Grupos do Oratório visitam a Basílica dos Arautos

Inúmeros são os grupos do Apostolado do Oratório que visitam a Basílica Nossa Senhora do Rosário, pertencente aos Arautos do Evangelho. Neste último domingo, dia 23, esteve um numeroso grupo da Paróquia São Judas de São Bernardo do Campo; nesta comitiva estiveram também os coroinhas e Da. Maria de Fátima Araújo, secretária paroquial e supervisora dos Oratórios. Sobre a visita, comentou: “Graças a Deus e Maria, todos gostaram muito da visita ao Tabor, ficaram admirados com toda a beleza. Tenho certeza que foram momentos inesquecíveis para todos. Alguns já perguntaram quando iremos voltar…”.

Mogi das Cruzes se fez presente com grupos do Oratório pertencente à Catedral Sant’Ana e Paróquia Santo Antônio. O casal, Sr. José e Da. Noêmia, completaram neste dia 35 anos de matrimônio, e receberam uma bênção na capela lateral da Basílica dedicada a Nossa Senhora de Guadalupe.

Em Ibiúna (SP) agricultores agradecem safra com procissão de tratores

Por ocasião das festividades da festa da Santa Cruz, o coral do Apostolado do Oratório de São Paulo foi convidado pelo pároco, Pe. Douglas Dias de Melo. Todos os anos os agricultores da região agradecem a Deus pela safra do ano, promovendo uma procissão de tratores até as proximidades da Igreja, onde os tratores são abençoados pelo padre.

A Santa Missa foi celebrada pelo Padre Ricardo José Basso, dos Arautos do Evangelho, e cantada pelo coral do Apostolado do Oratório. Na procissão de entrada, foi levada solenemente a relíquia do Santo Lenho. Ao término da Missa, houve a coroação do novo Oratório de Busto, que percorrerá as famílias da paróquia. Ao final da cerimônia, o Padre Douglas agradeceu uma vez mais a presença dos Arautos em sua paróquia.

Cristo nos ensina a perdoar

Mons. João Scognamiglio Clá Dias, EP
Mons. João Scognamiglio Clá Dias, EP

O Evangelho nos convida à imitação de Cristo: devemos ser bons como Ele é bom, compassivos como Ele é compassivo, clementes como Ele é clemente. “Aprendei de Mim que sou manso e humilde de coração” (Mt 11, 29).

Para melhor compreender o alcance destas palavras, devemos ter bem presente o quanto o ódio, o desejo de vingança e a incapacidade de perdoar grassavam nas civilizações anteriores à vinda de Jesus.

O conceito de justiça vigente no Oriente bíblico fundava-se na Lei de Talião, segundo a qual o criminoso devia ser punido com rigorosa reciprocidade em relação ao dano infligido: “Olho por olho, dente por dente” — tal o crime, tal a pena. Vigendo o costume de fazer justiça pelas próprias mãos, prevalecia sempre o mais forte e o perdão era visto como sinal de fraqueza.

Nosso Senhor veio substituir a pena de talião por uma nova forma de trato: amar o próximo como a si mesmo, por amor a Deus. Para justificar a disposição de perdoar sempre, esse Mestre rigoroso no combate ao pecado nos pede um arrependimento sincero de nossas faltas.

Diante de um filho que pede perdão Deus manifesta a sua bondade sem limites e nos trata com uma misericórdia infinitamente maior do que ousaríamos esperar. Para fazê-lo, põe-nos apenas uma condição: “um coração contrito e humilhado” (Sl 50, 19).

O amor-próprio ferido leva ao desejo de vingança

Entretanto, mesmo tendo sido tantas vezes objeto da misericórdia divina, não é raro ficarmos com o amor-próprio ferido quando alguém nos faz uma ofensa, e, irritados, acalentamos o desejo de revidar.

Com frequência as pessoas perdoam formalmente, “da boca para fora”, mas guardam a mágoa e o rancor na alma e, com eles, o anseio de uma revanche. “Donde vêm as lutas e as contendas entre vós? Não vêm elas de vossas paixões, que combatem em vossos membros?” (Tg 4, 1), pergunta o Apóstolo São Tiago.

Como a tendência exacerbada ao amor-próprio é consequência do pecado original, terá o homem sempre esse combate diante de si, cabendo-lhe recorrer à graça divina para vencer essa má inclinação.

Deus é clemente, mas também justo

Entretanto, o Divino Mestre não veio pregar a impunidade nem o laxismo moral. Deus é clemente, mas também justo. E, em face de benefícios gratuitos de tal monta, devemos ter presente que em certo momento teremos que prestar contas ao Benfeitor. Porque, como ensina Santo Afonso de Ligório, “a misericórdia foi prometida a quem teme a Deus e não a quem dela abusa […] se Deus espera com paciência, não espera sempre”.1

A justiça e o perdão devem andar juntos. Justiça não é vingança cega, mas reparação da ordem moral violada. Essa é a regra que Nosso Senhor veio estabelecer entre os homens.

A falta de reciprocidade afasta o perdão de Deus

Nosso Senhor é muito claro ao sublinhar a necessidade de perdoar “de todo coração” (Mt 18, 35) ao próximo, e não apenas formalmente. É preciso, portanto, eliminar do nosso espírito a amargura pela ofensa recebida, fruto do amor-próprio.

“Guardando rancor — afirma o Crisóstomo — cravamos em nós mesmos a espada. Porque, o que é aquilo que pode ter feito teu ofensor, comparado com o que fazes a ti mesmo quando te enches de ira e atrais contra ti a sentença condenatória de Deus?”.2

Com efeito, Cristo deixa claro que, se guardarmos no coração ressentimentos contra nosso irmão, estaremos pecando contra Deus. Pelo contrário, se suportarmos as afrontas do próximo, isso atrairá sobre nós a misericórdia divina.

Para a caridade, para o amor ao próximo, para o perdão não pode haver limite. Dessa atitude deu-nos belo exemplo José, o filho de Jacó, ao beneficiar de todas as maneiras possíveis seus irmãos, que o tinham vendido como escravo a mercadores. Ou ainda aquele pai da parábola, quando correu ao encontro do filho pródigo, abraçou- -o e o cobriu de beijos (cf. Lc 15, 20).

Notas

1) SANTO AFONSO MARIA DE LIGÓRIO. Preparação para a morte – Considerações sobre as Verdades Eternas. XVII – Abuso da Misericórdia Divina, c,I.
2) SÃO JOÃO CRISÓSTOMO. Homilia 61 sobre o Evangelho de São Mateus. c.5.

(Fonte: Transcrito do Boletim Informativo “Maria, Rainha dos Corações” do Apostolado do Oratório dos Arautos do Evangelho, nº 61-setembro/outubro de 2012.)

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Veja também: Amor a Deus: O maior de todos os Mandamentos

Bento XVI: Ano da Fé deverá ser um «verdadeiro momento de graça» para a Igreja

Cidade do Vaticano, 11 set (Ecclesia) – Bento XVI desafia os cristãos a fazerem do Ano da Fé, com início marcado para 11 de outubro, uma ocasião de comunhão e de crescimento numa entrega inabalável a Deus, à imagem de Maria.

Numa nota publicada pela sala de imprensa da Santa Sé, o Papa sublinha a importância de transformar a celebração num “verdadeiro momento de graça”, com a ajuda da Mãe de Deus, “farol luminoso e modelo de plenitude e maturidade cristã”.

A comemoração do Ano da Fé, convocada pela Igreja Católica para ajudar os fiéis a viverem “com maior empenho e coerência” a sua “vocação de filhos de Deus”, coincide com a passagem do 50º aniversário da realização do Concílio Vaticano II (1962-1965).

Bento XVI teve a oportunidade de participar na última grande reunião das autoridades eclesiásticas, que contribuiu decisivamente para a afirmação de Nossa Senhora enquanto ponto de referência para a Igreja.

Durante a reunião conciliar, um dos principais pontos em debate foi “a figura e o papel da Virgem Maria na história da salvação”.

Segundo o Papa, um grupo de padres queria que a matéria fosse tratada dentro da Constituição Dogmática sobre a Igreja, enquanto outro grupo defendia a elaboração de um documento à parte, mais aprofundado.

A primeira opção acabou por prevalecer e a Constituição Lumen Gentium (Luz dos Povos) foi completada com um capítulo sobre Maria enquanto “geradora do Filho de Deus, filha predileta do Pai e sacrário do Espirito Santo”.

“Certamente, o texto conciliar não esgota todas as problemáticas relativas à figura da Mãe de Deus, mas constitui o horizonte hermenêutico essencial para qualquer reflexão, seja de caráter teológico, seja de caráter mais estritamente espiritual e pastoral”, destaca Bento XVI.

O Papa deixou estas notas pessoais sobre o Ano da Fé, o Concílio Vaticano II e Nossa Senhora durante uma audiência concedida a cerca de 350 participantes do 23º Congresso Mariológico Mariano Internacional, que terminou este domingo em Roma.

O Ano da Fé vai concluir-se a 24 de novembro de 2013 e assinala também o 20.º aniversário da publicação do Catecismo da Igreja Católica.

JCP – Agência Ecclesia