Ó Nossa Senhora do Carmo, Maria Santíssima! Vós sois a criatura mais nobre, mais sublime, mais pura, mais bela e mais santa de todas. Ó, se todos a conhecessem, Senhora e Mãe minha, se todos a amassem como Vós mereceis! Porém meu consolo é que tantas almas ditosas no Céu e na Terra vivem enamoradas de vossa bondade e beleza.
E me alegro mais porque Deus ama a Vós mais que a todos os homens e anjos juntos. Rainha minha amabilíssima, eu, miserável pecador, também a amo, porém a amo pouco em comparação do que Vós mereceis; quero, pois, um amor maior e mais terno para convosco, e isto Vós haveis de me alcançar, já que Vos amar e levar vosso Santo Escapulário é um sinal de predestinação para a glória e uma graça que Deus não concede senão àqueles que, eficazmente, Ele quer salvar. Vós, pois, que tudo alcançais de Deus, obtenha-me esta graça: que meu coração arda em vosso amor, conforme o afeto que Vós me mostrais; que a ame como verdadeiro filho, já que Vós me amais com o amor mais terno de Mãe, para que, unindo-me com Vós pelo amor aqui na Terra, não me separe de Vós depois na eternidade. Amém.
11 E Jesus continuou: “Um homem tinha dois filhos. 12 O filho mais novo disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte da herança que me cabe’. E o pai dividiu os bens entre eles”.
O pai, sem dúvida, foi tomado por um profundo desgosto ao receber o pedido do filho menor. Aquilo indicava a intenção do jovem de abandonar a casa paterna ― pois só neste caso se fazia a repartição da herança antes da morte do pai. O pai, experimentado em anos, já havia notado no filho o tumultuar das paixões desordenadas. Com dor, previu os caminhos tortuosos pelos quais o jovem se embrenharia; entretanto, percebendo ser impossível fazê-lo desistir de sua decisão, não tomou nenhuma atitude para impedi-lo e entregou-lhe a parte da sua fortuna. É exatamente como Deus age conosco: concede-nos em abundância suas graças e dons, apesar de conhecer perfeitamente o mau uso que poderemos fazer desses bens, valorizando-os pouco, negligenciando-os ou até mesmo usando-os para pecar.
Paciência: um dos nomes da misericórdia
13 “Poucos dias depois, o filho mais novo juntou o que era seu e partiu para um lugar distante. E ali esbanjou tudo numa vida desenfreada”.
O filho trocou a inocência do lar pela vida devassa. Expressiva imagem de todos os batizados que, desprezando a condição de filhos de Deus, abandonam o estado de graça ao cometer uma falta grave! Esbanjando o tesouro sobrenatural entregue pelo Pai celeste, preferem o prazer fugaz do pecado à felicidade do convívio com Deus e Maria Santíssima, na eternidade.
Por sua vez, em nenhum momento o pai se esqueceu do jovem, nem perdeu a esperança de reencontrá-lo. É possível imaginar quantas vezes o bom homem (Leia mais aqui!).
Obs: Se estiver usando o Firefox, dependendo da versão, depois de clicar em (Leia mais aqui!), será preciso procurar o arquivo da meditação na pasta de downloads padrão.
Com o favor maternal da Santíssima Virgem Maria realizou-se a 5ª Peregrinação promovida pelo Apostolado do Oratório ao Santuário de Aparecida. Queremos agradecer a todos os peregrinos que conosco desfrutaram das graças e bênçãos colhidas na cidade onde foi encontrada a imagem de nossa Padroeira. Em breve postaremos mais notícias e fotos da peregrinação.
Abaixo consagração figurada no verso da lembrança acima, distribuída aos participantes do evento.
Consagração a Nossa Senhora Aparecida
Ó Maria Santíssima, pelos méritos de Nosso Senhor Jesus Cristo, em vossa querida imagem de Aparecida, espalhais inúmeros benefícios sobre todo o Brasil.
Eu, embora indigno de pertencer ao número de vossos filhos e filhas, mas cheio do desejo de participar dos benefícios de vossa misericórdia, prostrado a vossos pés: consagro-vos o meu entendimento, para que sempre pense no amor que mereceis; consagro-vos a minha língua, para que sempre vos louve e propague a vossa devoção; consagro-vos o meu coração, para que, depois de Deus, vos ame sobre todas as coisas.
Recebei-me, ó Rainha incomparável, vós que o Cristo crucificado deu-nos por Mãe, no ditoso número de vossos filhos e filhas; acolhei-me debaixo de vossa proteção; socorrei-me em todas as minhas necessidades, espirituais e temporais, sobretudo na hora de minha morte.
Abençoai-me, ó celestial cooperadora, e com vossa poderosa intercessão, fortalecei-me em minha fraqueza, a fim de que, servindo-vos fielmente nesta vida, possa louvar-vos, amar-vos e dar-vos graças no céu, por toda eternidade. Assim seja!
“Por outro lado, quem ouve estas minhas palavras e não as põe em prática é como o homem sem juízo, que construiu sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos sopraram e deram contra a casa, e a casa caiu, e sua ruína foi completa!” (Mt. 7, 24-27).
Assim como o edifício fundado na rocha simboliza o homem prudente que pratica boas obras, a casa edificada sobre areia representa a fragilidade daquele cujas ações são estéreis, por não estarem orientadas para a Eternidade.
Ora, há pessoas que constroem sua vida espiritual, não sobre a rocha, mas sobre outros mate riais. São aquelas que fazem racionalizações para poderem pecar, isto é, recorrem a falsos argumentos com os quais revestem suas más ações de uma aparência de bem, porque é impossível à criatura humana praticar o mal pelo mal.21
Acabam elas por arquitetar doutrinas que abrem campo para a plena satisfação das suas más inclinações. Um exemplo infelizmente muito frequente: racionalizam de modo a concluir que seria uma contradição o Decálogo proibir ao homem dar livre curso aos instintos postos na natureza humana pelo próprio Deus; e com isso ocultam à própria consciência o desequilíbrio interior, consequência do pecado original. “Ignorar que o homem tem uma natureza lesada, inclinada ao mal, dá lugar a graves erros no campo da educação, da política, da ação social e dos costumes”, ensina o Catecismo.22
Aos que assim deturpam a verdadeira doutrina de Cristo, bem se poderiam aplicar as severas palavras dirigidas por Santo Irineu aos valentinianos: “Afastados da verdade, merecidamente chafurdam em todo erro e são lançados de um lado para o outro por ele, julgando de forma diferente os mesmos temas em ocasiões diversas, sem nunca chegar a estabelecer uma opinião estável, pois mais desejam ser sofistas de palavras que discípulos da verdade. Não estão eles fundados sobre uma rocha, mas sobre areia, que contém em si uma infinidade de pedras. Por isso imaginam muitos deuses, e sempre têm o pretexto de estarem em busca da verdade (porque são cegos), mas sem nunca conseguir achá-la”23
Ai daqueles que engendram racionalizações para praticar o mal! Sua casa, adverte Jesus, está construída sobre areia, e quando vierem as dificuldades e provações, a ruína será completa.
21) Cf. ROYO MARÍN, OP, Antonio. Teología Moral para Seglares. 5.ed. Madrid: BAC, 1979, v.I, p.191.
22) CIC 407.
23) SANTO IRINEU DE LYON. Adversus Hæreses, l.III c.24, 2 (PG: 7, 967).
Excerto do artigo: Bastará dizer “Senhor, Senhor!” para se salvar? Mons. João Clá Dias, EP., Revista Arautos do Evangelho nº 111- março de 2011.