Neste último mês de missões, percorremos cidades do Vale do Paraíba, de Minas Gerais e de Santa Catarina, onde a presença maternal da Imagem Peregrina de Nossa Senhora atraiu inúmeras almas a Deus
Ir. Mozart Ramiro, EP
Com razão diz o Catecismo da Igreja Católica: “O desejo de Deus está inscrito no coração do homem, já que o homem é criado por Deus e para Deus; e Deus não cessa de atrair o homem a si, e somente em Deus o homem há de encontrar a verdade e a felicidade que não cessa de procurar” (CCE 27).
Neste sentido, Deus Nosso Senhor tem um instrumento de extraordinária eficácia para atrair as almas a Si: O Imaculado Coração de Maria! Foi exatamente essa verdade que a Santíssima Virgem afirmou em Fátima aos três pastorinhos e ao mundo inteiro:
“Para salvas as almas Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração. Se fizerem o que Eu vos disser, salvar-se-ão muitas almas e terão a paz.” (3a. aparição de 13 de julho de 1917)
A este propósito, citamos também o grande São Luis Maria Grignion de Montfort, que em seu Tratado da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem, disse: “(…) já que Deus quis começar e acabar suas maiores obras por meio da Santíssima Virgem, depois que a formou, é de crer que não mudará de conduta nos séculos dos séculos, pois é Deus, imutável em sua conduta e em seus sentimentos.”
E pelas ruas e casas que percorremos nestas cidades, foi isso o que contemplamos; o brilho nos olhos, a devoção, a abertura das almas à bondade e à maternalidade de Nossa Senhora, que nos atrai e nos convida a aproximarmos mais de Deus Nosso Senhor.
Os missionários partiram levando a Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima para outros recantos do Brasil, mas o perfume da presença de Nossa Senhora permanecerá nos lares onde foram formados os novos grupos do Apostolado do Oratório. Ali nessas famílias, a Mãe de Deus continuará sua obra, dando suas graças de auxílio, de socorro, de conversão sincera e de busca da santidade.
A seguir alguns registros fotográficos.
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Com devoção filial e cheios de fervor, participantes do Apostolado do Oratório de vários recantos do país realizaram neste mês de junho a Comunhão Reparadora dos Primeiros Sábados
Deus Espírito Santo comunicou a Maria, sua fiel esposa, seus dons inefáveis, escolhendo-a para dispensadora de tudo que Ele possui. Deste modo Ela distribui seus dons e suas graças a quem quer, quanto quer, como quer e quando quer, e dom nenhum é concedido aos homens, que não passe por suas mãos virginais.*
Neste último fim de semana, a Virgem Santíssima viu atendido seu pedido feito em Fátima, quando centenas de paróquias e comunidades onde o Apostolado do Oratório está implantado realizaram a devoção do Primeiro Sábado.
Ocasião na qual a Mãe de Deus distribuiu suas bençãos, graças e favores, com toda a sua bondade, e, sobretudo, com a autoridade que lhe foi confiada pelo próprio Deus
Membros do Apostolado do Oratório de São Paulo e cooperadores dos Arautos do Evangelho fizeram um retiro espiritual inaciano na aprazível cidade de Serra Negra
Os Retiros Espirituais Inacianos, também conhecidos como Exercícios Espirituais, foram criados por Santo Inácio de Loyola, Fundador da Companhia de Jesus.
Santo Inácio partia do pressuposto de que, assim como necessitamos exercitar o nosso corpo para termos uma boa saúde, devemos também exercitar a nossa alma, por meio da oração, da meditação e da contemplação, para sermos espiritualmente sadios.
Nesse sentido realizou-se, de 25 a 27 de maio num hotel fazenda em Serra Negra, o Retiro Espiritual pregado por Sacerdotes Arautos para Terciários e membros do Apostolado do Oratório.
O local, em meio à bela vegetação das montanhas, presta-se muito ao recolhimento. Retirarmo-nos dos afazeres e preocupações do dia a dia para, em um clima de silêncio e reflexão, meditarmos nas grandes verdades que dizem respeito à nossa salvação eterna e ao nosso relacionamento com Deus, fim último e supremo da nossa existência.
É a ocasião em que, com as luzes do Divino Espírito Santo, que fala no íntimo de nossos corações, analisamos a nossa vida, os nossos atos, identificamos nossos pontos fracos e fazemos propósitos firmes de emenda. Ocasião em que aproveitamos também para fazer uma boa confissão e assim pôr em ordem a nossa alma, confiantes sempre na infinita misericórdia de Deus e no auxílio de sua Mãe Santíssima.
Tudo isso feito na presença do Santíssimo Sacramento, que fica exposto durante todo o dia, desde o término da Missa da manhã até o início da Missa da noite.
Por onde passa, a Imagem Peregrina do Imaculado Coração de Maria deixa um rastro de luz, de esperança e de bondade. E não foi diferente nas cidades que visitamos há um ano e que aqui, queremos juntos com todos, relembrar
Ir. Alberto Nardo, EP
No mês de maio de 2017 visitamos as cidades de Jacarezinho/PR, Paróquia São Pedro Apóstolo, Maringá/PR, Paróquia Santa Rosa de Lima, Itatiba/SP, Paróquia São Bento e Nossa Senhora Rosa Mística, Cachoeira Paulista/SP, Paróquia São Sebastião e Magé/RJ, Paróquia Nossa Senhora da Guia.
Tivemos a imensa graça de ver diversos lares dessas cidades abrirem suas portas, para que a presença maternal de Nossa Senhora entrasse através da devoção do Oratório do Imaculado Coração de Maria.
Queremos nestas breves linhas cumprimentar na pessoa de seus párocos a todos e a cada um por este primeiro ano de peregrinação do Oratório.
Que venham ainda muitos e muitos outros anos pela frente, e que perseverem nesta devoção até que se estabeleça na Terra o “Triunfo do Imaculado Coração de Maria”, conforme promessa feita pela própria Mãe de Deus em Fátima há 101 anos.
Em relação à Sagrada Comunhão, o que será mais importante: a preparação ou a ação de graças?
Pe. Rafael Ramón Ibarguren Schindler*, EP
É claro que ambas são fundamentais, mas há razões para distinguir, valorizar e hierarquizar cada uma das duas situações.
O célebre e douto teólogo dominicano contemporâneo Frei Antonio Royo Marín, nos dá a resposta.
Em seu livro publicado pela Biblioteca de Autores Cristianos (BAC) que leva o sugestivo título “Ser ou não ser santo… Esta é a questão”, diz Royo Marín citando ao seu mestre, São Tomás:
“Para o grau de graça que nos aumentará o sacramento por si mesmo (ex opere operato**) é mais importante a preparação que a ação de graças depois de tê-lo recebido; porque esse efeito ‘ex opere operato’ o produz o sacramento uma só vez, no momento de recebê-lo e, por isso mesmo, está diretamente relacionado com as disposições atuais da alma que se aproxima para comungar, não pelas que possam se ter depois”.
O que a primeira vista poderia parecer demasiado sutil ou técnico, se compreende facilmente dando um exemplo.
Quando vamos receber em nossa casa a um visitante importante, dispomos as coisas da melhor maneira possível: a limpeza cuidadosa, a ordem da sala, tudo organizado para que quem nos honra com a visita se sinta à vontade, e tenha a melhor impressão. Devemos pensar nos detalhes, como um bom presente floral e até, eventualmente, a concessão de um presente para que a visita leve uma recordação indelével daquele dia.
Como receber em casa a um Chefe de Estado, por exemplo, com descuido e precipitação? Não é possível!
Pelo fato de chegar até nós, essa hipotética pessoa ilustre nos privilegia. Se valorizamos o gesto de quem assim nos dignifica, o hóspede ficará plenamente satisfeito… e o anfitrião também!
Agora, apliquemos o caso não a um soberano da terra ou a um presidente eleito democraticamente… Pensemos no Rei dos reis e Senhor dos senhores, criador e dono de tudo o que existe.
O encontro com Jesus se dá em plenitude durante a comunhão sacramental. Também se realiza um encontro, ainda que de outra forma, na visita que se faz em sua capela de adoração ou junto ao sacrário onde está sempre à nossa espera. As disposições para recebê-lo ou para visitar-lhe são basicamente as mesmas; sim, porque é o mesmo Senhor que vem até mim e ao qual vou à sua presença.
No fato de recebê-lo, serei o anfitrião e Ele será meu hóspede. E no tempo em que vou adorar-lhe, o anfitrião será Ele, e eu o visitante a quem condescende dar audiência. Em ambos encontros, sucede um acontecimento de máxima transcendência. Daí, a importância de dispor-me da melhor maneira possível para o encontro que será o mais importante do dia… ou até da vida.
Quanto a ação de graças, é claro que será tanto melhor feita, quanto a disposição prévia a recebê-la tenha sido cuidadosamente elaborada. É lógico.
Lastimosamente, não é assim como habitualmente os fiéis percebem um encontro com o Senhor na Eucaristia. Porque em geral, em relação à comunhão sacramental, se dá mais importância à ação de graças que à preparação. Com efeito, se chega junto ao Santíssimo apressadamente, trazendo em nossa bagagem uma boa dose de agitação, afãs mundanos e muita superficialidade.
E somente depois do maravilhoso momento do encontro, recomeçamos a pensar (se é que verdadeiramente caímos em si…) no sucedido. Então, é a hora em que chovem os pedidos ou de manifestar o que queremos dizer-lhe ao Senhor; quase que valorizando mais nossas prioridades pessoais que o fato de ter-lhe acolhido e de ser Ele quem é!
Se não preparamos devidamente o encontro e começamos a relação sem dar-lhe todo o devido valor, provavelmente o colóquio será demasiado pobre…
O valor da preparação e da ação de graças em relação ao encontro com o Senhor na Eucaristia, nos faz pensar na imagem que usa Jesus, quando nos ensina no Evangelho que devemos construir uma casa sobre a rocha e não sobre areia (Lc. 6, 48-49).
Uma comunhão baseada sobre a rocha, é a que se vai preparando. Aquela descuidada, sem delicadeza nem afeto, é a que se faz sobre areia: a Fé é avarenta e não motiva a adoração. A humildade é superficial, nada concorde com a aclamação “Senhor, não sou digno de que entreis em minha casa”.
Não se mede o tamanho infinito do amor que aninha o Coração de Cristo. E, claro, a pouca fome e sede de união e de comunhão, não somente indispõem ao adorador, mas entristece ao que tanto amou aos homens e não encontrou neles mais que ingratidão, segundo a queixa do Sagrado Coração de Jesus a Santa Margarita Maria.
É claro que ninguém jamais estará à altura de um encontro com Nosso Senhor. Mas já que Ele veio pelos pecadores e pelos enfermos (Lc 5, 31-32), há que confessar-se doente e culpado, e dizer como o leproso do Evangelho: “Senhor, se queres, podes limpar-me” (Lc 5, 12).
Ao acolher ao Senhor, digamos que lhe esperávamos com ânsias e que lhe amamos muito. O que Ele nos diga ou obre, não depende de nós; isso é coisa dEle.
Na realidade, a preparação e a ação de graças deveriam ocupar as vinte e quatro horas do dia, fazendo assim de nossa vida uma homenagem ininterrupta a Jesus presente na Eucaristia. Não é outra coisa o que se pede ao Espírito Santo na Oração Eucarística número III do Missal Romano: “Que Ele nos transforme em oferenda permanente”.
Assunção, maio de 2018
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*Conselheiro de Honra da Federação Mundial das Obras Eucarísticas e da Igreja.
**Os sacramentos produzem seu efeito ex opere operato (“pela obra realizada”) por sua própria virtude, quando devidamente ministrados e recebidos.
Em vários países multidões acorreram a louvar a Mãe de Deus no dia sua festa. Os Arautos do Evangelho e membros do Apostolado do Oratório também participaram e manifestaram seu afeto e seu fervor. A seguir alguns registros desses momentos
Acima, vídeo do XV Encontro do Apostolado do Oratório em Fátima, Portugal
Em Montreal, noCanadá, a celebração aconteceu na Catedral da cidade. Dom Alain Faubert, Bispo Auxiliar, presidiu uma Missa em dois idiomas: inglês e francês.
Ali também foram recebidos novos terciários dos Arautos do Evangelho.
Em Moçambique, na noite anterior ao domingo, 13, realizou-se uma numerosa peregrinação ao Santuário de Naamacha, encabeçada por uma imagem do santuário, procissão na qual colaboraram decisivamente os Arautos do Evangelho.
Esse é o primeiro santuário dedicado a Nossa Senhora em toda África, e foi construído pelos portugueses para comemorar os 25 anos das aparições de Fátima, invocação a qual está dedicado.
Tanto no dia 13 de maio quanto no dia 13 de outubro, cada ano, dezenas de milhares de pessoas acodem ao Santuário para render culto de hiperdulia a Nossa Senhora.
Na Cidade do México, a Antiga Basílica de Nossa Senhora de Guadalupe foi o sacral marco que acolheu no último domingo a celebração do dia da primeira aparição de Nossa Senhora de Fátima há 101 anos, presidida por Dom Pedro Agustín Rivera, Cônego da Basílica. Nestas cerimônias numerosas pessoas também se consagraram à Virgem de acordo com o método de São Luís Maria de Montfort, e 11 novos terciários dos Arautos do Evangelho receberam sua capa distintiva. Participaram por volta de três mil pessoas.
Calcula-se que mais de 15 mil pessoas acudiram a este templo para render tributo à Mãe de Deus.
EmSan Salvador, a cerimônia em honra de Nossa Senhora de Fátima foi realizada na paróquia do Coração de Maria, dos Padres Claretianos.
A partir das três da tarde, três horas se passaram em uma atmosfera de paz e bênção. Cerca de 1.300 pessoas compareceram.
Na Guatemala a Academia de formação dos Arautos do Evangelho viu abarrotadas suas instalações para a cerimônia eucarística que comemorava Nossa Senhora de Fátima.
O 13 de maio em Madri, Espanha, foi celebrado com uma Missa organizada pelos Arautos do Evangelho na legendária Catedral da Almudena, e presidida pelo Vigário Geral da Diocese, Dom Avelino Revilla.
Assistiram -além de altas personalidades eclesiásticas-, María Begoña Larraínzar Zaballa, conselheira da cidade de Madri, o Delegado Episcopal de Apostolado Secular da Arquidiocese de Madri, Rafael Serrano Castro, a Presidente e o Vice-Presidente do Foro de Leigos da Espanha, Loli García Pi e Guillermo Aparicio, o Irmão Maior da Irmandade do Grande Poder e da Esperança Macarena de Madri e o presidente de SOS Família, entre outros.
Em Paraguai o Treze de Maio foi celebrado os 101 anos das aparições da Virgem em Fátima. Para esta importante ocasião houve uma procissão luminosa com a recitação do Santo Rosário. A Santa Missa foi presidida pelo Pe. Rafael Ibarguren, EP, com a participação do Coro e Orquestra dos Arautos.