A origem do Canto Gregoriano

A Santa Igreja comemora dia 03 a memória do Papa São Gregório Magno. Foi este grande Papa que reuniu e condensou os cânticos litúrgicos existentes até então, naquilo que hoje se chama de canto gregoriano e que tornou-se a voz oficial da Igreja

Ir. Alcidio Miranda, EP

Era meados do século VI, Roma vivia uma série de tragédias: bárbaros vindos do ocidente, tempestades climáticas intermináveis e a peste que assolava a população.

Em meio a trevas e tormentas Deus faz brilhar uma luz: um homem providencial seria proclamado Papa, assumindo corajosamente o trono de Pedro e conduzindo a Igreja e a Europa ao encontro de Cristo.

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Dezoito anos de fidelidade à Santa Sé – parte II

Vínculo de unidade e confiança

Ir. Carmela Werner Ferreira, EP
Membros dos Arautos do Evangelho em Roma nas comemorações da Aprovação Pontifícia, em 2001

Florescem duas Sociedades de Vida Apostólica

Inesgotável em seus dons, o Divino Espírito Santo fez desabrochar no seio desta associação laical vocações para o sacerdócio, inspirando dezenas de seus membros a se consagrarem a esse ministério para o serviço da Igreja. O crescimento da instituição tornou clara a necessidade deste novo ramo: o elevado número de membros e colaboradores não podia receber nenhuma assistência sacramental por parte dos consagrados, formando-se assim uma lacuna de padres animados pelo carisma.

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Meditação do Primeiro Sábado de agosto 2018

4º Mistério Glorioso
Assunção de Nossa Senhora

A misericórdia que preenche os espaços entre o Céu e a Terra

Assunção de Nossa Senhora. Pinacoteca do Museu Vaticano, Roma – Itália

COROADA COMO RAINHA AO LADO DO REI

Em 1950 o Papa Pio XII proclamou o Dogma da Assunção de Nossa Senhora, declarando ser verdade revelada que a Virgem Maria “terminado o curso da vida terrena, foi assunta à glória celeste em alma e corpo”.

Suprema glória no Céu

Quem será capaz de expressar em palavras com quanta honra e com quanta alegria foi Maria recebida no Céu? Porque quanto maior graça alcançou Ela na Terra sobre todas as demais criaturas, outro tanto mais obtém também nos Céus de glória. E se o olho não viu nem o ouvido ouviu, nem cabe no coração humano o que tem Deus preparado para os que O amam, quem poderá dizer o que reservou Ele para Aquela que O engendrou e O amou mais que todos os homens?

“Louvor e glória ao Deus Altíssimo que vos conferiu, ó Maria, maior graça que a todas as filhas dos homens que no mundo existiram! ”, exclama o piedoso autor da “Imitação de Cristo”, acrescentando: “E logo colocou vosso assento junto ao trono de vosso Filho no Reino dos Céus, no lugar mais eminente, sobre todos os coros de Anjos e de Santos, que Ele vos havia preparado, com requinte de beleza, desde toda a eternidade.”

Esplendor superior ao de todos os astros do universo

No dia de sua Assunção, o esplendor de Maria superou ao do próprio sol e o dos outros astros do firmamento. Tendo sido Maria superior aos patriarcas na firmeza da fé, aos profetas na contemplação das coisas divinas, aos apóstolos no zelo da honra de Deus e do bem das almas, aos mártires na virtude da fortaleza, aos santos padres na sabedoria, aos confessores na paciência e na mansidão, às virgens na pureza e a todos na santidade, havendo correspondido em grau eminentíssimo à graça e praticado todas as mais preciosas virtudes, por isso, no dia de sua Assunção, apareceu Ela com vestido bordado de ouro, engalanada com vários adornos, sentada à direita do Altíssimo e coroada Rainha de todos os Santos.

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Veja também: Como rezar bem o Rosário

Aproximam-se as celebrações do Tríduo Pascal

Tendo em vista a aproximação do Tríduo Pascal e toda a importância da Semana Santa, postamos aqui um resumo de uma bela e oportuna explicação do Papa Bento XVI sobre o Tríduo. O texto é da sua catequese de 20 de abril de 2011.

Queridos irmãos e irmãs,

Estamos a partir de agora juntos ao coração da Semana Santa, cumprimento do caminho quaresmal. Amanhã entraremos no Tríduo Pascal, os três dias santos em que a Igreja faz memória do mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus. O Filho de Deus, após fazer-se homem em obediência ao Pai, tornando-se em tudo semelhante a nós, exceto no pecado (cf. Heb 4,15), aceitou cumprir até o fim a sua vontade, de enfrentar por amor a nós a paixão e a cruz, para fazer-nos participantes da sua Ressurreição, a fim de que n’Ele e por Ele possamos viver para sempre, na consolação e na paz.

Exorto-vos, portanto, a acolher esse mistério de salvação, a participar intensamente do Tríduo pascal, fulcro de todo o ano litúrgico e momento de graça particular para todo o cristão; convido-vos a buscar nestes dias o recolhimento e a oração, de forma a alcançar mais profundamente essa fonte de graça.

A tal propósito, em vista das iminentes festividades, cada cristão é convidado a celebrar o Sacramento da Reconciliação, momento de especial adesão à morte e ressurreição de Cristo, para poder participar com maior fruto da Santa Páscoa.

A Quinta-feira Santa é o dia em que se faz memória da instituição da Eucaristia e do Sacerdócio Ministerial. Pela manhã, cada comunidade diocesana, reunida na Igreja Catedral em torno do Bispo, celebra a Missa Crismal, na qual são abençoados o Santo Crisma, o Óleo dos catecúmenos e o Óleo dos Enfermos. A partir do Tríduo Pascal e por todo o ano litúrgico, esses óleos serão utilizados para os Sacramentos do Batismo, da Confirmação, das Ordenações Sacerdotal e Episcopal e da Unção dos Enfermos; nisso evidencia-se como a salvação, transmitida pelos sinais sacramentais, deriva-se exatamente do Mistério pascal de Cristo; de fato, nós somos redimidos com a sua morte e ressurreição e, mediante os Sacramentos, alcançamos aquela mesma fonte salvífica.

Agonia de Nosso Senhor no Horto das Oliveiras

Durante a Missa Crismal, amanhã, acontece também a renovação das promessas sacerdotais. No mundo inteiro, cada sacerdote renova os compromissos que assumiu no dia da Ordenação, para ser totalmente consagrado a Cristo no exercício do sagrado ministério a serviço dos irmãos. Acompanhemos os nossos sacerdotes com a nossa oração.

Na tarde da Quinta-feira Santa inicia efetivamente o Tríduo Pascal, com a memória da Última Ceia, na qual Jesus instituiu o Memorial da sua Páscoa, dando cumprimento ao rito pascal hebraico. Segundo a tradição, toda família hebraica, reunida á mesa na festa da Páscoa, como o cordeiro assado, fazendo memória da libertação dos Israelitas da escravidão do Egito; assim, no cenáculo, consciente da sua morte iminente, Jesus, verdadeiro Cordeiro pascal, oferece a si mesmo pela nossa salvação (cf. 1Cor 5,7). Pronunciando a bênção sobre o pão e o vinho, Ele antecipa o sacrifício da cruz e manifesta a intenção de perpetuar a sua presença em meio aos discípulos: sob as espécies do pão e do vinho, Ele se torna presente de modo real com o seu corpo doado e o seu sangue derramado.

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Dois Natais históricos

Duas coroações no dia de Natal, em épocas distantes, mas que marcaram profundamente a história

O outrora poderoso Império Romano – cruel perseguidor dos cristãos – agora mais parece um navio que afunda. (…)

Batismo de Clovis
Batismo de Clovis

Sobre as ruínas do mundo pagão, quem vai agora edificar seu Santo Império é Jesus Cristo. De todos aqueles elementos em fusão vencidos e vencedores, romanos e bárbaros nascerá a sociedade cristã, a mais bela depois da do Céu.

Ficando sozinha, de pé, no meio das ruínas, a Igreja Católica converterá os bárbaros à verdadeira fé. A primeira nação a cair aos pés de Jesus será a dos Francos.

O nome de seu primeiro rei é Clóvis (Clodoveu, Ludwig, Louis ou Luís), que significa “fama no combate”. (…)

No dia de Natal do ano 496, ele e mais três mil dos seus guerreiros recebem o batismo. Deste modo, a França fica sendo a filha primogênita da Igreja. Durante os três séculos seguintes, estende Jesus o seu Reino à Irlanda, à Inglaterra, à Espanha, à Alemanha e à Itália.

A esta altura, outro bárbaro cristianizado tem debaixo de seu comando grande parte da Europa. Ele a governa não como soberano, mas como simples delegado de Jesus, o único Rei e Senhor.

Em Roma, rodeado da sua corte e de muitos bispos, Carlos Magno está orando diante do túmulo de São Pedro, no dia de Natal do ano 800. De repente apresenta-se o Papa Leão III e coloca a coroa imperial na cabeça do grande chefe da Cristandade.

Carlos_Magno_SAGRACAO_JeanFouquet
Carlos_Magno_Sagraçao_JeanFouquet

Uma longa aclamação ressoa pela Basílica do Vaticano: “Viva Carlos Augusto, pacífico Imperador dos Romanos, coroado pelo próprio Deus!”

Com 304 anos de diferença, esses dois fatos cada um a seu tempo constituíram importantes marcos na história da Cristandade.

O império cristão toma o lugar do pagão: Jesus, Rei dos reis e Senhor dos senhores, reina sobre o mundo por ele vencido (Cf. BERTHE, Pe., CssR. Jesus Cristo, sua vida, sua paixão, seu triunfo. Benziger, Suíça, 1925, p. 320).

Rosário: verdadeiro tesouro de bençãos inapreciáveis

NSRosarioA Santa Igreja celebra no dia 7 de outubro a festa de Nossa Senhora do Rosário, instituída pelo Papa São Pio V com o intuito de manifestar de maneira jubilosa a gratidão da Igreja militante para com a Santíssima Virgem Maria, cuja solícita intercessão foi que determinou a vitória da causa Católica na batalha de Lepanto.

O Rosário ocupa um lugar privilegiadíssimo na história da piedade Católica porque une o fiel a Nossa Senhora atraindo toda sorte de graças celestiais, ademais de afugentar o demônio.

Sendo um excelente meio de venerar a Santa Mãe de Deus, é incalculável a torrente de bençãos que através da recitação do Rosário os católicos no mundo inteiro obtiveram de tão boa Mãe. Neste sentido vemos inúmeros Papas e Santos que não se cansam de elogiá-lo. A própria Santíssima Virgem aparecendo a São Domingos, entregou-lhe o Rosário. De modo particular, nas aparições de Fátima em Portugal no ano de 1917, recomendou ao homens com insistência, a recitação diária do Terço.

Peçamos com todo empenho de um modo especial neste 7 de Outubro a graça de nunca nos separarmos do Terço, sabendo que embora rezado por almas frágeis, o Rosário é a prece dos fortes.

Veja também: Os benefícios do Rosário