Adorar… Como e para quê?

Por vezes, alguns fiéis ficam desmotivados para decidir-se a ser adoradores. Dispõem de tempo para aproximar-se da Eucaristia, mas não dão o passo; um passo que poderá ser ocasional, muito de vez em quando, ou que importe em um compromisso formal de passar, cada dia ou cada semana, um tempo junto ao sacrário ou a custódia onde está presente o Senhor na Hóstia consagrada

Pe. Rafael Ramón Ibarguren Schindler*

Quais são os motivos dessa desmotivação? Na maioria dos casos, parecem ser duas as razões ou objeções que se esgrimam, seja conscientemente como de forma apenas implícita. Uma é: Para que adorar? Qual é a utilidade de dar esse tempo à adoração, tempo que poderia ser utilizado em outras coisas boas, úteis e até necessárias?

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Belos textos sobre a Eucaristia

Já há algum tempo o revmo. pe. Rafael Ibarguren, EP, tem contribuído com este blog com admiráveis artigos sobre a Eucaristia, nos quais se notam não somente o conhecimento doutrinário do tema mas, sobretudo, depreende de sua pena o inconfundível timbre de uma alma tocada pelo Senhor com graças místicas de fervor eucarístico

 O Apostolado do Oratório vem por estas linhas manifestar sua gratidão ao revmo. pe. Rafael por tal contribuição, que tanto bem tem feito a nossos leitores com a apreciação do conteúdo de seus artigos.

A repercussão de seus posts chegou também a algumas paróquias, onde grupos de coordenadores tiveram a excelente ideia de realizar uma vez por mês um encontro de confraternização, tendo como fundo a leitura e estudo de seus textos. Após esta leitura, também rezariam um terço em conjunto ou, sendo possível, fariam uma hora de adoração ao Santíssimo Sacramento como preparação à Santa Missa.

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Missas e adorações clandestinas

Há uma figura eclesiástica contemporânea que merece o respeito e a admiração dos católicos; trata-se de Sua Eminência o Cardeal vietnamita Francois-Xavier Nguyen Van Thuan

Pe. Rafael Ramón Ibarguren Schindler*

Sendo Arcebispo Coadjutor de Saigón (hoje, sob o governo comunista, a chamam Ho Chi Minh), com a chegada do regime comunista em 1975 foi preso e passou treze anos no cárcere, nove dos quais no isolamento total. Depois o colocaram em prisão domiciliar, não permitindo-lhe retornar à sua sede diocesana.

Em 1991 lhe foi permitido viajar para Roma sem possibilidade de retorno. Na Cidade Eterna viveu exilado até sua morte em dezembro de 2002. São João Paulo II o criou Cardeal em 2001, e Bento XVI abriu sua causa de beatificação em 2010.

A agência Zenit publicou há algum tempo uma interessante crônica de uma das meditações que o Cardeal Van Thuan pregou ao Papa João Paulo II durante os Exercícios Espirituais realizados no Vaticano no ano jubilar de 2000.

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O céu, “uma comunhão sem fim”

A Eucaristia é o céu na terra. E ainda, com mais propriedade, que “A Eucaristia é verdadeiramente um resquício do céu que se abre sobre a terra” A Santa Hóstia é uma brecha, uma janela, que nos mostra e nos faz degustar o céu!

Pe. Rafael Ramón Ibarguren Schindler*, EP

Bem sabemos que coisas sucederão ao homem ao final de sua vida na terra: a morte, o juízo e um destino eterno; estas etapas ou pórticos são chamados novíssimos. O destino eterno poderá ser o céu ou o inferno.

Quão saudável é pensar nestas tremendas e inevitáveis realidades! Diz o Eclesiástico “Pensa nos novíssimos e não pecarás eternamente”, ou seja, não te condenarás. Outra tradução do mesmo versículo da Bíblia assim reza: “Em todas tuas ações têm presente teu fim, e jamais cometerás pecado”. São noções afins e complementárias.

Pois sim, a meditação no céu deveria ocupar um espaço considerável em nossa mente e em nosso coração.

Ainda que o homem tenha sede de infinito e aspira à bem-aventurança, é verdade que está mais ao nosso alcance, nos é mais fácil, o temor do inferno que o desejo do céu. Nossa natureza tem horror ao sofrimento; mas no paraíso terreno, antes do pecado original, não éramos assim. Na realidade, tanto no plano inicial quanto no de herdeiros da culpa de Adão, está sempre vigente o desejar, tender e alcançar a meta para a qual fomos criados: a companhia e a visão eterna do Criador.

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Emanuel, “Deus conosco”

Ao receber a Eucaristia na Sagrada Comunhão, pode-se dizer que Nosso Senhor passa a estar “em nós”. E quando se considera a Eucaristia reservada no tabernáculo ou exibida no ostensório, com propriedade conclui-se que Ele está “conosco”

Pe. Rafael Ramón Ibarguren Schindler*, EP

Em ambos os casos, Sua presença e Sua proximidade são confirmadas. Quão amável, quão grandioso, que divina companhia!

Deus é eminentemente comunicativo e sociável; se nota por toda a obra da criação e pela relação privilegiada que Ele quer ter com o homem, a quem criou à sua imagem e semelhança, colocando nele um instinto muito arraigado que é o da sociabilidade; instinto mais dinâmico que o instinto de autopreservação que naturalmente reage imediatamente a qualquer perigo.

Vendo o homem recém-criado, feito do barro da terra, Deus sentenciou: “Não é bom que o homem esteja só” (Gênesis 2, 18) e de seu costado tirou a mulher para lhe fazer companhia.

São Tomás de Aquino ensina que há três situações precisas nas quais o instinto social é inibido, quais sejam:

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