Oratórios na Colômbia

País vizinho ao Brasil, Colômbia destaca-se  por sua Fé católica e sua devoção mariana, além de belas paisagens que vão desde montanhas nevadas até as cristalinas águas do mar Caribe. Nesse país, encontramos cidades em montanhas, a mais de 2.600 mts de altitude como Manizales (Departamento de Caldas) e Bogotá D.C., com um clima muito ameno e acolhedor e com panoramas lindíssimos, enquanto em outras cidades como Cartagena (Departamento de Bolívar), e Santa Marta (Departamento de Madalena), situadas a beira mar, encontramos um clima bem tropical e um mar cheio de riquezas naturais como corais e diversas espécies de peixes.

Outro grande destaque de Colômbia, são os vários santuários com imagens milagrosas que existem por todo o país: a padroeira, Nossa Senhora de Chiquinquirá, situada na cidade do mesmo nome e visitada pelo Papa João Paulo II na década de oitenta; Nossa Senhora de Las Lajas, ao sul, próximo à fronteira com o Equador, e outros tantos santuários que seria longo mencioná-los todos aqui.

Em um país tão marcado pela Fé, os Arautos do Evangelho, Caballeros de la Virgen (Cavaleiros da Virgen) como são conhecidos lá, realizam inumeráveis peregrinações com a imagem de Nossa Senhora de Fátima por todo o país, recebendo sempre uma calorosa acolhida da parte de todos. E como frutos dessa ação missionária, mais de 4.000 Oratórios foram implantados em todo o país.

Assim como no Brasil, em Colômbia, um grupo de famílias – organizada pelos Arautos – se dedica a visitar os grupos dos Oratórios, levando a imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima, a fim de reunirem-se para rezarem juntos o rosário, tratar de temas relacionados com o Oratório, com a doutrina católica; animarem os participantes do Oratório a integrarem-se mais nas atividades paroquiais e visitarem as Paróquias onde estão presentes os Oratórios.

Nas fotos, os leitores poderão acompanhar algumas atividades realizadas em vários departamentos de Colômbia. Clique nas fotografias abaixo e confira:

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Para acessar ao blog do Apostolado do Oratório na Colômbia: http://oratorioscolombia.blog.arautos.org

Nosso e-mail: contato@oratorio.blog.arautos.org

Convívio

Após um ano repleto de atividades, chegou o momento de todas as pessoas que colaboram com a realização das atividades do Apostolado do Oratório, reunirem-se para um abençoado convívio às portas do Santo Natal.

No último mês de dezembro, os Supervisores, Coordenadores e amigos que frequentam a sede do Apostolado do Oratório, escolheram um lugar, com uma bela paisagem, um clima muito agradável, longe do ruído da cidade, adornado de pássaros silvestres e muito verde, em uma reserva natural nas aforas de Jundiaí. Alí, seria o encontro natalino das famílias colaboradoras do Oratório.

O programa se iniciou com a Santa Missa, celebrada pelo Rvdmo. Pe. Julio Ubellhode, EP e seguido de um almoço, com animadas conversas e, com músicas natalinas “ao vivo”, interpretadas pelo Coral do Apostolado do Oratório.

Click nas fotografias abaixo e terão uma idéia de como foi esse programa natalino, que culminou com um áudio-visual de todas as atividades realizadas pelo Apostolado do Oratório no ano 2009.

Com este post, concluímos a retrospectiva das atividades de 2009. Muitas delas deixamos de publicar para não estender demais essa retrospecitva; entre elas, estavam as Missas em ação de graças pelas Aparições de Nossa Senhora em Fátima, no dia 13 de Maio, promovidas pelos Coordenadores do Oratório, que foram celebradas em mais de 130  Paróquias de diversas cidades do país. Aqui em São Paulo, a Missa em ação de graças foi celebrada pelo nosso fundador, Monsenhor João S. Clá Dias, EP na Igreja Nossa Senhora do Rosário, no Seminário dos Arautos do Evangelho, na Serra da Cantareira.

Que Nossa Senhora multiplique essas atividades, que relembramos nestes últimos dias, em muitas outras neste ano que estamos iniciando.

Programa Natalino

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Um casal no norte

     Bem ao norte do Brasil, no Estado do Pará, encontra-se um casal, cooperadores dos Arautos, que há um ano vem dedicando-se integralmente ao apostolado do oratório.

     Não seria fácil enumerar as atividades que esse casal realiza, entretanto, é pelo fruto que se conhece a árvore, como afirma Nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, vamos conhecer hoje o resultado de tão abnegado trabalho deste casal que, deixando sua cidade natal, na região sudeste do Brasil, fixou sua morada em Castanhal/PA, para alí, servir a Deus, a Nossa Senhora e à Igreja Católica. Poderemos ver, pelo exemplo deles, o quanto podemos fazer de bem ao nosso próximo.

     Na fotografia abaixo, destaca-se o casal, com a característica capa bege com a cruz de santiago vermelha dos cooperadores dos Arautos do Evangelho, participando de uma visita da imagem de Nossa Senhora de Fátima, juntamente com os Arautos do Evangelho da Ordem I, a uma família, na cidade de Santana do Amapá.

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     Ademais de participarem de atividades paroquias, o casal dedica-se a visitar os coordenadores do Oratório com a imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima, ora para rezarem o terço em conjunto com os participantes do grupo do Oratório, ora para levarem consolo em alguma aflição, ou para considerarem algum tema de doutrina católica.

     Nas seguintes fotografias, poderemos conhecer a atuação do casal em algumas visitas realizadas em Belém e Castanhal, no Estado do Pará.

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     Outra atividade que vem  produzindo muitos frutos é o terço infantil, realizado todas as quinta-feira na igreja da Paróquia Cristo Rei, em Castanhal/PA.

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     Antes de terminar o ano 2009, dois Arautos estiveram em Castanhal para visitar os coordenadores do Oratório. Pelo número de pessoas presentes nas reuniões, poderemos ver os frutos desse apostolado.

     Abaixo, encontro com os grupos do Oratório na Capela Rainha da Paz.

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     Na sequência, encontro na Capela de Nossa Senhora de Fátima.

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     Que Nossa Senhora de Fátima continue abençoando todo o apostolado deste casal, e que eles possam continuar fazendo bem a tantas almas com ânimo e muita alegria neste novo ano que se inicia.

     Salve Maria!

Agradecimento à Mãe de Deus

     O ano de 2009 foi repleto de atividades, mas, sobretudo, repleto de bençãos e graças que Deus derramou – a rogos de Maria Santíssima – aos participantes do apostolado do oratório.

     Com a intenção de agradecer a Deus, por mãos de Maria, essas graças, no último mês de novembro, o Apostolado do Oratório promoveu uma peregrinação a Aparecida do Norte, onde o ápice consistiria na assistência à Santa Missa em ação de graças, celebrada pelo Arcebispo Emérito de Montes Claros, D. Geraldo Magela de Castro, juntamente com outros sacerdotes concelebrantes.

     A peregrinação foi organizada com grupos do Oratório das cidades paulistas do Vale do Paraíba, sul do Rio de Janeiro e de Minas Gerais; tendo como resultado, mais de 1.500 participantes do Oratório presentes em Aparecida.

     Pouco a pouco, os grupo iam chegando: vinham da cidade de São Paulo, de Queluz, de Mogi das Cruzes, do Rio de Janeiro, e até um grupo da cidade de Cruzeiro que ofereceu a Nossa Senhora Aparecida um sacrifício: fizeram uma caminhada de 40Km de Cruzeiro até Aparecida!

oratorios-016 À medida que iam chegando, os grupos recebiam as boas-vindas dos Arautos que já estavam esperando a todos nas portas da Basílica.

  Na foto ao lado, está o grupo que vinha chegando da cidade de São Paulo.

    

 

 

 

 

oratorios-082A Santa Missa foi celebrada no altar-mor, e por uma gentileza dos Padres Redentoristas, encarregados da Basílica, foi permitido a vários coordenadores assisterem a Missa bem junto ao altar.

 

 

 

 

 

 

 

As palavras de D. Geraldo durante o sermão, ressaltaram o benéfico papel dos participantes do Oratório como missionários de Jesus e de Maria junto às famílias.

 

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Os peregrinos lotavam a basílica, assistindo a Santa Missa com muita devoção.

 

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     Ao término da Santa Missa, todos se dirigiram à esplanada da Basílica para fotos, cumprimentos e conversas marcadas com muita alegria.

 

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A oração junto à Mãe de Deus.

 

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A foto de lembrança.

 

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Viva Nossa Senhora Aparecida!

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     Neste ano, o Apostolado do Oratório organizará outra peregrinação a Aparecida do Norte. Se você deseja participar, mantenha-se informado através deste blog, ou entre em contato conosco.

     Nosso e-mail: contato@oratorio.blog.arautos.org

 

Famílias e Oratório

    

    Famílias que dedicam parte de seu tempo ao  Apostolado do Oratório.

     O apostolado do oratório é destinado a unir as famílias em seu seio, e também, uní-las entre si, em seu bairro, em sua paróquia, etc.

     No último ano, ademais de atuarem em suas respectivas paróquias, muitas famílias vem reservando parte de seu tempo para se dedicar a visitar outros grupos de Oratório, e também, ampliar esse apostolado encontrando outras famílias que desejem receber o Oratório em suas casas.

     Essas famílias se reunem todas as sextas-feira, aqui na Casa do Apostolado do Oratório, para adorarem ao Santíssimo Sacramento e participarem da Santa Missa. 

     Com a intenção de aprimorar seu apostolado, constituíram um côro a fim de animar celebrações litúrgicas e visitas com o Oratório ou a imagem de Nossa Senhora a casa de famílias e instituições.

     Aqui neste post, incluiremos algumas fotos das atividades que essas famílias realizaram, em conjunto com os cooperadores dos Arautos do Evangelho, no ano de 2009.

 

* Missão Mariana em Caieiras

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* Missão Mariana em Mauá (Paróquia São José)

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     Seguramente o prezado leitor notou que, enquanto alguns senhores e senhoras estão com a capa dos cooperadores dos Arautos, outros estão com uma capinha laranja. Estes últimos são supervisores dos Oratórios, se bem que, há supervisores que também pertencem aos cooperadores dos Arautos, e portanto, utilizam a capa de cooperadores.

     Como podem ver, são muitas as atividades que podem desenvolver um supervisor ou coordenador de Oratório, sempre e quando, isso não interfira no auxílio que podem dar à sua paróquia.

     Entretanto, não é somente em São Paulo que existem famílias que atuam como apóstolos do Oratório; também em outras regiões do país existem pessoas que estão se dedicando a esse apostolado.

     No norte do país, existe um casal que se dedica integralmente ao apostolado do oratório. No próximo post, trataremos do apostolado que esse casal vem realizando, e dos frutos de todo o esforço que eles empregam pelo bem das almas.

Meditação para o Primeiro Sábado

Desde São Paulo, enviamos para os Supervisores, via correio ou via e-mail, as meditações para cada Primeiro Sábado.
Essas meditações foram feitas por Mons. João S. Clá Dias, EP, nosso fundador, durante a realização da devoção reparadora dos Primeiros Sábados na Catedral da Sé, em São Paulo.
Neste post, incluímos a meditação para o mês de janeiro de 2010.

 

Meditação dos Primeiros Sábados EPIFANIA do Senhor Janeiro de 2010.


“Entrando na casa, acharam o menino com Maria, sua mãe.
Prostrando-se diante dEle, o adoraram. Depois, abriram seus tesouros, ofereceram-lhe como presentes: ouro, incenso e mirra.”   (Mt 2, 11).
 

 

Introdução:

Amanhã é a Epifania, dentro da oitava do Natal. Vamos então nos aproximar do Presépio e junto ao Menino Jesus, Maria Santíssima e S. José, meditarmos sobre um aspecto deste terceiro mistério gozoso. Contemplaremos o trecho do Evangelho que narra a vinda dos três Reis Magos do Oriente, para adorar ao Menino Jesus.

Santo Agostinho comenta que Epifania é uma palavra grega que significa “manifestação”. Na pessoa dos Reis Magos, o Menino-Deus se revelou a todas as nações que, no futuro, seriam iluminadas pela luz da Fé.

Vamos pedir graças especiais a Nossa Senhora. Estamos aqui para reparar seu Sapiencial e Imaculado Coração. Peçamos então que nos obtenha do Menino Jesus, que se encontra em seus braços, graças especialíssimas para bem fazermos esta meditação e que esta seja uma perfeita oração.

Oração Inicial

Minha Mãe, aqui estamos diante de Vós para meditar sobre esta cena dos Reis Magos adorando o Menino Jesus, e junto com eles fazermos esta adoração, em união convosco.
Vós quisestes oferecer aos santos Reis Magos, o mais belo espetáculo de toda História: apresentar vosso divino Filho para ser adorado. Santa Mãe de Cristo, nós queríamos durante esta meditação entregar todos os nossos pensamentos, todos os nossos movimentos de vontade, nossas virtudes, toda nossa sensibilidade, para que elas sirvam junto com o ouro, incenso e mirra, de louvor a Vós e de adoração ao Vosso divino Menino Jesus. Rogamos que nos obtenha graças superabundantes e eficazes, graças místicas, a fim de que possamos compreender a fundo todo o significado da visita dos Reis Magos à Vossa casa em Belém.

Assim seja!

Preparação:

Jesus nasce pobre numa gruta em Belém; os Anjos do Céu, é verdade, reconheceram-No por seu Senhor, mas os homens da terra deixam-No abandonado. Vêm apenas uns poucos pastores para adorá-Lo. O divino Redentor, porém, já quer começar a nos comunicar a graça da Redenção, e por isso, começa a manifestar-Se aos gentios que não O conheciam. Manda uma estrela iluminar os santos Magos, para que venham conhecer e adorar o seu Salvador. Admiremos o chamado que o Menino Jesus, de Sua manjedoura, faz a todas as nações, ao enviar aos Reis Magos a sua Estrela e a sua Graça; uma para lhes iluminar os olhos e a outra para lhes falar aos corações.

I – Significado de Epifania.

A festa da Epifania – também denominada pelos gregos de Teofania, ou seja manifestação de Deus – era celebrada no Oriente já antes do século IV. É uma das mais antigas comemorações cristãs, tal como a Ressurreição de Nosso Senhor.
Não podemos esquecer que a Encarnação do Verbo se tornou efetiva logo após a Anunciação do Anjo; entretanto, apenas Maria, Isabel, José e, provavelmente, Zacarias tiveram conhecimento do grande mistério operado pelo Espírito Santo. O restante da humanidade não se deu conta do que se passou no periodo de gestação do Filho de Deus humanado.
Por fim, nasce o Redentor, como um simples bebê. Quem, estivesse, porém, tomado por um dom do Espírito Santo, discerniria naquela adorável criança os resplendores dos raios de sua fulgurante divindade.
Não se tratava de um ente puramente humano; àquela natureza se unia a própria Divindade : Segunda Pessoa da Santíssima Trindade. Ali estava o Homem-Deus.

1 – Epifania: público reconhecimento da divindade do Menino Jesus.

Se, por assim dizer, no Natal Deus Se manifesta como Homem, na Epifania esse mesmo Homem se revela como Deus. Assim, nestas duas festas, quis Deus que o grande mistério da Encarnação fosse revelado com todo o brilho, tanto aos judeus como aos gentios, dado o seu caráter universal.
No Ocidente, desde o princípio, celebrava-se o Natal a 25 de dezembro, e no Oriente, a Epifania a 6 de janeiro. Foi a Igreja de Antioquia, na época de São João Crisóstomo, que passou a comemorar as duas datas. Só a partir do século V é que no Ocidente começou a se celebrar a segunda festividade.
Em nossa atual fase histórica, a Liturgia comemora a Adoração dos Reis Magos ao Menino Jesus.
Por outro lado, ainda permanecem alguns vestígios da antiga tradição oriental que incluía na Epifania, além da Adoração dos Reis, o milagre das Bodas de Caná e o Batismo do Senhor no Jordão.
Hoje, em nossa Liturgia, as Bodas de Caná não são mais celebradas, e o Batismo do Senhor é festejado no domingo entre os dias 7 e 13 de janeiro.
Em síntese, podemos afirmar que a Epifania, ou seja, a manifestação do Verbo Encarnado, não pode ser considerada desligada da adoração que Lhe prestaram os Reis do Oriente. Nesta cena está concernido um público reconhecimento da divindade do Menino Jesus unida à Sua humanidade.

2 – Um convite para sermos gratos ao Senhor.

Ora, o que movia o fundo da alma dos Reis Magos era o desejo de prestar culto de adoração Àquele que acabara de nascer. O significado da moção do Espírito Santo, levando-os a Belém, cifra-se no chamado universal de todas as nações à salvação e à participação nos bens da Redenção.
Se aos Reis Magos Deus os chamou por meio da estrela, a nós Ele nos chama através de Sua Igreja, com sua pregação, doutrina, governo e Liturgia. Logo, a Epifania é a festa que nos convida a agradecermos ao Senhor, como também a Lhe implorar a graça de sermos guiados sempre a por toda parte através de Sua luz celeste, bem como de acolhermos com fé e vivermos com amor todos os dons que a Santa Igreja nos dá.

II – Belém, os Magos e Herodes.

“Tendo, pois, Jesus nascido em Belém de Judá,no tempo do rei Herodes, eis que os Magosvieram do Oriente a Jerusalém”.   (Mt 2, 1).

Mateus se cala sobre maiores detalhes a respeito dos Magos; daí a divergências entre os autores. Entretanto, podemos afirmar que o nome Magos não pode ser tomado com as conotações próprias aos nossos tempos. Naquela época, significava pessoas de certo poder e muito distintas, em especial pelos conhecimentos científicos, sobretudo de astronomia. Além disso, a tradição no-los apresenta como reis. É também por tradição que consta serem três, terem sido batizados mais tarde por São Tomé Apóstolo e, tempos depois, martirizados. As relíquias dos Reis Magos foram veneradas por Bento XVI, na Catedral de Colônia, em 18 ago.2005, por ocasião da XX Jornada Mundial da Juventude.
O rei Herodes não pertencia à raça dos judeus, pois era idumeu. Chegou ao trono por apoio dos romanos, era estrangeiro. Foi muito habilidoso, restaurando com esmero o Templo de Jerusalém, no intuito de que se esquecessem de suas origens. Porém, sua fama perpetuou-se pelas grandes máculas de seus costumes dissolutos e de sua crueldade.

1 – Os Reis perante Herodes.

“Perguntaram eles: ‘Onde está o rei dos judeus que acaba de nascer?
Vimos “a Sua estrela no Oriente e viemos adorá-Lo”.

Os Reis Magos demonstram possuir grande fé, e não pouca intrepidez, ao formularem uma pergunta tão incisiva, tanto mais que poderia ser interpretada por Herodes como sendo uma negação de seu título e de seu poder, conquistados com tantos esforços.

“Ouvindo isto, o rei Herodes ficou perturbado e toda Jerusalém com ele”.
 

 

É de fácil compreensão esse temor, dada a irrefreável ambição, inveja e crueldade. Sua esposa e seus três filhos puderam experimentar a violência de seu péssimo e impetuoso temperamento, pois foram mortos por uma determinação tirânica sua, nascida do medo de que o destronassem.
Para um homem com essa moral desregrada e tão mau caráter, o anúncio do surgimento miraculoso de um novo rei só poderia causar perturbação …Herodes. maquina a morte do Messias com dolosa malícia; viu certamente o grande fervor dos Magos em relação a Cristo, e como não podia contar com a cumplicidade deles para matar o futuro rei, ocorreu-lhe enganá-los. Então, começou a tomas ares de devoção enquanto afiava a espada e pintava com cores de humildade a perversidade de seu coração.
Assim procedem todos os perversos: quando querem causar ocultamente algum dano muito grave a alguém, mostram-se humildes e amigos em relação a ele. ‘E, enviando-os a Belém, disse: ‘Ide e informai-vos bem a respeito do Menino. Quando o tiverdes encontrado, comunicai-me, para que eu também vá adorá-lo”.
Hipócrita, se faz de piedoso e suave para enganar a simplicidade, candura e inocência dos Magos.

2 – Comovedora confiança dos Reis Magos …

“Tendo eles ouvido as palavras do rei, partiram.
E eis que a estrela, que tinham visto no Oriente, os foi precedendo até chegar sobre o lugar onde estava o Menino, e ali parou.
“A aparição daquela estrela os encheu de profunda alegria”.

 Assim sempre procede Deus, recompensando aqueles que são fiéis à Sua graça.
É comovedora a confiança penetrada de coragem desses Reis Magos, diante de um tirano de tão má fama. Não há dúvida de estarem sustentados por especial moção do Espírito Santo.

III – A Jesus por Maria.

Emociona esta descrição de Mateus; …

“Entrando na casa, acharam o Menino com Maria, sua mãe”.
 

 

Palavras proféticas, inspiradas pelo Espírito Santo, para deixar constando elos séculos afora que não se pode encontrar Jesus sem Maria, e menos ainda, Maria sem Jesus. A História comprova – e muito mais o fará – o quanto a devoção à Mãe conduz à adoração ao Filho, e vice-versa.

1 – Os Reis Magos voltaram por outro caminho.

“Avisados em sonho de não tornarem a Herodes, voltaram para sua terra por outro caminho”. (Mt 2, 12)

Deus jamais deixa de proteger aqueles que O servem com amor e fidelidade. Se os Magos tivessem retornado a Herodes, eles mesmos poderiam ter precedido os Inocentes na morte.
A todos nós, Deus nos faz retornar à Pátria “por outro caminho”, segundo nos ensina São Gregório Magno. Infelizmente, deixamos o Paraíso Terrestre pelo pecado de orgulho de nossos primeiros pais; mais ainda, dele nos afastamos pelo apego às coisas deste mundo e devido aos nossos próprios pecados. Deus, como bom Pai, nos oferece o Paraíso Eterno; mas, para nele entrar, o caminho é o oposto ao do orgulho e da sensualidade, ou seja, o do desprendimento, da obediência, da renúncia às nossas paixões. Ele nos oferece um caminho fácil e seguro:”Ad Jesum per Mariam!”.

(A Jesus, por Maria!).

Cfr.’Revista Arautos do Evangelho’-nº 85, jan.2009 * Mons. João S. Clá Dias, pp. 12-19.