Dois minutos de um angélico concerto

São Francisco em êxtase – grupo escultural conservado no Museu de Sevilha, Espanha     
Pe. Carlos Alberto Soares Corrêa

As “Crônicas Franciscanas”, que narram episódios encantadores da vida de São Francisco, contam-nos que ele decidiu isolar-se durante alguns dias numa daquelas maravilhosas montanhas da Itália. Para imitar o Divino Salvador, desejava orar e jejuar a pão e água durante 40 dias. Decorridas algumas semanas, sentiu as consequências da fraqueza da natureza humana. Julgava não ter forças para levar até o fim o seu sublime propósito. Mas como Jesus nos ensinou que tudo o que pedíssemos ao Pai em seu nome, Ele no-lo daria, lançou Francisco um apelo ao Criador: “Senhor, fazei- me experimentar um pouco da felicidade de que gozam os bem-aventurados na Pátria Eterna! Se me atenderdes, conseguirei seguramente imita o vosso divino exemplo, orando e jejuando durante 40 dias”.

Sua prece foi imediatamente atendida. Enviou-lhe Deus um esplendoroso Anjo, com a forma de um jovem, portando nas mãos um belíssimo instrumento musical. “Francisco”, disse-lhe o celestial mensageiro, “eu te farei ouvir um pequeno trecho de uma das incontáveis melodias que se entoam continuamente na Corte Celeste. Um trecho apenas, pois, se eu a executasse inteira, tua alma se separaria do corpo e voa- ria para Deus”.

Foram dois minutos de um angélico concerto! Inebriou, todavia, de tal felicidade a alma do Santo, que mais tarde confidenciou ele a seus irmãos de vocação: “Eu estaria disposto a jejuar durante mil anos, para experimentar novamente em minha alma, durante apenas dois minutos, aquela felicidade, impossível de ser descrita com a linguagem desta terra”.

Excerto do Artigo: “Dois minutos de um angélico concerto” – Pe. Carlos Alberto Soares Corrêa, EP., Revista Arautos do Evangelho nº 8, agosto de 2002.

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Dois senhores rivais: Deus e o dinheiro

Mons. João Scognamiglio Clá Dias, EP

O Divino Mestre nos coloca diante de dois senhores diametralmente opostos no que concerne aos seus respectivos interesses: Deus e o dinheiro. O primeiro nos exige a crença n’Ele e em Suas revelações, a esperança em Suas promessas, com amor total, além da prática da castidade, da humildade, como também do cortejo de todas as virtudes. O dinheiro cobra de nós, e nos inspira ambição, volúpia de prazeres, vaidade, orgulho, menosprezo do próximo, etc.

Um nos dá forças para praticar o bem e a este inclina nossas paixões, enquanto o outro nos arrasta para o mal e nele nos vicia. O Céu e sua eterna felicidade constituem o estímulo para os esforços exigidos por um dos senhores. A terra e seus prazeres fugazes são os atrativos oferecidos pelo outro.

Esses dois senhores não admitem rivais. O pior rival do dinheiro é Deus, e vice-versa. Por isso, a desgraça do rico que entrega seu coração aos bens da terra consiste em buscar em vão sua felicidade neles; e a desgraça do pobre, em iludir-se com a pseudofelicidade oferecida pelas riquezas.

É preciso ter sempre diante dos olhos o quanto são opostos entre si, Deus e o mundo. Por isso, não queiramos servir a ambos ao mesmo tempo: “Não vos sujeiteis ao mesmo jugo com os infiéis. Que união pode haver entre a justiça e a iniqüidade? Ou que sociedade entre a luz e as trevas? E que concórdia entre Cristo e Belial? Ou que de comum entre o fiel e o infiel? E que relação entre o templo de Deus e os ídolos? Porque vós sois templos de Deus vivo” (2 Cor 6, 14-16).

Excerto do Artigo: “Pode-se servir a Deus e às riquezas?” Mons. João Clá Dias, EP., Revista Arautos do Evangelho nº 77, maio de 2008.

Santuário de Fátima promove exposição virtual

Caros leitores,
Salve Maria!

A notícia abaixo nos revela uma ótima oportunidade de visitarmos uma exposição sobre as aparições de Nossa Senhora em Fátima sem sair do País, melhor ainda, sem sair de casa. Através dela, é possível ver os manuscritos originais das memórias da Ir. Lúcia. Também podemos conhecer a imagem da Santíssima Virgem do artista José Ferreira Thedim, concebida em 1948, segundo as indicações da Sor Lúcia.

Fátima – Portugal (Quarta-feira, 21-08-2013, Gaudium Press) O Santuário de Fátima, em Portugal, anunciou o lançamento de uma plataforma virtual para a exposição “Ser, o segredo do Coração” que se encontra aberta ao público desde novembro de 2012 e que agora pode ser visitada de forma virtual pelos devotos de todo o mundo. A exposição, preparada por ocasião do terceiro ano de celebrações pelo Centenário das Aparições de Fátima, estará aberta até o dia 31 de outubro deste ano.

Foto: Gaudium Press

A exposição inclui peças de grande valor para a devoção e a história do Santuário. Dentre eles estão os manuscritos originais das Memórias da Irmã Lúcia, pela primeira vez exposto ao público. As páginas exibidas correspondem precisamente à primeira parte da Mensagem, relativa ao Imaculado Coração de Maria. Também se exibe uma bela escultura da Santíssima Virgem do artista José Ferreira Thedim, realizada segundo as indicações da vidente, e vista pela própria Sor Lúcia em sua primeira saída do Carmelo de Santa Teresa de Coimbra no ano de 1948.

De acordo com Marco Daniel Duarte, diretor do Museu do Santuário de Fátima, a plataforma virtual busca ampliar o alcance da exposição. A página permite “proporcionar que os devotos de Nossa Senhora de Fátima que, por alguma razão, este ano não podem visitar o Santuário a possibilidade de desfrutar da exposição sobre o tema do ano pastoral de qualquer lugar do mundo”, explicou.

A exposição, disponível em sete idiomas, pode ser visitada através do seguinte link (http://serosegredodocoracao.fatima.pt/galeria.php). (EPC)

Com informações do Santuário de Fátima

Hino a Nossa Senhora da Assunção

De sol, ó Virgem, vestida, / de branca lua calçada; / de doze estrelas-coroas / Coroada.

A terra toda te canta, / da morte Dominadora. / No céu a ti temos, todos, /Protetora.

Fiel, conserva os fiéis, / procura a ovelha perdida. / Brilha na treva da morte, / Luz e Vida.

Ao pecador auxilia, / ao triste, ao fraco e ao pobre. / Com o teu manto materno / todos cobre!

Louvor à excelsa Trindade. / Que dê a coroa a quem / Ela fez Mãe e Rainha / nossa. Amém.

Liturgia das Horas