de maneira apropriada o mistério de um Deus crucificado.

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“O Anjo Guardião do Paraíso”

Quero que o último ato de meu intelecto e o último pulsar de meu coração seja um brado de amor e fidelidade ao Papado”, costumava repetir Dr. Plinio até seus derradeiros dias. Sentimento que transparece nas palavras aqui transcritas, com as quais recorda a figura de um dos maiores Pontífices que já ocuparam a Cátedra de Pedro: São Pio X, cuja festa se celebra no dia 21 de agosto


Homem de origem assaz modesta, o Cardeal Sarto (em italiano, sarto quer dizer alfaiate) nasceu na pequena aldeia de Riese, na qual até hoje se conservam a casa em que ele veio ao mundo e todas as lembranças de sua história desde menino. Riese tornou-se um lugar de peregrinação. Adolescente, Giuseppe Sarto deixou o lar paterno para ingressar no seminário da diocese de Treviso. Depois de completar seus estudos em Pádua, foi ordenado sacerdote, e, três décadas mais tarde, sagrado Bispo de Mântua. Em 1893 tornou-se Cardeal e Patriarca de Veneza, de onde partiu para ser eleito Papa.

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A Imaculada Conceição de Maria

“Ó Virgem imaculada e inviolável, Virgem casta e incorruptível, Virgem isenta de toda imundície e de toda mácula do pecado, Virgem esposa de Deus e nossa rainha, Virgem que, por uma gloriosa e maravilhosa concepção, gerastes o homem-Deus, acolhei minha oração.”(1)

Tal é a força da verdade sobre a Imaculada Conceição de Maria que, nos primeiros tempos da Igreja, Santo Efrém cantava com entusiasmo os louvores acima. E São Tomás de Vilanova ensinava:
Convinha que o santuário de Deus, a mansão da sabedoria, o relicário do Espírito Santo, a urna do celestial maná, não tivesse a menor mancha”.
São Pio X afirma:
No mistério da Imaculada Conceição, quantos auxílios eficazes encontramos, em sua própria fonte, para conservar as virtudes e as praticar como convém!”
E diz ainda São João Paulo II:

“A Maria, que teve o privilégio de não estar sujeita ao poder do mal e do pecado um instante sequer, os cristãos contemplam como o modelo perfeito e a imagem da santidade, à qual devemos chegar pela ajuda da graça do Senhor”.

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O Advento: expectativa do Natal e esperança pervadida pelo desejo de santidade

Primeira e segunda vindas de Jesus se unem diante de nossos horizontes neste período do Advento, fazendo-nos analisá-las quase numa visão eterna; talvez, melhor dizendo, de dentro dos próprios olhos de Deus, para Quem tudo é presente

Mons. João Scognamiglio Clá Dias, EP

O círculo e o losango são as mais perfeitas figuras geométricas segundo o conceito de São Tomás de Aquino, pois representam o movimento do efeito que retorna à sua causa. Cristo é a mais alta realização dessa simbologia porque, além de ser o princípio de todo o criado, é também o fim último. Daí encontrarmos, tanto no término do ano litúrgico, como em sua abertura, os Evangelhos que transcrevem as revelações de Jesus sobre sua última vinda.

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Cristo Rei

Solenidade de Cristo Rei

Por direito de herança e de conquista, Cristo reina com autoridade absoluta sobre todas as criaturas. Entretanto, não governa segundo os métodos do mundo

Monsenhor João S. Clá Dias, EP, Fundador dos Arautos do Evangelho e do Apostolado do Oratório



35 O povo estava a observar. Os príncipes dos sacerdotes com o povo O escarneciam dizendo: “Salvou os outros, salve-Se a Si mesmo, se é o Cristo, o escolhido de Deus!” 36 Também o insultavam os soldados que, aproximando-se d’Ele e oferecendo-lhe vinagre, 37 diziam: “Se és o Rei dos judeus, salva-Te a Ti mesmo!” 38 Estava também por cima de sua cabeça uma inscrição: “Este é o Rei dos judeus”. 39 Um daqueles ladrões que estavam suspensos da cruz, blasfemava contra Ele, dizendo: “Se és o Cristo, salva-Te a Ti mesmo e a nós!” 40 O outro, porém, tomando a palavra, repreendia-o dizendo: “Nem tu temes a Deus, estando no mesmo suplício? 41 Quanto a nós se fez justiça, porque recebemos o castigo que mereciam nossas ações, mas Este não fez nenhum mal”. 42 E dizia a Jesus: “Senhor, lembra-Te de mim, quando entrares no teu Reino!” 43 Jesus disse-lhe: “Em verdade te digo: hoje estarás comigo no Paraíso” (Lc 23, 35-43).

I – Rei no tempo e na eternidade

Ao ouvirmos este Evangelho da Paixão, de imediato surge em nosso interior uma certa perplexidade: por que a Liturgia, para celebrar uma festa tão grandiosa como a de Cristo Rei, terá escolhido um texto todo ele feito de humilhação, blasfêmia e dor?

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