Adorar… Como e para quê?

Por vezes, alguns fiéis ficam desmotivados para decidir-se a ser adoradores. Dispõem de tempo para aproximar-se da Eucaristia, mas não dão o passo; um passo que poderá ser ocasional, muito de vez em quando, ou que importe em um compromisso formal de passar, cada dia ou cada semana, um tempo junto ao sacrário ou a custódia onde está presente o Senhor na Hóstia consagrada

Pe. Rafael Ramón Ibarguren Schindler*

Quais são os motivos dessa desmotivação? Na maioria dos casos, parecem ser duas as razões ou objeções que se esgrimam, seja conscientemente como de forma apenas implícita. Uma é: Para que adorar? Qual é a utilidade de dar esse tempo à adoração, tempo que poderia ser utilizado em outras coisas boas, úteis e até necessárias?

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Expande-se a Adoração Perpétua

Vão se difundindo em todo mundo católico as capelas de adoração eucarística perpétua. Geralmente são espaços anexos às igrejas paroquiais onde o Santíssimo Sacramento está exposto continuamente por 24 horas

Pe. Rafael Ramón Ibarguren Schindler*, EP

Capela da Adoração Perpétua na Basílica Nossa Senhora do Rosário, dos Arautos do Evangelho

Os fiéis se comprometem a adorar ao Senhor em turnos fixos. Também chegam pessoas em horas que podem escolher de acordo com sua conveniência, mesmo que não estejam inscritas.

Esta prática devocional se tornou muito comum em quase todas as dioceses do mundo. Bento XVI já comemorava esta realidade no seu discurso de Natal de 2005: “é comovente ver a Igreja descobrindo a alegria da adoração eucarística e os frutos já se manifestam“.

Cem anos antes, São Pio X, conhecido como o Papa da Eucaristia, por haver permitido às crianças a possibilidade de comungar ainda na infância e aos fiéis a comunhão diária, chamou a  Adoração Perpétua “a obra mais sublime de todas as obras“.

Escreveu São Pedro Julião Eymard, fundador dos Sacramentinos:

Temos que tirar a Jesus Eucarístico do esquecimento para recolocá-LO no topo da sociedade cristã para que a dirija e a salve. Temos que construir um palácio, um trono, cercá-lo com uma corte de servidores fiéis, de uma família de amigos, de um povo de adoradores.”

Do que isso se trata? É necessário motivar os servidores, para que eles sejam bons amigos e adoradores fervorosos.

São Pedro Julião Eymard

Na história da igreja, vemos que até o século XII, o culto eucarístico foi limitado ao momento da celebração da Missa. Posteriormente, começaram as celebrações extra litúrgicas e públicas, sendo a mais significativa, a solenidade de Corpus Christi. Também mais tarde, outras formas de adoração como as quarenta horas, a adoração noturna ou os congressos eucarísticos.

A Adoração Perpétua, que teve a sua origem nos conventos e mosteiros, de onde foi permeando a esfera social, acolhida pelo clero secular e pelas próprias dioceses. Atualmente estima-se que em todo o mundo há cerca de 2.500 lugares com a adoração perpétua estabelecida.

O número impressiona, é uma bela conquista… mas poderia ser muito maior. Tanto mais que se comprovam os frutos nos lugares onde é eternamente adorado o Pão dos Anjos, que são: maior comparecimento e recepção dos sacramentos, muitos católicos que voltam à prática religiosa depois de terem se afastado, crescimento das vocações sacerdotais e religiosas, renovação da vida familiar, valorização da vida comunitária nas paróquias e maior participação nas pastorais…

Há um exemplo impressionante que foi muito difundido em sua época. Vale a pena registrá-lo aqui.

Foram abertas dez capelas de Adoração Perpétua na cidade de Juarez, uma das cidades mais perigosas do México devido a criminalidade, e o resultado foi extraordinário: no espaço de cinco anos (2010-2015) as taxas de homicídios foram reduzidas de 3.766 a 256 somente! É certo que a prática da adoração influenciou neste resultado!

Sono dos apóstolos no Horto das Oliveiras

Independentemente de tais resultados positivos, práticos e espirituais, Jesus nos espera sempre.

Ele permaneceu neste sacramento precisamente para estar com os homens. E os homens o deixam sozinho…

Impressiona a interpelação que faz Jesus a seus três íntimos Apóstolos no Getsêmani:


veio então aonde os discípulos estavam e os encontrou dormindo, e disse a Pedro: como não foi capaz de vigiar uma hora comigo?” (Mt 26, 40).

A cada fiel o Senhor faz a mesma pergunta; nos interroga com dor mas sem amargura e cheio de suavidade, como quem convida um amigo: “mas nem uma hora?”

O Santíssimo Sacramento é uma tábua de salvação para a nossa sociedade desviada. É também a Virgem… que nos traz a seu Divino Filho presente na Eucaristia. Há uma belíssima invocação Mariana: “Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento”. Ela foi o primeiro tabernáculo onde Jesus habitou durante nove meses.  Dando a Virgem sua carne e seu sangue, Maria nos dá a Eucaristia, remédio de imortalidade, em oposição ao funesto alimento que nos deu Eva.

Quando a humanidade se entregará para o jugo suave do Senhor que nos espera em tantos lugares onde está exposto? Quando isso acontecer, se poderá dizer que se realizou a súplica: “faça sua vontade na terra como no céu”.

Jesus nos adverte docemente para assistir à Missa de domingo. Entretanto, todos os dias, incansavelmente e sem se render,  nos atrai… tantas vezes em vão. No caminho de casa ao trabalho ou a escola, ou mesmo pelos lugares onde passamos, muitas vezes há um local onde está o Santíssimo Sacramento: uma igreja, uma capela, um oratório. E nem uma hora podemos acompanhá-lo, nem cinco minutos, nem mesmo um?

A presença real de Cristo no meu caminho é um imerecido privilégio e uma responsabilidade enorme!

Concluímos com uma reflexão: o poeta Virgílio disse “fugit irreparabile tempus” (o tempo foge irremediavelmente). Com efeito, os anos passam e vão deixando suas marcas, enquanto os corações de pedra insistem em não se beneficiar dos benditos eflúvios que partem da Hostia consagrada.

Inevitavelmente, chegará também o dia do acerto de contas…

Queira Deus que neste dia, pelos rogos de Maria Santíssima, o Rei de tremenda Majestade nos salve, pois é Ele uma fonte de piedade, como reza o hino latino Dies Irae:

Rex tremendae maiestatis, salvandos salvo livre, salva-me, fons pietatis.

Assunção, Paraguai, setembro de 2018

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*Conselheiro de Honra da Federação Mundial das Obras Eucarísticas e da Igreja.

Apostolado do Oratório em Sergipe

Da simpática e pequena cidade de Nossa Senhora do Socorro, que fica próxima a Aracaju (SE), chegou um relato do Supervisor Geral dos Oratórios na paróquia, Sr. Jorge Vieira. Pela narração, podemos observar como este apostolado tem gerado seus frutos e também o desejo de reparar os pecados que ofendem o Imaculado Coração de Maria.

Caros Irmãos Arautos do Evangelho,
Salve Maria!

Foi uma tarde maravilhosa a do dia 05/01/2014! Começamos o ano com esta devoção com grandes louvores à Mãe de Deus e muita oração em desagravo ao Seu Imaculado Coração.

A programação começou ás 15h, com a oração inicial e entrada das Capelinhas do Oratório. Em seguida, tivemos um grande louvor com o grupo musical do nosso próprio Apostolado.

Às 15h30 tivemos o Oficio da Imaculada Conceição da Virgem Maria, seguido do Santo Terço em desagravo ao Imaculado Coração de Maria.

Às 16h30, meditação, seguida de 15 minutos de companhia à Virgem Maria e testemunhos. Às 17h, Adoração Eucarística.

Encerrou-se com a Santa Missa, e dentro da Celebração ainda tivemos a posse de mais um coordenador no Apostolado do Oratório. Ao total, já são 6 imagens, sendo que uma (do busto de Nossa Senhora) fica nas solenidades e evangelizações, e as outras 05 (oratório simples) visitam as famílias levando graças e luz nas vidas. Toda esta programação foi feita e incentivada pelo nosso pároco.

Em Jesus e Maria

Jorge Vieira

Coordenador geral do Apostolado do Oratório “Maria Rainha dos Corações”
Nossa senhora do socorro (SE)

 Fotos: Jorge Vieira

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Veja também: Frutos da Missão Mariana em Riacho Fundo (DF)

Famílias se reunem na sede do Apostolado do Oratório

Todas as sextas-feiras, na sede do Apostolado do Oratório, o Pe. Aumir Scomparin, EP, nosso capelão, celebra a Santa Missa nas intenções de todas as famílias que compõe o grupo dos Oratórios em todo o Brasil e no mundo.

 Nesta última sexta-feira, dia 19 de fevereiro, celebrou-se a Santa Missa na recém inaugurada capela da sede, contando com a presença de várias pessoas que estiveram presentes no Retiro em Campos do Jordão.

Antes da Missa, o Santíssimo Sacramento estava exposto, em adoração, para todos os fiéis. Momento precioso onde podemos nos aproximar de Jesus Eucarístico para rezar, meditar ou apenas estar em silêncio, diante do Santíssimo Sacramento, recebendo todos os benefícios deste Sol de Justiça.

A adoração termina com a benção do Santíssimo, e logo após, dá-se início à Santa Missa.

Clique nas fotografias abaixo e conheça a capela da sede do Apostolado do Oratório e confira os detalhes da Santa Missa.

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